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OLA SOU ELIANE RAMOS, APÓSTOLA DA IALJAN E QUERO APRESENTAR MEU TRABALHO

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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

PROFETAS E REIS, A QUEDA DA CASA DE ACABE

A Queda da Casa de Acabe

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A má influência que desde o início Jezabel havia exercido sobre Acabe continuou durante os últimos anos de sua vida, e deu frutos em obras de vergonha e violência, tais como raramente têm sido igualadas na História Sacra. "Ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do Senhor; porque Jezabel, sua mulher, o incitava". I Reis 21:25.

De uma disposição cobiçosa por natureza, Acabe, fortalecido e sustentado na prática do mal por Jezabel, tinha seguido os ditames de seu mau coração, até que ficou inteiramente controlado pelo espírito de egocentrismo. Não podia admitir qualquer recusa a seus desejos; o que desejava entendia que por direito devia ser seu.

Este traço dominante em Acabe, que tão desastrosamente influenciou a sorte dos reinos sob seus sucessores, é revelado em um incidente que teve lugar enquanto Elias era ainda profeta em Israel. Bem junto ao palácio do rei estava uma vinha pertencente a Nabote, um jezreelita. Acabe


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assentou em seu coração possuir esta vinha; e propôs comprá-la, ou dar-lhe em troca outro pedaço de terra. "Dá-me a tua vinha", disse ele a Nabote, "para que me sirva de horta, pois está vizinha, ao pé da minha casa; e te darei por ela outra vinha melhor do que ela, ou, se parece bem aos teus olhos, dar-te-ei a sua valia em dinheiro". I Reis 21:2.

Nabote tinha sua vinha em alto valor, porque havia pertencido a seus pais, e recusava partilhá-la. "Guarde-me o Senhor", disse ela a Acabe, "de que eu te dê a herança de meus pais". I Reis 21:3. De acordo com o código levítico, nenhuma terra devia ser transferida permanentemente por venda ou troca; "os filhos de Israel se chegarão cada um à herança da tribo de seus pais". Núm. 36:7.

A recusa de Nabote fez adoecer o monarca egoísta. "Acabe veio desgostoso e indignado a sua casa, por causa da palavra que Nabote, o jezreelita, lhe falara. ... E deitou-se na sua cama, e voltou o rosto, e não comeu pão".

Jezabel, informada logo dos pormenores, e indignando-se de que alguém recusasse o pedido do rei, assegurou a Acabe que ele não precisava mais estar triste. "Governas tu agora no reino de Israel?" disse ela. "Levanta-te, come pão, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jezreelita".

Acabe não cuidou dos meios pelos quais sua esposa poderia conseguir o desejado objeto, e Jezabel imediatamente deu curso a seu ímpio propósito. Ela escreveu cartas em nome do rei, e selou-as com seu sinete, enviando-as


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aos anciãos e nobres da cidade em que Nabote residia, dizendo: "Apregoai um jejum, e ponde a Nabote acima do povo. E ponde defronte dele dois homens, filhos de Belial, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei. E trazei-o fora, e apedrejai-o para que morra".

A ordem foi obedecida. "Os homens da sua cidade, os anciãos e os nobres que habitavam na sua cidade, fizeram como Jezabel lhes ordenara, conforme estava escrito nas cartas que lhes mandara". Então Jezabel foi ao rei, e ordenou-lhe que se levantasse e tomasse posse da vinha. E Acabe, indiferente às conseqüências, cegamente seguiu-lhe o conselho, e desceu para tomar posse da cobiçada propriedade.

Ao rei não foi permitido desfrutar, sem ser incriminado, aquilo que havia alcançado pela fraude e derramamento de sangue. "Então veio a palavra do Senhor a Elias, o tesbita, dizendo: Levanta-te, desce para encontrar-te com Acabe, rei de Israel, que está em Samaria. Eis que está na vinha de Nabote, aonde tem descido para a possuir. E falar-lhe-ás, dizendo: Assim diz o Senhor: Porventura não mataste, e tomaste a herança?" E o Senhor deu a Elias posterior instrução para que pronunciasse sobre Acabe um terrível juízo.

O profeta deu pressa em executar a ordem divina. O governante culpado, encontrando o severo mensageiro de Jeová face a face na vinha, deu voz a seu súbito temor nas palavras: "Já me achaste, inimigo meu?"

Sem hesitação o mensageiro do Senhor replicou: "Achei-te; porquanto já te vendeste para fazeres o que é mau aos olhos do Senhor. Eis que trarei mal sobre ti, e arrancarei a tua posteridade". Nenhuma misericórdia devia


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ser mostrada. A casa de Acabe devia ser totalmente destruída, "como a casa de Jeroboão, filho de Nebate, e como a casa de Baasa, filho de Aías", declarou o Senhor por intermédio de Seu servo, "por causa da provocação, com que Me provocaste, e fizeste pecar a Israel".

