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OLA SOU ELIANE RAMOS, APÓSTOLA DA IALJAN E QUERO APRESENTAR MEU TRABALHO

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NO AR DESDE 31 DE JANEIRO DE 2014


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sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

OS PROFETAS DO NOVO TESTAMENTO


O dom de profecia, em seu sentido original no Novo Testamento, é um privilégio especial concedido pelo Espírito Santo a certos membros das igrejas para receber e transmitir mensagens e revelações vindas de Deus.

No início da igreja os que recebiam esse dom eram chamados “profetas”, a exemplo dos que aparecem no Velho Testamento. Junto com os apóstolos, eles construíram o fundamento para a edificação dos santos, membros da família de Deus, sendo Cristo Jesus a principal pedra da esquina (Efésios 2:19 e 20).

Os profetas falavam sob a imediata autoridade do Espírito de Deus, e transmitiam comunicações divinas concernentes a verdades doutrinárias, e esclarecimentos de eventos futuros, conforme o caso. Seu ministério foi preservado para nós no Novo Testamento. Entre eles contamos Tiago e Judas, sendo que este começou seu livro dizendo: “enquanto eu empregava toda a diligência para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos” (versículo 3).

Uma vez concluído o fundamento pelos apóstolos e profetas, que é “a fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos”, a igreja de Jesus Cristo continuou a ser construída nesse fundamento apenas (1 Coríntios 3:10-12, Efésios 2:20, Hebreus 6:1). Não se admite outro.

A Bíblia contém toda a Palavra de Deus que foi revelada pelo Espírito Santo, primeiro na antiguidade através dos profetas, depois pelo Filho (Hebreus 1:1-2), em seguida pelos apóstolos e profetas inspirados pelo Espírito Santo (João 16:13-15), finalmente mediante a revelação de Jesus Cristo ressuscitado e elevado ao céu, a João o seu apóstolo amado. Assim terminou a revelação Divina (Apocalipse 28:18-10). Visto que a Bíblia está completa, rejeitamos qualquer pessoa que diz ter o dom de revelar mais mensagens proféticas da parte de Deus.

Não obstante, alguns entendem que a simples pregação da Palavra de Deus com autoridade, de forma incisiva e eficaz no poder do Espírito Santo, constitui o exercício do dom de profecia na atualidade, assim como o louvor a Deus (Lucas 1:67-68) e a edificação, exortação e consolação do povo de Deus (Atos 15:32).

Mesmo se aceitarmos esse entendimento, os que isso fazem devem se limitar à medida da fé já revelada (Romanos 12:6), em outras palavras, o “profeta” deve profetizar na medida do seu próprio conhecimento das verdadeiras doutrinas bíblicas (“a fé”).  Para ser aceito, só pode declarar a Palavra do Senhor como se encontra na Bíblia. Ela  inclui a proclamação da mensagem do Evangelho e a exposição da verdade revelada. Ele não deve se aventurar a tirar, modificar, ou acrescentar nada.

Vamos a seguir examinar os seguintes profetas do Novo Testamento:

Os profetas do Velho Testamento


No Velho Testamento, a palavra “profeta” é a tradução do hebraico
 nabique, por sua vez vem de uma raiz que significa “borbulhar”, como a água de uma fonte: assim, o profeta divulga uma mensagem que recebeu de outrem. O profeta de Deus recebia a mensagem de Deus, enquanto que os falsos profetas, também chamados “adivinhadores”, “prognosticadores”, “agoureiros”, “feiticeiros” mentiam pois sua mensagem não lhes fora dada por Deus (Deuteronômio 13:1-5, 18:10, ).

Neste sentido geral toda a Bíblia pode ser chamada “profética”, pois foi escrita por homens que receberam a revelação que comunicaram em seus livros diretamente de Deus, por inspiração do Espírito Santo, seja qual for o seu conteúdo (2 Pedro 1:16-21). A revelação de acontecimentos futuros não é o propósito principal das Escrituras.

A palavra "nabi''no plural pode indicar alguns que não foram porta-vozes de Deus, mas companheiros ou seguidores de um profeta. No tempo de Samuel havia homens que o acompanhavam e louvavam a Deus, frequentemente cantando, a fim de motivar o povo a voltar a Deus (1 Samuel 10:5, 10, 19:20). Também havia seguidores de Elias e Eliseu que se formavam em grupos para apoiar ou aprender destes mestres. Eram chamados “filhos do profetas” (1 Reis 20:35).

Abraão foi chamado uma vez de profeta porque estava autorizado a transmitir uma mensagem do Abimeleque para Deus (Gênesis 20:7). Arão também foi declarado ser profeta pelo SENHOR, mas do seu irmão Moisés (Êxodo 7:1). Não trataremos destes.

Encontramos 42 homens e mulheres identificados no Velho Testamento como sendo “profetas de Deus”, também chamados de “videntes” (1 Samuel 9:9). Destes, dezesseis escreveram profecias em livros que levaram o seu nome e foram incluídos no cânone inspirado pelo Espírito Santo, compreendendo quatro grupos:

  • Os originários do reino do norte(Israel): Joel, Jonas, Oseias, Amós.
  • Os originários do reino do sul(Judá): Isaías, Jeremias, Obadias, Miqueias, Naum, Habacuque e Sofonias.
  • Os profetas do cativeiro: Ezequiel e Daniel
  • Os profetas da restauração: Ageu, Zacarias e Malaquias

Procuramos classificá-los todos em ordem cronológica da data em que teriam começado a profetizar, embora em vários casos haja poucas indicações e tivemos que deduzir uma data aproximada pelo conteúdo da mensagem e outros indícios.

