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OLA SOU ELIANE RAMOS, APÓSTOLA DA IALJAN E QUERO APRESENTAR MEU TRABALHO

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NO AR DESDE 31 DE JANEIRO DE 2014


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sábado, 20 de abril de 2019

Capitã de Jeová eta gloriaaaaaa



Pra. Eliane Levando Jesus

Um novo tempo. Com Pr. Silas Malafaia



Pra. Eliane Levando Jesus

Lição 19 Eclesiologia parte 2

OS OFICIAIS DA IGREJA
Para os propósitos deste capítulo, usaremos a seguinte definição: um oficial da igreja é alguém publicamente reconhecido como detentor do direito e da responsabilidade de desempenhar certas funções para o benefício de toda a igreja.
Segundo essa definição, presbíteros e diáconos seriam considerados oficiais na igreja, bem como o pastor (se esse for um ofício distinto). O tesoureiro e o moderador também seriam oficiais (esses títulos podem variar de igreja para igreja). Todas essas pessoas tiveram reconhecimento público, geralmente em um culto no qual foram "empossados" ou "ordenados" em um ofício.
1. Apóstolos.
Os apóstolos do Novo Testamento tinham um tipo singular de autoridade na igreja primitiva: autoridade para falar e escrever palavras que eram "palavras de Deus" em sentido absoluto. Não acreditar neles ou desobedecer a eles era o mesmo que não crer em Deus e desobedecer a Deus.
a. As qualificações de um apóstolo. As duas qualificações de um apóstolo eram: (1) ter visto Jesus Cristo após a ressurreição (ser testemunha ocular da ressurreição) e (2) ter sido especificamente comissionado por Cristo como seu apóstolo.
O fato de que um apóstolo tinha de ter visto o Senhor ressurreto é indicado em Atos 1.22, onde Pedro diz que o substituto de Judas deve "se tornar testemunha conosco de sua ressurreição". Além disso foi "aos apóstolos que escolhera" que "depois de ter padecido se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias" (At 1.2-3; cf. 4.33).
b. Quem eram os apóstolos? O grupo inicial contava com doze ? os onze discípulos originais que continuaram após a morte de Judas, e Matias, que o substituiu: "E os lançaram em sortes, vindo a sorte a recair sobre Matias, sendo-lhe então votado lugar com os onze apóstolos" (At 1.26). Tão importante era esse grupo original de doze apóstolos, os membros fundadores do ofício apostólico, que lemos que seus nomes estão escritos nos fundamentos da cidade celestial, a nova Jerusalém: "A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro" (Ap 21.14).
c. Resumo. A palavra apóstolo pode ser usada em um sentido amplo ou restrito. Em sentido amplo ela significa "mensageiro" ou "missionário pioneiro". Mas em sentido restrito, que é o mais comum no Novo Testamento, refere-se a um ofício específico, "apóstolo de Jesus Cristo". Esses apóstolos tinham autoridade única para fundar e liderar a igreja primitiva e podiam falar e escrever a palavra de Deus. Muitas de suas palavras escritas tornaram-se as Escrituras do Novo Testamento.
2. Presbíteros (pastores / bispos)
a. Pluralidade de presbíteros, padrão em todas as igrejas do Novo Testamento. O próximo ofício a ser considerado é o de "presbítero". Embora se argumente que havia diferentes formas de governo eclesiástico no Novo Testamento, um panorama dos textos pertinentes mostra que o oposto é verdadeiro: há um padrão bastante coerente de vários presbíteros como o principal grupo de liderança das igrejas neotestamentárias. Por exemplo, em Atos 14.23 lemos: "E promovendo-lhes em cada igreja a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido". Isso aconteceu na primeira viagem missionária de Paulo, quando retornava pelas cidades de Listra, Icônio e Antioquia, e indica que o procedimento normal de Paulo desde sua primeira viagem missionária era estabelecer um grupo de presbíteros em cada igreja que fundava. Sabemos que Paulo também estabeleceu presbíteros na igreja de Éfeso, porque lemos: "De Mileto mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja" (At 20.17).
