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quinta-feira, 26 de julho de 2018

A biografia completa do rei Salomão

O rei Salomão foi o terceiro rei de Israel, filho de Davi e Bate-Seba (2 Sm 12:24). O rei Salomão governou sobre Israel aproximadamente entre 971 e 931 a.C. Salomão é conhecido por sua sabedoria, e por ter sido o rei que construiu o primeiro Templo de Jerusalém. Neste texto conheceremos um pouco mais sobre quem foi Salomão na Bíblia.
O nome do rei Salomão aparece cerca de 300 vezes no Antigo Testamento e 12 vezes no Novo Testamento. Entretanto, Salomão não é mencionado na narrativa bíblica até que são descritos os últimos dias de seu pai, o rei Davi.

I. Visão panorâmica do rei Salomão.

Salomão é um personagem bíblico, foi o terceiro rei do povo de Israel. Hábil conselheiro e grande administrador, construiu o templo de Jerusalém.
Salomão, cujo nome vem do hebraico “chalom” (paz), subiu ao trono do povo de Israel quando tinha 20 anos. Filho do rei Davi e Bate-Seba, herdou de seu pai um extenso reino que ia do Rio Eufrates, até a fronteira egípcia.
Apesar de jovem, Salomão era um sábio conhecido e respeitado por toda a região. Até de terras mais distantes vinham nobres e príncipes em busca do conselho de Salomão. Entre as visitas famosas, conta-se a da rainha de Sabá. Supõem os historiadores que ela reinava uma região africana nas margens do mar Vermelho.
Salomão organizou administrativamente o seu reino. Explorou minas de cobre e sal. Construiu um porto para comercializar com a Arábia, a Etiópia e a Índia. Pouco a pouco sua riqueza aumentava. Tinha um enorme palácio em Jerusalém e uma residência de verão nas montanhas do Líbano. Seu trono era de marfim e ouro.
Apesar dos hebreus considerarem que, sendo Deus onipresente, qualquer lugar era bom para suas preces, Salomão mandou construir o Templo de Jerusalém. A grande obra durou sete anos para ficar pronta.
São estimados em 1 005 os cânticos escritos pelo rei Salomão, mas só existe a certeza quanto aos provérbios que foram recolhidos pela tradição judaica e que fazem parte do Antigo Testamento. Com a morte de Salomão em 930 a. C. a nação hebraica se dividiu em dois reinos: Israel e Judá.

II. A identificação de Salomão.

O rei Salomão também era conhecido por Jedidias, que significa “amado pelo Senhor”, como assim foi chamado pelo profeta Natã (2Sm 12:25). Não existe praticamente nenhuma informação sobre os primeiros anos de vida e a juventude de Salomão.
Sabe-se que ele foi o segundo filho de Davi e Bate-Seba, ex-mulher de Urias, já que o primeiro filho do casal morreu logo após o nascimento (2Sm 12:18). Falando especificamente sobre seu pai, Salomão então foi o quarto dos filhos de Davi nascidos em Jerusalém (Sm 5:14; 12:24).
Considerando as informações bíblicas acerca da vida de Davi, podemos estabelecer um parâmetro sobre o tipo de ambiente em que Salomão cresceu. Sabemos que Davi casava-se com frequência, o que obviamente resultava em constante tensão entre as esposas e seus filhos, que protagonizavam as mais variadas intrigas, geralmente em busca de prestígio.

III. Como Salomão chegou ao trono.

Durante o período em que Davi esteve debilitado antes de sua morte, houve uma intensa luta pelo trono de Israel. A oposição inicial de Absalão também pôde ser vista na pessoa de Adonias, o mais velho dos filhos sobreviventes de Davi (2Sm 3:4; 1Rs 1:5s).
Adonias conseguiu o apoio de Joabe, ex-general de Davi, e do sacerdote Abiatar, e tentou de todas as maneiras ocupar o trono de Davi ainda nos últimos dias dele, fazendo inclusive uma festividade de coroação.
Quando souberam do plano de Adonias, os aliados de Salomão trataram de trabalhar para que Davi se lembrasse da promessa ainda não cumprida a respeito de Salomão, de que ele seria seu sucessor (1Cr 22:9,10). Assim, Davi deu ordens acerca da ascensão de Salomão ao trono, e este foi coroado rei em Israel, sendo ungido por Zadoque (1Rs 1:28-39). Provavelmente quando foi coroado rei Salomão não tinha muito mais do que 18 anos.

