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OLA SOU ELIANE RAMOS, APÓSTOLA DA IALJAN E QUERO APRESENTAR MEU TRABALHO

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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

DICIONÁRIO BÍBLICO LETRA (J)

Dicionário Bíblico

Letra J



JAACÃ
Foi um dos filhos de Eser, o filho de Seir, o horita (1Cr 1:42).
JAACOBÁ
Foi um dos descendentes de Simeão (1Cr 4:36).
JAASAI
Foi um israelita que repudiou a sua mulher gentia após o regresso do cativeiro (Ed 10:37).
JAASIEL
Foi um dos guarda-costas de Davi, filho de Abner (1Cr 27:21; 1Cr 11:47).
JAATE
Filho de Simei e neto de Gerson (1Cr 23:10).
JAAZ OU JAZA
Foi o teatro de uma batalha decisiva, na qual os israelitas puseram em debandada os amorreus, comandados por Seom, tomando desta forma posse da primeira porção da Terra Prometida (Nm 21.23 - Dt 2.32 - Jz 11.20). Coube o lugar a Rúben, e foi dado aos filhos de Merari (Js 13.18). Esteve sob a maldição dos profetas, como parte da terra de Moabe (Is 15.4 - Jr 48.21,34).
JAAZIAS
Foi um descendente de Merari, o levita (1Cr 24:26,27).
JAAZIEL
1) Aderente de Davi em Ziclague (1 Cr 12.4). 2) Sacerdote que ajudou a levar a arca desde Obede-Edom (1 Cr 16.6). 3) Um coatita (1 Cr 23.19). 4) Levita, que deu coragem a Josafá e ao seu exército numa ocasião de perigo (2 Cr 20.14). 5) Foi o chefe de uma família, que voltou da Babilônia com Esdras (Ed 8.5).
JABAL
Filho de Lameque, e descendente de Caim e irmão de Jubal; Ele habitava em tendas, e possuía muitas manadas e rebanhos (Gn 4:20). Esta descrição indica que ele levava uma vida nômada.
JABES
Pai de Salum (2Rs 15:10,13,14) que usurpou o trono de Israel quando Zacarias morreu.
JABES-GILEADE
Cidade onde os habitantes israelitas foram destruídos por outros israelitas no período dos juizes. Esta grande carnificina foi uma punição que teve origem no fato dos habitantes terem se recusado a tomar parte na guerra que várias nações tinham empreendido contra os benjamitas. Só foram poupadas 400 moças solteiras, que foram dadas em casamento a 400 benjamitas que sobreviveram (Jz 21:8-15). O rei Saúl foi em seu auxílio nos primeiros tempos do seu reinado quando os amonitas a cercaram (1Sm 11:1-11). Quando Saúl morreu, os habitantes de Jabes-Gileade demonstraram a sua lealdade e gratidão para com Saúl, ao tirarem o seu corpo, e os dos seus filhos, da muralha de Bete-Sã, onde os filisteus os tinham pendurado, enterrando-os perto da cidade (1Sm 31:11-13; 1Cr 10:11, 12). Mais tarde, os restos mortais foram transferidos para o sepulcro da família de Saúl, a oeste da Palestina (2Sm 21:12-14). Davi enviou ao povo de Jabes-Gileade uma mensagem especial de agradecimento por aquele seu bondoso gesto (2Sm 2:4-7).
JABEZ
1) Mencionado em (1Cr 4:9) este nome está associado a “mágoa” (Heb. ‘oseb, “dor”). Por isso, a idéia de “dor” pode, de algum modo, estar ligada a este nome. No local viveram algumas famílias de escribas (1Cr 2:55). Situava-se provavelmente em Judá. 2) Descendente de Judá. Está registrado que “Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido” (1Cr 4:9,10).
JABIM
Foi o rei de Hazor, chamado “rei de Canaã”, que subjugou os israelitas do norte 160 anos depois da morte de Josué e durante vinte anos os manteve em dolorosa sujeição. Todo o povo estava paralisado de medo, tendo-se dado ao desânimo sem esperança (Jz 5:6-11), até que Débora e Baraque ergueram o espírito nacional, juntaram 10.000 homens, obtendo uma grande e decisiva vitória sobre Jabim na planície de Esdraelom (Jz 4:10-16; Sl 83:9). Esta foi a primeira grande vitória de Israel desde os tempos de Josué. Não precisaram mais de lutar contra os cananeus (Jz 5:31).
JABNEEL
1) Cidade fronteiriça de Judá, que esteve em poder dos filisteus até que Uzias os expulsou (Js 15.11 - 2 Cr 26.6). 2) Cidade fronteiriça de Naftali (Js 19.33).
JABOQUE
Rio que nasce no platô oriental das montanhas de Gileade. Limitava-se com a terra dos filhos de Amom (Jz 11.12 a 22). Na sua margem do sul houve a entrevista entre Jacó e Esaú (Gn 32.22). Local onde o anjo lutou com Jacó (Gn 32.24).
JACÓ
Foi o segundo filho gêmeo de Isaque e Rebeca. É provável que tenha nascido em Laairoi quando o seu pai tinha 59 anos e Abraão 159. (Gn 25:26; Gn 27:36; Os 12:2-4). Tal como o seu pai, Jacó era de uma disposição gentil e calma e quando cresceu, seguiu a vida de pastor, enquanto o seu irmão se tornou num caçador empreendedor. Porém, o seu comportamento para com Esaú mostrou muito do seu egoísmo mesquinho e da sua astúcia (Gn 25:29-34). Quando Isaque tinha cerca de 160 anos, Jacó e a sua mãe conspiraram para enganar o velho patriarca (Gn 27), tendo em vista transferir o direito à primogenitura para ele. O direito à primogenitura assegurava àquele que o possuísse: 1º) - uma posição superior na sua família (Gn 49:3) 2º) - uma porção dobrada da herança paterna (Dt 21:17); 3º) - o sacerdócio da família (Nm 8:17-19); 4ª) - a promessa da semente na qual todas as nações da terra seriam abençoadas (Gn 22:18). Logo após ter adquirido a bênção do seu pai (Gn 27), Jacó consciencializou-se da sua culpa e, com medo da fúria de Esaú, seguiu a sugestão de Rebeca e foi enviado para Harã, que ficava a 640 km ou mais dali, a fim de procurar uma mulher entre os seus primos, a família de Labão, o Sírio (Gn 28). Aí ele encontrou-se com Raquel (Gn 29). Mas Labão só consentiu que ele se casasse com a sua filha, depois que Jacó o servisse por sete anos. Para Jacó, aqueles anos “foram poucos dias, pelo muito que a amava”. Mas quando os sete anos acabaram, Labão enganou astuciosamente Jacó e deu-lhe a sua filha Leia. É provável que Jacó tivesse cumprido outros sete anos de serviço, antes de conseguir casar-se com a sua amada Raquel. A mágoa, a desgraça e as várias provações que se seguiram durante o resto da sua vida, na providência retributiva de Deus, foram como que uma conseqüência desta dupla união. No fim dos quatorze anos, Jacó desejou voltar para junto dos seus pais mas, a rogo de Labão, ele ficou com ele por mais seis anos, cuidando dos seus rebanhos (Gn 31:41). Ele, então, juntou a sua família e possessões “a fim de ir ter com Isaque, o seu pai, que habitava na terra de Canaã”. Labão ficou zangado quando ouviu dizer que Jacó partiria em viagem e perseguiu-o, alcançando-o em sete dias. O encontro foi doloroso. Após muitas recriminações e censuras dirigidas contra Jacó, Labão acabou por se acalmar e, tendo-se despedido das suas filhas, volta para casa, em Padã-Arã. Agora, toda a ligação dos Israelitas com a Mesopotâmea chega ao fim. Logo depois da partida de Labão, Jacó encontra-se com um grupo de anjos, como se estes viessem cumprimentá-lo pelo seu regresso à Terra Prometida (Gn 32:1,2). Ele chamou àquele lugar Maanaim, “o acampamento duplo”, provavelmente o seu próprio acampamento e o dos anjos. A visão dos anjos era um duplicado daquela que ele tivera em Betel quando, vinte anos antes, o viajante cansado e solitário, a caminho de Padã-Arã, viu os anjos de Deus subindo e descendo pela escada que chegava ao céu (Gn 28:12). Ele, então, ouve, com consternação, dizer que o seu irmão Esaú se aproximava com um bando de 400 homens para se encontrar com ele. Em grande agonia mental, ele prepara-se para o pior. Ele sente que agora deve depender somente de Deus e entrega-se a ele numa sincera oração. Envia, então, um presente magnânimo a Esaú, “um presente para o meu senhor Esaú do teu servo Jacó”. A família de Jacó passa o rio Jaboque mas ele fica para trás, passando uma noite em comunhão com Deus. Enquanto assim ocupado, aparece-lhe um em forma de homem, que luta com ele. Nesta misteriosa luta, Jacó vence e como memorial, o seu nome é mudado para Israel (o que lutou com Deus); e ao lugar onde isto aconteceu, ele deu o nome de Peniel, “pois,” disse ele, “eu vi o Senhor face a face e a minha vida foi preservada” (Gn 32:25-31). Após uma noite ansiosa, Jacó prosseguiu o seu caminho, hesitante enfraquecido pelo conflito, mas forte, por estar seguro do favor divino. Esaú encontrou-se, então, com ele. O seu espírito de vingança tinha-se acalmado e os dois irmãos encontraram-se como amigos e pelo resto das suas vidas mantiveram relações amigáveis. Após uma breve estadia em Sucote, Jacó continuou a sua viagem e armou as suas tendas perto de Siquém (Gn 38:18); mas com o tempo e sob a direção divina, ele mudou-se para Betel, onde erigiu um altar a Deus (Gn 35:6,7) e onde Deus lhe apareceu, renovando com ele o concerto abraamico. Enquanto viajava de Betel para Efrata (o nome cananeu dado a Belém), Raquel morreu ao dar à luz o seu segundo filho - Benjamim (Gn 35:16-20), quatorze ou quinze anos após o nascimento de José. Ele, então chegou à antiga residência da sua família, em Manre, encontrando o seu pai Isaque moribundo. A completa reconciliação entre Jacó e Esaú é vista na sua união no enterro do patriarca (Gn 35:27-29). Pouco tempo depois, Jacó sofre profundamente com a perda do seu filho José, por causa da inveja dos seus irmãos (Gn 37:33). Segue-se a história da fome e das sucessivas idas ao Egito para comprar trigo (Gn 42), que levaram à descoberta do há muito perdido José e da ida do patriarca para o Egito, com toda a sua casa, em número de setenta almas (Ex 1:5; Dt 10:22; At 7:14), a fim de habitarem na terra de Gosen. Aqui Jacó, “depois de ter navegado num agitado oceano, encontra finalmente um porto tranqüilo, onde todas as melhores emoções da sua natureza foram gentilmente exercidas e grandemente dispensadas” (Gn 48). À medida que o fim dos seus dias se aproximava, ele reúne os seus filhos junto ao seu leito para poder abençoá-los. Ao dizer as suas últimas palavras, ele repete a história da morte de Raquel, embora se tivessem passado quarenta anos, tão eternamente como se tudo tivesse acontecido no dia anterior; e quando ele acabou “de dar os mandamentos a seus filhos, encolheu os seus pés na cama e expirou” (Gn 49:33). O seu corpo foi embalsamado, levado com grande pompa para a terra de Canaã e enterrado junto da sua mulher Leia na cova de Macela, de acordo com o que ele ordenara. É provável que o seu corpo embalsamado ali permaneça até aos dias de hoje (Gn 50:1-13). A história de Jacó é mencionada pelos profetas Oséias (Os 12:3,4,12) e Malaquias (Ml 1:2). Em Mq 1:5, o nome é um sinônimo poético de Israel, o reino das dez tribos. Existem, para além da menção ao seu nome juntamente com o dos outros patriarcas, distintas referências a incidentes da sua vida nas epistolas de Paulo (Rm 9:11-13; Hb 12:16; Hb 11:21). Faz-se ainda referência à sua visão em Betel, à sua posse da terra de Siquém em (Jó 1:51; Jó 4:5,12); e à fome que o fez dirigir-se ao Egito em (At 7:12).