E a respeito de Jezabel o Senhor declarou: "Os cães comerão a Jezabel junto ao antemuro de Jezreel. Aquele que de Acabe morrer na cidade, os cães o comerão; e o que morrer no campo, as aves do céu o comerão".

Quando o rei ouviu esta assustadora mensagem, "rasgou os seus vestidos, e cobriu a sua carne de saco, e jejuou; e jazia em saco, e andava mansamente.

"Então veio a Palavra do Senhor a Elias o tesbita, dizendo: Não viste que Acabe se humilha perante Mim? Porquanto, pois, se humilha perante Mim, não trarei este mal nos seus dias, mas nos dias de seu filho trarei este mal sobre a sua casa". I Reis 21:4, 7, 9, 10, 17-29.

Foi menos de três anos mais tarde que o rei Acabe encontrou a morte às mãos dos sírios. Acazias, seu sucessor, "fez o que era mau aos olhos do Senhor; porque andou no caminho de seu pai, como também no caminho de sua mãe, e no caminho de Jeroboão". "E serviu a Baal, e se inclinou diante dele, e indignou ao Senhor Deus de Israel" (I Reis 22:52 e 53), como seu pai Acabe tinha feito. Mas os juízos seguiram de perto os pecados do rebelde rei. Uma guerra desastrosa com Moabe, e a seguir um acidente em que sua própria vida foi ameaçada, atestaram da ira de Deus contra ele.

Havendo caído "pelas grades de um quarto alto", Acazias, seriamente ferido, e temeroso de um possível desenlace, enviou alguns de seus servos para inquirirem de


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Baal-Zebube, deus de Ecrom, se se restabeleceria ou não. Supunha-se que o deus de Ecrom dava informações, através de um médium dentre seus sacerdotes, sobre futuros eventos. Grande número de pessoas ia inquiri-lo sobre isto; mas as predições ali formuladas, e as informações dadas, procediam do príncipe das trevas.

Os servos de Acazias encontraram-se com um homem de Deus, que fê-los retornar ao rei com a mensagem: "Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? E por isso assim diz o Senhor: Da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás". Havendo dado a sua mensagem, o profeta partiu.

Os admirados servos voltaram depressa ao rei, e repetiram-lhe as palavras do homem de Deus. O rei inquiriu: "Qual era o traje do homem que vos veio ao encontro e vos falou estas palavras?" Eles responderam: "Era um homem vestido de pêlos, e com os lombos cingidos dum cinto de couro". "É Elias, o tesbita" (II Reis 1:2-8), exclamou Acazias. Ele sabia que se o desconhecido a quem seus mensageiros tinham encontrado, fosse de fato Elias, as palavras de condenação pronunciadas seguramente se cumpririam. Ansioso por impedir, se possível, o ameaçado juízo, ele determinou mandar vir o profeta.

Duas vezes Acazias enviou uma companhia de soldados para intimidar o profeta, e duas vezes a ira de Deus caiu sobre eles em juízo. A terceira companhia de soldados humilhou-se perante Deus; e seu capitão, ao aproximar-se do mensageiro do Senhor, "pôs-se de joelhos diante de Elias, e suplicou-lhe, e disse-lhe: homem de Deus, seja, peço-te,


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preciosa aos teus olhos a minha vida, e a vida destes cinqüenta teus servos".

"Então o anjo do Senhor disse a Elias: Desce com este; não temas. E levantou-se, e desceu com ele ao rei. E disse-lhe: Assim diz o Senhor: Porque enviaste mensageiros a consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Porventura é por que não há Deus em Israel, para consultar a Sua palavra? Portanto desta cama, a que subiste, não descerás, mas certamente morrerás". I Reis 1:13-16.

Durante o reinado de seu pai, Acazias tinha testemunhado as maravilhosas obras do Altíssimo. Ele vira as terríveis evidências que Deus havia dado ao apostatado Israel, da maneira como Ele trata os que põem de lado obrigatórios reclamos de Sua lei. Acazias tinha agido como se essas terríveis realidades fossem apenas tolas histórias. Em vez de humilhar seu coração perante


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o Senhor, ele havia seguido após Baal, e afinal tinha arriscado sobre isto seu mais ousado ato de impiedade. Rebelde e não disposto a arrepender-se, Acazias morreu "conforme a palavra do Senhor, que Elias falara". II Reis 1:17.

A história do pecado do rei Acazias e sua punição traz em si uma advertência que ninguém pode subestimar impunemente. Homens de hoje podem não prestar homenagem a deuses pagãos, contudo milhares estão adorando no altar de Satanás tão verdadeiramente como o fizera o rei de Israel. O espírito de idolatria predomina no mundo hoje, embora, sob a influência de ciência e educação, tenha assumido formas mais refinadas e atrativas que nos dias em que Acazias procurou o deus de Ecrom. Cada dia acrescenta suas lastimáveis evidências de que a fé na segura Palavra da Profecia está em declínio, e que em seu lugar superstições e satânicos enganos estão cativando a mente de muitos.