b. Outros títulos dos presbíteros: pastores ou bispos. Presbíteros também são chamados "pastores" ou "bispos" no Novo Testamento. A palavra menos usada (pelo menos na forma substantiva) é pastor (gr. poimÂn). Pode surpreender-nos descobrir que essa palavra, que se tornou tão comum, só ocorra, referindo-se a um oficial da igreja, uma vez no Novo Testamento. Em Efésios 4.11, Paulo escreve: "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e mestres". O versículo provavelmente seria mais bem traduzido por "pastores-mestres" (um grupo) e não "pastores e mestres" (sugerindo dois grupos) por causa da construção grega (embora nem todo estudioso da área de Novo Testamento concorde com a tradução). A associação com o ensino sugere que esses pastores eram alguns presbíteros (ou talvez todos) que se encarregavam do ensino, porque um dos requisitos do presbítero era ser "apto para ensinar" (1Tm 3.12).
c. As funções dos presbíteros. Uma das principais funções dos presbíteros é dirigir as igrejas do Novo Testamento. Em 1Timóteo 5.17 lemos: "Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem". Antes, na mesma epístola, Paulo diz que o bispo (ou presbítero) "deve governar bem a sua própria casa [...] pois, como cuidará da igreja de Deus?" (1Tm 3.4-5).
d. Qualificações dos presbíteros. Quando Paulo alista as qualificações dos presbíteros, é importante o fato de ele juntar requisitos concernentes a traços do caráter e atitudes íntimas com requisitos que não podem ser preenchidos em curto espaço de tempo, senão em um período de muitos anos de vida cristã fiel:
"É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo" (1Tm 3.2-7).
f. A ordenação pública de presbíteros. Em relação com a discussão acerca dos presbíteros, Paulo diz: A ninguém imponhas precipitadamente as mãos" (1Tm 5.22). Embora o contexto não especifique um processo de seleção de presbíteros, todo o contexto imediatamente anterior (1Tm 5.17-21) trata de presbíteros; e a imposição de mãos seria uma cerimônia para separar alguém para o ofício de presbítero (observe a imposição de mãos para ordenar ou estabelecer pessoas em certos ofícios e tarefas em At 6.6; 13.3; 1Tm 4.14). Portanto, a consagração de presbítero parece a possibilidade mais provável para a ação que Paulo tem em mente. Nesse caso ele estaria dizendo: "A ninguém consagre precipitadamente como presbítero". Isso seria coerente com um processo por onde os diáconos devem ser "primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato" (1Tm 3.10).
3. Diáconos.
A palavra diácono é tradução da palavra grega diakonos, que é o termo comum que se traduz por "servo", quando usado em contextos não eclesiásticos.
Os diáconos são claramente mencionados em Filipenses 1.1: "... a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos". Mas não há especificação de sua função, só a indicação de que são diferentes dos bispos (presbíteros). Os diáconos também são mencionados em 1Timóteo 3.8-13 em uma passagem mais extensa:
"Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primei-ramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a mulheres [ou "esposas"; a palavra grega pode ter um desses significado], é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher, e governe bem seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus" (1Tm 3.8-13).
4. Outros cargos?
Em algumas igrejas hoje, há outros cargos, tais como tesoureiro, moderador (alguém com responsabilidade de presidir as reuniões administrativas da igreja), ou curador (em algumas formas de governo da igreja, alguém legalmente responsável pelas propriedades da igreja). Além disso, igrejas com uma equipe de direção com mais de um membro assalariado podem ter nessa equipe membros (tais como ministro de música, diretor de educação, conselheiro de jovens, etc.) "publicamente reconhecidos como detentores do direito e da responsabilidade de desempenhar certas funções na igreja" e que assim se encaixam em nossa definição de oficial da igreja, podendo até serem pagos para desempenhar tais funções em tempo integral, mas que podem não ser presbíteros nem diáconos na igreja.
