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OLA SOU ELIANE RAMOS, APÓSTOLA DA IALJAN E QUERO APRESENTAR MEU TRABALHO

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NO AR DESDE 31 DE JANEIRO DE 2014


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sábado, 19 de setembro de 2020

PROFETAS E REIS, O CATIVEIRO ASSIRIO

Os últimos anos do malfadado reino de Israel foram assinalados pela violência e derramamento de sangue como jamais havia sido testemunhado mesmo nos piores períodos de lutas e inquietação sob a casa de Acabe. Por mais de dois séculos os governantes das dez tribos haviam estado a semear ventos; agora colhiam tempestade. Rei após rei havia sido assassinado a fim de abrir caminho para que outros ambiciosos reinassem. "Eles fizeram reis", declara o Senhor a respeito desses ímpios usurpadores, "mas não por Mim; constituíram príncipes, mas Eu não o soube." Osé. 8:4. Todo princípio de justiça fora posto de lado; os que deviam ter-se posto ante as nações da Terra como depositários da graça divina, "aleivosamente se houveram contra o Senhor" (Osé. 5:7) e uns contra os outros.

Com as mais severas reprovações, Deus buscou despertar a nação impenitente para a realidade do iminente perigo de sua completa destruição. Por intermédio de Oséias


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e Amós Ele enviou às dez tribos mensagem após mensagem, exigindo amplo e completo arrependimento, e ameaçando-os com calamidades como resultado da contínua transgressão. "Lavrastes a impiedade", declarou Oséias, "segastes a perversidade, e comestes o fruto da mentira; porque confiaste no teu caminho, na multidão dos teus valentes. Portanto entre o teu povo se levantará um grande tumulto e todas as tuas fortalezas serão destruídas. ... O rei de Israel de madrugada será totalmente destruído." Osé. 10:13-15.

De Efraim o profeta declarou: "Estrangeiros lhe comeram a força, e ele não o sabe; também as cãs se espalharam sobre ele, e não o sabe". Osé. 7:9. "Israel rejeitou o bem". Osé. 8:3. "Quebrantado no juízo" (Osé. 5:11), incapazes de discernir a desastrosa perspectiva de seu mau caminho, as dez tribos deviam logo andar como vagabundas "entre as nações". Osé. 9:17.

Alguns dos líderes em Israel sentiam agudamente sua perda de prestígio, e desejavam poder reconquistá-lo. Mas em vez de abandonar aquelas práticas que haviam levado o enfraquecimento ao reino, continuaram em iniqüidade, lisonjeando-se com o pensamento de que quando surgisse a ocasião, poderiam alcançar o poder político desejado, aliando-se com os pagãos. "Quando Efraim viu a sua enfermidade, e Judá a sua chaga, subiu Efraim à Assíria". Osé. 5:13. "Efraim é como uma pomba enganada, sem entendimento; invocam o Egito, vão para a Assíria". Osé. 7:11. "Fazem aliança com a Assíria." Osé. 12:1.


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Por intermédio do homem de Deus que aparecera ante o altar de Betel, por intermédio de Elias e de Eliseu, de Amós e Oséias, o Senhor repetidamente expusera ante as dez tribos os males da desobediência. Não obstante as reprovações e rogos, Israel caiu cada vez mais baixo na apostasia. "Como uma vaca rebelde se rebelou Israel" (Osé. 4:16), declarou o Senhor; "Meu povo é inclinado a desviar-se de Mim." Osé. 11:7.

Ocasiões houve em que os juízos do Céu caíram pesadamente sobre o povo rebelde. "Por isso os abati pelos profetas", declarou Deus; "pela palavra de Minha boca os matei; e os Teus juízos sairão como a luz. Porque Eu quero misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus mais do que os holocaustos. Mas eles transpassaram o concerto, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra Mim." Osé. 6:5-7.

"Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel", foi a mensagem que finalmente lhes veio; "visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também Eu Me esquecerei de teus filhos. Como eles se multiplicaram, assim contra Mim pecaram; Eu mudarei a sua honra em vergonha. ... Visitarei sobre eles os seus caminhos, e lhes darei a recompensa das suas obras." Osé. 4:1 e 6-9.

A iniqüidade em Israel durante o último meio século antes do cativeiro assírio, era comparável à dos dias de Noé, e de qualquer outro século em que os homens tenham rejeitado a Deus e se entregado inteiramente à prática do mal. A exaltação da Natureza acima do Deus da Natureza, a adoração da criatura em lugar do Criador, tem sempre


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resultado nos mais crassos males. Assim, quando o povo de Israel, em seu culto a Baal e Astarote, renderam suprema homenagem às forças da Natureza, desvincularam-se de tudo que é inspirador e enobrecedor e caíram presa fácil da tentação. Com as defesas da alma derruídas, não tinham os enganados adoradores qualquer barreira contra o pecado, e renderam-se às más paixões do coração humano.