Hoje os mistérios do culto pagão são substituídos pelas sessões e associações secretas, ocultismos e maravilhas dos médiuns espíritas. As revelações desses médiuns são avidamente recebidas por milhares que se recusam a aceitar a luz através da Palavra de Deus ou de Seu Espírito. Crentes no espiritismo podem falar com desdém dos mágicos do passado, mas o grande enganador ri triunfante ao se renderem eles a suas artes sob uma forma diferente.

Há muitos que se horrorizam ante o pensamento de consultar médiuns espíritas, mas são atraídos por formas mais agradáveis de espiritismo. Outros são levados ao extravio pelos ensinamentos da ciência cristã, e pelo misticismo da teosofia e outras religiões orientais.


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Os apóstolos de quase todas as formas de espiritismo sustentam possuir poder para curar. Eles atribuem este poder à eletricidade, ao magnetismo, aos assim chamados "remédios de simpatia", ou a forças latentes contidas na mente do homem. E não são poucos, mesmo neste século cristão, os que vão a esses curandeiros, em vez de confiar no poder do Deus vivo e na habilidade de médicos bem qualificados. A mãe, vigiando junto ao leito de seu filhinho enfermo, exclama: "Nada mais posso fazer. Não há médico que tenha poder para restaurar meu filho?" Falam-lhe das maravilhosas curas realizadas por algum curandeiro clarividente ou magnetizador, e ela lhe confia seu ente querido, colocando-o nas mãos de Satanás tão verdadeiramente como se ele estivesse ao seu lado. Em muitos casos a vida futura da criança é controlada por um poder satânico que parece impossível quebrar.

Deus tinha motivos para desgostar-Se ante a impiedade de Acazias. Que não havia Ele feito para conquistar o coração do povo de Israel e inspirar-lhes confiança em Si? Durante séculos Ele estivera dando a Seu povo manifestações de bondade e amor nunca igualados. Desde o início mostrara que tinha as Suas "delícias com os filhos dos homens". Prov. 8:31. Fora um auxílio sempre presente a todos que O buscavam em sinceridade. Contudo o rei de Israel, desviando-se agora de Deus para suplicar ajuda ao pior inimigo de seu povo, proclamava aos pagãos que tinha mais confiança nos seus ídolos do que no Deus do Céu. De igual maneira homens e mulheres desonram-nO quando tornam da Fonte de força e sabedoria para solicitar auxílio ou conselho dos poderes das trevas. Se a ira de Deus foi acesa pelo ato de


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Acazias, como considera Ele os que, tendo ainda maior luz, escolhem adotar uma conduta semelhante?

Os que se entregam aos enganos de Satanás podem presumir de grandes benefícios recebidos; mas prova isto que sua conduta é sábia ou prudente? Como seria se a vida fosse prolongada? Se vantagens temporais fossem concedidas? Valerá a pena no fim haver desrespeitado a vontade de Deus? Tais lucros aparentes provar-se-ão no final uma perda irreparável. Não podemos derribar impunemente uma única barreira que Deus tenha construído para guardar Seu povo do poder de Satanás.

Como Acazias não tivesse filhos, foi sucedido por Jorão, seu irmão, o qual reinou sobre as dez tribos por doze anos. Durante esses anos sua mãe, Jezabel, ainda viveu, e continuou a exercer sua má influência sobre os negócios da nação. Costumes idólatras eram ainda praticados por muitos dentre o povo. O próprio Jorão "fez o que era mau aos olhos do Senhor; porém não como seu pai, nem como sua mãe, porque tirou a estátua de Baal, que seu pai fizera. Contudo aderiu aos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fizera pecar a Israel; não se apartou deles". II Reis 3:2 e 3.

Foi durante o reinado de Jorão sobre Israel que Josafá morreu, e seu filho, chamado Jeorão, subiu ao trono do reino de Judá. Por seu casamento com a filha de Acabe e Jezabel, Jeorão de Judá estava intimamente associado com o rei de Israel; e em seu reinado seguiu após Baal, "como fazia a casa de Acabe". "Também fez altos nos montes de Judá, e fez com que se corrompessem os moradores de


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Jerusalém, e até a Judá impeliu a isso." II Crôn. 21:6 e 11.

Ao rei de Judá não foi permitido continuar com sua terrível apostasia sem reprovação. O profeta Elias não havia ainda sido trasladado, e ele não podia permanecer em silêncio enquanto o reino de Judá estava seguindo o mesmo curso que tinha levado o reino do norte à beira da ruína. O profeta enviou a Jeorão de Judá uma comunicação escrita, em que o ímpio rei leu as terríveis palavras:

"Assim diz o Senhor, Deus de Davi teu pai: Porquanto não andaste nos caminhos de Josafá, teu pai, e nos caminhos de Asa, rei de Judá, mas andaste nos caminhos dos reis de Israel, e fizeste corromper a Judá e aos moradores de Jerusalém, segundo a corrupção da casa de Acabe, e também mataste a teus irmãos, da casa de teu pai, melhores do que tu; eis que o Senhor ferirá com um grande flagelo ao teu povo, e a teus filhos, e às tuas mulheres, e a todas as tuas fazendas. Tu também terás uma grande enfermidade".