JACÓ, POÇO DE
Poço que ficava à 800 metros de distância ao sudoeste da vila de Sicar, Askar (Jó 4.6 a 12), foi o lugar onde Jesus Cristo teve uma memorável conversação com a mulher de Samaria, o poço é muito fundo, e escavado na rocha, naquela parte do campo que Jacó comprou (Gn 33.19). A sua largura é de cerca de 2,70 m. Foi, em tempos recentes, edificado sobre ele um templo, o fato de haver abundância de água nas vizinhanças do lugar claramente corrobora o nome, sugerindo-nos que o poço foi feito por um estrangeiro, a quem não era permitido fazer uso das outras fontes do sitio, o oferecimento de Jesus Cristo, feito à mulher, dessa ‘água da vida’, que nunca havia de faltar, é expressivo no fato de estar esse poço, algumas vezes, seco.
JADUA
Foi o 30o Sumo Sacerdote, quarto depois de Aarão, e sexto depois da volta de Babilônia. Tendo negado o subsídio que pedia Alexandre Magno, Deus lhe apareceu em sonhos, e lhe ordenou que fosse com os seus trajes pontificais ao encontro de Alexan­dre, o qual marchava para Jerusalém com o objetivo de destruí-la. Isso abrandou de tal forma Alexandre, que perdoou aos judeus. (Fl. Jos).
JAEL
Mulher de Heber, o queneu (Jz 4:17-22). Quando os cananeus foram derrotados por Baraque, Sísera, o capitão do exército de Jabim, fugiu e procurou refúgio junto da amável tribo de Heber, sob os carvalhos de Zaanaim. Quando ele se aproximou, Jael convidou-o a entrar na sua tenda. Ele assim o fez e mal se deitou no chão, cansado, logo adormeceu profundamente. Ela, então, tendo na sua mão esquerda uma das grandes cavilhas de madeira (“prego”) que prendia as cordas da tenda e na sua mão direita um maço ou “martelo” usado para enterrar as cavilhas no chão, se aproximou do seu convidado adormecido e com um bem direcionado golpe, rachou-lhe a cabeça quando lhe pregou e atravessou as fontes (Jz 5:26). Ela, então, conduziu Baraque, que perseguia Sísera, até à sua tenda e gabando-se, mostrou-lhe o que fizera.
JAFA
1) Um dos filhos de Davi (2Sm 5:15), nascido em Jerusalém. 2) Antigo porto na costa mediterrânea da Palestina (Jn 1,3). Pedro ressuscitou ali Tabita (At 9,36-43) e teve uma visão que o levou a batizar a família do pagão Cornélio, em Cesaréia Marítima (At 10-11).
JAFÉ
“Alargue Deus a Jafé” (Heb. Yaphat Elohim le-Yephet, (Gn 9:27). Alguns, contudo, traduzem Yaphah por “ser bonito”). Um dos filhos de Noé, mencionado em último lugar (Gn 5:32; Gn 6:10; Gn 7:13), talvez o primeiro a nascer (Gn 10:21; Gn 9:24). Ele e a sua mulher foram dois dos que se salvaram na arca (1 Pe 3:20). Foi o pai de muitas tribos que habitaram o Este da Europa e o Norte da Ásia (Gn 10:2-5). Um ato de piedade filial (Gn 9:20-27) foi a ocasião para que Noé profetizasse a extensão da sua posteridade. Após o dilúvio, a terra foi repovoada pelos descendentes de Noé, “os filhos de Jafé” (Gn 10:2), “os filhos de Cam” e “os filhos de Sem”. É importante notar que a ciência etnológica moderna, raciocinando a partir de uma cuidadosa análise dos fatos, chegou à conclusão de que existe uma divisão tripla na família humana, correspondendo, de um modo notável, ao grande capítulo etnológico do livro de Gênesis (10). As três grandes raças assim distinguidas são chamadas semíticas, arianas e turanianas (alofilianas). “Pondo de lado os casos em que os nomes éticos usados têm uma aplicação duvidosa, não pode ser racionalmente questionado que o autor tenha tido em conta os filhos de Jafé, classificando-os juntamente com os Galeses ou Celtas (Gomer); os Medos (Madai) e os Ionianos ou Gregos (Javã), antecipando, assim, o que se tornou conhecido, nos tempos modernos, como “a Teoria Indo-Européia”, ou a unidade essencial da raça ariana (asiática) com as raças principais da Europa, indicada pelos Celtas e pelos Ionianos. Nem se pode duvidar que tenha colocado sob o tronco comum dos “filhos de Sem”, os Assírios (Assur); os Sírios (Arã); os Hebreus (Eber) e os Árabes Joctanianos (Joctã), quatro das principais raças que a etnologia moderna reconhece sob a designação de “semíticas”. Novamente, sob o tronco dos “filhos de Cam”, o autor colocou Cusí, os Etíopes; Mizraim - o povo do Egito; Sebá e Dedã - alguns dos Árabes do sul; e Ninrode - o antigo povo da Babilônia, quatro raças entre as quais as últimas investigações linguísticas estabeleceram uma afinidade íntima”.
JAGUR
Cidade no extremo sul de Judá, perto de Edom (Js 15:21).
JAIR
1) Um benjamita, pai de Mardoqueu, o tio de Estér (Et 2:5). 2) Pai de El-Hanã, aquele que matou Lami, o irmão de Golias (1Cr 20:5).
JAIRO
Chefe da sinagoga de Cafarnaum, cuja filha Jesus ressuscitou (Mc 5:22; Lc 8:41). Entrando no quarto da morta acompanhado por Pedro, Tiago e João e com o pai e a mãe da menina, Ele dirigiu-se à cama onde estava o corpo e disse: “Talita cumi”, “menina, levanta-te” e imediatamente o espírito da menina voltou para ela e ela se levantou prontamente; e “para fortalecer a vida que lhe voltara, para provar que ela não era realmente um fantasma, mas que voltara à realidade de uma existência mortal, Ele ordenou que lhe dessem de comer” (Mc 5:43).
JALÃO
O segundo dos três filhos de Esaú e Aolibama (Gn 36:5, 14).
JALOM
Foi o último dos quatro filhos de Ezra, da tribo de Judá (1Cr 4:17).
JAMBRI
Foi o fundador de uma família em Médaba que assas­sinou João, irmão de Judas Macabeu e de Jônatas; porém, este se vingou do assassino, escondendo-se com uma tropa de soldados e matando-lhe toda a sua família e a esposa, filha de um dos mais qualificados árabes, que lhe levavam com grande pompa a fim de casar com ela. (1 Mac 9, 36-37).
JANES
São Paulo, refere-se a este homem como sendo um dos mágicos do Egito, que se opuseram a Moisés diante de Faraó (2 Tm 3.8).
JANIA
Cidade e porto onde Ozias, rei de Judá, tomou aos fi­listeus, com as cidades de Geth e de Azo, as quais mandou des­mantelar. (2 Par 26, 6).
JANOA
Cidade fronteiriça de Efraim (Js 16:5, 6, 7),
JAQUE
Pai de Agur (Pv 30:1).
JAQUIM
1) Um dos sacerdotes que voltou do exílio (1Cr 9:10). 2) Este nome também aparece em Fenício e em assírio surge como Yakinu. O nome do pilar direito que foi colocado no pórtico do templo de Salomão (1Rs 7:15-22; 2Cr 3:17). Ainda não foi completamente explicado o porquê de este pilar se chamar Jaquim, mas existe a possibilidade de este nome ser uma abreviação de uma inscrição gravada nessa coluna. Poderá ver-se uma analogia entre este pilar e um outro descoberto no templo de Sirwâh, na Arábia e no qual a palavra Knt, “força”, se encontra gravada.
JARAMOT
Cidade onde refugiaram-se a família de Gerson da tribo de Issacar. (Jos 21, 28-29).
JARDIM
Os jardins dos hebreus destinavam-se principalmente a árvores de fruto e de sombra, e a plantas e ervas aromáticas (1 Rs 21.2 - Ct 4.12 a 16). A Bíblia também refere-se ao jardim de rosas e de oliveiras. Em virtude do excessivo calor na estação de estio era indispensável um abastecimento de água, proveniente das fontes, ou de um poço, ou de corrente de águas que atravessasse o jardim (Gn 2.10 - 13.10 - Pv 21.1 - Ec 2.5,6 - Is 58.11). Um jardim regado, e um jardim sem água são símbolos de bênção ou de maldição, os jardins eram utilizados para sepulturas (Jó 19.41), sendo também lugares de culto e de retiro religioso (Is 1.29 - 65.3). Plantavam-se vegetais para alimentação, em algum sitio produtivo do jardim. Estacionavam ali vigias para guardar os frutos (Jó 27.18 - Jr 4.16,17) - mas não lhes era permitido impedir alguém de tomar do campo o que fosse bastante para a sua alimentação naquele mesmo sítio (Dt 23.24). No Jardim de Getsêmani, nas rampas do monte Olivete, há oito oliveiras muito antigas, que marcam o lugar onde, segundo a tradição, se passou a agonia de Jesus.
JARED
1) Foi o quarto patriarca antediluviano da linhagem de Sete (Gn 5:15-20; Lc 3:37). 2) Pai de Enoque (1Cr 1:2).
JAREDE
Um dos filhos de Ezra (1Cr 4:18).
JARIBE
1) Filho de Simeão (1Cr 4:24). 2) Um dos chefes enviados por Esdras, para que trouxesse os sacerdotes para Jerusalém (Ed 8:16).
JARMUTE
Cidade no território de Issacar, atribuída aos levitas (Js 21:28, 29); chamada Ramote em (1Cr 6:73) e Remete em (Js 19:21).
JARRO
Vaso alto, próprio para conter água. Mencionado em (2 Reis 2:20).