B. COMO DEVEM SER ESCOLHIDOS OS OFICIAIS DA IGREJA?
Existem duas práticas principais no processo de seleção dos oficiais da igreja : a escolha feita por uma autoridade superior e a que se faz pela congregação local. A Igreja Católica Romana tem seus oficiais indicados por uma autoridade superior: o papa indica cardeais e bispos, e os bispos indicam sacerdotes para as paróquias locais. Essa é uma "hierarquia", ou sistema de governo por sacerdócio, distinto dos leigos na igreja. Esse sistema indica uma linha ininterrupta de descendência que começa com Cristo e os apóstolos e alega que o sacerdócio atual é o representante de Cristo na igreja. Embora a Igreja Anglicana (Igreja Episcopal, nos Estados Unidos) não se submeta ao domínio de um papa nem tenha cardeais, ela possui algumas semelhanças com o sistema hierárquico da Igreja Católica Romana, já que é dirigida por bispos e arcebispos, e os membros de seu clero são considerados sacerdotes. Ela também alega estar na linha de sucessão direta a partir dos apóstolos, e os sacerdotes e bispos
A Liderança da Igreja
Independente do tipo de governo que as igrejas tenham, é inegável a necessidade de líderes. Sempre foi assim desde o início da igreja: O NT mostra que havia líderes na Judeia (At 11.29,30), Paulo instituiu líderes na Galácia (At 14.23), os líderes da igreja se reuniram em Jerusalém (At 15) e havia presbíteros e diáconos nas igrejas (At 20.17; e Fp 1.1).
TIPOS DE LÍDER
Apesar de o NT mencionar presbíteros e diáconos na liderança das igrejas, nem todas as denominações adotam essa divisão. Textos bíblicos que falam muito sobre o assunto são Tito 1 e 1 Timóteo 3. Esses dois textos demonstram que as palavras "presbítero" e "bispos" (supervisores) são termos intercambiáveis e se referem à mesma pessoa. Outras evidências dessa realidade são:
  • Paulo usa os dois termos se referindo às mesmas pessoas no mesmo parágrafo (Tt 1.5-7);
  • Paulo chama os presbíteros de Éfeso de "bispos" (At 20.17,28);
  • Em 1Tm 3.1-13 e Fp 1.1, Paulo cita apenas bispos e diáconos, sem se referir a presbíteros, embora 1Tm 5.17 os identifique na igreja.
MINISTÉRIO DOS PRESBÍTEROS
Os deveres dos presbíteros são:
a) Governar - O presbítero deve liderar (1Tm 5.17; Hb 13.17), não como dominador, mas sem perder a autoridade (1Pe 5.3; Hb 13.7);
b) Guardar a verdade - Proclamar e explicar as doutrinas reveladas nas Escrituras (Tt 1.9), buscando ser capacitado para tanto (1Tm 3.2);
c) Ter um bom caráter - As qualificações necessárias ao caráter do presbítero, conforme 1Tm 3.1-7 e Tt 1.5-9, são:
  • Irrepreensível;
  • Marido de uma esposa;
  • Temperante;
  • Sóbrio;
  • Modesto;
  • Hospitaleiro;
  • Apto para ensinar;
  • Não dado ao vinho;
  • Não violento;
  • Amável;
  • Inimigo de contendas;
  • Não ganancioso;
  • Não irascível;
  • Governar bem o lar;
  • Não orgulhoso;
  • Não inexperiente;
  • De bom testemunho.
Os presbíteros eram escolhidos e investidos nessa função, nos dias do NT, quando eram fundadas novas igrejas (At 14.23; Tt 1.5). Os apóstolos, os presbíteros e a congregação participavam desse processo.
Exemplos disso:
  • Paulo e Barnabé tiveram a imposição de mãos13 da igreja e foram enviados (At 13.3);
  • Os presbíteros impuseram as mãos sobre Timóteo (1Tm 4.14);
  • Tito nomeou presbíteros em Creta (Tt 1.5);
  • Paulo alertou sobre a imposição precipitada de mãos (1Tm 5.22).
MINISTÉRIO DOS DIÁCONOS
A palavra diácono quer dizer ministro ou servo. A diaconia (serviço) é um ministério geral que pode ser oficial ou não. Entretanto, a Bíblia especifica as qualificações de homens que assumiam um cargo oficial na igreja com o nome de diácono (Fp 1.1). Tais qualificações são semelhantes e paralelas às do presbítero (1Tm 3.8-13).