Em cumprimento desta profecia, despertou "o Senhor contra Jeorão o espírito dos filisteus e dos arábios, que estão da banda dos etíopes. Estes subiram a Judá, e deram sobre ela, e levaram toda a fazenda, que se achou na casa do rei, como também a seus filhos e a suas mulheres; de modo que lhe não deixaram filho, senão a Jeoacaz, Acazias, Azarias, o mais moço de seus filhos.

"E depois de tudo isto o Senhor o feriu nas suas entranhas com uma enfermidade incurável. E sucedeu que, depois de muitos dias, e chegado que foi o fim de dois anos...


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morreu de más enfermidades". II Crôn. 21:12-19. "E Acazias, seu filho, reinou em seu lugar." II Reis 8:24.

Jorão, o filho de Acabe, estava ainda reinando no reino de Israel quando seu sobrinho, Acazias, subiu ao trono de Judá. Acazias reinou apenas um ano, e durante este tempo, influenciado por sua mãe, Atalia, "sua conselheira, para obrar impiamente", "andou nos caminhos da casa de Acabe", "e fez o que era mau aos olhos do Senhor". II Crôn. 22:3 e 4. Jezabel, sua avó, vivia ainda, e ele se aliou ousadamente com Jorão de Israel, seu tio.

Acazias de Judá logo encontrou um trágico fim. Os membros sobreviventes da casa de Acabe foram sem dúvida "seus conselheiros depois da morte de seu pai, para sua perdição". II Crôn. 22:3 e 4. Enquanto Acazias estava em visita a seu tio em Jezreel, o profeta Eliseu foi divinamente dirigido para que enviasse um dos filhos dos profetas a Ramote-Gileade, a fim de ungir a Jeú como rei de Israel. As forças combinadas de Judá e Israel estavam nessa ocasião empenhadas numa campanha militar contra os sírios de Ramote-Gileade. Jorão havia sido ferido em combate, e retornara a Jezreel, deixando Jeú no comando dos exércitos reais.

Ao ungir Jeú, o mensageiro de Eliseu declarou: "Ungi-te rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel". E então solenemente pôs sobre Jeú uma especial comissão do Céu. "E ferirás a casa de Acabe, teu senhor", o Senhor declarou por intermédio de Seu mensageiro, "para que Eu vingue o sangue de Meus servos, os profetas, e


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o sangue de todos os servos do Senhor, da mão de Jezabel. E toda a casa de Acabe perecerá". II Reis 9:6-8.

Depois de haver sido proclamado rei pelo exército, Jeú dirigiu-se apressadamente para Jezreel, onde deu início à obra de execução de todos aqueles que deliberadamente haviam escolhido prosseguir no pecado e levar outros a pecar. Jorão de Israel, Acazias de Judá, e Jezabel, a rainha-mãe, "todos os restantes da casa de Acabe em Jezreel, como também a todos os seus grandes, e os seus conhecidos, e os seus sacerdotes", foram mortos. "Todos os profetas de Baal, todos os seus servos e todos os seus sacerdotes" que habitavam no centro do culto a Baal próximo de Samaria, foram passados a espada. As imagens idólatras foram quebradas e queimadas, e o templo de Baal foi feito em ruínas. E "assim Jeú destruiu a Baal de Israel". II Reis 10:11, 19 e 28.

Notícias desta execução geral chegaram até Atalia, filha de Jezabel, que ainda ocupava uma posição de autoridade no reino de Judá. Quando ela viu que seu filho, o rei de Judá, era morto, "levantou-se, e destruiu toda a descendência real". Neste massacre todos os descendentes de Davi que eram elegíveis ao trono foram destruídos, salvo um, uma criança de nome Joás, a quem a esposa de Joiada, o sumo sacerdote, escondeu nas recâmaras do templo. Durante seis anos a criança permaneceu ali escondida, enquanto "Atalia reinava sobre a terra". II Reis 10:11, 19 e 28.

No fim deste tempo, "os levitas e todo o Judá" (II Crôn. 23:8) uniram-se com Joiada, o sumo sacerdote, para coroar e ungir o pequeno Joás, aclamando-o rei. "E bateram as mãos, e disseram: Viva o rei." II Reis 11:12.


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"Ouvindo, pois, Atalia a voz do povo que corria para louvar o rei, veio ao povo à casa do Senhor". "E olhou, e eis que o rei estava junto à coluna, conforme o costume, e os capitães, e as trombetas junto ao rei, e todo o povo da terra estava alegre, e tocava as trombetas".

"Então Atalia rasgou os seus vestidos, e clamou: Traição! Traição!" II Reis 11:14. Mas Joiada ordenou a seus oficiais que a aprisionassem e a todos seus seguidores e os tirassem para fora do templo ao lugar da execução, onde deviam ser mortos.