Contra a indisfarçada opressão, a flagrante injustiça, o luxo inusitado e extravagante, despudorados banquetes e bebedeiras, a grosseira licenciosidade e deboche de seu tempo, os profetas ergueram a voz; mas seus protestos foram vãos, em vão foi a denúncia do pecado. "Aborrecem na porta aos que repreendem", declarou Amós, "e abominam o que fala sinceramente". "Afligis o justo, tomais resgate, e rejeitais os necessitados na porta." Amós 5:10 e 12.

Tais eram alguns dos resultados que se tinham seguido ao estabelecimento de dois bezerros de ouro por Jeroboão. O primeiro afastamento das formas estabelecidas de adoração levara-os à introdução das mais grosseiras formas de idolatria, até que finalmente quase todos os habitantes da terra haviam-se entregue a sedutoras práticas de culto à Natureza. Esquecendo o seu Criador, os filhos de Israel "mui profundamente se corromperam". Osé. 9:9.

Os profetas continuaram a protestar contra esses males, e a reclamar a prática do bem. "Semeai para vós em justiça, ceifai segundo a misericórdia", apelava Oséias, "lavrai o campo da lavoura; porque é tempo de buscar ao Senhor, até que venha e chova a justiça sobre vós". Osé. 10:12. "Tu, pois, converte-te a teu Deus; guarda a beneficência e o juízo, e em teu Deus espera sempre." Osé. 12:6.


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"Converte-te, ó Israel, ao Senhor teu Deus; porque pelos teus pecados tens caído. ... Dizei-Lhe: Expulsa toda a iniqüidade, e recebe o bem". Osé. 14:1 e 2.

Aos transgressores foram dadas muitas oportunidades para se arrependerem. Em sua hora de mais profunda apostasia e maior necessidade, a mensagem de Deus a eles foi uma mensagem de perdão e esperança. "Para tua perda, ó Israel", Ele declarou, "tu te rebelaste contra Mim, contra o teu Ajudador. Onde está agora o teu rei, para que te guarde?" Osé. 13:9 e 10.

"Vinde, tornemos para o Senhor", o profeta suplicava, "porque Ele despedaçou, e nos sarará; fez a ferida, e a ligará. Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dEle. Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva será a Sua saída; e Ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra." Osé. 6:1-3.

Aos que tinham perdido de vista o plano dos séculos para o livramento dos pecadores iludidos pelo poder de Satanás, o Senhor ofereceu restauração e paz. "Eu sararei a sua perversão, Eu voluntariamente os amarei", o Senhor declarou; "porque a Minha ira se apartou dele. Eu serei para Israel como orvalho; ele florescerá como o lírio, e espalhará as suas raízes como o Líbano. Voltarão os que se assentarem à sua sombra; serão vivificados como o trigo, e florescerão como a vide; a sua memória será como o vinho do Líbano. Efraim dirá: Que mais tenho


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eu com os ídolos? eu o tenho ouvido, e isso considerarei; eu sou como a faia verde; de mim é achado o teu fruto.

"Quem é sábio, para que entenda estas coisas?

Prudente, para que as saiba?

Porque os caminhos do Senhor são retos,

E os justos andarão neles,

Mas os transgressores neles cairão." Osé. 14:4-9.

Os benefícios de buscar a Deus foram fortemente expostos. "Buscai-Me", convidou o Senhor, "e vivei. Mas não busqueis a Betel, nem venhais a Gilgal, nem passeis a Berseba, porque Gilgal certamente será levado cativo, e Betel será desfeito em nada".

"Buscai, o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o Deus dos exércitos, estará convosco, como dizeis. Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei o juízo na porta. Talvez o Senhor, o Deus dos exércitos, tenha piedade do resto de José." Amós 5:4, 5, 14 e 15.

A maioria dos que ouviram esses convites, recusaram-se a aproveitá-los. Tão contrários aos maus desejos dos impenitentes eram as palavras dos mensageiros de Deus, que o sacerdote idólatra de Betel mandou dizer ao rei de Israel: "Amós tem conspirado contra ti, no meio da casa de Israel; a terra não poderá sofrer todas as suas palavras." Amós 7:10.

Por intermédio de Oséias o Senhor declarou: "Sarando Eu a Israel, se descobriu a iniqüidade de Efraim, como também as maldades de Samaria". "A soberba de Israel testificará em sua face; todavia, não voltarão para o Senhor seu Deus, nem O buscarão em tudo isto." Osé. 7:1 e 10.


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De geração em geração o Senhor tinha tratado pacientemente com Seus transviados filhos; e mesmo agora, em face de ousada rebelião, Ele ainda ansiava por revelar-Se a eles como desejoso de salvar. "Que te farei, ó Efraim", clamou Ele, "que te farei, ó Judá? porque a vossa beneficência é como a nuvem da manhã, e como o orvalho da madrugada, que cedo passa." Osé. 6:4.

Os males que se haviam espalhado sobre a terra tinham-se tornado incuráveis; e sobre Israel fora pronunciada a terrível sentença: "Efraim está entregue aos ídolos; deixa-o".Osé. 4:17. "Chegaram os dias da visitação, chegaram os dias da retribuição; Israel o saberá." Osé. 9:7.