IV. Os feitos de Salomão.


O rei Salomão reinou por 40 anos em Israel. Os estudiosos discutem se o seu período de reinado ocorreu aproximadamente entre 971 e 931 ou entre 960 e 920 a.C., sendo a primeira possibilidade a mais provável.
Logo após a morte de Davi, o rei Salomão seguiu as instruções de seu pai e agiu em conformidade para solidificar sua posição como rei e desmantelar sua oposição. Assim, após as mortes de Adonias e Joabe, e o banimento de Abiatar, Salomão passou a reinar sem oposição interna.
O rei Salomão herdou de Davi um extenso território, com aproximadamente 128 mil quilômetros quadrados. Durante seu reinado, Salomão melhorou muito as condições domésticas em Israel. O rei Salomão substituiu as antigas divisões tribais por uma divisão de seu território em 12 distritos administrativos, os quais cada um possuía um oficial comissionado pelo rei.
Esses distritos tinham a responsabilidade de prover o sustento para corte durante o ano, sendo então cada distrito responsável pelo suprimento de um mês. A lista de mantimento era bastante onerosa e pode ser consultada em 1Reis 4:22,23.
A corte do rei Salomão era bastante completa e organizada, e os seus auxiliares de governo eram chamados de príncipes, sendo eles:
  • Azarias, filho de Zadoque, como sumo sacerdote.
  • Eliorefe e Aias, secretários.
  • Josafá, encarregado dos registros.
  • Benaia, o general do exército.
  • Zadoque e Abiatar, sacerdotes.
  • Azarias, filho de Natã, como supervisor dos 12 oficiais comissionados nas unidades administrativas.
  • Zabude, conselheiro do rei.
  • Aisar, mordomo.
  • Adonirão, superintendente do serviço forçado que foi utilizado por Salomão em suas realizações.
No âmbito militar, o rei Salomão também fez melhorias significativas. Ele introduziu carros de batalha e cavalaria em seu exército. Também proveu novas estradas e estabeleceu fortalezas de fronteira para guardar as rotas de comércio. 
Diz a Bíblia que Salomão pronunciou 3 mil sentenças, "vinham todos os povos para ouvir sua sabedoria". E que tratava todos com igualdade. Até das terras mais distantes vinham nobres e príncipes em busca de seus conselhos. Entre as visitas famosas, consta a da Rainha de Sabá, cuja história é repleta de mistérios. Supõem os historiadores que ela tivesse reinado numa região Africana às margens do mar Vermelho. Os etíopes acreditam que seus imperadores são descendentes de Salomão e Sabá.
Salomão organizou o país, dividiu em regiões e criou uma rede de transportes. Na desértica região de Neguev, estabeleceu uma mina de cobre. À margem do mar morto ele explorava sal. Construiu o porto de Asion-Gueber, próximo de Eliat, para comercializar com a Arábia a Etiópia e a Índia. Várias ruínas encontradas por arqueólogos confirmam a passagem de Salomão nessa região.
Salomão tinha um enorme palácio em Jerusalém e residência de verão nas montanhas do Líbano. Seu trono era de marfim adornado com ouro. Segundo a Bíblia, "Todos os copos do rei eram dourados". "Teve 700 mulheres, desposou filhas de príncipes moabitas, edomitas, hititas e de outros povos que cercavam Israel e Judá". A sua grande obra foi a edificação do Templo de Jerusalém, que deve ter começado em 959 a.C. e só terminou sete anos depois.
É atribuído a Salomão 1005 cânticos. Alguns afirmam que é de sua autoria o Cântico dos Cânticos e o Salmo 127. Os provérbios que foram recolhidos pela tradição judaica num livro, depois canonizado como parte do Antigo Testamento, são com certeza de Salomão. Foram reunidos em 31 capítulos que contêm 850 versículos, levando o entendimento entre os homens.
Após a sua morte, a grande sabedoria e conselhos que Salomão pregou, não evitaram que as dez tribos de Israel se separassem da tribo de Judá, formando seu próprio estado.


V. Salomão foi um grande diplomata e comerciante.

A atividade comercial era o ponto forte do reinado de Salomão. Ele controlou rotas de comércio e estabeleceu pontos estratégicos de atuação que lhe renderam muita receita, de modo que a prata tornou-se tão comum em seu reino quanto à pedra e o cedro, fazendo com que ele vivesse em meio a um esplendor de riquezas nunca visto antes em Israel. Salomão conseguiu boa receita através das taxas cobradas das caravanas que precisavam cruzar seu território.
O rei Salomão foi um grande diplomata, e utilizou até mesmo os seus casamentos para conseguir vantajosos acordos internacionais para sua nação, fazendo com que durante todo o seu reinado, raramente Israel preciasse se preocupar com alguma ameaça militar.
O primeiro acordo comercial de Salomão foi com Hirão, rei de Tiro. Nele, Salomão pagava anualmente algo equivalente a 2.000 toneladas de trigo e 400 mil litros de azeite de oliva puro, em troca de madeira e marmoreiros para suas construções.
O rei Salomão também firmou um contrato com comerciantes do Egito para o comércio de cavalos e carros, e, por sua vez, os exportava aos heteus e sírios obtendo bom lucro (1Rs 10:28ss).
A atuação comercial que trouxe mais lucro para o rei Salomão foi seu comércio marítimo, onde seus barcos navegavam pelo Mar Vermelho, no Oceano Índico, chegando até Ofir. Tais viagens poderiam durar até três anos.
Quando considerara a receita anual proveniente de suas estratégias comerciais, das taxas que recebia pelo tráfego de mercadorias e dos impostos que recebia da população presente em todo o território que controlava, a estimativa da soma atinge um nível excepcional, colocando o rei Salomão como um dos homens mais ricos de toda a História da humanidade.