JASIBE
Foi o terceiro dos quatro filhos de Issacar (1Cr 7:1). Também chamado Jó (Gn 46:13).
JASON
O hospedeiro de Paulo e Silas em Tessalônica. Os judeus assaltaram a sua casa, a fim de prenderem Paulo, mas por não o encontrarem, arrastaram Jason e levaram-no até ao governador da cidade (At 17:5-9). Aparentemente, era um dos familiares de Paulo (Rm 16:21), tendo-o acompanhado de Tessalônica até Corínto.
JASPE
Tem-se pensado que o jaspe da Sagrada Escritura era o diamante, a esmeralda, a opala, etc. Mas já pequena dúvida há de que a palavra hebraica, bem como a grega, representava uma variedade de quartzos, transluzentes, e com prismáticas cores. Era a duodécima das jóias que brilhavam no peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.20 - 39.13), e a primeira das doze empregadas nos fundamentos da Nova Jerusalém (Ap 21.19). Fazia parte também de outra divisão dos muros da Nova Jerusalém (Ap 21.18). Em Ap 4.3 usa-se como figura da glória de Deus.
JAVALI
A palavra hebraica aparece no (Salmo 80.13), na significação de porco montês ou javali.
JAVÃ
Foi o quarto filho de Jafé (Gn 10:2), cujos descendentes se instalaram na Grécia. Alexandre, o Grande, é chamado o “rei de Javã” (ou seja, “Grécia”, (Dn 8:21; Dn 10:20; comp. Dn 11:2; Zc 9:13). Esta palavra é universalmente usada pelas Nações do Este, para designarem a raça grega.
JAVÉ
Nome do Deus de Israel, revelado a Moisés (Ex 3,14), que os judeus evitam pronunciar.
JAZANIAS
1) Foi um capitão judeu, filho do Maacatita (2 Rs 25.23). Ajudou a recuperar o despojo de Ismael, depois de Gedalias ter sido assassinado, indo em seguida para o Egito (Jr 40.8 e 42.1). Nesta última passagem lê-se Jezanias, e é chamado o filho de Hosaías. Parece ser o mesmo que Azarias (Jr 43.2). 2) Um recabita (Jr 35.3). 3) Filho de Safã, um dos setenta anciãos de Israel que prestaram culto aos ídolos, sendo este ato de idolatria testemunhado por Ezequiel (Ez 8.11). 4) Filho de Azur, um príncipe iníquo de Judá, ao qual Ezequiel viu numa visão e contra quem profetizou (Ez 11.1).
JAZEEL
Foi o primeiro filho de Naftali (Gn 46:24).
JAZER
Cidade dos amorreus, perto de Gileade, ao norte de Hesbom, que foi tomada pelos israelitas (Nm 21.32 - 32.1,3). Sendo reedificada por Gade, coube aos filhos de Merari (Nm 32.35 - Js 13.25 - 21.39 - 2 Sm 24.5). A cidade foi assunto de uma lamentação profética (Is 16.8,9 - Jr 48.32). Nesta última passagem, o ‘mar’ pode ter sido um lago.
JEBUS
Foi o nome inicial de Jerusalém, usado no tempo em que a cidade era habitada pelos jebuseus (Jz 19:10, 11; 1Cr 11:4, 5). O nome ainda não foi confirmado por fontes extra-bíblicas. A LXX e os Siríacos, a Vulgata e algumas versões contemporâneas lêem “Jebus” em (Js 18:28), onde a palavra hebraica é Yebûsi, transliterada em algumas versões por Jebusi. Este termo é geralmente traduzido por jebuseus.
JEBUSEUS
Pertencentes a Jebus. São os descendentes de Jebus, filho de Canaã, os quais colonizaram o distrito, em volta de Jerusalém, que então se chamava Jebus (Gn 10.16 - 15.21). Não se sabe se foram eles os primitivos habitantes, ou se substituíram uma raça ainda mais antiga. A primeira referência aos jebuseus foi feita pelos espias, quarenta anos antes da entrada dos israelitas na Terra Santa (Nm 13.29). Era uma forte e vigorosa tribo, sendo isto prova e o fato de conservarem o seu poder na forte cidadela de Jebus até ao tempo de Davi (2 Sm 5.6). O seu rei Adoni-Zedeque foi morto na batalha de Bete-Horom (Js 10. 1, 5, 26). A própria fortaleza de Jebus foi posta a saque e queimada pelos homens de Judá (Jz 1.21). Todavia, estes contínuos desastres não puderam pô-los fora do seu território, visto como os achamos numa época posterior, habitando ainda as terras de Judá e Benjamim (Js 15.8,63 - Ed 9.1). A submissão de Araúna, o rei jebuseu, a Davi, apresenta-nos um quadro característico da vida dos cananeus e também dos israelitas (2 Sm 24.23 - 1 Cr 21.15). Nada se sabe a respeito da religião dos jebuseus. Somente dois membros desta tribo são mencionados pelo seu nome, e são Adoni-Zedeque (Senhor de Justiça) e Araúna.
JECONIAS
Foi o filho de Jeoaquim e de Noesta e neto de Josias. Sucedeu a seu pai, Jeoaquim; porém reinou três meses, porque Nabucodonozor, conquistando a Jerusalém, levou-o prisioneiro para Babilônia. Mas o filho de Nabucodonozor o tirou da prisão e lhe fez muitos favores. (4 Rs 24; l Par 3, 16).
JEDAÍAS
1) Chefe da tribo de Simeão (1 Cr 4.37). 2) Edificador dos muros de Jerusalém (Ne 3.10). O Senhor conhece. Jedaías com esta significação é já diferente do nome precedente. Chefe do segundo turno de sacerdotes, no tempo de Davi (1 Cr 9.10 e 24.7). Também este nome é dado a sacerdotes, como por exemplo em (Zc 6.10,14).
JEDIAEL
1) Um dos filhos de Benjamim, cujos descendentes foram 17.200 guerreiros (1Cr 7:6, 1Cr 10,11). 2) Um corita da família de Ebiasafe e um dos porteiros do templo (1Cr 26:2).
JEDIDIAS
Nome dado a Salomão pelo profeta Natã, que tinha sido mandado por Davi para obter um sinal da bondade divina a favor do menino recém-nascido. O nome é de grande interesse. Jedide e Davi são palavras com a mesma raiz. Foi para Davi, o amado do seu povo, um feliz presságio, em uma prova, de ser ele novamente o favorecido de Deus, o fato de vir o profeta dizer-lhe que o nome de seu filho devia ser uma combinação do seu próprio com o do Senhor - Jedid-Jah, ‘querido do Senhor’. Este costume de dar às crianças um segundo nome, de carinho, ainda existe no oriente (2 Sm 12.25).
JEDUTUM
Um levita da família de Merari e um dos três mestres da música nomeados por Davi (1Cr 16:41, 42; 1Cr 25:1-6). Em (2Cr 35:15), ele é chamado “o vidente do rei”. Os seus descendentes são mencionados como cantores e tocadores de instrumentos (Ne 11:17). Era provavelmente o mesmo que Etã (1Cr 15:17, 19). Nos títulos dos Salmos 39, 62 e 77, as palavras “para Jedutum” indicam, provavelmente, um instrumento musical; ou podem indicar um estilo ou tom inventado ou introduzido por Jedutum, ou que o Salmo deveria ser cantado pelo seu coro.
JEFONÉ
1) Um dos descendentes de Aser (1Cr 7:38). 2) Pai de Calebe, que foi um dos companheiros de Josué, ao espiarem Canaã (Nm 13:6). Era querezeu (Js 14:14).
JEFTÁ
Homem valente e valoroso”, que livrou Israel da opressão dos amonitas (Jz 11:1-33) e julgou o povo durante seis anos (Jz 12:7). É descrito como “um montanhês de Gileade, ousado e bravio, uma espécie de Elias guerreiro”. Após 45 anos de calma, Israel novamente apostatou e, “com o tempo, os filhos de Amom declararam guerra contra Israel” (Jz 11:5). Desesperados, os anciãos de Gileade foram buscar Jeftá a Tobe, para onde ele fugira depois que os irmãos lhe negaram participação na herança do seu pai e o povo fez dele seu príncipe e capitão. Os “anciãos de Gileade” convocaram-no para que os ajudasse e logo ele tomou a seu cargo o comando da batalha contra Amom. Mandou, por duas vezes, uma embaixada ao rei de Amom mas em vão. A guerra era inevitável. O povo obedeceu ao seu chamado e “o espírito do Senhor veio sobre ele”. Antes de se envolver na guerra, ele fez um voto, dizendo que se voltasse em paz da guerra com os amonitas, ofereceria em holocausto aquilo que, da sua casa, primeiro lhe saísse ao encontro. Os amonitas foram derrotados. “Ele os feriu com grande mortandade desde Aroer até chegar a Minite, vinte cidade e até Abel-Queramim” (Jz 11:33). Os homens de Efraim sentiram-se insultados por não terem sido chamados por Jeftá para a batalha contra Amom. Isto levou à guerra entre os homens de Gileade e de Efraim (Jz 12:4) e na qual os efraimitas morreram. “Então morreu Jeftá, de Gileade e foi sepultado numa das cidades de Gileade”
JEFTÉ
Foi um dos juizes de Israel, filho de Gileade e de uma concubina, e por causa desta ilegitimidade foi expulso de casa pelos seus irmãos (Jz 11.1,2). Depois rogaram-lhe que voltasse para os ajudar contra os amonitas, que tinham invadido israel. Ele consentiu nisso com a condição de ser o comandante chefe das forças israelitas, e de lhe darem inteira liberdade nas operações contra os invasores. Na conformi-dade com os seus desejos, imediatamente procedeu contra o inimigo, depois de se ter esforçado, parlamentando com o rei dos amonitas, a que se retirasse do país, e renunciasse às suas pretensões. Não dando o rei ouvidos às suas razões, partiu Jefté contra os filhos de Amom, e ao mesmo tempo fez o voto de, sendo feliz na guerra, oferecer a Deus em holocausto a primeira criatura que, saindo das portas de sua casa, viesse ao seu encontro (Jz 11.30,31). Jefté teve bom êxito nos combates contra os amonitas - e, no regresso a sua casa, foi a sua filha a primeira pessoa que saiu de casa para o abraçar. Quando a viu, Jefté lembrou-se do voto, e disse: ‘Fiz voto ao Senhor, e não tornarei atrás’ (Jz 11.34 a 39). A filha de Jefté conformou-se. As condições do voto foram cumpridas, ao fim de dois meses. As palavras da filha de Jefté, bem como a frase final do vers. 39, fazem supor, na opinião de alguns intérpretes, que o voto do pai teve o seu cumprimento, sendo a filha consagrada a uma vida de celibato, o seguinte ato público de Jefté foi castigar os soberbos homens de Efraim por terem contestado o seu direito de combater os amonitas, sem o seu consentimento, e por terem tomado armas contra ele, invadindo Gileade, os efraimitas foram derrotados, sendo mortos os que fugiam da batalha nos vaus do Jordão (Jz 12). Tendo, por seis anos somente, servido ao povo de Israel com a sua sabedoria, morreu e foi sepultado em uma das cidades de Gileade (Jz 12.7). Foi Jefté manifestamente, como Sansão, mais um instrumento do poder de Deus do que um exemplo da Sua graça, embora em (Hb 11.32) seja mencionado na lista de notáveis homens fiéis.