As dez tribos de Israel deviam agora ceifar o fruto da apostasia que se corporificara com o estabelecimento dos altares estranhos em Betel e Dã. A mensagem de Deus para eles foi: "O teu bezerro, ó Samaria, foi rejeitado; a Minha ira se acendeu contra eles; até quando serão eles incapazes de alcançar a inocência? Porque isso é mesmo de Israel; um artífice o fez, e não é Deus; mas em pedaços será desfeito o bezerro de Samaria". Osé. 8:5 e 6. "Os moradores de Samaria serão atemorizados pelo bezerro de Bete-Áven; porquanto o seu povo se lamentará por causa dele, como também os seus sacerdotes. ... À Assíria será levado como um presente ao rei Jarebe" (Senaqueribe). Osé. 10:5 e 6.

"Eis que os olhos do Senhor Jeová estão contra este reino pecador, e Eu o destruirei de sobre a face da Terra; mas não destruirei de todo a casa de Jacó, diz o Senhor. Porque eis que darei ordem, e sacudirei a


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casa de Israel entre todas as nações, assim como se sacode o grão no crivo, sem que caia na terra um só grão. Todos os pecadores do meu povo morrerão à espada, os quais dizem: Não se avizinhará nem nos encontrará o mal." Amós 9:8-10.

"E derribarei a casa de inverno com a casa de verão; e as casas de marfim perecerão, e as grandes casas terão fim, diz o Senhor." Amós 3:15. "Porque o Senhor, o Senhor dos exércitos, é o que toca a Terra, e ela se derrete, e todos os que habitam nela chorarão." Amós 9:5. "Teus filhos e tuas filhas cairão à espada, e a tua terra será repartida a cordel, e tu morrerás na terra imunda, e Israel certamente será levado cativo para fora da sua terra." Amós 7:17."E porque isto te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus." Amós 4:12.

Por algum tempo, esses juízos preditos foram retidos, e durante o longo reinado de Jeroboão II, os exércitos de Israel alcançaram assinaladas vitórias; mas este tempo de aparente prosperidade não promoveu qualquer mudança no coração dos impenitentes, e foi finalmente decretado: "Jeroboão morrerá à espada, e Israel certamente será levado para fora de sua terra em cativeiro." Amós 7:11.

A ousadia deste pronunciamento de nada aproveitou ao rei e ao povo, tão longe tinham ido em sua impenitência. Amazias, o líder entre os sacerdotes idólatras de Betel, exaltado pelas claras palavras pronunciadas pelo profeta contra a nação e seu rei, disse a Amós: "Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza; mas em Betel daqui por diante não profetizarás mais, porque é o santuário do rei e a casa do reino." Amós 7:12 e 13.

A isto o profeta respondeu com firmeza: "Assim diz o Senhor: ... Israel certamente será levado cativo." Amós 7:17.


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As palavras proferidas contra as tribos apóstatas foram literalmente cumpridas; contudo a destruição do reino se processou gradualmente. No juízo o Senhor Se lembrou da misericórdia, e a princípio, quando "veio Pul, rei da Assíria, contra a terra", Menaém, então rei de Israel, não foi levado cativo, mas foi-lhe permitido permanecer no trono como vassalo do domínio assírio. "Menaém deu a Pul mil talentos de prata, para que a sua mão fosse com ele, a fim de firmar o reino na sua mão. E Menaém tirou este dinheiro de Israel, e de todos os poderosos e ricos, para o dar ao rei da Assíria." II Reis 15:19 e 20. Havendo os assírios humilhado as dez tribos, voltaram por algum tempo para a sua própria terra.

Menaém, longe de arrepender-se do mal que havia acarretado a ruína de seu reino, continuou "nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar Israel". Pecaías e Peca, seus sucessores, também fizeram "o que parecia mal aos olhos do Senhor". II Reis 15:18, 24 e 28. "Nos dias de Peca", que reinou vinte anos, Tilgate-Pilneser, rei da Assíria, invadiu Israel, e retirou-se com a multidão de cativos dentre as tribos que habitavam na Galiléia e a leste do Jordão. "Os rubenitas e gaditas, e a meia tribo de Manassés", com os outros habitantes de "Gileade, e a Galiléia, e a toda a terra de Naftali" (I Crôn. 5:26; II Reis 15:29), os quais foram espalhados entre os pagãos, removidos da Palestina para distantes terras.

Deste terrível golpe o reino do norte jamais se recuperou. O debilitado remanescente continuou as formas de governo, embora não mais possuísse autoridade. Apenas mais um governante, Oséias, devia suceder a Peca. Logo o reino


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devia ser varrido para sempre. Mas nesse tempo de tristeza e angústia Deus ainda Se lembrou da misericórdia, e deu ao povo outra oportunidade para abandonar a idolatria. No terceiro ano do reinado de Oséias, o bom rei Ezequias começou a reinar sobre Judá, e tão depressa quanto possível instituiu importantes reformas nas cerimônias do templo em Jerusalém. Fizeram-se arranjos para a celebração da Páscoa, e para esta festa foram convidados não somente as tribos de Judá e Benjamim, sobre as quais Ezequias havia sido ungido rei, mas também todas as tribos do norte. Uma proclamação soou "por todo o Israel, desde Berseba até Dã, para que viessem a celebrar a Páscoa ao Senhor, Deus de Israel, a Jerusalém; porque muitos a não tinham celebrado como estava escrito.

