“O MEU AMOR SEJA CONVOSCO” 1 Co 16:24.
Por que é preciso um pastor ficar mal para alguém perceber que ele precisa de ajuda? Por que os membros da igreja e/ou igrejas sequer ligam para o seu pastor para agradecê-lo por seu labor? Quantas vezes você ligou para saber se o seu pastor precisa de ajuda? Embora as pessoas de bom senso agem voluntariamente, pois sua gratidão fala mais alto que desculpas esfarrapadas.
Onde estão aqueles que cuidarão do seu pastor?
Eis o grande desafio! Cuidar de pastor não é tão fácil quanto pareça. É preciso, antes de mais nada, ter amor fraternal. Ninguém, muito menos seu pastor, deve ser tratado com indiferença, desdém e desprezo. Muitas pessoas acham que pastor é empregado. Não é o que diz a legislação trabalhista. Basta uma pesquisa, e logo saberá que – no Brasil – casos de processo contra Igrejas acabam indeferidos pela Justiça Trabalhista.
Ao aceitar o chamado para o ministério eclesiástico, o vocacionado assume riscos futuros. É preciso total dedicação e manter o foco em Deus. Certamente, quando obedecemos ao Senhor, Ele, o “Bispo e Sumo Pastor de nossas almas” jamais nos desamparará.
E se a coisa é difícil para quem apascenta em seu próprio habitat, imagine você como é a coisa aqui no campo missionário?! Aí é que a coisa agrava-se ainda mais. As pessoas estão mais preocupadas consigo mesmas. Procuram o pastor só para resolver situações nas quais sentem-se incapazes e impotentes. É raro alguém que aparece na casa do pastor só para uma visita amistosa.
Nesta quadragésima-segunda viagem ao Japão, tenho ouvido relatos de amigos que deixam-nos embasbacados. Situações que jamais imaginávamos que pudesse ocorrer no âmbito do rebanho. Traições e detrações verificam-se quase que diariamente. Pessoas ingratas, irreconciliáveis, irresponsáveis, irretratáveis, “impastoreáveis”! “Lobos vestidos de ovelhas”!
O apóstolo Paulo, em sua primeira epístola aos Coríntios, abre um debate para, em seguida, admoestar aos membros daquela Igreja a cuidar, com mais diligência, dos que pregam o evangelho. Embora ele não valha-se de argumentos pessoais visando o benefício próprio (ele preferiu abrir mão do que lhe era de direito), sua apologia visa proteger os demais obreiros contemporâneos e os futuros obreiros para que recebam os devidos cuidados. “Esta é a minha defesa para com os que me acusam. Não temos nós direito de comer e de beber? Não temos nós direito de levar conosco esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? Ou será que só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Porventura digo eu isto como homem? Ou não diz a lei também o mesmo? Pois na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca do boi quando debulha. Porventura está Deus cuidando dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Com efeito, é por amor de nós que está escrito; porque o que lavra deve debulhar com esperança de participar do fruto. Se nós semeamos para vós as coisas espirituais, será muito que de vós colhamos as materiais? Se outros participam deste direito sobre vós, por que não nós com mais justiça?” 1 Co 9:3-12.
É triste ver a falta de amparo dos que não são “pastores cinco estrelas”, dos que não “apadrinhados” e dos que não aparecem na mídia! Para estes resta o consolo da Palavra de Deus na carta aos Hebreus: “E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas, Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados” Hb 11:32-40 (grifo meu).
Pense no que pode ser feito para “salvar” o seu pastor e/ou um pastor, reconhecidamente, pastor!
Quando Jesus alertou sobre a diminuição do amor, esta referência é, em primeira instância, aos membros da Igreja. “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” Mt 24:12.
Procure saber qual o estado de seu pastor. Não pense que pastor é super-homem. Pastor é humano e deve ser tratado como tal.
Há um grito que não quer calar neste momento: ‘socorro, o pastor está morrendo!’
O que você está esperando para socorrer o pastor?
FONTE -Hammer Of God Int'l Church and Ministries