Assim pereceu o último membro da casa de Acabe. O terrível mal que se produzira através de sua aliança com Jezabel continuou até que o último de seus descendentes foi destruído. Mesmo na terra de Judá, onde a adoração ao Deus verdadeiro jamais havia sido posta de lado, Atalia foi bem-sucedida em seduzir a muitos. Imediatamente após a execução da impenitente rainha, "todo o povo da terra entrou na casa de Baal, e a derribaram, como também os seus altares, e as suas imagens totalmente quebraram, e a Matã, sacerdote de Baal, mataram perante os altares". II Reis 11:18.

Seguiu-se uma reforma. Os que tomaram parte na aclamação de Joás como rei, tinham-se concertado solenemente que seriam "o povo do Senhor". E agora que a maléfica influência da filha de Jezabel tinha sido removida do reino de Judá, e os sacerdotes de Baal haviam sido mortos e seu templo destruído, "todo o povo da terra se alegrou, e a cidade repousou". II Crôn. 23:16 e 21.

PROFETAS E REIS, JOSAFÁ

Até sua chamada ao trono, com a idade de 35 anos, Josafá tivera perante si o exemplo do bom rei Asa, que em quase toda crise fizera "o que parecia reto aos olhos do Senhor". I Reis 15:11. Durante um próspero reinado de vinte e cinco anos, Josafá procurou andar "em todos os caminhos de seu pai Asa", e "não se desviou deles". I Reis 22:43.

Em seus esforços para reinar sabiamente, Josafá procurou persuadir seus súditos a tomarem posição firme contra as práticas idólatras. Muitos dentre o povo em seu domínio "sacrificavam e queimavam incenso nos altos". I Reis 22:44. O rei não destruiu de vez esses santuários; mas desde o início procurou salvaguardar Judá dos pecados que caracterizavam o reino do norte sob o governo de Acabe, de quem fora contemporâneo durante muitos anos. Josafá era pessoalmente leal a Deus. Ele "não buscou a Baalins.


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Antes buscou ao Deus de seu pai, e andou nos Seus mandamentos, e não segundo as obras de Israel". Por causa de sua integridade, o Senhor era com ele, e "confirmou o reino na sua mão". II Crôn. 17:3-5.

"Todo o Judá deu presentes a Josafá; e teve riquezas e glória em abundância. E exaltou-se o seu coração nos caminhos do Senhor." II Crôn. 17:5 e 6. Com o passar do tempo e o prosseguimento das reformas, o rei "tirou os altos e os bosques de Judá". II Crôn. 17:6. "Também desterrou da terra o resto dos rapazes escandalosos, que ficaram nos dias de seu pai Asa." I Reis 22:47. Assim, gradualmente os habitantes de Judá ficaram libertos de muitos dos perigos que estavam ameaçando seriamente retardar seu desenvolvimento espiritual.

Através do reino o povo estava necessitado de instrução na lei de Deus. Na compreensão desta lei estava a sua segurança; na conformação de sua vida aos seus requisitos, tornar-se-iam leais tanto a Deus como ao homem. Sabendo disto, Josafá tomou medidas para assegurar a seu povo integral instrução nas Santas Escrituras. Os príncipes que tinham o encargo das diferentes partes do seu domínio foram orientados no sentido de disporem para o fiel ministério de sacerdotes instrutores. Por real indicação, esses mestres, trabalhando sob a direta supervisão dos príncipes, "rodearam todas as cidades de Judá, e ensinaram entre o povo". II Crôn. 17:9. E como muitos procurassem compreender os reclamos de Deus e afastar o pecado, teve lugar um reavivamento.


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A esta sábia provisão para as necessidades espirituais de seus súditos, Josafá deveu muito de sua prosperidade como governante. Na obediência à lei de Deus há grande ganho. Na conformidade aos divinos requisitos há um poder transformador que leva paz e boa vontade entre os homens. Se os ensinos da Palavra de Deus tivessem influência controladora na vida de todo homem e mulher, se a mente e o coração fossem postos sob seu poder moderador, os males que agora existem na vida nacional e social não teriam lugar. De cada lar emanaria uma influência que tornaria fortes homens e mulheres no discernimento espiritual e no poder moral, e assim nações e indivíduos seriam colocados em terreno vantajoso.

Por muitos anos Josafá viveu em paz, sem ser molestado pelas nações vizinhas. "Veio o temor do Senhor sobre todos os reinos da terra, que estavam em roda de Judá." II Crôn. 17:10. Dos filisteus recebia tributo em dinheiro e presentes; da Arábia, grandes rebanhos de ovelhas e cabras. "Cresceu, pois, Josafá e se engrandeceu extremamente; e edificou fortalezas e cidades de munições em Judá. ... Gente de guerra, varões valentes em Jerusalém, ... estavam no serviço do rei, afora os que o rei tinha posto nas cidades fortes por todo o Judá." II Crôn. 17:12-19. Abençoado abundantemente com "riquezas e glória" (II Crôn. 18:1), estava ele capacitado a exercer poderosa influência em favor da verdade e da justiça.