VI. As obras  construídas pelo rei Salomão

De todas as construções realizadas durante o reinado do rei Salomão, certamente o Templo em Jerusalém é a mais importante delas. Conforme a promessa do próprio Deus, o rei Salomão executou o projeto de seu pai de construir um Templo para abrigar a Arca da Aliança.
Para obter a mão de obra necessária, o rei Salomão recorria ao trabalho forçado. Ele fez colocou os cananeus na condição de escravos do estado de Israel (1Rs 9:20,21). Todavia, o número de trabalhadores cananeus era insuficiente para suprir seus planos, então ele recrutou israelitas para tal tarefa, obrigando-os também a um tipo de trabalho forçado.
Essa medida foi bastante impopular, fato que ficou evidenciado no episódio do assassinato de Adonirão, o superintendente dos grupos de trabalhadores (1Rs 4:6; 5:13-18; 2Cr 2:17,18).
O Templo construído por Salomão ficava localizado no Monte Moriá, o lugar onde o rei Davi havia edificado um altar ao Senhor (2Sm 24:16-25; 1Cr 21:15-25) e provavelmente onde Abraão teria subido com Isaque para sacrificá-lo.
Apesar de Davi ter coletado materiais para a construção do Templo (1Cr 22:2-4), foi no quarto ano do reinado de Salomão que ele começou a ser construído. Mesmo parecendo uma construção com uma dimensão modesta na atualidade, o edifício do Templo representava uma construção grande na época, medindo: 30 metros de comprimento, 10 de largura e 15 metros de altura. Sua construção levou um período de sete anos.
Quando concluiu a construção do Templo no décimo primeiro ano de seu reinado, o rei Salomão planejou uma grande celebração, onde muitos sacrifícios foram oferecidos na dedicação do edifício (1Rs 8-9; 2Cr 5-7).
Dentre os outros edifícios construídos pelo rei Salomão em Israel, podemos destacar:
  • A casa do bosque do Líbano que tinha 50 metros de comprimento, 25 de largura e 15 metros de altura.
  • Um pórtico de colunas medindo 25 por 15 metros.
  • Uma sala para seu trono, onde ele realizava os julgamentos.
  • Uma casa para a filha de Faraó, uma de suas esposas, cujo local possuía a imponência digna de uma filha de um monarca egípcio.
A própria residência de Salomão foi um uma construção considerável, onde acomodava 700 esposas e 300 concubinas, além dos servos necessários (1Rs 11:3). Salomão também edificou Milo, uma enorme fortaleza para proteger o Templo (1Rs 9:24).


VII. A sabedoria do rei Salomão.


Em 1 Reis 3 e 2 Crônicas 1 lemos o registro do sonho que o rei Salomão teve, onde o Senhor lhe apareceu e lhe perguntou o que ele mais desejava receber. Salomão poderia ter pedido riquezas, longevidade ou honra, porém o jovem rei pediu sabedoria, isto é, “um coração compreensivo” para poder governar prudentemente o seu povo.

Salomão foi rei dos judeus, considerado o rei de maior sabedoria entre todos, substituiu seu pai, Davi, de quem era o décimo filho. A história dessa sucessão é controversa, constando registros de que ele tenha assumido o trono através da influência de sua mãe, noutros, que, por ser tão impressionante sua inteligência, o próprio pai o teria nomeado.
Assumindo o trono executou inimigos, como o irmão Adonias, a quem pertenceria o trono por direito e um general, que conspiravam contra seu pai, Davi. Seu governo após a morte de Davi foi tido como despótico, mas ele equipou e fortaleceu seu exército, construiu fortalezas e marcou seu nome na história da humanidade como um rei que levou Israel ao máximo poder militar e comercial. Também foi protetor das artes e comércio, tendo sido respeitado e formando boas relações com países vizinhos, como Fenícia, Arábia e Síria, criando uma frota mercante que chegou aos limites conhecidos.
Um dos episódios que mais destaca a sabedoria do rei Salomão é aquele em que duas mães compareceram à sua presença disputando um único recém-nascido. O caso era bastante difícil, pois não havia nenhuma testemunha.
Com muita sabedoria, o rei Salomão propôs que o menino fosse dividido em duas partes para solucionar o problema. Diante da possibilidade da morte de seu filho, a verdadeira mãe preferiu entregar o menino à mulher impostora, e isto fez com que Salomão julgasse aquela causa de forma impecável.
A sabedoria do rei Salomão também pode ser percebida em toda literatura que ele produziu. Salomão compôs milhares de provérbios e cânticos (1Rs 4). A profundidade de seus provérbios também impressiona, de modo que a Bíblia relata que ele discorreu sobre as árvores, os animais, as aves, os répteis e os peixes (1Rs 4:33).
Além dos relatos bíblicos, muitas lendas e documentos da antiguidade se referem a espetacular sabedoria de Salomão. Entre os livros da Bíblia, é atribuído a Salomão a autoria de uma grande parte do livro de Provérbios, bem como Eclesiastes e Cântico dos Cânticos, também chamado de Cantares de Salomão e os Salmos 72 e 127.
A Bíblia diz que a sabedoria de Salomão impressionava de tal modo que vinham pessoas de todos os povos e de todos os reis da terra para ouvir de sua sabedoria (1Rs 4:34). Uma dessas visitas foi feita pela rainha de Sabá, que “veio dos confins da terra” para poder ouvir pessoalmente a sabedoria do rei Salomão (Mt 12:42).
A rainha de Sabá fez muitas perguntas e enigmas a Salomão, e o rei respondeu inteligentemente a todos os questionamentos feitos por ela, deixando-a completamente impressionada (1Rs 10:8). Na ocasião, a rainha de Sabá presenteou o rei Salomão com muitos presentes, além de 120 talentos de ouro (1Rs 10:8-10). Saiba mais sobre os pesos e medidas na Bíblia.