A imposição de mãos, nesse caso, tem o significado de reconhecimento, aprovação e apoio ao ministério de quem é feito presbítero.
As Ordenanças da Igreja
Ordenanças são ordens dadas por Cristo à Igreja com a intenção de lembrar e simbolizar verdades fundamentais. Diferente do conceito de "sacramento", as ordenanças não têm a intenção de serem veículos de graça. Apesar das diferenças entre diversas denominações no que tange à intenção e número das ordenanças, cremos que são identificadas como ordenanças o batismo e a ceia.
O BATISMO
A palavra batismo vem do grego baptisma e baptizo, que significa imergir, submergir. Assim, ele deve ser feito pela imersão total do crente na água (Mt 3.16; Jo 3.23; At 8.36-39). O batismo deve ser ministrado somente a adultos ou, eventualmente, a crianças que já entenderam e aceitaram o evangelho. O batismo por imersão atinge os quatro objetivos do batismo:
  • A profissão pública de fé ? objetivo principal ? (1Pd 3.21);
  • A identificação do batizando com os demais discípulos de Jesus (Mt 28.19);
  • A representação da lavagem espiritual (At 22.16 cf. 1Co 6.11);
  • A representação da morte do crente para o mundo e de sua ressurreição para uma nova vida (Rm 6.4; Cl 2.12).
O batismo tem seu significado associado às ideias de:
  • Perdão (At 2.38; 22.16);
  • União com Cristo (Rm 6.1-10);
  • Fazer discípulos (Mt 28.19);
  • Arrependimento (At 2.38).
O Novo Testamento apresenta o batismo rendendo-lhe uma posição importante que pode ser notada nos seguintes textos:
  • O batismo de Jesus (Mt 3.16);
  • A orientação de Cristo para o batismo dos seus discípulos (Jo 4.1-3);
c) A ordem de Cristo para que a igreja batizasse os futuros discípulos (Mt 28.19);
d) Lugar de destaque na vida da igreja primitiva (At 2.38,41; 8.12,13,36; 9.18; 10.47,48; 16.15,33; 18.8; 19.5);
e) O NT usa para retratar ou simbolizar verdades teológicas importantes (Rm 6.1-10; Gl 3.27; 1Pe 3.21).
2 - A CEIA DO SENHOR
A Ceia do Senhor é uma ordenança dada pelo Senhor Jesus Cristo cuja validade dura até seu retorno para os seus. Trata-se de um "memorial" em que, de modo algum, o corpo e sangue de Cristo estão presentes nos elementos da ceia, nem tampouco é esse um momento revestido de qualquer misticismo.
As principais visões sobre a Ceia do Senhor são:
a) Transubstanciação (católicos romanos) ? Pão e vinho, literalmente, transformam-se em corpo e sangue de Cristo. Os que os recebem participam de Cristo, que é sacrificado para reconciliação de pecados;
b) Consubstanciação (luteranos) ? Pão e vinho contêm o corpo e o sangue de Cristo. Não há uma transformação literal, mas a presença de Cristo se dá em sentido real. Cristo está presente "em, com e sob" os elementos. Os participantes recebem perdão de pecados e confirmação da sua fé por meio da participação nos elementos. Mesmo os descrentes são beneficiados por ela;
c) Presença espiritual (presbiterianos) ? Cristo não está literalmente presente nos elementos, mas há uma presença espiritual. Os participantes recebem graça pela participação, porém, não pelos elementos e sim por meio da fé. Sem benefícios para incrédulos;
d) Memorial (batistas) ? Os elementos são pão e vinho somente. Cristo não está especialmente presente, nem física, nem espiritualmente. Sua presença é a mesma experimentada costumeiramente pela sua igreja. É um memorial realizado pelos participantes. Simboliza Cristo e sua morte, não seu corpo literal. Nenhuma graça é transmitida.
Por que cremos que a Ceia do Senhor é um "MEMORIAL"?
a) Porque a expressão "isto é meu corpo" (Mt 26.26; 1Co 11.24) é uma figura de linguagem (metáfora) que na verdade quer dizer "isto simboliza meu corpo". Esse é o mesmo modo de interpretar expressões como "eu sou o pão da vida" ou "eu sou o pão vivo que desceu dos céus" (Jo 6.48,51), "eu sou a luz do mundo" (Jo 8.12), "eu sou a porta das ovelhas" (Jo 10.7,9) e "eu sou a videira verdadeira" (Jo 15.1).