"Foram, pois, os correios com as cartas, da mão do rei e dos seus príncipes, por todo o Israel e Judá", com o incisivo convite: "Filhos de Israel, convertei-vos ao Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, para que Se volte para aqueles de vós que escaparam, e ficaram da mão dos reis da Assíria... Não endureçais agora a vossa cerviz, como vossos pais; dai a mão ao Senhor, e vinde ao Seu santuário que Ele santificou para sempre, e servi ao Senhor vosso Deus, para que o ardor da Sua ira se desvie de vós. Porque, em vos convertendo ao Senhor, vossos irmãos e vossos filhos acharão misericórdia perante os que os levaram cativos, e tornarão a esta terra; porque o Senhor vosso Deus é piedoso e misericordioso, e não desviará de vós o Seu rosto, se vos converterdes a Ele". II Crôn. 30:5-9.


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E os correios enviados por Ezequias levaram a mensagem "de cidade em cidade, pela terra de Efraim e Manassés até Zebulom". Israel devia ter reconhecido neste convite um apelo ao arrependimento e para que voltassem a Deus. Mas o remanescente das dez tribos que ainda ficaram habitando o território do outrora florescente reino do norte, trataram os mensageiros reais de Judá com indiferença, e até mesmo com desdém. "Riram-se e zombaram deles". Houve uns poucos, entretanto, que alegremente atenderam. "Alguns de Aser, e de Manassés, e de Zebulom, se humilharam, e vieram a Jerusalém... para celebrar a festa dos pães asmos." II Crôn. 30:10-13.

Cerca de dois anos mais tarde, Samaria foi invadida pelos povos da Assíria, sob o comando de Salmaneser; e no cerco que se seguiu, multidões pereceram miseravelmente de fome e de enfermidades bem como pela espada. Caiu a cidade com a nação, e o humilhado remanescente das dez tribos foi levado cativo e espalhado entre as províncias do domínio assírio.

A destruição que abateu o reino do norte foi um juízo direto do Céu. Os assírios foram meramente o instrumento de que Deus Se serviu para realizar o Seu propósito. Por intermédio de Isaías, que começou a profetizar pouco antes da queda de Samaria, o Senhor Se referiu aos assírios como "a vara da Minha ira". "A Minha indignação", disse Ele, "é como bordão nas suas mãos". Isa. 10:5.

Gravemente haviam os filhos de Israel pecado "contra o Senhor seu Deus, ... e fizeram coisas ruins". "Não deram ouvidos, antes... rejeitaram os Seus estatutos, e o Seu concerto, que fizera com seus pais, como também os Seus


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testemunhos, com que protestara contra eles". Foi porque "deixaram todos os mandamentos do Senhor seu Deus, e fizeram imagens de fundição, dois bezerros, e fizeram um ídolo do bosque, e se prostraram perante todo o exército do céu, e serviram a Baal", e recusaram decididamente a arrepender-se, que o Senhor "os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os tirou de diante de Sua presença", em harmonia com as claras advertências que lhes enviara "pelo ministério de todos os Seus servos, os profetas". II Reis 17:7, 11, 14, 16, 20 e 23.

"Assim foi Israel transportado de sua terra à Assíria", "porque não obedeceram à voz do Senhor seu Deus, antes traspassaram o Seu concerto; e tudo quanto Moisés, servo do Senhor, tinha ordenado." II Reis 18:12.

Nos terríveis juízos acarretados sobre as dez tribos, o Senhor tivera um sábio e misericordioso propósito. Aquilo que Ele não mais podia fazer por intermédio deles na terra de seus pais, procuraria realizar espalhando-os entre os pagãos. Seu plano para a salvação de todo aquele que escolhesse apropriar-se do perdão mediante o Salvador da raça humana devia de alguma forma ser cumprido; e nas aflições levadas a Israel, estava ele preparando o caminho para que Sua glória fosse revelada às nações da Terra. Nem todos os que foram levados cativos eram impenitentes. Entre eles havia alguns que tinham permanecido leais a Deus, e outros que se haviam humilhado perante Ele. Por intermédio desses, os "filhos do Deus vivo" (Osé. 1:10), Ele levaria multidões no reino assírio ao conhecimento dos atributos de Seu caráter e beneficência da Sua lei.

PROFETAS E REIS, A GRANDE CIDADE DE NÍNIVE

Entre as cidades do mundo antigo nos dias do reino de Israel dividido, uma das maiores foi Nínive, a capital do domínio assírio. Fundada sobre as férteis barrancas do Tigre, logo depois da dispersão da Torre de Babel, floresceu através dos séculos, até que se tornou "uma grande cidade, de três dias de caminho". Jon. 3:3.