Alguns anos depois de haver subido ao trono, Josafá, agora no auge de sua prosperidade, permitiu o casamento de seu filho, Jeorão, com Atalia, filha de Acabe e Jezabel. Por esta união foi formada entre os reis


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de Judá e de Israel uma aliança que não fora ordenada por Deus, e que num tempo de crise levou ao desastre o rei e muitos de seus súditos.

Numa ocasião, Josafá visitou o rei de Israel em Samaria. Honra especial foi mostrada para com o real hóspede de Jerusalém; e antes que encerrasse sua visita, foi ele persuadido a unir-se com o rei de Israel numa guerra contra os sírios. Acabe esperava que pela união de suas forças com as de Judá ele poderia reconquistar Ramote, uma das cidades de refúgio que, sustentava ele, por direito pertencia aos israelitas.

Conquanto num momento de fraqueza houvesse Josafá precipitadamente prometido unir-se ao rei de Israel em sua guerra contra os sírios, melhor juízo levou contudo a procurar saber a vontade de Deus concernente a este cometimento. "Consulta, hoje, peço-te, a palavra do Senhor", ele sugeriu a Acabe. Em resposta, Acabe reuniu quatrocentos dos profetas falsos de Samaria, e perguntou-lhes: "Iremos à guerra contra Ramote-Gileade, ou deixá-lo-ei?" E eles responderam: "Sobe, porque Deus a dará na mão do rei." II Crôn. 18:4 e 5.

Não satisfeito, Josafá procurou conhecer com certeza a vontade de Deus. "Não há ainda aqui profeta algum do Senhor", perguntou ele, "para que o consultemos?" "Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor", respondeu Acabe, "porém eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim bem senão sempre mal; ele é Micaías, filho de Inlá." I Reis 22:8. Josafá ficou firme em seu pedido de que um homem de Deus fosse chamado; e ao apresentar-se diante deles e ser conjurado por Acabe a não dizer "senão a verdade


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em nome do Senhor", Micaías disse: "Vi a todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para a sua casa." I Reis 22:16 e 17.

As palavras do profeta deviam ter sido suficientes para mostrar aos reis que seu projeto não era favorecido pelo Céu; mas nenhum dos dois governantes sentiu-se inclinado a acatar a advertência. Acabe havia traçado seu caminho, e estava determinado a segui-lo. Josafá havia empenhado sua palavra de honra: "Seremos contigo nesta guerra" (II Crôn. 18:3); e depois de haver feito tal promessa, ficou relutante em retirar suas forças. "Assim o rei de Israel e Josafá, rei de Judá, subiram a Ramote de Gileade." I Reis 22:29.

Durante a batalha que se seguiu, Acabe foi acometido por uma flecha, e ao entardecer morreu. "E depois do Sol posto passou um pregão pelo exército, dizendo: Cada um para a sua cidade, e cada um para a sua terra" I Reis 22:36. Assim se cumpriu a palavra do profeta.

Desta desastrosa batalha Josafá retornou a Jerusalém. Ao aproximar-se da cidade, o profeta Jeú veio-lhe ao encontro com a reprovação: "Devias tu ajudar ao ímpio, e amar aqueles que ao Senhor aborrecem? Por isso virá sobre ti grande ira de diante do Senhor. Boas coisas contudo se acharam em ti, porque tiraste os bosques da terra, e preparaste o teu coração, para buscar a Deus." II Crôn. 19:2 e 3.

Os últimos anos do reinado de Josafá foram em grande parte gastos no fortalecimento da defesa nacional e


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espiritual de Judá. Ele "tornou a passar pelo povo desde Berseba até as montanhas de Efraim, e fez com que tornassem ao Senhor Deus de seus pais". II Crôn. 19:4.

Uma das importantes medidas tomadas pelo rei foi o estabelecimento e manutenção de eficientes tribunais de justiça. Ele "estabeleceu juízes na terra, em todas as cidades fortes, de cidade em cidade"; e no encargo que lhes dera admoestou: "Vede o que fazeis; porque não julgais da parte do homem, senão da parte do Senhor, e Ele está convosco no negócio do juízo. Agora, pois, seja o temor do Senhor convosco; guardai-o, e fazei-o, porque não há no Senhor nosso Deus iniqüidade nem aceitação de pessoas, nem aceitação de presentes." II Crôn. 19:5-7.

O sistema judicial foi aperfeiçoado pela fundação de uma Corte de Apelação em Jerusalém, onde Josafá "estabeleceu alguns dos levitas e dos sacerdotes e dos chefes dos pais de Israel sobre o juízo do Senhor, e sobre as causas judiciais". II Crôn. 19:8.