Tomar literalmente "isto é meu corpo" trará também grandes dificuldades para interpretarmos frases como "porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão" (1Co 10.17);
b) Quando Jesus disse "isto é meu corpo", a Bíblia diz que ele "tomou um pão" (Mt 26.26; Mc 14.22; Lc 22.19). Nessa ocasião, o corpo real de Jesus segurava o pão em vez de integrá-lo;
c) Porque, apesar da onipresença divina, o corpo de Cristo foi elevado aos céus (At 1.9,11; 7.55, 56) e haverá uma presença corporal de Jesus na Terra apenas na sua segunda vinda (At 1.11; Lc 21.27; e 1Ts 1.10) de modo que seu corpo não está presente na terra no momento da ceia;
d) O texto de 1Co 10.16, usado para defender uma suposta presença especial de Cristo na ceia, não tem por intenção tratar a forma da Ceia do Senhor (Paulo trata disso no capítulo seguinte), mas pretende apresentar a participação da ceia como integração no culto do Senhor, assim como os israelitas participaram do culto de Baal-Peor pelo contato com as mulheres midianitas e como os crentes de Corinto teriam parte em um culto idólatra se participassem de refeições em templos pagãos (1Co 10.1-22).
O que é a Ceia do Senhor na "visão memorial"?
a) É uma recordação da morte de Cristo (1Co 11.24,25) ? O pão simboliza seu corpo oferecido em sacrifício (1Pe 2.24) e o cálice simboliza seu sangue derramado para o perdão dos pecados (Ef 1.7) na cruz do Calvário;
b) É uma proclamação da morte de Cristo enquanto se espera sua vinda (1Co 11.26) ? Volta os olhos dos participantes para o retorno futuro de Cristo (Mt 26.29);
c) É uma comunhão entre os crentes (1Co 10.17) ? É uma refeição que concentra a fé comum dos participantes em Cristo.
MEIOS DE GRAÇA NA IGREJA
Todas as bênçãos que recebemos nesta vida são em última análise imerecidas ? todas elas nos vêm pela graça. De fato, para Pedro, toda a vida cristã se vive pela graça (1Pe 5.12).
Mas será que Deus usa meios especiais para nos dispensar mais graça? Especificamente na comunhão da igreja, será que há determinados meios ? ou seja, determinadas atividades, cerimônias ou funções ? que Deus usa para nos dispensar mais graça? Outra maneira de formular essa pergunta é: será que o Espírito Santo se utiliza de certos meios para distribuir as bênçãos aos salvos?
B. ANÁLISE DOS MEIOS
1. O ensino da Palavra.
Mesmo antes de as pessoas se tornarem cristãs, o ensino e a pregação da Palavra lhes dispensam a graça de Deus, pois esse é o instrumento que Deus usa para lhes conceder a vida espiritual e levá-las à salvação. Diz Paulo que o evangelho é o "poder de Deus para a salvação" (Rm 1.16) e que a pregação de Cristo é "poder de Deus e sabedoria de Deus" (1Co 1.24). Deus nos fez nascer de novo ou "nos gerou pela palavra da verdade" (Tg 1.18), e Pedro diz: "Fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente" (1Pe 1.23). A Palavra escrita de Deus, a Bíblia, pode "tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus" (2Tm 3.15).
4. A oração.
que tanto a oração coletiva na igreja reunida quanto a oração dos cristãos uns pelos outros são meios poderosos que o Espírito Santo usa cotidianamente para distribuir bênçãos aos salvos. Certamente devemos orar juntos e também individualmente, seguindo o exemplo da igreja primitiva. Quando os primeiros cristãos ouviram as ameaças dos líderes dos judeus, "unânimes, levantaram a voz a Deus" em oração (At 4.24-30), e "tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus" (At 4.31; cf. 2.42). Quando Pedro foi lançado na prisão, "havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele" (At 12.5).