JEGAR-SAADUTA
Nome aramaico que foi dado por Labão ao montão de pedras, elevado como testemunho do pacto entre Jacó e ele próprio. Corresponde ao nome hebraico Galeede, que lhe pôs Jacó (Gn 31.47), o montão de pedras de Labão não só foi sinal do negócio realizado entre ele e o seu genro, mas também marcava o afastamento de novas comunicações, estando eles já em territórios separados. Daí para o futuro viajou Jacó em terra que os seus descendentes haviam de possuir.
JEIEL
1) Um dos levitas da família de Hemã, que ajudou Ezequias no seu trabalho de reforma (1Cr 29:14). 2) Arrebatado por Deus, chefe rubenita (1Cr 5:7). 3) Um dos levitas que tomou parte no agradecimento a Deus pela remoção da arca para Jerusalém (1Cr 16:5). 4) “Um príncipe” e “maioral da casa de Deus” que contribuiu com liberalidade para os sacrifícios da páscoa, no reinado de Josias (2Cr 35:8). 5) Um dos guardas de Davi (1Cr 11:44).
JEJUM
É a abstinência total ou parcial de comida e bebida, e às vezes de relações sexuais. Tinha o caráter de auto-humilhação e acompanhava a oração. Era recomendada em grandes provações (cf. Dt 9,18s; Ne 1,4; Jl 1,13s), depois de um falecimento (2Sm 3,35) ou para afastar calamidades (Jn 3,8). A Lei mosaica conhece apenas um dia de jejum oficial: o dia da Expiação (Nm 29,7; At 27,9). Após o exílio se introduziram outros dias de jejum, comemorando calamidades nacionais (Zc 7,3-19). Os profetas mostraram a inutilidade da prática do jejum quando não acompanhada da conversão (Is 58,1-5; Jr 14,12). Por isso os fariseus, jejuavam duas vezes por semana (Mt 9,14; Lc 18,12), foram criticados por Jesus (Mt 6,16-18). Mas Jesus jejuou quarenta dias (Mt 4,2) e incluiu a prática do jejum na vida normal da Igreja (Mc 2,18-20).
JEMINA
Filha mais velha de Jó, nascida após o seu período de provação (Jb 42:14).
JEOÁS
Foi o 13º rei do reino do Norte. Também chamado de Joás sucedeu ao seu pai Joacaz como o 3º rei da dinastia de Jeú e governou durante 16 anos (c. 798-782 a.C.). Manteve o culto do bezerro de Jeroboão, mas foi um admirador de Eliseu de quem recebeu a promessa de que derrotaria dos arameus (2Rs 13:10 - 19). Foi um guerreiro de sucesso e nas suas 3 campanhas contra Ben-Hadade III recuperou os territórios da Transjordânia que o seu pai Joacaz tinha perdido para Hazael (2Rs 13:25). As suas relações com o reino de Judá parecem ter sido cordiais durante os primeiros anos, já que, quando Amasias de Judá preparou uma campanha contra os Edomitas, Jeoás concedeu uma força armada para combater ao serviço do rei de Judá. A conselho, de um profeta, Amasias, recusou a ajuda dos soldados israelitas que, ficando ofendidos, em retaliação causaram destruição no Norte do reino de Judá. Após a guerra com os edomitas, Amasias declarou guerra a Jeoás devido aos estragos efetuados pelos soldados de Israel em Judá. Jeoás ficou bastante triste devido a este fato e entrou em guerra com Judá com grande relutância. Na batalha de Bete-semes, Amasias foi derrotado e Jeoás espoliou Jerusalém e derrubou cerca de 400 côvados das muralhas da cidade antes de se retirar com o seu espólio e cativos (2Rs 14:11-14; 2Cr 25:20-24). Jeoás foi sepultado nos túmulos reais em Samaria (2Rs 14:16).
JEOCAZ
1) Filho de Jeú, e rei de Israel por dezessete anos (2 Rs 13.1 a 9). Durante o seu reinado esteve em parte, sujeito a Hazael, rei da Síria, que o obrigou a reduzir as suas forças militares e a pagar tributo. Embora Jeoacaz tivesse seguido e apoiado á maligna idolatria de Jeroboão, era, contudo, tão triste e aflitiva a sua situação e a do país que ele, por fim, suplicou ao Senhor que o ajudasse, o libertador mandado, ou foi Jeroboão (2 Rs 14.25), ou mais provavelmente Adade-Nirari, da Assíria, que bloqueou Damasco cerca do ano 803 a.C. 2) Filho de Josias, rei de Judá. Foi escolhido pelo povo em lugar de seu irmão mais velho (2 Rs 23.31 a 36), o seu governo foi de pouca duração, pois apenas reinou três meses em Jerusalém. Apesar de não ser longo o seu reinado, ainda pôde mostrar que era opressor do povo (Ez 19.3). Foi mandado para o Egito, preso com cadeias, e ali morreu (2 Cr 36.4). Também se chamou Salum. 3) Foi o outro nome de Acazias, rei de Judá, filho de Jeorão e pai de Joás, ambos reis de Judá. Em Acazias, a terminação é a mesma palavra que o prefixo Jeo em Jeoacaz (2 Cr 21.17 - 22.1 - 25.23).
JEOIAQUIM
“Aquele que Deus estabeleceu”. Segundo filho de Josias e 18º rei de Judá, reino que ele governou durante 11 anos (610-599 a.C.). O seu nome original era Eliaquim. Quando o seu pai morreu, o seu irmão mais novo Jeoacaz (Jr 22:11), que favoreceu os caldeus contra os egípcios, foi feito rei pelo povo. Mas o rei do Egito, Faraó-Neco, invadiu o país e depôs Jeoacaz (2Rs 23:33, 34; Jr 22:10-12), colocando Eliaquim no trono, em seu lugar e mudando-lhe o nome para Jeoiaquim. Depois disso, o rei do Egito não mais tomou parte da política judaica, tendo sido derrotado pelos caldeus em Carquemis (2Rs 24:7; Jr 46:2). A Palestina foi invadida e conquistada por Nabucodonozor. Jeoiaquim foi feito prisioneiro e levado cativo para Babilônia (2Cr 36:6, 7). Foi nesta altura que Daniel e os seus três companheiros foram levados cativos para a Babilônia (Dn 1:1, 2). Nabucodonozor voltou a colocar Jeoiaquim no trono, mas tratou-o como um rei vassalo. Um ano depois, Jeremias conseguiu que as suas profecias fossem lidas por Baruque no pátio do templo. Jeoiaquim, ouvindo isto, quis que elas fossem também lidas no palácio real perante ele. As palavras desagradaram-lhe e, tomando o rolo das mãos de Baruque, cortou-o em pedaços, atirando-o para o fogo (Jr 36:23). Durante o seu desastroso reinado, voltou-se à idolatria e corrupção dos dias de Manassés. Após três anos de sujeição a Babilônia, Jeoiaquim revoltou-se contra Nabucodonozor (2Rs 24:1), esperando tornar-se independente. Mas este enviou as tropas dos caldeus, dos sírios e dos amonitas (2Rs 24:2), a fim de castigar o seu rebelde vassalo. Eles atormentaram cruelmente todo o país (Jr 49:1-6). O rei teve uma morte violenta e o seu corpo foi atirado por sobre o muro de Jerusalém, a fim de convencer o exército sitiado de que ele estava morto, após o que foi levado e sepultado fora dos portões de Jerusalém, “numa sepultura de jumento”, em 599 a.C. (Jr 22:18, 19; Jr 36:30). Nabucodonozor colocou o seu filho Joaquim no trono, desejando manter, ainda, o reino de Judá como um tributário seu.
JEORÃO
“A sua forma abreviada é Jorão”. 1) Filho mais velho e sucessor de Josafá, rei de Judá (2 Rs 8.16). A rainha Atalia, filha de Acabe, incitou-o a praticar a idolatria e outros pecados, o que foi causa de grandes calamidades. Ele começou no trono a sua carreira assassinando todos os seus irmãos, a quem Josafá tinha afastado dos negócios do Estado, colocando-os nas cidades fortificadas de Judá. E aconteceu, como castigo das suas iniqüidades, que os edomitas, que por muito tempo haviam estado sujeitos aos reis de Judá, se revoltaram contra Jeorão, e estabeleceram a sua independência (2 Rs 8.20,21 - 2 Cr 21.8,9). Depois a invasão dos filisteus, assaltaram o palácio do rei, matando toda a família real e subordinados, escapando apenas o filho mais novo, Acazias, que foi levado para o cativeiro (2 Cr 22.1). Passados dois anos morreu o rei de uma terrível enfermidade, ‘sem deixar de si saudades’, sendo-lhe negada a sepultura no lugar dos sepulcros dos reis (2 Cr 21.19,20). 2) Filho de Acabe, Jorão, quando seu irmão Acazias, que tinha sucedido ao trono, morreu, não deixando filhos, veio a ser rei de Israel (2 Rs 1.17 e 3.1). Continuou com Judá a aliança, que seu pai tinha realizado (1 Rs 22.44). Chamou Josafá, rei de Judá, e o rei de Edom, para o auxiliarem na guerra contra os moabitas, os aliados viram-se em grandes dificuldades por causa da falta de água, sendo Jorão censurado por Eliseu pela sua idolatria (2 Rs 3.14), o rei de Israel e o seu exército retiraram-se do campo da guerra, quando o rei moabita ofereceu aos seus deuses em sacrifício o seu próprio filho (2 Rs 3.27). Ele próprio ‘tirou a coluna de Baal, que seu pai fizera’ (2 Rs 3.2), os casos em conexão com a cura de Naamã tornaram mais forte a sua reverência para com o Senhor, sendo, por isso, assegurada a amizade de Eliseu, amizade que lhe foi muito útil na guerra com a Síria (2 Rs 6). Mas durante o período de paz que se seguiu, caiu novamente Jorão na idolatria, censurando-o o profeta com toda a severidade. Foi castigado por Deus, que permitiu que Samaria fosse cercada pelos sírios. Em vez de arrepender-se e implorar o auxilio do Senhor, procurou Jorão matar Eliseu, que freqüentes vezes o tinha avisado (2 Rs 6.30 a 33). A cidade de Samaria foi salva, (2 Rs 7), depois de terem os seus habitantes praticado atos de canibalismo (2 Rs 6.29). Mas estavam contados os dias de Jorão nos seus esforços para reaver dos sírios a cidade de Ramote-Gileade, ficou ferido, retirando-se para Jezreel (2 Rs 8.29 - 9.14). Jeú, a quem ele tinha deixado em Ramote para a ocupar, revoltou-se, e dirigiu-se logo a Jezreel, onde matou a Jorão naquela mesma porção de terreno que Acabe tinha tirado a Nabote (1 Rs 21.21 e seguintes). Com a sua morte acabou a dinastia de Onri. 3. Sacerdote que, por ordem de Josafá, foi ensinar nas cidades de Judá (2 Cr 17.8).