VIII. A vida duvidosa de Salomão.

De uma certa distância seria fácil idealizar Salomão. A Bíblia nos fala da sua riqueza e de suas realizações. Os projetos de construção que ele sonhava para o seu país, são um tributo à sua visão. Suas compilações de provérbios e reflexões sobre o significado da vida demonstram a sua contínua busca pelo conhecimento.
Entretanto, ao olharmos mais de perto, vemos que Salomão tinha uma vida difícil e cheia de problemas, com a qual nos identificamos.
Salomão foi o filho gerado pelo casamento de seu pai e Bate-Seba. Ele herdou raízes do lado obscuro de seu pai. A mãe de Salomão era casada com outro homem quando o Rei Davi e ela cometeram adultério. Davi providenciou a morte do marido dela para encobrir o escândalo.
O fato de o Senhor ter amado Salomão (2 SAMUEL 12:24) e tê-lo tornado um dos homens mais sábios que o mundo jamais conheceu ilustram princípios estabelecidos através das Escrituras. Deus não nos responsabiliza pelos pecados de nossos pais.
Salomão herdou o trono em meio a um conflito familiar. Quando Davi estava em seu leito de morte, seu filho mais velho, de outra esposa, tentou roubar o trono que fora prometido a Salomão. Em um crítico momento, Bate-Seba interviu e relembrou o rei que ele tinha prometido o trono ao filho deles (1 Rs 1:15-21).
Como Deus havia dito a Davi que Salomão seria o rei (1 Cr 22:9-10), as mudanças dramáticas nos eventos que se seguiram nos lembram que nossos inimigos não podem impedir-nos de fazer aquilo que Deus quer fazer através de nós.
Os primeiros atos de Salomão como rei aconteceram em uma atmosfera de ajustes culturais e religiosos. Ele casou-se com a filha pagã do Faraó do Egito (1 Rs 3:1), aparentemente, para encorajar um bom relacionamento com os vizinhos ao sul de Israel.
Além disso, Salomão e seu povo adoraram em lugares altos usados pelo povo daquela terra numa tentativa de aproximar-se dos seus deuses (1 Rs 3:2-3). Tal tipo de adoração tinha sido proibida desde os dias de Moisés (Dt 12:2).
Contudo, apesar de todos estes erros espirituais, Salomão tinha lugar para o Senhor em seu coração, e Deus foi paciente com ele. A experiência de Salomão nos relembra que em nosso mundo despedaçado, Deus pode trabalhar com o nosso desejo de honrá-lo — mesmo quando não compreendemos o quão confusos estamos.
Uma das mais conhecidas decisões de Salomão foi tomada quando ele estava dormindo. Até os dias de hoje, Salomão é relembrado pela maneira como respondeu quando o Senhor lhe apareceu em sonhos e deu-lhe a oportunidade de pedir o desejo do seu coração (1 Rs 3:5).
Surpreendentemente, Salomão não pediu por saúde ou vida longa. Ao contrário disso, ele pediu compreensão e discernimento para dirigir a nação que lhe fora confiada. Deus afirmou que estava satisfeito com aquele pedido e prometeu dar a Salomão não somente um coração compreensivo, mas também saúde e honra.
No entanto, o que alguns esquecem é que Salomão fez este pedido enquanto dormia. Toda a conversação ocorreu durante um sonho (1 Rs 3:15). Esta experiência nos relembra que Deus trabalha conosco de diversas maneiras, que demonstram melhor a Sua bondade, mais do que a nossa.
O primeiro ato da sabedoria de Salomão registrado foi resolver um conflito de consequências trágicas entre duas mulheres da rua. Deus poderia exibir o Seu dom de sabedoria igualando as habilidades de Salomão àquelas da alta sociedade e com os sábios de então.
No entanto, o primeiro ato de sabedoria registrado foi o ajuste de contas entre duas prostitutas. Ambas tinham filhos recém-nascidos cujos pais estavam ausentes. Mas uma delas tinha perdido seu bebê por morte acidental e agora afirmava ser a mãe verdadeira do recém-nascido sobrevivente.
As duas mulheres apelaram para Salomão para resolver sua disputa. Salomão foi capaz de fazer justiça à verdadeira mãe, pelo impensável ato de pedir por uma espada e ameaçar dividir o menino vivo em duas partes (1 Rs 3:16-28).
Este primeiro ato de justiça praticado por Salomão nos lembra que a percepção de justiça e misericórdia de Deus alcança aqueles que outros rejeitariam como indignos.
Salomão nos mostrou como procurar pelos dois lados da natureza humana. Através da ameaça de dividir o bebê, Salomão nos mostrou que uma daquelas mulheres estava disposta a ver o bebê morto ao invés de vê-lo nos braços de outra mulher. A segunda demonstrou que preferia dar a criança à outra em vez de vê-la morrer.
Ao trazer à superfície um dos melhores, e um dos piores lados da natureza humana, Salomão nos fez vislumbrar nossos próprios corações. A sabedoria rastreia em nós as evidências de que somos criados à imagem de Deus, e, também rastreia os sentimentos conflitantes que se originam ao declararmos a nossa independência de Deus.
A sabedoria de Salomão não o impediu de agir como um tolo. Apesar de todo o entendimento que Deus deu a Salomão, ele acabou fazendo exatamente aquilo que os reis de Israel estavam proibidos de fazer (Dt 17:14-20). Ele multiplicou sua riqueza pessoal, esposas e parceiras sexuais de maneira excessivamente tolerante.
No entanto, no momento que pensamos que ele não poderia ter feito nada pior, Salomão construiu altares aos deuses pagãos de suas esposas nas montanhas que circundavam Jerusalém (1 Rs 11:1-8). A vida de Salomão nos mostra algo muito importante. A sabedoria nos ajuda somente se dela fizermos bom uso.
Uma das mais importantes contribuições que Salomão nos deixou foi a constatação de que seus problemas e fracassos realmente aconteceram. Através da insensatez de Salomão podemos ver que toda sabedoria do mundo não modifica nossa natureza humana. Quem dentre nós não quer ser mais honesto, mais amoroso e ter mais autocontrole do que a nossa natureza nos permite?
Por essa razão, a nossa verdadeira necessidade não é por uma sabedoria de autotransformação, pela qual possamos receber o crédito. Nossa verdadeira necessidade é pela sabedoria que vem como um presente da graça de Deus, em Cristo, através de Cristo, e por Cristo (1 Co 1:30).