O rei exortou esses juízes a que fossem fiéis. "Assim andai no temor do Senhor com fidelidade, e com coração inteiro", ordenou-lhes. "E em toda a diferença que vier a vós de vossos irmãos, que habitam nas suas cidades, entre sangue e sangue, entre lei e mandamento, entre estatutos e juízos, admoestai-os, que se não façam culpados para com o Senhor, e não venha grande ira sobre vós, e sobre vossos irmãos. Fazei assim, e não vos fareis culpados.

"E eis aqui Amarias, o sumo sacerdote, presidirá sobre vós em todo o negócio do Senhor; e Zebadias, filho de


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Ismael, príncipe da casa de Judá, em todo o negócio do rei; também os oficiais, os levitas, estão perante vós.

"Esforçai-vos, pois, e fazei-o, e o Senhor será com os bons." II Crôn. 19:9-11.

Nesta cuidadosa salvaguarda dos direitos e liberdade de seus súditos, Josafá deu ênfase à consideração que cada membro da família humana recebe do Deus de justiça, que governa sobre todos. "Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses". E todos os que são apontados para agir como juízes sob Sua administração, devem "defender o pobre e o órfão; fazer justiça ao aflito e necessitado", tirando-os "das mãos dos ímpios". Sal. 82:1, 3 e 4.

Aproximando-se o fim do reinado de Josafá, o reino de Judá foi invadido por um exército ante cuja aproximação os habitantes da terra tinham razões para tremer. "Os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e com eles alguns outros dos amonitas, vieram à peleja contra Josafá". Notícias desta invasão haviam alcançado o reino através de um mensageiro, que apareceu com a alarmante palavra: "Vem contra ti uma grande multidão dalém do mar e da Síria; e eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi". II Crôn. 20:1 e 2.

Josafá era um homem de coragem e valor. Durante anos, estivera fortalecendo seus exércitos e suas cidades fortificadas. Ele estava bem preparado para enfrentar praticamente qualquer inimigo; contudo, nesta crise não pôs sua confiança no braço de carne. Não mediante disciplinados exércitos e cidades muradas, mas por uma viva fé no Deus de Israel, poderia ele esperar alcançar a vitória sobre esses


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pagãos que se vangloriavam de seu poder para humilhar Judá aos olhos das nações.

"Então Josafá temeu, e pôs-se a buscar o Senhor, e apregoou jejum em todo o Judá. E Judá se ajuntou para pedir socorro ao Senhor; também de todas as cidades de Judá vieram para buscarem ao Senhor".

Em pé no recinto do templo perante seu povo, Josafá derramou sua alma em oração, pleiteando as promessas de Deus, com confissão da fragilidade de Israel. "Ah Senhor, Deus de nossos pais", ele suplicava, "porventura não és Tu Deus nos Céus? Pois Tu és Dominador sobre todos os reinos das gentes, e na Tua mão há força e poder, e não há quem Te possa resistir. Porventura, ó Deus nosso, não lançaste Tu fora os moradores desta terra, de diante do Teu povo Israel, e não a deste à semente de Abraão, Teu amigo, para sempre? E habitaram nela, e edificaram nela um santuário ao Teu nome, dizendo: Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste, ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de Ti; pois Teu nome está nesta casa; e clamaremos a Ti na nossa angústia, e Tu nos ouvirás e livrarás.

"Agora, pois, eis que os filhos de Amom e de Moabe, e os das montanhas de Seir, pelos quais não permitiste que passasse Israel, quando vinham da terra do Egito, mas deles se desviaram e não os destruíram, eis que nos dão o pago, vindo para lançar-nos fora da Tua herança, que nos fizeste herdar. Ah Deus nosso, porventura não os julgarás? Porque em nós não há força perante esta grande multidão


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que vem contra nós, e não sabemos nós o que faremos; porém os nossos olhos estão postos em Ti." II Crôn. 20:3-12.

Com confiança podia Josafá dizer ao Senhor: "Nossos olhos estão postos em Ti." Durante anos ele havia ensinado o povo a confiar nAquele que nos séculos passados tinha-Se interposto tantas vezes para salvar Seus escolhidos de completa destruição; e agora, quando o reino estava em perigo, Josafá não estava sozinho; "todo o Judá estava em pé perante o Senhor, como também as suas crianças, as suas mulheres, e os seus filhos". II Crôn. 20:13. Unidos jejuaram e oraram; unidos pleitearam com o Senhor para que pusesse seus inimigos em confusão, a fim de que o nome de Jeová fosse glorificado.

"Ó Deus, não estejas em silêncio;

Não cerres os ouvidos nem fiques impassível, ó Deus.

Porque eis que Teus inimigos se alvoroçam,

E os que Te aborrecem levantaram a cabeça.

Astutamente formam conselho contra o Teu povo,

E conspiram contra os Teus protegidos.

Disseram: Vinde, e desarraigue-mo-los, para que não sejam nação,

Nem haja mais memória do nome de Israel.

Porque a uma se conluiaram;

Aliaram-se contra Ti.