Assim compilamos a seguinte lista, e clique nos nomes sublinhados para obter mais dados sobre cada um desses profetas (os demais aparecerão gradual e oportunamente):

Ano AC

Nome

Referência

3382/3017

Enoque

Gênesis 5:21-24; Judas 1: 14.

2948/1998

Noé

Gênesis 9: 25-27.

1996/1821

Abraão

Gênesis 20:7

1836/1689

Jacó

Gênesis 49: 1

1571/1451

Moisés

Deuteronômio 18: 18.

1582/1452

Miriã

Êxodo 15:20.

1285.

Débora

Juízes 4:4.

1245.

Profeta enviado a Israel

Juízes 6:8.

1127.

Profeta enviado a Eli

1 Samuel 2:27.

1136/1056

Samuel

1 Samuel 3:20.

1085/1015

Davi

Salmos 16:8-11. Atos 2:25-31

1080/1010

Gade

1 Samuel 22:5; 1Crônicas 29:29.

1070/1005

Natã

2 Samuel 7:2; 12:1; 1Reis 1:10.

1060/985

Zadoque

2 Samuel 15:27.

1050/975

Jedútum

2 Crônicas 35:15.

1020/955

Aías

1 Reis 11:29; 12:15; 2 Crônicas 9:29.

1015/950

Semaías

1 Reis 12: 22; 2 Crôn. 11:2; 2 Crôn.12:7.

1013/975

Ido

2 Crônicas 9:29 2 Crônicas 12:15.

1013/975

Profeta de Judá

1 Reis 13:1.

978/918

Azarias, filho de Odede

2 Crônicas 15:1-7 .

1005/930

Hanâni

2 Crônicas 16:7-10 .

972/895

Jeú, filho de Hanâni.

1 Reis 16:1-7, 2 Crônicas 19:2, 20:34 .

950/885

Micaías filho de Inlá

1 Reis 22:8-2

949/896

Elias

1 Reis 17:1.

920/830

Joel

Joel 1:1; Atos 2: 16.

915/839

Eliseu

1 Reis 19:16.

848/775

Jonas

2 Reis 14:25; Jonas 1:1; Mateus 12:39-41;16:4; Lucas 11:29-3

780/680

Isaías

2 Reis 19,20. 2 Crôn. 26:22;32:20-32; Isaías.1:1.

790/690

Oseias

Oseias 1:1.

800/720

Amós

Amós 1:1; 7:14,15.

775/705

Odede

2 Crônicas 28:9.

775/705

Miqueias

Miqueias 1:1.

660/600

Sofonias

Sofonias 1:1.

655/585

Hulda

2 Reis 22:14

620/540

Obadias

Obadias 1:1

700/630

Naum

Naum 1:1

645/580

Habacuque

Habacuque 1: 1.

659/569

Jeremias

2 Crônicas 36:12,21. Jeremias 1:1,2.

629/559

Ezequiel

Ezequiel 1:3.

605/530

Daniel

Daniel 12:11. Mateus 24:15.

580/510

Ageu

Esdras 5:1; Esdras 6:14. Ageu 1:1.

560/490

Zacarias

Filho de Ido. Esdras 5:1;
Zacarias 1:1

456/386

Malaquias

Malaquias 1:1.

A PROFECIA E OS PROFETAS DE DEUS


Quem mostrou isso desde a antiguidade? Quem de há muito o anunciou? Porventura não sou eu, o Senhor? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim.” (Isaías 45:21).

A verdadeira profecia consiste em uma mensagem proveniente de Deus que foi dada através de um mensageiro para o conhecimento dos homens. Ela não se limita à revelação de acontecimentos futuros, mas também inclui advertências concernentes às situações contemporâneas.

A profecia é uma evidência da onisciência de Deus, em vista do seu cumprimento perfeito na ocasião adequada,  às vezes em ocasião claramente predeterminada. Nenhum outro ser, seja ele angélico ou humano, tem esse atributo.

Destacamos as seguintes características da verdadeira profecia:

  1. A verdadeira profecia não procede da interpretação particular de alguém (2 Pedro 1:20), e nunca foi produzida por vontade dos homens (2 Pedro 1:21).

  2. Foi anunciada desde a antiguidade (Lucas 1:70).

  3. Deus deu a profecia através de Cristo, e nos foi transmitida por Ele na forma de dom do Espírito Santo (Apocalipse 1:1, Efésios 4:11, Apocalipse 11:3, 1 Coríntios 12:10).

  4. Pode-se confiar nela, pois revela a realidade, como uma candeia que alumia em lugar escuro (Isaías 44:26, Atos 3:18).

  5. Cristo é o assunto principal (Atos 3:22-24, 10:43, 1 Pedro 1:10,11).

  6. Deus a cumpre, assim como a profecia concernente a Cristo tem sido cumprida fielmente ((2 Pedro 1:19, Lucas 24:44).

  7. A profecia é para o benefício das gerações futuras (1 Pedro 1:12).

A verdadeira profecia não deve ser desprezada, ao contrário, convém estarmos atentos e crermos nela pois ao ler, ouvir e guardar a profecia seremos abençoados (1 Tessalonicenses 5:20, 2 Pedro 1:19, 2 Crônicas 20:20, Apocalipse 1:3, 22:7).  Ela deve ser conservada intacta, pois haverá punição aos que acrescentarem ou tirarem algo dela (Apocalipse 22:18 e 19).