No tempo de sua prosperidade temporal Nínive era um centro de crime e impiedade. A inspiração havia-a caracterizado como "cidade ensangüentada... toda cheia de mentiras e de rapina". Naum 3:1. Em linguagem figurada, o profeta Naum comparou Nínive a um leão cruel, rapinante. "Sobre quem", interroga o profeta, "não passou continuamente a tua malícia?" Naum 3:19.

Embora ímpia como havia-se tornado, Nínive não estava inteiramente entregue ao mal. Aquele que "está vendo a todos os filhos dos homens" (Sal. 33:13), e "descobre todas as coisas preciosas" (Jó 28:10), viu na cidade muitos


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que estavam procurando alguma coisa melhor e mais alta, os quais, se lhes fosse dada oportunidade para conhecer ao Deus vivo, afastariam de si as más obras, e O adorariam. E assim, em Sua sabedoria Deus Se revelou a eles de maneira inconfundível, a fim de levá-los, se possível, ao arrependimento.

O instrumento escolhido para esta obra foi o profeta Jonas, filho de Amitai. A ele veio a palavra do Senhor: "Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até Mim." Jon. 1:1 e 2.

Como o profeta se pusesse a pensar nas dificuldades e aparentes impossibilidades desta comissão, foi tentado a pôr em dúvida a sabedoria do chamado. Do ponto de vista humano, parecia que nada se poderia ganhar em proclamar tal mensagem nesta cidade tão orgulhosa. Ele esqueceu por um momento que o Deus a quem servia era todo-sábio e todo-poderoso. Enquanto hesitava, duvidando ainda, Satanás sobrecarregou-o com o desencorajamento. O profeta foi tomado de grande temor, e "se levantou para fugir de diante da face do Senhor para Társis". Indo a Jope, e achando ali um navio pronto para zarpar, pagou a sua passagem, "e desceu para dentro dele, para ir com eles". Jon. 1:3.

No encargo que fora dado, havia sido confiada a Jonas uma pesada responsabilidade; contudo, Aquele que o havia mandado ir, estava apto a sustentar Seu servo e garantir-lhe o sucesso. Tivesse o profeta obedecido sem questionar, e ter-lhe-iam sido poupadas muitas experiências amargas e teria sido abundantemente abençoado. Não obstante, na hora do desespero de Jonas o Senhor não Se afastara dele. Através de uma série de provas e estranhas providências


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a confiança do profeta em Deus e em Seu infinito poder para salvar devia ser revivida.

Se, quando o chamado lhe veio pela primeira vez, Jonas se tivesse demorado em calma consideração, teria verificado quão tolo seria qualquer esforço de sua parte para escapar à responsabilidade imposta sobre ele. Mas não por muito tempo foi-lhe permitido prosseguir tranqüilamente em sua estulta fuga. "O Senhor mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava para quebrar-se. Então temeram os marinheiros, e clamava cada um ao seu deus, e lançavam no mar as fazendas, que estavam no navio, para o aliviarem do seu peso; Jonas, porém, desceu aos lugares do porão e se deitou, e dormia um profundo sono." Jon. 1:4 e 5.

Enquanto os marinheiros buscavam seus deuses pagãos pedindo socorro, o mestre do navio, excessivamente angustiado, foi em busca de Jonas, e disse: "Que tens, dormente? levanta-te, e invoca o teu Deus; talvez assim Deus Se lembre de nós, para que não pereçamos." Jon. 1:6.

Mas as orações do homem que se tinha desviado do caminho do dever, não trouxeram qualquer auxílio. Os marinheiros, impressionados com o pensamento de que a estranha violência da tempestade refletia a ira dos seus deuses, propuseram como último recurso o lançamento de sortes, "para que saibamos", disseram, "por que causa nos sobreveio este mal. E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas. Então lhe disseram: Declara-nos tu agora, por que razão nos sobreveio este mal. Que ocupação é a tua? e donde vens? qual é a tua terra? e de que povo és tu?


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"E ele lhes disse: Eu sou hebreu, e temo ao Senhor, o Deus do Céu, que fez o mar e a terra seca.

"Então estes homens se encheram de grande temor, e lhe disseram: Por que fizeste tu isto? Pois sabiam os homens que fugia de diante do Senhor, porque ele lho tinha declarado.

"E disseram-lhe: Que te faremos nós, para que o mar se acalme? porque o mar se elevava e engrossava cada vez mais. E ele lhes disse: Levantai-me, e lançai-me ao mar, e o mar se aquietará; porque eu sei que por minha causa vos sobreveio esta grande tempestade.

"Entretanto, os homens remavam, esforçando-se por alcançar a terra; mas não podiam, porquanto o mar se ia embravecendo cada vez mais contra eles. Então clamaram ao Senhor, e disseram: Ah! Senhor! nós Te rogamos! não pereçamos por causa da vida deste homem, e não ponhas sobre nós o sangue inocente; porque Tu, Senhor, fizeste como Te aprouve. E levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar, e cessou o mar da sua fúria. Temeram, pois, estes homens ao Senhor com grande temor; e ofereceram sacrifícios ao Senhor, e fizeram votos.