IX. A velhice de Salomão.

Na sua velhice Salomão se desviou de Deus. Ele tinha casado com muitas mulheres estrangeiras que adoravam outros deuses. Para agradar suas mulheres, Salomão construiu altares a esses deuses e se esqueceu do Deus verdadeiro (1 Reis 11:4).
Por causa de seu pecado, Deus levantou adversários contra Salomão (1 Reis 11:10-11). Um desses adversários foi Jeroboão, que mais tarde dividiu o reino de Israel em duas nações: Israel e Judá. Jeroboão se tornou rei de Israel e Roboão, filho de Salomão, se tornou rei de Judá.
Salomão era muito sábio mas ele acabou se desviando da fonte de toda a sabedoria: Deus (Pv 9:10). Por causa disso, ele perdeu a sabedoria para manter a paz e não conseguiu ensinar sabedoria a seu filho, que perdeu grande parte do reino.

Apesar de toda a sabedoria que tinha, o rei Salomão tomou atitudes que lhe trouxeram problemas, dentre as quais podemos destacar:
  • O trabalho forçado a qual submeteu o seu povo.
  • As práticas comerciais internacionais que de alguma foram fizeram com que a idolatria entrasse no meio do povo pelo contato com outros povos.
  • A pesada carga de impostos que sobrecarregava os israelitas.
  • A intensa poligamia, que foi o principal meio pelo qual outros deuses começaram a ser considerados em território hebreu.
De toda essa lista, certamente sua vida conjugal é a que mais merece destaque, pois além da poligamia praticada por Salomão, suas esposas estrangeiras fizeram com que, em sua velhice, ele praticasse uma adoração mista, seguindo outros deuses (1Rs 11:4).
Para o rei Salomão, o casamento fazia parte de sua estratégia política, ou seja, ele firmava muitas alianças através de seus casamentos. Foi assim que ele atingiu o impressionante número de 700 esposas além de 300 concubinas.
Entres as esposas do rei Salomão estava a filha de Faraó, e, por ocasião dessa união, o Faraó do Egito lhe deu como dote a cidade de Gezer (1Rs 9:16). Algumas tradições árabes, judaicas e etíopes, sugerem que Salomão também teve um relacionamento amoroso com a rainha de Sabá, tendo até mesmo nascido um filho desse envolvimento, Menelik I, fundador da casa real etíope, porém a Bíblia não relata nada acerca disso.
O grave pecado do rei Salomão, ao afrontar a adoração monoteísta em Israel quando começou a seguir outros deuses para satisfazer suas esposas estrangeiras, não poderia ficar impune. Tal comportamento foi reprovado pelo Senhor que, por sua misericórdia e amor a Davi, suspendeu seu julgamento total durante o período de vida de Salomão, ou seja, não lhe tirou o reino, mas após a sua morte o castigo foi derramado e o reino foi tirado de seu filho, na ocasião em que o reino de Israel foi dividido.
Mesmo em vida, Salomão experimentou as ameaças de inimigos levantados por Deus, como Hadade, Rezom e Jeroboão. Esse último era um líder forte e trabalhador que se rebelou contra as políticas do rei Salomão, e nos dias de reinado do filho de Salomão, Roboão, ele dividiu o reino de Israel em duas partes, norte (Israel) e sul (Judá), e se tornou rei sobre as 10 tribos do norte. Saiba mais sobre os reis de Israel e reis de Judá.