A curiosidade humana estimula a falsa profecia, e ela pode ser detectada porque não tem as características da verdadeira, listadas acima. A Palavra de Deus, que chamamos Bíblia, está completa e nela somos prevenidos:

“Se se levantar no meio de vós profeta, ou sonhador de sonhos, e vos anunciar um sinal ou prodígio,  e suceder o sinal ou prodígio de que vos houver falado, e ele disser: Vamos após outros deuses - deuses que nunca conhecestes - e sirvamo-los! Não ouvireis as palavras daquele profeta, ou daquele sonhador; porquanto o Senhor vosso Deus vos está provando, para saber se amais o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração e de toda a vossa alma. Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás.” (Deuteronômio 13:1-3, 18:22).

Deus comunicou a profecia muitas vezes e de muitas maneiras ao povo de Israel através de  homens escolhidos por Ele, que por isso são conhecidos como os “profetas” (Oséias 12:10), mas na Bíblia também são chamados de:

  1. atalaia de Israel” (Ezequiel 3:17, 33:7).

  2. homem de Deus” (1 Samuel 9:6), ou “santos homens de Deus” (2 Pedro 1:21).

  3. mensageiros” (do original hebraico “mal'ak” traduzido também como “anjo” em outros lugares, conforme indicado pelo contexto ou preferência do tradutor). (2 Crônicas 36:15).

  4. profetas de Deus” (Esdras 5:2).

  5. santos profetas” (Lucas 1:70, Apocalipse 18:20, 22:6).

  6. servos de Deus” (Jeremias 35:15).

  7.  “vidente” (1 Samuel 9:9, etc.)

Os profetas eram mensageiros, portanto simplesmente transmitiam o que recebiam de Deus. Tinham que ser corajosos e destemidos (Ezequiel 2:6, 3:9), vigilantes e fiéis (Ezequiel 3:17-21), receber a mensagem com atenção (Ezequiel 3:10), nada dizer além do que receberam de Deus (Deuteronômio 18:20) mas declarar tudo o que Deus lhes havia comandado dizer (Jeremias 26:2).

Portanto, nunca modificavam ou tiravam alguma parte da profecia ou davam largas à sua própria imaginação para acrescentar detalhes. O que diziam era o que Deus dizia. Por isso podiam dizer com toda a verdade “Assim diz o Senhor” (essa frase aparece 407 vezes no Velho Testamento). 

No Velho Testamento, nos tempos dos reis de Israel, os profetas tinham escolas (1 Reis 20:35, 2 Reis 2:3-15, 4:1,38, 9:1), aconselhavam os reis (Isaías 37:1-7), escreviam suas crônicas (1 Crônicas 29:29), eram perseguidos, aprisionados e martirizados (Hebreus 11:32-40) pois, como declarou o Senhor Jesus “Em verdade vos digo que nenhum profeta é aceito na sua terra” (Lucas 4:24). Os profetas de Deus manifestavam notável integridade moral e coragem física porque tinham uma fé dinâmica no SENHOR.

Deus falava aos profetas de várias maneiras, frequentemente em visões e usava parábolas (Oséias 12:10), para revelar o Seu segredo a eles (Amós 3:4). Falou em voz audível (Números 12:8, 1 Samuel 3:4-14), usou anjos como portavozes (Daniel 8:15-26, Apocalipse 22:8-9), e falava em sonhos e visões (Números 12:6, Joel 2:28).

Por sua vez, os profetas também transmitiam a mensagem recebida de Deus de várias maneiras para aqueles a quem era destinada, sempre movidos pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:21) em nome do Senhor (Tiago 5:10). Às vezes transmitiam a mensagem em forma de poesia cantada (Deuteronômio 32:44, Isaías 5:1), usavam instrumentos musicais (1 Samuel 10:5, 2 Reis 3:15-19), faziam uso de parábolas e enigmas (2 Samuel 12:1-6, Ezequiel 17:2-10), faziam uma ilustração em que às vezes atuavam (Isaias 20:2-4, Jeremias 19:1,10-11, Ezequiel 4:1-13, Oséias 1:2-9, Atos 21:11).

Além de dar a notícia de acontecimentos futuros, a profecia de Deus pode conter admoestações e prevenções, por exemplo sobre a apostasia (1 João 2:19, Judas 1:17-18), os falsos mestres (2 Pedro 2:3), as tribulações das igrejas (Apocalipse 2:10). Havia profecias que abalavam os profetas emocionalmente (Jeremias 23:9, Ezequiel 3:14,15). 

Deus falou aos homens mediante profecias até que a última profecia foi ditada a João na ilha de Patmos, que conhecemos como o livro do Apocalipse. Esta é “a revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu anjo, as notificou a seu servo João” (capítulo 1:1).

Ela nos previne solenemente “Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro.

Portanto a profecia de Deus está completa. Qualquer outra que aparecer não provém de Deus, mas é falsa e mentirosa.

A PRÁTICA DA FÉ


Tiago 2.14-26

A verdadeira fé salvadora em Cristo mostrar-se-á inevitavelmente no caráter e na conduta do crente, produzindo obras de obediência e de amor - isto é, de obediência a Deus e de amor para o próximo. Sem essas obras, a "fé" professada será somente de boca ou da mente.

Na verdade, nenhum descrente pode trazer tanto descrédito ao ministério do Evangelho como um "crente" que tem mau testemunho - cujas obras não correspondem à sua profissão de fé.