"Deparou, pois, o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe." Jon. 1:7-17.

"E orou Jonas ao Senhor, seu Deus, das entranhas do peixe. E disse:

"Na minha angústia clamei ao Senhor,

E Ele me respondeu;

Do ventre do inferno gritei,

E Tu ouviste a minha voz.


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"Porque Tu me lançaste no profundo,

No coração dos mares,

E a corrente me cercou;

Todas as Tuas ondas e as Tuas vagas passaram por cima de mim.

"E eu disse: Lançado estou de diante dos Teus olhos;

Todavia tornarei a ver o templo da Tua santidade.

As águas me cercaram

Até à alma,

"O abismo me rodeou,

E as águas se enrolaram na minha cabeça.

E eu desci aos fundamentos dos montes;

Os ferrolhos da terra correram sobre mim para sempre;

"Mas Tu livraste a minha vida da perdição, ó Senhor meu Deus.

Quando desfalecia em mim a minha alma, eu me lembrei do Senhor;

E entrou a Ti a minha oração,

No templo da Tua santidade.

"Os que observam as vaidades vãs, deixam a sua própria misericórdia.

Mas eu Te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento;

O que votei pagarei.

Do Senhor vem a salvação". Jon. 2:1-9.

Jonas aprendera afinal que "a salvação vem do Senhor". Sal. 3:8. Com penitência e o reconhecimento da graça salvadora de Deus, veio o livramento. Jonas foi liberto dos perigos do profundo abismo, e foi lançado em terra seca.

Uma vez mais é o servo de Deus comissionado para advertir Nínive. "E veio a palavra do Senhor segunda vez a Jonas, dizendo: Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a pregação que Eu te disse". Desta vez ele não se deteve para questionar ou duvidar, mas


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obedeceu sem hesitação. "Levantou-se Jonas, e foi a Nínive, segundo a palavra do Senhor." Jon. 3:1-3.

Entrando na cidade, Jonas começou a pregar "contra ela" a mensagem: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida." Jon. 3:4. De rua em rua ia ele fazendo soar a nota de advertência.

A mensagem não foi em vão. O clamor que soava através das ruas da ímpia cidade ia passando de lábio em lábio, até que todos os habitantes tivessem ouvido o assustador anúncio. O Espírito de Deus imprimiu a mensagem em cada coração, e levou multidões a tremerem por causa de seus pecados, e a se arrependerem em profunda humilhação.

"E os homens de Nínive creram em Deus; e proclamaram um jejum, e vestiram-se de saco, desde o maior, até o menor. Porque esta palavra chegou ao rei de Nínive, e levantou-se do seu trono, e tirou de si os seus vestidos, e cobriu-se de saco, e assentou-se sobre a cinza. E fez uma proclamação, que se divulgou em Nínive, por mandado do rei e dos grandes, dizendo: Nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma, nem se lhes dê pasto, nem bebam água. Mas os homens e os animais estarão cobertos de sacos, e clamarão fortemente a Deus, e se converterão, cada um do seu mau caminho, e da violência que há nas suas mãos. Quem sabe se Se voltará Deus, e Se arrependerá, e Se apartará do furor da Sua ira, de sorte que não pereçamos?" Jon. 3:5-9.

Sendo que rei e nobres, com todo o povo, grandes e pequenos, "se arrependeram com a pregação de Jonas" (Mat. 12:41), e uniram-se em clamar ao Deus do Céu, Sua


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misericórdia foi-lhes assegurada. "Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus Se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria, e não o fez." Jon. 3:10. Sua condenação foi evitada; o Deus de Israel fora exaltado e honrado através do mundo pagão, e Sua lei foi reverenciada. Não seria senão muitos anos mais tarde que Nínive devia cair presa das nações vizinhas por causa do seu esquecimento de Deus e jactancioso orgulho.

Quando Jonas viu o propósito de Deus de poupar a cidade que, não obstante sua impiedade, tinha sido levada a se arrepender em saco e cinzas, devia ter sido o primeiro a se alegrar com a estupenda graça de Deus; mas ao contrário disto, ele permitiu que sua mente se demorasse sobre a possibilidade de ser considerado um falso profeta. Cioso de sua reputação, ele perdeu de vista o valor infinitamente maior das almas nessa cidade infortunada. A compaixão mostrada por Deus para com os arrependidos ninivitas desgostou "Jonas extremamente... e ficou todo ressentido". "Não foi isso o que eu disse", argumentou ele com o Senhor, "estando ainda na minha terra? Por isso me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus piedoso, e misericordioso, longânimo, e grande em benignidade, e que Te arrependes do mal." Jon. 4:1 e 2.

Uma vez mais ele se rendeu a sua inclinação de questionar e duvidar, e uma vez mais foi oprimido com o desencorajamento. Perdendo de vista os interesses dos outros, e sentindo como se melhor lhe fora morrer do que viver para ver a cidade poupada, em seu descontentamento exclamou: "Ó Senhor, tira-me a minha vida, porque melhor me é morrer do que viver".