5. A adoração.
A adoração genuína é a adoração "em espírito" (Jo 4.23-24; Fp 3.3), que provavelmente significa adoração que se dá na esfera espiritual (não meramente o ato físico de participar do culto, ou de cantar hinos). Quando penetramos na esfera espiritual e ministramos ao Senhor em oração, Deus também ministra a nós. Assim, por exemplo, na igreja de Antioquia, enquanto estavam "servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At 13.2).
6. A disciplina da igreja.
Como a disciplina da igreja é um meio pelo qual se fomenta a pureza da igreja e se estimula a santidade de vida, sem dúvida devemos contá-la também como "meio de graça". Porém, a bênção não é concedida automaticamente: quando a igreja disciplina, aquele que está em pecado não recebe nenhum bem espiritual a menos que o Espírito Santo o convença do seu pecado e provoque uma "tristeza segundo Deus" que "produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar" (2Co 7.10); e a igreja também não recebe nenhum bem espiritual a menos que o Espírito Santo esteja atuante nos outros membros quando eles tomarem consciência desse processo. É por isso que a igreja deve executar a disciplina sabendo que ela se faz na presença do Senhor (1Co 5.4; cf. 4.19-20) e com a certeza de que ela traz em si a sanção celeste (Mt 16.19; 18-18.20).
7. A oferta.
As ofertas são normalmente feitas por intermédio da igreja: ela as recebe e distribui aos vários ministérios e necessidades que atende. Aqui, novamente, não há dispensação automática ou mecânica de benefícios aos que contribuem. Simão, o mágico, foi veementemente repreendido por pensar que podia "adquirir, por meio dele [do dinheiro], o dom de Deus" (At 8.20). Mas se a oferta é feita com fé, pela devoção a Cristo e por amor ao seu povo, então certamente haverá grandes bênçãos nela. Deus mais se agrada quando as ofertas em dinheiro vêm acompanhadas de uma intensificação da devoção do doador a Deus, como foi o caso dos macedônios, que "deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus" (2Co 8.5), e mais tarde ainda fizeram doações aos cristãos pobres de Jerusalém. Quando a contribuição se faz com alegria, "não com tristeza ou por necessidade", vem com ela a grande recompensa do favor de Deus, "porque Deus ama a quem dá com alegria" (2Co 9.7).
8. Os dons espirituais.
Pedro considera os dons espirituais veículos pelos quais a graça de Deus vem à igreja. Diz ele: "Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1Pe 4.10). Quando os dons são usados em benefício uns dos outros na igreja, a graça de Deus é assim dispensada àqueles a quem Deus pretende concedê-la. Excelentes bênçãos virão à igreja com o uso correto dos dons espirituais, desde que a igreja siga a exortação de Paulo de usar os dons para procurar "progredir, para a edificação da igreja" (1Co 14.12; cf. Ef 4.11-16).
9. A comunhão.
Não devemos menosprezar a comunhão cristã comum como valioso meio de graça na igreja. Os membros da igreja primitiva "perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" (At 2.42). E o autor de Hebreus lembra aos cristãos: "Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima" (Hb 10.24-25). Na comunhão dos crentes, crescem a amizade e o afeto naturais uns pelos outros, e assim se cumpre o mandamento de Jesus: "que vos ameis uns aos outros" (Jo 15.12). Além disso, quando os crentes se importam uns com os outros, seguem o conselho de Paulo: "Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo" (Gl 6.2).
10. A evangelização.
Em Atos, há um vínculo frequente entre proclamar o evangelho (mesmo enfrentando oposição) e estar cheio do Espírito Santo (ver At 2.4 com v. 14-36; 4.8, 31; 9.17 com v. 20; 13.9, 52). A evangelização é então um meio de graça não só porque ministra graça salvífica aos que não estão salvos, mas também porque quem evangeliza vivencia mais a presença e a bênção do Espírito Santo. Às vezes a evangelização é realizada individualmente, outras vezes é uma atividade coletiva da igreja (como nas campanhas de evangelização). E mesmo a evangelização individual muitas vezes envolve outros membros da igreja, que acolhem um visitante descrente e atendem as suas necessidades. Portanto a evangelização é com justiça considerada um meio de graça na igreja.

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