A FÉ MORTA 14-17

Eis uma espécie de fé que é somente teórica ou intelectual, mas sem contato real com Deus. A pessoa crê que a Bíblia é certa, que o Evangelho a respeito de Jesus e a salvação (ou a perdição) é a verdade, pode dizer-se "crente" e ser membro de uma igreja - porém não se vê na sua conduta evidência alguma do senhorio e do amor de Cristo. Tal pessoa "crê" tudo, como doutrina, mas não permite que a sua "crença" guie a sua vida; não "nasceu de novo" - a sua fé é tão inútil como a "caridade" que se condói, em palavras do necessitado, mas embora podendo, nada faz para aliviá-lo.

A FÉ INOPERANTE 18-20

A fé que é somente intelectual, aceitando a existência de Deus e a verdade da Escritura, não é melhor do que a crença dos demônios; eles sabem que Deus existe e que a Sua Palavra é a verdade - mas não são por isso salvos e tremem na contemplação do seu destino horrível.

Os "pagãos" têm muitos "deuses", aos quais servem por medo. A Escritura diz que estes "deuses" são realmente demônios (1a. Coríntios 10.19-20); todavia, há "cristãos" que dizem, indignados que "não são pagãos", porém a sua fé não vai além da dos demônios: crêem em Deus, mas não O amam, nem a Ele obedecem.

A fé que não se mostra por meio de uma vida convertida, por meio de um amor que obedeça à vontade de Cristo - tal fé é inoperante para a salvação, pois o seu possuidor nunca recebeu a Jesus Cristo como SENHOR da sua vida (Tomanos 10.9). Cristo não vive nele (Gálatas 2.20).


A FÉ JUSTIFICADORA 21-26

Neste trecho, Tiago mostra dois exemplos, tirados do Velho Testamento, de pessoas cuja fé em Deus foi claramente demonstrada pelas obras que fizeram como crentes - não para se salvarem, mas como resultado de já serem salvas. Tanto Abraão como Raabe eram crentes em Deus antes de fazerem as obras mencionadas aqui por Tiago - veja Gênesis 15.16; Josué 2.9-11. Esta sua fé salvadora, já conhecida por Deus, foi revelada aos homens pelas obras que ela produziu neles em certas circunstâncias - pela prontidão de Abraão em preparar-se para oferecer a seu filho Isaque em holocausto a Deus e pela ajuda que Raabe deu aos espias israelitas, arriscando assim a própria vida dela.

Estas "obras" não salvaram a Raabe nem a Abraão, pois "pelas obras ninguém se salva" (Romanos 3.20) - mas eram a prova ou o fruto da fé por meio da qual já tinham sido salvos; eram as "boas obras" que achamos na exortação de Mateus 5.16 - "brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" e em 1a Pedro 2.12 - "mantendo o vosso procedimento no meio dos gentios para que naquilo que falam contra vós como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação".

Assim, Pedro, Tiago, Paulo e João estão de acordo neste assunto:

  • "Somos feitura dEle (de Deus) criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Efésios 2.10).
  • "Nós O amamos, porque Ele nos amou primeiro" (1a. João 4.19).
  • "Observando-vos em vossas boas obras" ( 1a. Pedro 2.12).
  • "Assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras está morta" (Tiago 2.26).

Que a nossa fé seja viva e operante, produzindo os frutos que serão para a glória de Deus.


Richard Dawson Jones (1895 - 1987)

("Vigiai e Orai" - No.59 - março de 1983)

A PALAVRA DE DEUS


Efésios 6:10 - 17

Ao estudar as heresias de algumas das mais importantes religiões que se autodenominam cristãs hoje (católico-romanas, os russellitas, os adventistas, os carismáticos, os mórmons e os espíritas), observa-se suas principais características:

  • Um "novo Evangelho", isto é, uma ou mais características acrescentadas à Bíblia: dogmas papais e bulas, os ensinamentos dos "pais da igreja", filosofias humanas, novas "revelações" em sonhos e visões, "profecias", um novo "batismo do Espírito Santo", a "tradução" de texto alegadamente escrito em "tabletes de ouro" divulgados por um "anjo". (Marcos 7:9-13, João 12:48, Gálatas 1:8, 1 Tessalonicenses 2:13, Apocalipse 22:18-19.)

  • A distorção do texto sagrado, modificando o significado real do original, para apoiar suas teorias estranhas. (Provérbios 30:5-6, Deuteronômio 4:2, Mateus 4:6, 22:23-29, 2 Coríntios 2:17, 4:2, Gálatas 1:7,2, 2 Timóteo 4:3-4, 2 Pedro 3:15-17).

Tendo colocado a Palavra de Deus de lado, ou transformado a sua mensagem, as heresias mais ridículas, absurdas e blasfemas foram preparadas, com o objetivo satânico da interposição de uma barreira entre as pessoas e a sua comunhão com Deus através da fé em Cristo, e de promover os interesses financeiros daqueles que as proclamam.

No entanto, a Bíblia é a Palavra de Deus, a Palavra da Verdade, os oráculos de Deus, as Escrituras proféticas, as Sagradas Escrituras, e a espada do Espírito, como ela própria proclama ser (Romanos 1:2, 3:2, 16:26, Efésios 6:17, Hebreus 4:12, Tiago 1:18).