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"É razoável esse teu ressentimento?" o Senhor inquiriu. "Então Jonas saiu da cidade, e assentou-se ao oriente da cidade; e ali fez uma cabana, e se assentou debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria. E fez o Senhor Deus nascer uma aboboreira, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu enfado; e Jonas se alegrou em extremo por causa da aboboreira." Jon. 4:3-6.

Então o Senhor deu a Jonas uma lição objetiva. Ele "enviou um bicho, no dia seguinte ao subir da alva, o qual feriu a aboboreira, e esta se secou. E aconteceu que, aparecendo o Sol, Deus mandou um vento calmoso oriental, e o Sol feriu a cabeça de Jonas; e ele desmaiou, e desejou com toda a sua alma morrer, dizendo: Melhor me é morrer do que viver".

De novo Deus Se dirige a Seu profeta: "É acaso razoável que assim te enfades por causa da aboboreira? E ele disse: É justo que me enfade a ponto de desejar a morte".

"E disse o Senhor: Tiveste compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste, nem a fizeste crescer; que numa noite nasceu, e numa noite pereceu. E não hei de Eu ter compaixão da grande cidade de Nínive em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?" Jon. 4:7-11.

Confuso, humilhado e incapaz de compreender o propósito de Deus em poupar Nínive, Jonas havia, não obstante cumprido a comissão que lhe fora dada de advertir a grande cidade; e embora o acontecimento predito não se tivesse


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realizado, a mensagem de advertência não era de ninguém menos que de Deus. E ela cumpriu o propósito que Deus lhe designara. A glória de Sua graça fora revelada entre os pagãos. Os que havia muito estavam assentados "nas trevas e sombra da morte, presos em aflição e em ferro", "clamaram ao Senhor na sua angústia, e Ele os livrou das suas necessidades. Tirou-os das trevas e sombra da morte, e quebrou as suas prisões. ... Enviou a Sua palavra, e os sarou, e os livrou da sua destruição". Sal. 107:10, 13, 14 e 20.

Cristo, durante Seu ministério terrestre, referiu-Se ao bem produzido pela pregação de Jonas em Nínive, e comparou os habitantes deste centro pagão com o professo


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povo de Deus em Seus dias. "Os ninivitas", declarou Ele, "ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas". Mat. 12:40 e 41. A um mundo ocupado, cheio do burburinho do comércio e a altercação de transações, onde os homens estavam procurando obter tudo para si mesmos, Cristo viera; e acima da confusão, Sua voz foi ouvida como a trombeta de Deus: "Que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? ou que daria o homem pelo resgate da sua alma?" Mar. 8:36 e 37.

Assim como a pregação de Jonas fora um sinal para os ninivitas, a pregação de Cristo era um sinal para a Sua geração. Mas que contraste na recepção da palavra Embora em face de indiferença e de escárnio, o Salvador trabalhou sempre, até que concluiu Sua missão.

A lição é para os mensageiros de Deus hoje, quando as cidades das nações encontram-se tão verdadeiramente em necessidade do conhecimento dos atributos e propósitos do verdadeiro Deus, como os ninivitas do passado. Os embaixadores de Cristo devem apontar aos homens o mundo mais nobre, que tem sido em grande parte perdido de vista. De acordo com os ensinamentos das Sagradas Escrituras, a única cidade que permanece é aquela cujo artífice e construtor é Deus. Com os olhos da fé os homens podem contemplar o limiar do Céu, iluminado com a glória do Deus vivo. Por intermédio de Seus servos ministradores o Senhor Jesus está convidando os homens a que se empenhem com santificada ambição no sentido de assegurarem a herança imortal. Apela para eles a fim de que acumulem tesouros junto ao trono de Deus.


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Rápida e seguramente está vindo uma culpabilidade quase universal sobre os habitantes das cidades, devido ao constante aumento de decidida impiedade. A corrupção que prevalece está além do poder da pena humana descrever. Cada dia traz novas revelações de atritos, suborno e fraudes; cada dia traz seu desalentador registro de violência e arbitrariedade, de indiferença para com o sofrimento humano, de destruição brutal e perversa da vida humana. Cada dia testifica sempre mais de insanidade, assassínio e suicídio.

De século a século Satanás, tem procurado conservar os homens na ignorância dos beneficentes desígnios de Jeová. Ele tem procurado desviar-lhes de vista os grandes fatos da lei de Deus - os princípios de justiça, misericórdia e amor aí contidos. Os homens se gloriam do maravilhoso progresso e esclarecimento do século em que estão agora vivendo; mas Deus vê a Terra cheia de iniqüidade e violência. Declaram os homens que a lei de Deus foi anulada, que a Bíblia não é autêntica; e como resultado uma maré de males, tal como não se tem visto desde os dias de Noé e do apóstata Israel, está tomando conta do mundo. Nobreza de alma, gentileza, piedade são permutadas para satisfazer a cobiça por coisas proibidas. O negro registro de crimes cometidos pelo amor ao ganho é suficiente para fazer gelar o sangue e encher a alma de horror.