As tendas de Edom, e dos ismaelitas,

De Moabe, e dos agarenos,

De Gebal, e de Amom, e de Amaleque. ...

Faze-lhes como fizeste a Midiã,

Como a Sísera, como a Jabim na ribeira de Quisom; ...

Confundam-se e assombrem-se perpetuamente;

Envergonhem-se, e pereçam,

Para que saibam que Tu, cujo nome é Jeová,

És o Altíssimo sobre toda a Terra." Sal. 83.


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Unindo-se o povo ao rei em humilhar-se perante Deus, e suplicando dEle auxílio, o Espírito do Senhor veio sobre Jaaziel, "levita dos filhos de Asafe, e disse":

"Dai ouvidos todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá. Assim o Senhor vos diz: Não temais nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, senão de Deus. Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz, e os achareis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel. Nesta peleja não tereis que pelejar; parai, estai em pé, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco".

"Então Josafá se prostrou com o rosto em terra; e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando ao Senhor. E levantaram-se os levitas, dos filhos dos coatitas, e dos filhos dos coraítas, para louvarem ao Senhor Deus de Israel, com voz muito alta".

Pela manhã cedo se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa. Ao avançarem para a batalha, Josafá disse: "Ouvi-me, ó Judá, e vós moradores de Jerusalém: Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos Seus profetas, e sereis prosperados". "E aconselhou-se com o povo, e ordenou cantores para o Senhor, que louvassem a Majestade santa." II Crôn. 20:14-21. Esses cantores iam diante do exército, erguendo suas vozes em louvor a Deus pela promessa de vitória.


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Era uma maneira singular de ir à batalha contra o exército do inimigo - louvando ao Senhor com cânticos, e exaltando o Deus de Israel. Este era seu hino de batalha. Eles possuíam a beleza da santidade. Se mais louvores de Deus tivessem lugar agora, esperança e coragem e fé aumentariam constantemente. E isto não fortaleceria as mãos dos valentes soldados que hoje estão firmes em defesa da verdade?

"O Senhor pôs emboscadas contra os filhos de Amom, e de Moabe e os das montanhas de Seir, que vieram contra Judá, e foram desbaratados. Porque os filhos de Amom e de Moabe se levantaram contra os moradores das montanhas de Seir, para os destruir e exterminar; e, acabando eles com os das montanhas de Seir, ajudaram uns aos outros a destruir-se.

"Entretanto chegou Judá à atalaia do deserto; e olharam para a multidão, e eis que eram corpos mortos, que jaziam em terra, e nenhum escapou." II Crôn. 20:22-24.

Deus foi a força de Judá nesta crise, e é Ele a força de Seu povo hoje. Não devemos confiar em príncipes, ou pôr o homem no lugar de Deus. Devemos lembrar que os seres humanos são falíveis e falhos, e que Aquele que tem todo o poder é nossa forte torre de defesa. Em qualquer emergência devemos sentir que a batalha é Sua. Seus recursos são ilimitados, e as aparentes impossibilidades farão que a vitória seja ainda maior.

"Salva-nos, ó Deus da nossa salvação,

E ajuda-nos

E livra-nos das nações,

Para que louvemos o Teu santo nome,

E nos gloriemos no Teu louvor." I Crôn. 16:35.


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Carregados com os despojos, os exércitos de Judá retornaram "com alegria, porque o Senhor os alegrara acerca dos seus inimigos. E vieram a Jerusalém com alaúdes, e com harpas, e com trombetas, para a casa do Senhor". II Crôn. 20:27 e 28. Grande era seu motivo para júbilo. Em obediência à ordem: "Estai em pé, e vede a salvação do Senhor. ... Não temais, nem vos assusteis" (II Crôn. 20:17), eles tinham posto sua confiança inteiramente em Deus, e Ele Se havia provado sua fortaleza e Libertador. Agora podiam cantar com entendimento os inspirados hinos de Davi:

"Deus é o nosso refúgio e fortaleza,

Socorro bem presente na angústia. ...

Ele... quebra o arco e corta a lança;

Queima os carros no fogo.

Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus;

Serei exaltado entre as nações, serei exaltado na Terra.

O Senhor dos exércitos está conosco,

O Deus de Jacó é o nosso refúgio." Sal. 46.

"Segundo é o Teu nome, ó Deus,

Assim é o Teu louvor, até aos fins da Terra:

A Tua mão direita está cheia de justiça.

Alegre-se o monte de Sião;

Alegrem-se as filhas de Judá

Por causa dos Teus juízos. ...

Deus é o nosso Deus para sempre;

Ele será o nosso guia até a morte." Sal. 48:10, 11 e 14.

Através da fé dos governantes de Judá e de seus exércitos, "veio o temor de Deus sobre todos os reinos daquelas terras, ouvindo eles que o Senhor havia pelejado contra os inimigos de Israel. E o reino de Josafá ficou quieto; e o seu Deus lhe deu repouso em redor". II Crôn. 20:29 e 30.


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