Ela tem toda a autoridade, ela é inspirada por Deus, ela opera de forma eficiente nos crentes, é a verdade, ela é perfeita, ela é viva e eficaz, é forte, é cortante, é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração e é pura. (Salmo 19:7, 119:160, Provérbios 30:5, Jeremias 23:29, 1 Tessalonicenses 2:13,2, 3:16, Hebreus 4:12; 1Pedro 4:11).

Quando lemos que ela é inspirada por Deus em 2 Timóteo 3:16, a palavra usada no original grego é theopneustos, o que significa soprado por Deus: cada palavra no original é de origem divina. Nunca lemos que os autores foram inspirados, o que poderia nos levar a pensar, como os que ensinam heresias querem que a gente pense, que os autores teriam sido inspirados a escrever suas próprias idéias. Como lemos em 2 Pedro 1:21, "a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo." Aqui "profecia" não significa apenas a revelação de eventos futuros, mas uma mensagem que inclui a transmissão de tudo o que procede de Deus, isto é, toda a Bíblia.

Muitos textos da Bíblia começam com as palavras "assim diz o Senhor", "ouvi a palavra do Senhor" e semelhantes. Ezequiel diz que o que está escrevendo são as "palavras de Deus". Nos quatro breves capítulos de Malaquias, o último livro do Antigo Testamento, "diz o Senhor dos Exércitos" aparece vinte e quatro vezes. O apóstolo Paulo declara, depois de afirmar que só o Espírito de Deus conhece as coisas de Deus, que ele falou "não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo" (1 Coríntios 2:13, João 16:13).

O conteúdo da Bíblia é confirmado pelo cumprimento de suas profecias (João 5:39, 45-47, Hebreus 2:1 - 4) e sua infalibilidade (João 10:35). É curioso que toda a Bíblia em suas línguas originais pode ser convertida em números, e eles formam uma rede complexa, mas bem organizada do número sete e seus múltiplos, que liga as suas frases, seus parágrafos e seus livros na língua em que foram escritos: é o único livro no mundo onde isso acontece e nenhuma mente humana é capaz fazer algo parecido! O nome de Jesus Cristo, por exemplo, tem o valor numérico de 749: sete e sete vezes sete.

O caráter de "respirado por Deus" pertence exclusivamente aos livros da Bíblia. Não importa o que é dito pelos homens depois que o livro do Apocalipse foi escrito - o último livro a ser escrito - nada mais foi dado por revelação, nem existem quaisquer palavras adicionais ditas ao homem pelo Espírito Santo. A autenticidade e autoridade do que é dito está na medida em que se conforma à própria Bíblia. Nenhuma pessoa ou igreja tem o direito requerer para si a autoridade que só existe na Palavra de Deus.

A Bíblia é a mensagem divina para a humanidade, e não é um privilégio apenas de estudiosos, religiosos ou intelectuais er a sua mensagem: ela foi escrita para todos. Entende-se por meio da instrução do Espírito Santo, que habita em todos os crentes, por meio de uma análise aprofundada do seu conteúdo, e o uso da razão, comparando os vários textos que tratam do mesmo assunto, ouvindo os ensinamentos dos mais experientes, mas sempre verificando as Sagradas Escrituras para ver se o ensino é correto (João 5:39, Atos 17:2, 10-12, 1 Coríntios 2:10-14, 2 Pedro 1:20-21).

A leitura, compreensão e aplicação da Palavra de Deus resultam em provas de que o Cristo é Jesus, Quem é a salvação, a regeneração para uma nova vida, a purificação do nosso caráter, a iluminação do nosso caminho, o crescimento espiritual e a derrota do diabo (Salmo 119:9,11,105, 130, João 17:17, 20:31, Atos 18:28, 20:32, Efésios 6:16,17, 2 Timóteo 3:15, Hebreus 4:12, 1 Pedro 1:23).

A Palavra de Deus nos ensina que deve ser lida em uma base diária, ser amada e guardada com alegria no coração, recebida com humildade, obedecida, e ensinada aos filhos (Deuteronômio 11:19, 17:19, Salmo 1:2, 119:11,97,113,167, João 15:7, Atos 17:11, Colossenses 3:16, Tiago 1:21-22).

 

R David Jones

A ORIGEM DA MORAL


O dicionário de Houaiss define moral como “conjunto de valores, individuais ou coletivos, considerados universalmente como norteadores das relações sociais e da conduta dos homens”, e, filosoficamente, como “cada um dos sistemas variáveis de leis e valores estudados pela ética, caracterizados por organizarem a vida das múltiplas comunidades humanas, diferenciando e definindo comportamentos proscritos, desaconselhados, permitidos ou ideais”.

Vista através das lentes obscuras das teorias da evolução, a moralidade é um problema muito difícil: não há como chegar à sua origem de uma forma lógica, embora tendo que admitir como realidade os conceitos de “bem” e “mal” que distinguem os seres humanos de todos os animais.

Não existe uma explicação plausível para uma origem da moral através da evolução, não importando quantos “zeros” se acrescentem ao tempo que levaria. Vejamos alguns argumentos usados pelos ateus:

  1. “Acredito na distinção do que é certo (o bem) e errado (o mal) e também acredito na evolução, logo é óbvio que são compatíveis”. Mas isto não faz sentido, pois é possível, e acontece muito, acreditar em falsidades. É necessário saber a realidade, não o que apenas se acredita, mesmo que seja a maioria. A moralidade não se justifica pela evolução.