Nosso Deus é um Deus de misericórdia. Com longanimidade e terna compaixão Ele trata com o transgressor da Sua lei. E contudo, nestes nossos dias, quando homens e mulheres têm tantas oportunidades para se familiarizarem com a divina lei como revelada no Santo Escrito, o grande Governador do Universo não pode olhar com


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qualquer satisfação as ímpias cidades, onde reina a violência e o crime. O fim da tolerância de Deus com os que persistem na desobediência está se aproximando rapidamente.

Devem os homens ficar surpreendidos com uma súbita e inesperada mudança no trato do Supremo Governador com os habitantes do mundo caído? Devem eles ficar surpreendidos quando a punição segue a transgressão e a crescente criminalidade? Devem-se surpreender de que Deus leve a destruição e a morte sobre aqueles cujo ganho ilícito tem sido obtido através do engano e fraude? Muito embora o fato de que crescente luz com respeito aos reclamos de Deus tem estado a brilhar em seu caminho, muitos têm-se recusado a reconhecer a soberania de Jeová, e têm escolhido permanecer sob a bandeira negra do originador de toda rebelião contra o governo do Céu.

A longanimidade de Deus tem sido muito grande - tão grande que quando consideramos o contínuo insulto a Seus santos mandamentos, ficamos maravilhados. O Onipotente tem estado a exercer um poder restringidor sobre Seus próprios atributos. Mas certamente Ele Se levantará para punir o ímpio, que tão ousadamente tem resistido aos justos reclamos do Decálogo.

Deus concede ao homem um período de graça; mas há um ponto além do qual a divina paciência se esgota, e os juízos de Deus se seguem seguramente. O Senhor trata pacientemente com os homens, e com cidades, misericordiosamente dando advertências para salvá-los da ira divina; mas virá o tempo quando não mais se ouvirão súplicas por misericórdia, e o elemento rebelde que continua a rejeitar a luz da verdade será riscado, em misericórdia para com eles mesmos, e para com aqueles que de outro modo seriam influenciados por seu exemplo.


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É chegado o tempo em que haverá no mundo tristeza que nenhum bálsamo humano pode curar. O Espírito de Deus está sendo retirado. Catástrofes por mar e por terra seguem-se umas às outras em rápida sucessão. Quão freqüentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades Aparentemente essas calamidades são caprichosos desencadeamentos de forças da Natureza, desorganizadas e desgovernadas, inteiramente fora do controle do homem; mas em todas elas pode ler-se o propósito de Deus. Elas estão entre os instrumentos pelos quais Ele busca despertar a homens e mulheres para que sintam o perigo.

Os mensageiros de Deus nas grandes cidades não devem sentir-se desanimar com a impiedade, a injustiça, a depravação a que são chamados a enfrentar enquanto procuram proclamar as alegres novas da salvação. O Senhor aspira confortar cada um desses obreiros com a mesma mensagem que deu ao apóstolo Paulo na ímpia Corinto: "Não temas, mas fala, e não te cales; porque Eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade." Atos 18:9 e 10. Lembrem-se, os que se empenham no ministério de salvar almas, que, conquanto haja muitos que não aceitarão o conselho de Deus em Sua Palavra, o mundo inteiro não se desviará da luz e verdade, dos convites de um Salvador perdoador e paciente. Em cada cidade, cheia como possa estar de violência e crime, há muitos que, devidamente ensinados aprendem a se tornar seguidores de Jesus. Milhares podem assim ser alcançados com a verdade salvadora e levados a receber Cristo como um Salvador pessoal.


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A mensagem de Deus para os habitantes da Terra hoje é: "Estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis." Mat. 24:44. As condições predominantes hoje na sociedade, e especialmente nas grandes cidades das nações, proclamam com voz de trovão que a hora do juízo de Deus está próxima, e que o fim de todas as coisas terrestres é chegado. Estamos no limiar da crise dos séculos. Em rápida sucessão os juízos de Deus se seguirão uns aos outros - fogo, inundações e terremotos, com guerras e derramamento de sangue. Nós não devemos ser surpreendidos neste tempo por eventos a um tempo grandes e decisivos; pois o anjo de misericórdia não pode ficar muito tempo mais a proteger o impenitente.

"Porque eis que o Senhor sairá do Seu lugar, para castigar os moradores da Terra, por causa da sua iniqüidade, e a terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais aqueles que foram mortos." Isa. 26:21. A tormenta da ira de Deus está-se acumulando; e subsistirão unicamente os que responderem ao convite de misericórdia, como os habitantes de Nínive pela pregação de Jonas, e se santificarem pela obediência às leis do divino Governante. Somente os justos serão escondidos com Cristo em Deus até que passe a desolação. Seja a linguagem da alma:

"Só em Ti eu tenho abrigo,

Aos Teus pés jaz o meu ser;

Não me deixes, sê comigo,

Teu conforto eu quero ter.

"Guarda-me ó bom Salvador,

Té o temporal passar,

Guia-me em Teu terno amor,

Para o eterno e doce lar."


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