JEOSAFÁ
1) Filho de Ninsi e pai de Jeú, rei de Israel (2Rs 9:2, 14). 2) Filho de Ailude, “cronista” ou analista no tempo de Davi e Salomão (2Sm 8:16); um oficial de alta posição do Estado - chanceler do reino. 3) Um dos sacerdotes que acompanhou a remoção da arca para Jerusalém (1Cr 15:24). 4) O fornecedor de Salomão em Issacar (1Rs 4:17). 5) Um dos guarda-costas de Davi (1Cr 11:43).
JEOVÁ
Nome que o Supremo Sacerdote trazia gravado na sua tiara, e em seu lugar pronunciava-se a palavra Adonai. O respeito deste nome de Deus fez prostrar a Alexandre na presença do Sumo Sacerdote e atravessar a Terra Santa sem a destruir. (Êx 17, 15; Ne 1. 5; 5, 13).
JEOZADAQUE
Justificado por Jeová. Filho do sumo sacerdote Seraías, no tempo do exílio babilônico (1Cr 6:14, 15). Foi levado cativo por Nabucodonozor e morreu provavelmente na Babilônia. Era pai de Josué, que voltou com Zorobabel.
JERAMEEL
1) Filho de Hameleque (Jr 36:26). 2) Filho de Hezrom e irmão de Calebe (1Cr 2:9, 25, 26,
JEREMIAS
1) Um fundibulário benjamita que se juntou a Davi em Ziclague (1Cr 12:4). 2) Um gadita que se juntou a Davi no deserto (1Cr 12:10). 2) Um gadita que se juntou a Davi no deserto (1Cr 12:10). 3) Um guerreiro gadita (1Cr 12:13). 4) Um dos chefes da tribo de Manassés a Este do Jordão (1Cr 5:24). 5) Um dos “profetas maiores” do Velho Testamento, filho de Hilquias, um sacerdote de Anatote (Jr 1:1; Jr 32:6). Foi chamado para o ministério profético quando ainda era novo (Jr 1:6), no 13º ano de Josias (628 a.C.). Deixou a sua cidade natal e foi viver para Jerusalém, onde ajudou imenso Josias na sua obra de reforma (2Rs 23:1-25). A morte deste pio rei foi chorada pelo profeta como uma calamidade nacional (2Cr 35:25). Durante os três anos de reinado de Joacaz, não encontramos qualquer referência a Jeremias mas no início do reinado de Jeoiaquim, a inimizade do povo para com ele foi notada através de uma amarga perseguição que lhe fizeram e ele foi, aparentemente, preso (Jr 16:5). No quarto ano de Jeoiaquim, foi-lhe ordenado que escrevesse as profecias que lhe tinham sido dadas e que as lesse no dia do jejum. Isto foi feito por Baruque, o criado que estava ao seu serviço, produzindo grande excitação. O rolo foi lido perante o rei. Imprudentemente, ele agarrou no rolo, cortou-o em pedaços, deitou-o para o fogo e ordenou que Baruque e Jeremias fossem presos. Jeremias arranjou outro rolo e nele escreveu tudo o que estava no rolo que o rei destruíra e “muitas palavras semelhantes” se acrescentaram (Jr 36:32). Ele permaneceu em Jerusalém, proferindo, por vezes, palavras de aviso mas que não surtiram qualquer efeito. Esteve lá quando Nabucodonozor sitiou a cidade (Jr 37:4, 5) em 589 a.C. O rumor de que os egípcios se aproximavam com o fim de ajudarem os judeus fez com que os caldeus se retirassem e voltassem ao seu país. Isto deu-se, contudo, durante somente algum tempo. O profeta, como resposta à sua oração, recebeu uma mensagem de Deus, anunciando que os caldeus voltariam novamente e tomariam a cidade, queimando-a (Jr 37:7, 8). Os príncipes, enraivecidos por causa de tal mensagem transmitida por Jeremias, encerraram-no na prisão (Jr 37:15-38:13). Ainda lá se encontrava quando a cidade foi tomada (588 a.C.). Os caldeus libertaram-no e mostraram-se bondosos para com ele, permitindo-lhe que escolhesse um lugar para viver. Jeremias foi para Mizpá com Gedalias, que fora feito governador da Judéia. Joaná sucedeu a Gedalias e, tendo-se recusado a ouvir os conselhos do profeta, desceu ao Egito, levando Jeremias e Baruque consigo (Jr 43:6). Foi ali que, provavelmente, o profeta passou o resto dos seus dias, tentando, em vão, levar o povo de volta para Deus, contra quem, há muito, se tinham revoltado (44). Viveu até ao reinado de Evil-Merodaque, filho de Nabucodonozor e deve ter morrido com cerca de noventa anos. Não existe qualquer registro autêntico da sua morte. Deve ter morrido em Tapanes ou, de acordo com a tradição, terá ido para a Babilônia com o exército de Nabucodonozor; mas nada disso é certo. 6) Pai de Hamutal (2Rs 23:31). A mulher de Josias.
JEREMIAS, LIVRO DE
Foi o segundo dos livros dos principais profetas da Bíblia. Os capítulos 1 a 24 registram muitas das suas profecias. Os capítulos 24 a 44 relatam suas experiências. Os remanescentes contém Profecias contra as nações. É provável que seu secretário tenha reunido e organizado grande parte do livro. Na história de Babel foi usado o método Atbash de criptografia.
JERICÓ
Cidade importante no vale do Jordão, por vezes apelidada de “a cidade das palmeiras” (Dt 34:3; Jz 1:16; Jz 3:13; 2Cr 28:15). Localiza-se cerca de 8 km a oeste do rio, cerca de 13 km a norte do Mar Morto e 24 km a nordeste de Jerusalém em linha reta, na base das montanhas da Judéia, na zona mais alta do Vale do Jordão. Situa-se 250 metros abaixo do nível do mar, mas a 140 metros acima do leito do rio. Possui um clima quase tropical. Por isso crescem ali palmeiras e atualmente também bananeiras. Embora as escavações efetuadas mostrem que Jericó é uma das mais antigas cidades do mundo, não é mencionada em nenhum registro antigo, para além da Bíblia. Quando os israelitas invadiram Canaã, Jericó, que se situava na principal estrada que ligava o Este ao Oeste, foi o seu primeiro obstáculo na invasão da Palestina Ocidental. Uma vez que foi a primeira cidade a ser conquistada na Terra Prometida, Josué declarou que os seus tesouros seriam dedicados a Deus como oferta (Js 6:17-19). A história da sua queda é bem conhecida. Foram enviados homens para espiar a terra. Raabe mostrou-se hospitaleira para com eles, protegendo-os e ajudando-os a escapar quando foram perseguidos pelos habitantes de Jericó. Como recompensa por tê-los ajudado e também pela sua fé no Deus dos israelitas, os espiões prometeram salvar-lhe a vida e os bens, uma promessa que foi fielmente cumprida (Js 2:1-22, Js 6:22, 23, 25). Depois que os israelitas atravessaram o Jordão, acamparam em Gilgal, perto de Jericó (Js 5:10) e marcharam à volta da cidade uma vez por dia durante seis dias. No sétimo dia marcharam à volta da cidade sete vezes e depois, ao sinal das trombetas, gritaram. Nesse momento, os muros da fronteira ruíram (Js 6:8-21). Os israelitas entraram na cidade, destruíram os seus habitantes, com exceção de Raabe e da sua família e queimaram tudo, exceto determinados objetos que seriam usados no santuário (Js 6:1-21, 24). Josué, então, pronunciou uma maldição sobre todo aquele que tentasse reconstruir Jericó no futuro (Js 6:26). Embora a cidade, como tal, não fosse reconstruída até aos dias de Acabe, houve quem morasse nas suas proximidades, pois o nome continuou a ser usado (2Sm 10:5). Na divisão do país, Jericó encontrava-se na fronteira entre Efraim e Benjamim, tendo sido atribuída a Benjamim (Js 16:1, 7; Js 18:12, 21). Eglom, o rei de Moabe, oprimiu os israelitas no início do período dos juizes e tomou Jericó para si (Jz 3:13). Os mensageiros de Davi, ao voltarem do encontro com o rei amonita, que os insultou, rapando-lhes metade das suas barbas, permaneceram em Jericó até estas voltarem a crescer (2Sm 10:5; 1Cr 19:5). No tempo de Elias, Hiel reconstruiu a cidade e, de acordo com a maldição pronunciada por Josué, perdeu dois dos seus filhos (1Rs 16:34). Ainda no tempo do profeta Elias, viveu em Jericó uma comunidade de profetas (2Rs 2:4, 5, 15, 18) e mais tarde, Eliseu sarou a fonte das águas ali existente (2Rs 2:19-22). Um século mais tarde, Jericó foi o cenário da libertação de cativos de Judá, capturados pelo exército do rei Peca, de Israel (2Cr 28:15). Nos últimos dias do reino de Judá, o exército babilônico capturou Zedequias nas proximidades de Jericó (2Rs 25:5; Jr 39:5; Jr 52:8). A população de Judá deve também ter sido levada cativa porque 345 descendentes dos seus antigos habitantes voltaram do exílio babilônico com Zorobabel (Ed 2:34; Ne 7:36). Algumas pessoas de Jericó ajudaram Neemias a reconstruir o muro de Jerusalém (Ne 3:2). Jericó volta a ser mencionada no período dos macabeus, quando Baquides, o general sírio, recuperou as suas fortificações (I Mac 9:49, 50). António deu a cidade a Cleópatra como estância de Verão. Quando Herodes, o Grande, mais tarde a recebeu como presente de Augusto, embelezou-a, construiu lá um palácio e erigiu uma fortaleza por trás da cidade chamada Cypros. Herodes, o Grande, morreu em Jericó. Jesus passou pela Jericó do N.T. (Lc 19:1), que se situava a Sul e a Este da cidade do V.T, à entrada do Wâdi Qelt, pelo qual passava a estrada que se dirigia a Jerusalém. Jericó era a cidade natal de Zaqueu, de cuja hospitalidade Jesus gozou e cuja conversa encontra-se registrada nos vers. 1-10. Foi perto da Jericó do N.T. que Jesus curou o cego Bartimeu e o seu companheiro (Mt 20:29-34; Mc 10:46-52; Lc 18:35-43). A atual cidade de Jericó, chamada Erîkha, foi fundada no tempo das cruzadas e situa-se a este da Jericó do N.T. e a sudeste da Jericó do V.T. Por causa da sua grande importância bíblica e histórica, Jericó tem recebido a atenção de várias expedições arqueológicas. A cidade do VT tem sido identificada com Tell es-Sultân, na extremidade norte da atual Jericó. Em 1868, Charles Warren realizou algumas explorações preliminares que não aumentaram materialmente o nosso conhecimento sobre a história antiga da cidade. Entre 1907 e 1909, Ernest Sellin e Carl Watzinger escavaram partes do monte mas viram as suas ruínas confundidas e perturbadas por construções posteriores e pela erosão. Uma vez que a arqueologia palestiniana ainda se encontrava no seu início, as conclusões destes eruditos foram insatisfatórias e mais tarde tiveram que ser revistas, quando algumas explorações levadas a cabo noutros locais mostraram que as suas interpretações de determinadas