  2. “Os padrões do que é certo ou errado podem ser adotados pelas pessoas”. Mas se cada um pode criar os seus próprios padrões do que é certo ou errado, então ninguém pode acusar outrem de estar fazendo o que é errado, porque ele pode inventar o seu próprio código moral. Por hipótese, alguém poderia montar para si um código moral em que é legítimo cometer um assassinato. Ficamos perturbados com isto, mas como poderíamos dizer que ele estaria agindo mal ao matar outros, se a moralidade é apenas a escolha de um padrão pessoal? O mesmo acontece quando o padrão é da livre escolha de um grupo, sociedade ou nação. Não seria possível julgar a justiça de uma lei, por exemplo.

  3. “O ‘bem’ é o que traz a maior felicidade para a maioria”. Isto é um padrão adotado artificialmente em torno de um objetivo, a felicidade da maioria, sendo esta por sua vez algo subjetivo, indefinível, que varia entre as pessoas. Se todos somos o resultado de acidentes químicos, como querem os evolucionistas, o que nos faz cuidar pelo bem-estar dos outros? Não faz sentido para um ateu.

Se os seres humanos são apenas o resultado inevitável das leis da física e química atuando ao longo do tempo, como podem as pessoas ter uma verdadeira escolha do que fazem? Se as decisões são simplesmente determinadas por reações eletroquímicas no cérebro, que por sua vez seriam apenas o resultado de bilhões de erros feitos ao acaso em cópias do seu DNA, como então podemos responsabilizar as pessoas pelos seus atos?

Afinal, não culpamos o planeta Vênus por girar para trás. Não ficamos indignados com bicarbonato de sódio porque reage com vinagre. Isto é apenas o que necessariamente acontece no universo em obediência às leis naturais. Então por que iria um evolucionista se indignar com o que um ser humano faz para outro, se todos não somos mais que reações químicas complexas? Afinal, o que um animal faz para outro é moralmente irrelevante.

Talvez o ateu nos diga que “moralidade é aquilo que a maioria decide que deva ser”. Mas esta definição tem os mesmos defeitos que as opiniões anteriores. Transfere uma opinião não justificada de uma só pessoa para um grupo, sendo arbitrária e podendo levar a conclusões absurdas. Por exemplo, Hitler conseguiu convencer uma maioria do seu povo que suas ações eram certas, também Mussolini e Stalin escolheram um código moral em que o assassínio em massa era perfeitamente aceitável. Pela sua definição de moralidade, os ateus e evolucionistas são obrigados a afirmar que essas ações eram boas.

Note-se que na definição do dicionário acima, “moral é o conjunto de valores considerados universalmente como norteadores”. Num mundo ateu, evolucionista, seria necessário haver enquetes mundiais sucessivas sobre cada um destes valores a fim de se chegar a um conjunto norteador das relações sociais e da conduta dos homens. Os conceitos sobre o que é certo ou errado não passariam de ser resultado de uma avaliação das preferências pessoais da maioria da população do mundo – algo inatingível, muito menos a unanimidade.

Fora da criação bíblica, a moral não tem qualquer justificativa. Embora os incrédulos venham a classificar as ações como “boas” ou “más”, eles não têm qualquer base consistente para definir o que é “bom” ou “mau”.

Na verdade, muitos evolucionistas deixam bem claro que a evolução não fornece qualquer base para a moralidade. O eminente evolucionista e professor de biologia William Provine da Universidade Cornell, nos EUA, ao falar das implicações do darwinismo, declarou: “Não existe base fundamental para a ética, nenhum significado fundamental para a vida, e o livre arbítrio é um mito humano”. Se a evolução fosse verdade, não poderia haver um código moral universal ao qual todas as pessoas devessem aderir.

Também Steve Weinberg, evolucionista e professor de física da Universidade do Texas, EUA, laureado com o prêmio Nobel, declarou: “Penso que parte da missão histórica da ciência tem sido nos ensinar que não somos brinquedos da intervenção sobrenatural, que podemos achar nosso próprio caminho no universo, e que temos que encontrar nosso próprio sentido de moralidade”. Novamente, se a moralidade é determinada por nós próprios, então não se justifica compilar um código moral universal que todo mundo deve obedecer.

A Bíblia não só explica a moralidade, mas também a razão por que os evolucionistas se comportam assim. Mesmo aqueles que não têm fundamento para ela dentro do seu ponto de vista ateu, acreditam num código moral; isso porque no fundo do seu coração realmente conhecem o Deus da criação, apesar da sua declaração ao contrário. A Sagrada Escritura nos diz que todos conhecem o Deus bíblico, mas que eles suprimem a verdade sobre Deus (Romanos 1:18-21).

Em suma, se não houvesse um Deus criador, Aquele que inspirou e nos entregou a Sua Palavra, o “bem” e o “mal” se reduziriam a meras preferências pessoais, e esta seria a origem da moralidade.

Para compreender: (a) por que existe um código moral; (b) por que todo mundo o conhece; (c) por que ninguém pode obedecê-lo totalmente, é imprescindível considerar Gênesis literalmente, sob um ponto de vista cristão.

Embora a maioria das pessoas não o reconheça, o modelo de moralidade e as regras de justiça que a humanidade em geral na realidade delineia têm a sua origem e base na Bíblia, especificamente na história literal do livro de Gênesis. A Bíblia declara ser ela própria a única Palavra de Deus revelada aos homens (2 Timóteo 3:16, 2 Pedro 1:21, Gálatas 1:8). A Bíblia nos diz que Deus é o Criador de todas as coisas e, portanto, todas as coisas Lhe pertencem (Gênesis 1:1; Salmo 24:1). Assim, Deus como o Criador tem o direito de definir padrões absolutos de comportamento.