X. O melancólico fim da vida do rei Salomão.



“41 Quanto ao restante dos atos de Salomão, e a tudo o que ele fez, e à sua sabedoria, porventura não está escrito no livro dos atos de Salomão?  42 O tempo que Salomão reinou em Jerusalém sobre todo o Israel foi quarenta anos. 43 E Salomão dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi, seu pai; e Roboão, seu filho, reinou em seu lugar. (1 Reis11, 41-43) Bíblia Almeida.
 29 Ora, o restante dos atos de Salomão, desde os primeiros até os últimos, porventura não estão escritos na história de Natã, o profeta, e na profecia de Aías, o silonita, e nas visões de Ido, o vidente, acerca de Jeroboão, filho de Nebate? 30 Salomão reinou em Jerusalém quarenta anos sobre todo o Israel. 31 E dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi, seu pai. E Roboão, seu filho, reinou em seu lugar. A sua morte. (2 Crônicas 9,29-31) Bíblia Almeida.

A história de Salomão como é conhecida, teve um triste fim para alguém que foi querido por Deus, e que recebeu sabedoria e inteligência para construir o Templo de Jerusalém sonho de seu pai Davi. O envolvimento com mulheres estrangeiras o levou ao afastamento de Deus, e a pratica de cultos religiosos estrangeiros. Salomão iniciou seu reinado de forma admirável gozou das ricas bênçãos de Deus, prosperando materialmente mais do que qualquer outro dos seus servos aqui na terra. Mas não conseguiu permanecer nos caminhos de Deus e ser fiel até a sua morte. Tudo poderia ser diferente para Salomão se ele tivesse seguido o que ele próprio escreveu no seu livro de Eclesiastes: "De tudo o que se tem ouvido, o principal é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más".
A narrativa bíblica nos fornece poucos elementos para falarmos do tipo de morte de Salomão. O que sabemos é que depois de governar por 40 anos dormiu com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi, o local também não é identificado.

Apesar de encerrar sua vida de forma melancólica, deixando um reino desgastado e prestes a ruir, o rei Salomão fez contribuições importantíssimas para Israel, sendo aquele que construiu o Templo, o que colocou Israel no cenário internacional e foi o principal autor da literatura de sabedoria hebraica.
Também é importante mencionar que toda a glória e esplendor do reino de Salomão tipificou o reino eterno do Messias, de forma que o Salmo 72, num frequente uso de linguagem hiperbólica, ao mesmo tempo em que se refere ao rei humano também prenuncia o Cristo.

XI. Salomão foi ou não salvo?

Existem diversas correntes de pensamento acerca da salvação ou não de Salomão.

Primeiramente contra sua salvação temos as seguintes declarações:

“Pelo que o Senhor se indignou contra Salomão, porquanto desviara o coração do Senhor, Deus de Israel, o qual duas vezes lhe aparecera”. (I Rs 11.9.)

“E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração”. (I Rs 11:3)

“Então edificou Salomão um alto a Quemós, a abominação dos moabitas, sobre o monte que está diante de Jerusalém, e a Moloque, a abominação dos filhos de Amom.
E assim fez para com todas as suas mulheres estrangeiras; as quais queimavam incenso e sacrificavam a seus deuses.” (I Rs 11:7-8)

Mas a declaração de condenação que é primaz entre os que defendem sua condenação eterna sem duvida é:

“E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai, e serve-o com coração perfeito e espírito voluntário; porque o Senhor esquadrinha todos os corações, e penetra todos os desígnios e pensamentos. Se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, REJEITAR-TE-Á PARA SEMPRE.” (1Cr.28:9)

1.       SALOMÃO FOI REGEITADO PARA SEMPRE?

Sabemos o quanto Salomão se tornou idolatra e rejeitou os preceitos das leis de Deus, então num silogismo frustrado e pretensioso concluem que nas palavras finais “REJEITAR-TE-Á PARA SEMPRE”, Deus estaria rejeitando-o para sempre.

Quero defender que quando Deus “rejeita” algo ou alguém, isto pode ter outra denotação. Se não vejamos outros claros exemplos na bíblia em que encontramos diferentes verbos correlatos com o substantivo feminino “rejeição”:

a)      ASAFE - Salmista e servo de Deus, pergunta ao Senhor: “Ó Deus, por que NOS REJEITASTE PARA SEMPRE?” (Sl.74:1).

b)      HEMÃ - Ezraíta, outro salmista e servo de Deus, também indaga: “Senhor, por que ME REJEITAS? Por que escondes de mim a tua face?” (Sl88:14).


2.       SALOMÃO ERA PECADOR

A verdade é que vemos pecados gravíssimos no desenvolver da vida de nosso herói. Temos assustadoras surpresas quando vemos o mais sábio homem do mundo se envolvendo com idolatria a deuses estranhos, lascívia, pecados de toda sorte. A Palavra de Deus diz: “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, OS IDÓLATRAS, e todo o que ama e pratica a mentira.” (Ap22:15). A pergunta natural sobrepujante é se Salomão experimentou o arrependimento verdadeiro ou não. Viveu-se uma vida dissoluta até o fim ou se teve oportunidade de transformação interna de seu caráter pouco antes da morte. Temos pistas nas escrituras que podem nos revelar. Em suas próprias palavras:“Porque sete vezes cai o justo, e se levanta.” (Pv.24:16); Ainda escreve parecendo responder ao leitor que se indaga nessa oportunidade: “Eu sei que tudo quanto Deus faz DURARÁ ETERNAMENTE; nada se lhe pode acrescentar, e nada se lhe pode tirar.”, ele afirma crer que a Salvação é obra tão somente de Deus; portanto, crê intimamente na sua eternidade; assim, ele professa a certeza absoluta de sua salvação eterna.