provas não poderiam ser mantidas. John Garstang que realizou algumas escavações em Jericó durante seis épocas, entre 1930 e 1936, descobriu um cemitério do final da Idade do Bronze, o local onde eram sepultados os habitantes de Jericó até 1350 AC, tal como indicam as inscrições de determinados selos egípcios. O que restou das fortificações da cidade era tão confuso, que algumas muralhas foram mal identificadas, tal como mostram escavações posteriores. A interpretação que Garstang faz da história arqueológica da cidade está agora desatualizada e não necessita de ser repetida aqui. Entre 1952 e 1957, Kathleen M. Kenyon realizou escavações em Jericó, usando os últimos métodos científicos. Descobriu outro cemitério, túmulos de meados da Idade do Bronze, incluindo equipamento funerário, tais como mesas de madeira, bancos e pratos, víveres em vasilhas, roupas, cestos, etc., tudo espantosamente preservado, devido à infiltração de gases letais que mataram os germes, evitando, assim, a desintegração daquele material antigo que, de outro modo, nunca se preservaria na Palestina. As escavações realizadas no próprio local puseram a descoberto níveis de ocupação de tempos primordiais. Mostraram que Jericó já era uma cidade muito antes de existir qualquer tipo de cerâmica. Na realidade, parece que as muralhas da cidade e as suas torres são as mais antigas alguma vez descobertas no Próximo Oriente. A cidade foi destruída várias vezes, tendo sido posto a descoberto o que restou de sete muralhas sucessivas do início da Idade do Bronze (3º milênio AC). A última destas muralhas foi destruída por um tremor de terra. Nessa altura, a “cidade” tinha cerca de 230 metros de extensão e não mais de 76 metros de largura. Em meados da Idade do Bronze, o período Hiksos, foi alargada para uma extensão de cerca de 260 metros e uma largura de cerca de 130 metros, sendo rodeada por uma grande muralha de pedra com uma ribanceira levemente escarpada. Esta cidade foi destruída por um dos reis egípcios da 18ª dinastia no século XV AC. Nada foi encontrado das muralhas do final da Idade do Bronze. Estas muralhas terão sido as que foram destruídas no tempo de Josué. Infelizmente, as forças do homem e da natureza parecem ter desnudado os níveis superiores do monte numa tal extensão, que praticamente nada restou deles. As escavações de Kenyon puseram a descoberto somente uma pequena parte da cidade, uma porção superficial que datava da Jericó de Josué. No sopé da encosta, algumas das últimas estruturas construídas em Jericó (na Idade do Ferro, por volta de 1200 AC) foram postas a descoberto. Embora os resultados das escavações tenham tido bastante interesse para os arqueólogos e tenham lançado alguma luz sobre a história e sobre os primórdios desta importante cidade, pouco contribuíram com algo de interessante para o estudante da Bíblia. Contudo, os cemitérios de Jericó mostraram que, como locais de sepultamento, deixaram de ser usados no século XIV, o que poderá ser considerado como prova de que a cidade não poderia ter sido destruída muito depois desse período. Uma porção da Jericó do NT, nomeadamente Tulûl Abu el-‘Alâyiq, foi escavada entre 1951 e 1952 pela Escola Americana de Investigação Oriental de Jerusalém, sob a direção de J. L. Kelso e J. B. Pritchard e novamente por E. Netzer da Universidade Hebraica de Jerusalém, entre 1972 e 1974. As escavações puseram a descoberto, partes do magnífico palácio de inverno de Herodes, que tinha uma fachada de 100 metros de extensão e uma piscina, provavelmente a mesma em que Herodes mandou que afogassem o seu cunhado Aristóbulo III, o sumo sacerdote.
JERIMOTE
1) Um dos filhos de Davi (2Cr 11:18). 2) Chefe em Naftali (1Cr 27:19). 3) Um levita de entre os fiscais das ofertas do templo (2Cr 31:13), no reinado de Ezequias.
JEROÃO
1) Um dos que ajudou a colocar Josias no trono (2Cr 23:1). 2) Um benjamita (1Cr 12:7). 3) Um benjamita (1Cr 9:8).
JEROBAAL
Sobrenome de Gideão; um nome que lhe foi dado, por ele ter destruído o altar de Baal e abatido o mato que o cercava. (Jz 6, 25-27; Jz 6:32; Jz 7:1; Jz 8:29; 1Sm 12:11).
JEROBOÃO
1) Filho de Nebate e de Zerua, mulher viúva, e nasceu (talvez de matrimônio) em Zeredá (1 Rs 11.26): ele é designado pela expressão infamatória de ter feito pecar a Israel (1 Rs 12.26 a 33, e 13.34, etc.). Salomão teve conhecimento deste mancebo, quando estava edificando Milo (aparentemente uma parte dos muros de Jerusalém), e o fez intendente da cobrança proveniente dos trabalhos impostos aos indivíduos de Efraim (1 Rs 11.26,27). A sua ambição foi alimentada pelo profeta Aías, pois lhe disse que ele havia de reinar sobre dez das tribos, e que, se obedecesse às leis de Deus, havia de ser próspero o seu reino, como tinha sido o de Davi (1 Rs 11.29 a 40). Sabendo isto, ficou Salomão assustado, e procurou prender Jeroboão, que por esse motivo fugiu para o Egito, onde permaneceu até à morte do rei. Voltou, então, para a sua terra natal, e pôde observar que Roboão, que tinha sucedido a seu pai no trono de Davi, tinha já indisposto contra ele as dez tribos do norte. Quando os habitantes destas tribos souberam que Jeroboão tinha voltado, fizeram-no rei de todo o povo de Israel. Jeroboão fixou a sua residência em Siquém, que mandou fortificar. Ele também reedificou Penuel, cidade além do Jordão, pondo-a em estado de defesa, a fim de conservar quietas as tribos situadas do outro lado do rio (1 Rs 12.1 a 25). Mas bem depressa esqueceu Jeroboão as condições sob as quais a prosperidade lhe tinha sido prometida (1 Rs 11.38). Receando que, se as dez tribos fossem a Jerusalém para assistirem às festividades anuais, poderiam afastar-se dele, estabeleceu um culto idolátrico com dois altares principais, em Dã e em Betel (1 Rs 12.28 a 30). Também edificou templos, e estabeleceu sacerdotes dos mais baixos do povo, que não pertenciam à família de Arão, nem à de Levi (1 Rs 12.31). Foi Jeroboão avisado por Deus, mediante as palavras de um desconhecido profeta, por virtude do qual foi secado o braço do rei, e depois restaurado (1 Rs 13.1 a 10). E recebeu ainda censuras do profeta Aías, que já estava cego por motivo da sua velhice (1 Rs 14.1 a 18). infelizmente as advertências divinas não foram tidas em consideração continuando Jeroboão e sua família no caminho do pecado para sua própria ruína (1 Rs 13.34). Depois de um reinado de vinte e dois anos, morreu Jeroboão, sucedendo-lhe seu filho Nadabe (1 Rs 13 e 14.1 a 20).
JEROBOÃO II
Filho de Jeoás, rei de Israel, e o quarto da dinastia de Jeú. Reinou pelo tempo de quarenta e um anos - e embora ele favorecesse as práticas idólatras do filho de Nebate, Deus, contudo, o prosperou tanto que o seu reinado foi uma restauração do reino das dez tribos, o qual se levantou da decadência, em que estava, a um alto grau de extraordinário esplendor. Foi durante o seu reinado que viveram e ensinaram os profetas Amós, Oséias e Jonas, os fatos da vida de Jeroboão encontram-se narrados em 2 Rs 14.23 a 29, e nos escritos de Oséias e Amós. Ele foi, talvez, esse ‘salvador’ prometido no reinado de Jeoacaz, pois pela sua ação saíram os israelitas de sob as mãos dos sírios (2 Rs 13.4 - 14.26,27). Continuou ainda a combater o inimigo, chegando a tomar a sua capital, a cidade de Damasco (2 Rs 14.28 - Am 1.3,5). E de conquista em conquista recuperou todo o domínio de Salomão, em conformidade à profecia de Amós 6.14. Todavia, a antiga moralidade dos israelitas e o puro culto de Deus não foram restaurados: predominava o vício e a opressão, e era manchado pela idolatria o culto do Senhor (1.2 - 4.12,13,14 - 13.6 - Am 2.6 a 8 - 4.1 - 6.6).
JERUBESETE
Sobrenome dado também a Gideão (2Sm 11:21).
JERUEL
Deserto de Judéia, onde Josafá derrotou um grande exérci­to de amonitas e de moabitas, os quais vinham para o atacar. (2 Par 20, 16- 2Cr 20:2, 20).   
JERUSA
Mulher de Uzias e mãe do rei Jotão (2Rs 15:33).
JERUSALÉM
A teologia bíblica vê em Jerusalém uma cidade eleita por Deus (2Sm 5-7); torna-se um novo Sinai (monte Sião) com uma nova Lei (2Rs 22; Sl 15,1-4; Is 2,3; Sl 68,16-18; 48,2-6); torna-se o centro cultual de todas as tribos (Dt 12,1-14; 14,22-26). Mas Jerusalém está longe de ser o ideal duma cidade celeste (Is 1,21-23; Jr 11,1-13; Ez 16; 23; Lc 19,41-47; 21,5-36; Mt 23,37-39); Deus pensa na construção de uma nova Jerusalém (Ez 40-48; Zc 14,1s; Is 2,2-5; 60; At 2,1-11) que é Cristo e o seu Corpo que é a Igreja (Jó 2,18-22; 1Cor 3,16-17; Ef 5,22-30; Ap 21-22; Gl 4,22-31). Os cristãos viram na queda de Jerusalém (Mc 13; Mt 24) a realização das convulsões cósmicas anunciadas para os tempos messiânicos. Destruída Jerusalém no ano 70, os cristãos vêem na Igreja a nova cidade de Deus (Gl 4,26; Hb 12,22; Ap 14,1 e 21,9-27). Subia-se a Jerusalém em peregrinação porque era o lugar do sacrifício (Dt 12,1-13,14; 14,22-26) e da manifestação da glória de Deus (Sl 132,13-15; 134); é também a meta da esperança escatológica; lá se reunirão todas as tribos e nações (Is 60; 35,6-10; Jr 31,12-14; Ne 12,31-38). Os evangelhos, sobretudo (Lc 9,51), organizam a vida de Jesus como uma subida a Jerusalém (Mt 20,17-19; Mc 10,32-34). João escreve o seu evangelho como uma sucessão de subidas a Jerusalém, prelúdios da última e definitiva (Jó 2,13; 5,1; 7,1-10; 10,22s; 11,55; 12,12). Entrada em Jerusalém: Os profetas anunciam a entronização do Rei messiânico no monte Sião (Sl 2,6; 110,1-3; Mq 4,1-3; Zc 8,20-22; 14,16-19). Os evangelistas narram a entrada de Jesus nesta cidade como a entronização do Rei messiânico, pobre e humilde (Zc 9,9; Mc 11,1-7; Lc 19,28-35). Os cânticos e os ramos da multidão são os próprios da Festa dos Tabernáculos que se realizava em setembro (Ne 8,14-18; Sl 118). Zc 14,21 anuncia que não mais haverá comerciantes no Templo.