Gênesis não só justifica a existência do código moral, mas também explica a incapacidade das pessoas de cumprir integralmente esse código. A primeira violação do código moral pela humanidade foi a desobediência de Adão e Eva a Deus ao comerem do fruto da árvore da ciência do bem e do mal (Gênesis 2:17; 3:6). A Bíblia ensina que a natureza rebelde (pecaminosa) é herdada: passa dos pais aos seus descendentes. Assim, todas as pessoas têm em sua natureza uma tendência ao pecado (uma tendência a se revoltarem contra Deus) porque são descendentes de Adão e Eva que cometeram o primeiro pecado (Romanos 5:12; Gálatas 5:17).

O pecado de Adão resultou na maldição de todas as coisas e toda a criação passou a sofrer os efeitos da maldição desde então (Romanos 8:22-23). Assim, um entendimento literal de Gênesis explica por que as pessoas são “imorais” para começar, bem como os “males naturais” em nosso mundo. Lamentavelmente o mundo prefere ficar na escuridão espiritual do que ver expostas à luz as suas más ações (João 3:19). Como Adão tentou se esconder da presença de Deus (Gênesis 3:8), assim também fazem os seus descendentes. Mas a solução para o pecado não é supressão; é confissão e arrependimento (1 João 1:9). Cristo é fiel para perdoar todo aquele que invocar o Seu Nome (Romanos 10:13).

Quase todo mundo acredita que as pessoas deveriam se comportar de uma certa forma: que existe um código moral. No entanto, a fim da moralidade ter algum significado, a Bíblia e um Gênesis literal têm que ser verdade. Uma vez que Deus criou os seres humanos, Ele determina o que é certo e errado, e somos responsáveis a Ele pelas nossas ações.

Devemos, portanto, concluir que os evolucionistas são inconsistentes (irracionais) quando falam de moralidade. Como muitas outras coisas que temos no mundo, a existência da moralidade confirma que a criação bíblica é verdade.

 

R David Jones

 

A ORIGEM DA MORAL


O dicionário de Houaiss define moral como “conjunto de valores, individuais ou coletivos, considerados universalmente como norteadores das relações sociais e da conduta dos homens”, e, filosoficamente, como “cada um dos sistemas variáveis de leis e valores estudados pela ética, caracterizados por organizarem a vida das múltiplas comunidades humanas, diferenciando e definindo comportamentos proscritos, desaconselhados, permitidos ou ideais”.

Vista através das lentes obscuras das teorias da evolução, a moralidade é um problema muito difícil: não há como chegar à sua origem de uma forma lógica, embora tendo que admitir como realidade os conceitos de “bem” e “mal” que distinguem os seres humanos de todos os animais.

Não existe uma explicação plausível para uma origem da moral através da evolução, não importando quantos “zeros” se acrescentem ao tempo que levaria. Vejamos alguns argumentos usados pelos ateus:

  1. “Acredito na distinção do que é certo (o bem) e errado (o mal) e também acredito na evolução, logo é óbvio que são compatíveis”. Mas isto não faz sentido, pois é possível, e acontece muito, acreditar em falsidades. É necessário saber a realidade, não o que apenas se acredita, mesmo que seja a maioria. A moralidade não se justifica pela evolução.

  2. “Os padrões do que é certo ou errado podem ser adotados pelas pessoas”. Mas se cada um pode criar os seus próprios padrões do que é certo ou errado, então ninguém pode acusar outrem de estar fazendo o que é errado, porque ele pode inventar o seu próprio código moral. Por hipótese, alguém poderia montar para si um código moral em que é legítimo cometer um assassinato. Ficamos perturbados com isto, mas como poderíamos dizer que ele estaria agindo mal ao matar outros, se a moralidade é apenas a escolha de um padrão pessoal? O mesmo acontece quando o padrão é da livre escolha de um grupo, sociedade ou nação. Não seria possível julgar a justiça de uma lei, por exemplo.

  3. “O ‘bem’ é o que traz a maior felicidade para a maioria”. Isto é um padrão adotado artificialmente em torno de um objetivo, a felicidade da maioria, sendo esta por sua vez algo subjetivo, indefinível, que varia entre as pessoas. Se todos somos o resultado de acidentes químicos, como querem os evolucionistas, o que nos faz cuidar pelo bem-estar dos outros? Não faz sentido para um ateu.

Se os seres humanos são apenas o resultado inevitável das leis da física e química atuando ao longo do tempo, como podem as pessoas ter uma verdadeira escolha do que fazem? Se as decisões são simplesmente determinadas por reações eletroquímicas no cérebro, que por sua vez seriam apenas o resultado de bilhões de erros feitos ao acaso em cópias do seu DNA, como então podemos responsabilizar as pessoas pelos seus atos?

Afinal, não culpamos o planeta Vênus por girar para trás. Não ficamos indignados com bicarbonato de sódio porque reage com vinagre. Isto é apenas o que necessariamente acontece no universo em obediência às leis naturais. Então por que iria um evolucionista se indignar com o que um ser humano faz para outro, se todos não somos mais que reações químicas complexas? Afinal, o que um animal faz para outro é moralmente irrelevante.