3.       SALOMÃO FOI SALVO?

a)      O Senhor amou a Salomão (2 Sm.12:24);

b)      Salomão, igualmente, amava ao Senhor e andava nos estatutos de Davi (I Rs3:3);

c)       O Senhor lhe apareceu em sonhos (I Rs 3:5);

d)      Ele era servo de Deus (I Rs 3:7-9);

e)      O Senhor lhe prometeu um coração sábio (I Rs 3:12);

f)       O fez alcançar a promessa (I Rs5:12);

g)      Havia nele a Sabedoria de Deus (I Rs3:28);

h)      Ele foi rei sobre todo o Israel (I Rs4:1);

i)        Ele dominava sobre todos os reinos (I Rs 4:21,24);

j)        O Senhor lhe deu descanso de todos os lados (iIRs 5:4);

k)      Não por acaso o seu nome é Salomão (Shalom, que significa Paz);

l)        Ele edificou a Casa do Senhor (I Rs 6:2,14,38);

m)    O Senhor se agradou da Casa que Salomão fizera ao seu Nome, pois uma nuvem (a Glória do Senhor) encheu a Casa (I Rs8:10-11);

n)      Ele orou a Deus (I Rs 8:22-53), e nessa oração ele reconhece que Deus guarda o pacto e a benevolência (I Rs 8:23);

o)      O Senhor ouviu a sua oração (I Rs9:3);

p)      Ele desejou que todos os povos da terra saibam que o Senhor é Deus (I Rs8:60);

q)      Ele ofereceu sacrifícios ao Senhor (I Rs 8:62-64);

r)       Por causa dele a rainha de Sabá bendisse ao Senhor Deus, dizendo que Ele se agradou de Salomão (I Rs10:9);

s)       Ele foi colocado no trono de Israel e estabelecido rei pelo Senhor Deus (I Rs 10:9);

t)       E, finalmente, quando ele morreu, não foi sepultado em Samaria, junto aos reis de Israel, mas, assim como seu pai, ele foi sepultado na cidade de Davi, onde eram sepultados os retos reis de Judá (I Rs11:43).

4 .       O QUE JESUS PRONUNCIA SOBRE SALOMÃO?

O Senhor Jesus Cristo, ao falar sobre Salomão, omite-lhe censuras; menciona somente a sua glória. Por que alguns fazem exatamente o contrário?

“E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.” (Mt 6:29)



5 .  A PROMESSA PARA SALOMÃO

Existe na bíblia uma promessa que envolve diretamente a nossa exponencial figura:

“Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre.Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens. Mas a minha benignidade não se apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.” (2 Sm 7:12-15)

Para muitos estudiosos da Bíblia esse texto está se referindo ao reino. Deus aqui não está falando apenas que retiraria o seu amor para sempre do reino mas também da pessoa de Salomão. Na verdade o que esta por trás destas colocações contrárias a sua salvação é que a graça de Deus é simplesmente constrangedora. Como pode alguém como Salomão ser salvo? Como pode o ladrão na cruz ser salvo? Como eu posso ser salvo, apesar de minhas transgressões? Mas a pergunta não fica apenas por aqui, veja que a bíblia como palavra inspirada, faz questão de não “aliviar” para ninguém. Leia com atenção a história de qualquer herói bíblico e verás que não existe esse que tem a vida impar ou que seja exemplo de retidão, a não ser nosso Senhor Jesus. Por isso ao falar da situação do pecado humano é que o apostolo Paulo relembra que: “não há um justo. Nenhum sequer” (Rm 3:10). As profecias e passagens que demonstram exortativamente contra o homem e em nosso caso, contra Salomão, funcionam como a lei, que não tem propósito salvador, antes, condenador.