JESUA
1) Filho de Cadmiel (Ne 12:24). 2) Um levita que ajudou nas reformas no tempo de Neemias (Ed 8:7; Ed 9:4, 5).
JESUS
1) Um cristão judeu com o sobrenome Justo (Cl 4:11). 2) Josué, filho de Num (At 7:45; Hb 4:8).
JESUS CRISTO
O Salvador do mundo, o Messias. Nos tempos do novo testamento Yeshûa, “Jesus”, era um nome comumente atribuído aos rapazes judeus. Expressava a fé dos pais em Deus e na Sua promessa aquele que traria salvação a Israel. O anjo Gabriel instruiu José a dar ao primogênito de Maria este nome, e a razão dada para esta ordem era, “Ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1:21). “Cristo” não era um nome pessoal pelo qual as pessoas O conheciam enquanto esteve na terra, mas um título usado para O identificar como Aquele em quem as profecias messiânicas do Velho Testamento se tinham cumprido. Para aqueles que acreditavam nele como enviado por Deus Ele era o Cristo, isto é, o Messias, o “ungido” por Deus para ser o Salvador do mundo. Quando usados simultaneamente, como em (Mt 1:18; Mt 16:20; Mc 1:1), os 2 nomes Jesus e Cristo constituem uma confissão de fé de que Jesus de Nazaré, o Filho de Maria, é de fato o Cristo, o Messias (Mt 1:1; At 2:38). Jesus possuía também o título Emanuel, “Deus conosco”, em reconhecimento da Sua divindade e nascimento de uma virgem (Mt 1:23; conforme. (Is 7:14; Is 9:6, 7). Cristo designava-se habitualmente “Filho do homem” (Mc 2:10;), uma expressão nunca usada por outros quando falando sobre ou com Ele. Ao usar este título, que parece ter implicações messiânicas, Jesus acentuava a Sua humanidade, referindo-se a Si mesmo como a Semente prometida de (Gn 3:15; Gn 22:18; cf. Gl 3:16). Jesus raramente utilizou o título “Filho de Deus”, que realça a Sua divindade (Jó 9:35-37; Jó 10:36), embora tenha várias vezes referido Deus como o Seu Pai (Mt 16:17; etc.). No entanto, o Pai tratou-o por Filho (Lc 3:22; Lc 9:35), e João Batista (Jó 1:34) e os discípulos (Mt 14:33; Mt 16:16), “Filho de Deus”. Jesus afirmava que Deus era Seu Pai de uma maneira especial, e mais tarde o Seu reconhecimento que Ele era o Filho de Deus, permitiu aos judeus garantirem a Sua condenação e morte (Lc 22:70, 71). Gabriel explicou que Jesus seria chamado Filho de Deus em virtude do Seu nascimento em Maria pelo poder do Espírito Santo (Lc 1:35; cf. Hb 1:5), e Paulo declarou que a ressurreição dos mortos O designou “Filho de Deus” em poder (Rm 1:4). Os Seus discípulos frequentemente se dirigiam a Ele como “Mestre” (Mc 4:38; Mc 9:38; etc.), e eventualmente, em reconhecimento da Sua divindade, como “Senhor” (Jó 14:5, 8; Jó 20:28). O termo “filho de Davi” era uma designação Messiânica popular usada por governantes e pessoas comuns (Mt 12:23; Mt 22:42; Mc 12:35; etc.) como uma expressão que revelava esperança do livramento da opressão política. CRONOLOGIA DA VIDA DE CRISTO: As datas exatas do nascimento, ministério, e morte de Cristo não são conhecidas mas podem ser determinadas com uma precisão razoável (ver cronologia de personalidades). Com um erro de 4 ou 5 anos ao determinar o ano do nascimento de Cristo, Dionysius Exiguus, um monge Romano do séc. VI, falhou no cálculo dos anos da sua nova era Cristã. Ele colocou o nascimento de Cristo pelo menos 4 ou 5 anos tarde demais. Devido a este fator a data de nascimento deve ser 4 ou 5 a.C.. Com relativa certeza a morte de Herodes pode ser datada no inicio da primavera de 4 a.C., e nessa altura Cristo já deveria ter algumas semanas ou meses de idade (Mt 2). Consequentemente, o Seu nascimento pode ser datado no final do outono de 5 a.C. ou no inverno de 5/4 a.C. João Baptista começou a pregar “no décimo quinto ano do reinado de Tibério” (Lc 3:1), um curto espaço de tempo - talvez 6 meses (Lc 1:24,26-31) - antes do batismo de Jesus, a partir do qual o Seu ministério público se iniciou. Jesus tinha então aproximadamente “trinta anos de idade” (Lc 3:23) e pouco tempo depois foi dito que o Templo tinha sido “edificado em quarenta e seis anos” (Jó 2:20). Falhas no conhecimento presente tornam a coordenação precisa destas datas juntamente com a era Cristã difícil se não mesmo impossível, sendo apenas possível sugerir uma data aproximada para o início do ministério público de Cristo. Tendo em conta todos estes fatores, o outono de A.D. 27 parece ser a data que mais está em consonância com estes dados. Com base apenas nos registros dos evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos, e Lucas) pode-se concluir que o ministério de Jesus continuou por pouco mais de um ano, devido ao relato de eventos de apenas 2 Páscoas. João, no entanto, menciona 3 Páscoas (Jó 2:13,23; Jó 6:4; Jó 13:1) e uma não especificada “festa dos judeus” (Jó 5:1). O aprisionamento de João Baptista, ligado a eventos relacionados do ministério de Cristo, ajudam a determinar que esta festa desconhecida era provavelmente também uma Páscoa. Quatro Páscoas tornariam a duração do ministério de Cristo em aproximadamente 3 anos e meio. VIDA E MINISTÉRIO PÚBLICO: 1 - Da Infância à Vida Adulta. Jesus nasceu em Belém, cidade de Davi, a fim de que fosse identificado mais facilmente como o filho de Davi, e assim o Messias das profecias do Velho Testamento (Lc 2:1-7; cf. Mq 5:2). Foi circuncidado no 8º dia (Lc 2:21), sendo a circuncisão um sinal do concerto e um voto de obediência aos seus requisitos. Jesus nasceu “debaixo da lei” de Moisés e submetido à sua jurisdição (Gl 4:4). Mais tarde José e Maria levaram Jesus ao Templo para a cerimônia da dedicação do primogênito (Lc 2:22-38, 39; conforme Lv 12:1-4). Desde os tempos antigos este ritual era seguido pelos hebreus em reconhecimento da promessa de Deus de dar o Seu primogênito para salvar o povo perdido. No caso de Jesus era um reconhecimento do ato de Deus em dar o Seu Filho ao mundo, e da dedicação do Filho à obra que vinha cumprir. Depois da visita dos magos (Mt 2:1-12), pelos quais Deus chamou à atenção dos lideres da nação judaica para o nascimento do seu filho, José e Maria brevemente se refugiaram no Egito a fim de escapar à fúria de Herodes (Mt 2:13-18). Ao voltar à Palestina, eles foram divinamente instruídos a fixarem-se na Galiléia ao invés da Judéia, provavelmente a fim de evitar o estado de anarquia que prevalecia na Judéia durante o reinado turbulento de Arquelau (Mt 2:19-23; Lc 2:39, 40). Com a idade de 12 anos um rapaz judeu deixava de ser considerado uma criança e passava a ser um jovem. Como um “filho da lei” ele tornava-se pessoalmente responsável em cumprir os requisitos da religião judaica, e esperava-se que participasse nos seus serviços sagrados e festas. De acordo com esta tradição, com a idade de 12 anos Jesus assistiu à Sua primeira Páscoa, onde pela primeira vez deu evidências de uma compreensão da Sua própria relação especial como Pai e da missão da Sua vida (Lc 2:41-50). 2 - Início do Ministério Público. O batismo de Jesus e unção do Espírito Santo, possivelmente na altura da Festa dos Tabernáculos no outono de (A.D. 27), foi para Ele um ato de consagração ao trabalho de toda a Sua vida e que marcou o inicio do Seu ministério (Mt 3:13-17; cf. At 10:38). O Pai publicamente declarou Jesus como o Seu único Filho (Mt 3:17), e João Baptista reconheceu o sinal que lhe tinha sido dado para identificar o Cordeiro de Deus (Jó 1:31-34). Após o Seu batismo Jesus retirou-se para o deserto a fim de meditar na Sua missão. Aí o tentador O pressionou com tentações concebidas para apelar aos sentidos, ao orgulho, e ao Seu próprio sentido de missão. Antes de poder ensinar os homens Ele próprio tinha de vencer o tentador (Mt 4:1-11; cf. Hb 2:18). Mais tarde Jesus voltou ao Jordão onde João Baptista estava a pregar (Jó 1:28-34), e pouco tempo depois reuniu à sua volta um pequeno grupo de seguidores - João, André, Simão, Filipe e Natanael (Jó 1:35-51). O seu primeiro milagre, em Canã da Galileia (Jó 2:1-11), fortaleceu a sua fé nele como o Messias e deu-lhes uma oportunidade de testificar da sua nova fé a outros. Ministério na Judéia. Na purificação do Templo na altura da Páscoa na primavera seguinte, uns 6 meses depois do Seu batismo, Jesus publicamente anunciou a Sua missão de limpar os corações dos homens da corrupção do pecado (Jó 2:13-17). Desafiado pelas autoridades do Templo devido a este ato, Ele apontou secretamente para a Sua morte na cruz como o meio pelo qual se propunha a purificar o Templo do seu corpo (Jó 2:18-22). A visita noturna de Nicodemos, um conselheiro chefe, deu a Jesus uma oportunidade, no princípio do Seu ministério, de explicar o propósito da Sua missão a um membro do Sinédrio (Jó 3:1-21) que era receptivo. Mais tarde Nicodemos temporariamente frustrou os planos dos sacerdotes para destruir Jesus (Jó 7:50-53). Deixando Jerusalém, Jesus ministrou durante um prolongado período na Judéia (Jó 3:22). As pessoas juntavam-se em grandes multidões para o ouvir, e o nível de popularidade gradualmente mudou de João para Jesus (Jó 4:1). Quando o descontentamento surgiu entre os discípulos de João devido a esta situação (Jó 3:25-26), Jesus, desejando evitar qualquer tipo de mal-entendidos, calmamente cessou o Seu trabalho e retirou-se, durante algum tempo, para a Galiléia (Jó 4:1-3). No entanto, Jesus tirou partido desta interrupção no ministério da Judéia para preparar o caminho para o Seu mais tarde bem sucedido ministério em Samaria e na Galiléia. Ao voltar a Jerusalém para a Páscoa