Talvez o ateu nos diga que “moralidade é aquilo que a maioria decide que deva ser”. Mas esta definição tem os mesmos defeitos que as opiniões anteriores. Transfere uma opinião não justificada de uma só pessoa para um grupo, sendo arbitrária e podendo levar a conclusões absurdas. Por exemplo, Hitler conseguiu convencer uma maioria do seu povo que suas ações eram certas, também Mussolini e Stalin escolheram um código moral em que o assassínio em massa era perfeitamente aceitável. Pela sua definição de moralidade, os ateus e evolucionistas são obrigados a afirmar que essas ações eram boas.

Note-se que na definição do dicionário acima, “moral é o conjunto de valores considerados universalmente como norteadores”. Num mundo ateu, evolucionista, seria necessário haver enquetes mundiais sucessivas sobre cada um destes valores a fim de se chegar a um conjunto norteador das relações sociais e da conduta dos homens. Os conceitos sobre o que é certo ou errado não passariam de ser resultado de uma avaliação das preferências pessoais da maioria da população do mundo – algo inatingível, muito menos a unanimidade.

Fora da criação bíblica, a moral não tem qualquer justificativa. Embora os incrédulos venham a classificar as ações como “boas” ou “más”, eles não têm qualquer base consistente para definir o que é “bom” ou “mau”.

Na verdade, muitos evolucionistas deixam bem claro que a evolução não fornece qualquer base para a moralidade. O eminente evolucionista e professor de biologia William Provine da Universidade Cornell, nos EUA, ao falar das implicações do darwinismo, declarou: “Não existe base fundamental para a ética, nenhum significado fundamental para a vida, e o livre arbítrio é um mito humano”. Se a evolução fosse verdade, não poderia haver um código moral universal ao qual todas as pessoas devessem aderir.

Também Steve Weinberg, evolucionista e professor de física da Universidade do Texas, EUA, laureado com o prêmio Nobel, declarou: “Penso que parte da missão histórica da ciência tem sido nos ensinar que não somos brinquedos da intervenção sobrenatural, que podemos achar nosso próprio caminho no universo, e que temos que encontrar nosso próprio sentido de moralidade”. Novamente, se a moralidade é determinada por nós próprios, então não se justifica compilar um código moral universal que todo mundo deve obedecer.

A Bíblia não só explica a moralidade, mas também a razão por que os evolucionistas se comportam assim. Mesmo aqueles que não têm fundamento para ela dentro do seu ponto de vista ateu, acreditam num código moral; isso porque no fundo do seu coração realmente conhecem o Deus da criação, apesar da sua declaração ao contrário. A Sagrada Escritura nos diz que todos conhecem o Deus bíblico, mas que eles suprimem a verdade sobre Deus (Romanos 1:18-21).

Em suma, se não houvesse um Deus criador, Aquele que inspirou e nos entregou a Sua Palavra, o “bem” e o “mal” se reduziriam a meras preferências pessoais, e esta seria a origem da moralidade.

Para compreender: (a) por que existe um código moral; (b) por que todo mundo o conhece; (c) por que ninguém pode obedecê-lo totalmente, é imprescindível considerar Gênesis literalmente, sob um ponto de vista cristão.

Embora a maioria das pessoas não o reconheça, o modelo de moralidade e as regras de justiça que a humanidade em geral na realidade delineia têm a sua origem e base na Bíblia, especificamente na história literal do livro de Gênesis. A Bíblia declara ser ela própria a única Palavra de Deus revelada aos homens (2 Timóteo 3:16, 2 Pedro 1:21, Gálatas 1:8). A Bíblia nos diz que Deus é o Criador de todas as coisas e, portanto, todas as coisas Lhe pertencem (Gênesis 1:1; Salmo 24:1). Assim, Deus como o Criador tem o direito de definir padrões absolutos de comportamento.

Gênesis não só justifica a existência do código moral, mas também explica a incapacidade das pessoas de cumprir integralmente esse código. A primeira violação do código moral pela humanidade foi a desobediência de Adão e Eva a Deus ao comerem do fruto da árvore da ciência do bem e do mal (Gênesis 2:17; 3:6). A Bíblia ensina que a natureza rebelde (pecaminosa) é herdada: passa dos pais aos seus descendentes. Assim, todas as pessoas têm em sua natureza uma tendência ao pecado (uma tendência a se revoltarem contra Deus) porque são descendentes de Adão e Eva que cometeram o primeiro pecado (Romanos 5:12; Gálatas 5:17).

O pecado de Adão resultou na maldição de todas as coisas e toda a criação passou a sofrer os efeitos da maldição desde então (Romanos 8:22-23). Assim, um entendimento literal de Gênesis explica por que as pessoas são “imorais” para começar, bem como os “males naturais” em nosso mundo. Lamentavelmente o mundo prefere ficar na escuridão espiritual do que ver expostas à luz as suas más ações (João 3:19). Como Adão tentou se esconder da presença de Deus (Gênesis 3:8), assim também fazem os seus descendentes. Mas a solução para o pecado não é supressão; é confissão e arrependimento (1 João 1:9). Cristo é fiel para perdoar todo aquele que invocar o Seu Nome (Romanos 10:13).

Quase todo mundo acredita que as pessoas deveriam se comportar de uma certa forma: que existe um código moral. No entanto, a fim da moralidade ter algum significado, a Bíblia e um Gênesis literal têm que ser verdade. Uma vez que Deus criou os seres humanos, Ele determina o que é certo e errado, e somos responsáveis a Ele pelas nossas ações.

Devemos, portanto, concluir que os evolucionistas são inconsistentes (irracionais) quando falam de moralidade. Como muitas outras coisas que temos no mundo, a existência da moralidade confirma que a criação bíblica é verdade.

 

R David Jones

 


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