XII. O que podemos extrair como lição da vida de Salomão.

Inicialmente Salomão foi obediente às orientações de seu pai Davi (1ªReis 2:1-4), seguindo os caminhos do Senhor, e por isso recebeu de Deus o presente da sabedoria (1ªRs 3:3-28), conforme ele mesmo quis. Assim, Salomão começou seu reinado com sabedoria e justiça. Também construiu um império econômico invejável (1ªReis 10). Foi ele o responsável pela construção do Templo de Jerusalém, por volta do quarto ano de seu reinado, bem como construiu um novo Palácio Real para o Sumo Sacerdote, o Palácio da Filha de Faraó, a Casa de Cedro do Líbano e o Pórtico das Colunas.
Porém, as diversas alianças com os povos vizinhos o levaram a muitos casamentos, o que acabou prejudicando seu reinado. Salomão começou a importar os costumes religiosos das suas mil mulheres (1ªReis 11:1-8), e seu coração foi se desviando da verdade e sabedoria, pois se deixou seduzir pelos cultos pagãos. Apesar de toda glória e riqueza, Salomão viveu dias de profunda pobreza. Seu coração apartou-se do Senhor e ele passou a explorar terrivelmente o povo e sua vida se tomou uma enorme vaidade, algo sem sentido, como ele mesmo afirma em Eclesiastes 2:11:
“foi correr atrás do vento”.
A pobreza de um coração rico
O poder e as riquezas têm sido almejadas por muitas pessoas, de geração em geração. Muitos pensam que ao atingir um certo “status” ou uma certa independência financeira, a satisfação e o sentido da surgem naturalmente, trazendo felicidade e paz ao coração. É o pensamento de que quanto mais status e mais se tem, mais se é algo na vida. Para muitos, o importante não é a maneira como se consegue o status e a riqueza, mas o importante é “ser” e “possuir“.
Percebemos nos assaltos, sequestros, roubos, extorsões, golpes, negociatas, trapaças, sonegações, etc, que geralmente a busca é por riquezas e status, ou mesmo a continuação delas. Geralmente esse tipo de pessoa nunca se satisfaz com o que consegue acumular. É a pobreza de um coração rico.
A pobreza de um coração egocêntrico
A atuação política de Salomão e seus interesses levaram-no a um afastamento de Deus e dos ideais que antes sustentava (Eclesiastes 2:1-11). Agora vemos um homem preocupado somente com seu nome e a serviço de si mesmo. Perde-se a conta de quantas vezes aparecem no texto as expressões: “meu”, “minha”, e os verbos na primeira pessoa do singular, em alusão ao “eu“.
A pobreza de um coração rico é marcada por uma visão absoluta de si mesmo, onde descarta-se o semelhante e ignora-se Deus. Onde a expressão “serviço” deixa de existir, a não ser se for para ostentar de alguma forma seu próprio nome.
Essa postura que Salomão tomou também tem sido tomada por muitas pessoas. É uma vida egocentralizada, onde “não se move uma palha” pelas necessidades do semelhante e do necessitado. Temos em todo mundo pessoas que fazem de tudo para ter seus nomes em destaque e só se preocupam com seus próprios interesses. A vida no mundo tem se tornado cada vez mais pobre de princípios morais verdadeiros, por causa do egocentrismo de uma vida rica de coisas sem valor.
A pobreza de uma vida de futilidades
No início de seu reinado, Salomão preocupava-se com a justiça social, com a verdade, com uma política voltada para o bem-estar do povo e com a decência. Em Eclesiastes vemos a tremenda preocupação de Salomão em fazer alguma coisa. Ele procurava satisfação e paz de consciência em suas obras. Mas estas obras não lhe conferiram nada. Diz o texto:
“Empreendi grandes obras, edifiquei para mim casas, plantei vinhas, fiz jardins, pomares. Fiz para mim açudes…”(Ec 2:4-10).
Mas nada disso preencheu os seus anseios conforme ele mesmo reconhece no verso 11 do mesmo capítulo.
Para muitas pessoas, a vida se resume apenas a festas, férias no exterior, gastos com carros, mansões, praias particulares, banquetes em restaurantes requintados, roupas de grifes, etc… Para muita gente, isto é vida. Enquanto isso, milhares de pessoas trabalham para amenizar a fome no país. Outras acordam nas madrugadas para enfrentar as filas e as greves nos transportes urbanos das cidades. Moram em barracos nas encostas dos morros que, em épocas de chuva, desabam matando muitos. As reais necessidades humanas são desprezadas, enquanto se dá grande valor às maiores futilidades.
A pobreza de uma vida vazia
Outra realidade descrita no reinado iniciante de Salomão, era o prazer que tinha em ser instrumento de Deus para o governo do povo. Uma vez que se perde isto na vida, o homem anda desesperadamente à procura de algo que possa substituir esta realidade. Eclesiastes apresenta um Salomão boêmio, desvairado, inveterado, ébrio, alguém que forja inúmeras alternativas de prazer, para trazer gozo à sua alma (Eclesiastes 2:4-10).
Salomão lutava para tentar superar a pobreza de sua alma. É a tristeza de uma vida sem um ideal divino. Uma vida sem Deus torna-se um deserto árido, seco e sem verdor. Não pode haver prazer, nem gozo contínuo. E o homem se torna cativo, escravo de paliativos do prazer.
E desta forma que se explicam os inúmeros casos de depressão, suicídio por “overdose” (no meio elitizado principalmente), os pais de família caídos nas sarjetas, embriagados, o crescimento da prostituição, dos bordéis e motéis que incentivam a promiscuidade sexual como alternativa de prazer. As jovens que se entregam sem pudor às relações sexuais ilícitas e buscam em seguida o aborto para solucionar um problema criado pelo prazer desenfreado.
É a Síndrome de Lúcifer, bem descrita na biografia de Judas. O homem totalizando o prazer na vida vazia e sendo escravizado pela sua necessidade de prazer sem Deus.
A riqueza de um coração humilde
Entretanto, em meio às desilusões da pobreza de uma vida com riquezas, Salomão chega a mais surpreendente, feliz e sábia conclusão capaz de revestir de sentido a existência humana, tornando-a uma experiência profundamente rica. Ele conclui:
“De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos, porque isto é dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más”(Ec 12:13-14).
Salomão foi, talvez, o rei mais rico e sábio que já pisou sobre a Terra, mas isso nada impediu de ser subjugado pelos prazeres mundanos, das idolatrias e do afastamento do Senhor, numa busca pela autorrealização. A sua história talvez seja um dos maiores exemplos para nós hoje, para não cometermos os mesmos erros. Afinal, Jesus também fez um grande questionamento:
“Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mt 16:26).

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