de A.D. 29 Jesus curou um paralítico no tanque de Betesda no dia de Sábado, provavelmente o pior, e mais famoso, caso ali presente (Jó 5:1-15). Os lideres judeus tinham tido um ano completo para observar Jesus e avaliar a Sua mensagem, e Jesus sem dúvida operou este milagre para os levar a tomar uma decisão visível. Acusado pelos judeus de violar o Sábado, Jesus defendeu-se ao dizer: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jó 5:16-18). Eles tinham tido várias provas do seu Messiado: (1) Tinham ouvido, e professado aceitar, a mensagem de João Baptista - e João tinha declarado Jesus como o Filho de Deus (Jó 5:32-35; cf. Jó 1:31, 34). (2) Os muitos milagres que Jesus tinha realizado durante o Seu ministério na Judéia (Jó 2:23), e particularmente a cura do homem paralítico nesse mesmo Sábado, testificavam a Sua afirmação (Jó 5:36). O próprio fato de que Ele estava a fazer as obras de Seu Pai (Jó 5:36; cf. Jó 5:17) testificavam que Ele tinha vindo do Pai. (3) O próprio Pai tinha declarado Jesus como sendo Seu Filho (Jó 5:37, 38). (4) A prova suprema do Messiado de Jesus encontrava-se nos escritos de Moisés que eles professavam aceitar e que seria o seu juiz caso O rejeitassem (Jó 5:39-47). Os sacerdotes e juizes certamente teriam assassinado Jesus mesmo se o tivessem ousado, mas o sentimento popular era muito forte a Seu favor (cf. Jó 5:16, 18). Eles, no entanto, rejeitaram as Suas alegações e ficaram determinados a tirar a Sua vida numa altura futura (Jó 5:18). A partir daquela altura os autores dos Evangelhos frequentemente mencionavam espiões serem enviados para relatar tudo o que Jesus dizia e fazia, demonstrando que estes sacerdotes e governantes estavam a tentar construir um caso contra Ele (Lc 11:54; Lc 20:20;). Também, nesta altura, Herodes Antipas prendeu João Batista (Lc 3:19, 20). Estes 2 eventos - a rejeição do Sinédrio e a prisão de João Baptista - marcam o final do ministério na Judéia (Mt 4:12; cf. Jó 7:1). Para evitar conflitos desnecessários com os professores de Jerusalém, Jesus a partir dessa altura restringiu o Seu trabalho principalmente à região da Galiléia e, de fato, não voltou a Jerusalém até a Festa dos Tabernáculos um ano e meio depois. Ministério na Galiléia: Os galileus eram menos sofisticados e menos dominados pelos seus lideres do que os judeus da Judéia, e as suas mentes estavam assim mais abertas a receber a verdade. Durante o ministério na Galiléia o entusiasmo era tão grande que Jesus era, algumas vezes, obrigado a esconder-Se a fim de evitar que as autoridades romanas tivessem motivos para temer uma insurreição. Por algum tempo parecia que os galileus iam receber Jesus como o Messias. Jesus iniciou o seu trabalho na Galiléia em Nazaré, cujas pessoas O conheciam melhor e deveriam estar melhor preparadas para o receber como o Messias (Lc 4:16-30). Na sinagoga no dia de Sábado Jesus explicou-lhes a natureza e o propósito da Sua missão, mas eles recusaram-se a aceitá-Lo e se propuseram a tirar-lhe a vida. Abandonando Nazaré, Jesus fez de Cafarnaum o centro da Sua obra na Galileia (Mt 4:13-17). Perto do mar uma manhã Jesus chamou Pedro e André, Tiago e João, para se unirem a Ele como colaboradores e O seguirem a partir desse momento como discípulos a tempo inteiro (Lc 5:1-11; cf. Mt 4:18-22). A popularidade de Jesus rapidamente subiu a um nível que Jesus se sentiu compelido a deixar Cafarnaum por algum tempo e trabalhar noutro local (Mc 1:28, 33, 37, 38). Então Jesus iniciou a Sua primeira viagem pelas cidades e vilas da Galiléia, proclamando que o “Reino de Deus” estava “próximo” (Mc 1:14, 15; Lc 4:31, 43). Ao voltar a Cafarnaum, Ele curou o paralítico que foi descido do telhado (Mc 2:1-12). Presente nessa altura para testemunhar o milagre estava uma delegação de “Fariseus e doutores da lei” de todas as partes da Judéia e da Galiléia e também representantes das autoridades de Jerusalém (Lc 5:17) que tinham vindo investigar e interferir na Sua obra na Galiléia. Ao perdoar e curar o paralítico Jesus deu-lhes provas irrefutáveis que era o poder divino que estava a operar, e que a Sua autoridade era divina (Jc 5:18-24). O fracasso das tentativas de descreditar Jesus era evidenciado pela cada vez maior popularidade que marcava o Seu trabalho (Mc 3:7, 8). Durante o intervalo entre a primeira e a segunda viagem pela Galiléia, Jesus ordenou 12 dos seus seguidores para seres apóstolos (Mc 3:13-19). No mesmo dia (Lc 6:13-20) Ele discursou o Sermão da Montanha, que era destinado principalmente aos Seus discípulos, mas dado a ouvir a uma grande multidão (Mt 5 a Mt 7). Neste sermão, que pode ser considerado como o Seu discurso inaugural como Rei do reino da graça divina e como o passaporte para o Seu reino, Jesus explanou os seus princípios fundamentais. Pouco tempo depois, Jesus partiu na Sua 2º viagem pela Galiléia (Lc 8:1-3), da qual o relatório é mais detalhado do que qualquer uma das outras. No seu decorrer Jesus demonstrou o poder do Seu reino e o seu valor para os homens. Começou em (Lc 7:11-17) e terminou em (Mc 5:21-43) com demonstrações de poder sobre a morte. Jesus também demonstrou o Seu poder sobre a natureza (Mt 8:23-27) e sobre demônios (Mt 12:22-45; Mc 5:1-20). Como o Rei do reino da graça divina, Jesus podia libertar os homens do medo da morte, o medo dos elementos da natureza, e do medo de demônios - que sumarizava os medos populares daquela época.  No decurso desta viagem Jesus deu o Seu sermão a partir do mar (Mt 13:1-53), numa série de parábolas demonstrando os mesmos princípios que tinha ensinado de uma forma mais formal no Sermão da Montanha. Na 3ª viagem pela Galiléia Jesus enviou os Doze, dois a dois, a fim de ganhar experiência em evangelismo pessoal (Mt 9:36 a Mt 11:1). Na sua ausência, juntamente com outros discípulos, Ele revisitou Nazaré, onde os seus concidadãos O rejeitaram uma segunda vez (Mc 6:1-6). Esta viagem terminou aproximadamente no tempo da Páscoa na primavera de A.D. 30. A prova de poder divino no milagre dos pães e dos peixes (Mc 6:30-44) foi aceite pelos 5.000 homens presentes como uma evidência indiscutível de que o há muito aguardado Salvador estava entre eles. Aqui estava um homem que podia abastecer exércitos inteiros com comida, que podia curar soldados feridos e ressuscitar os mortos, e que podia conquistar as nações, restaurar o domínio para Israel, e tornar a Judéia no Paraíso terrestre predito pelas profecias antigas. Eles tentaram coroá-Lo, mas Jesus rejeitou (Jó 6:14, 15). Este foi o ponto da virada do seu ministério. Após uma noite tempestuosa no mar (Mt 14:22-36) Jesus retornou a Cafarnaum, onde deu o sermão sobre o Pão da Vida (Jó 6:25 a Jó 7:1). O povo que tinha idealizado Jesus como o governante de um reino terrestre compreendeu agora que o Seu era um reino espiritual, e a maioria “voltou atrás e não mais andou com Ele” (Jó 6:66). A opinião pública voltou-se então contra Jesus na Galiléia assim como tinha sido na Judéia um ano antes. 5 – Retirada Jesus nesta altura descontinuou a Sua obra pública para o povo da Galiléia. Rejeitado pelos lideres e pelo povo em geral, Ele chegou à conclusão que o Seu trabalho estava rapidamente a chegar ao seu termo. Perante Ele desenhavam-se os contornos das cenas do Seu sofrimento e morte, mas mesmo isso os Seus discípulos não conseguiam compreender. Tal como a generalidade do povo, eles ainda tinham a concepção do Seu reino como sendo um domínio terrestre. Repetidas vezes Jesus discutiu o Seu Messiado e missão com eles numa tentativa de os preparar para o grande desapontamento que eles estavam prestes a experimentar. Em Cesaréia de Filipo (Mt 16:13-28), no monte da transfiguração (Mt 17:1-13), e enquanto se dirigiam até lá (Mt 17:22, 23), Ele lhes explicou que como Messias tinha de sofrer e morrer. Também, durante este período, Jesus retirou-se para as regiões não judaicas da Fenícia (Mt 15:21-28), Cesaréia de Filipo (Mt 16:13-28), e Decápolis (Mc 7:31 a Mc 8:10), com a finalidade de despertar nos Seus discípulos um sentido de responsabilidade pelos pagãos. A confissão de fé em Cesaréia de Filipo (Mt 16:13-20) marcou um importante ponto de viragem no relacionamento dos discípulos com Jesus. A compreensão que eles tinham da Sua missão tinha crescido durante o tempo da sua associação com Ele. Agora, pela primeira vez deram sinais de uma compreensão mais madura e de um apreço por essa missão. 6 - Ministério em Samaria e Pereia: No outono desse ano Jesus, com os seus discípulos, assistiu à Festa dos Tabernáculos (Jó 7:2-13). Esta foi a Sua primeira visita a Jerusalém desde a cura do paralítico no tanque de Betesda e da Sua rejeição pelo Sinédrio 18 meses antes. A questão do Messiado de Cristo estava agora patente na mente das pessoas, que sabiam também da conspiração contra a Sua vida (Jó 7:25-31). Havia uma divisão de opinião bem definida entre os que achavam que Jesus devia ser aceite como o Messias ou condenado à morte (Jó 7:40-44). Quando uma tentativa abortada foi feita para prender Jesus, Nicodemos silenciou os conspiradores (Jó 7:45-53). Outra tentativa foi feita para Lhe preparar uma cilada (Jó 8:3-11). Quando Jesus ensinava no Templo as autoridades judaicas novamente O desafiaram, e Ele em resposta abertamente referiu-se a Deus como Seu Pai e se declarou ser o Enviado de Deus - que resultou na pretensão deles em o apedrejar ali mesmo (Jó 8:12-59). No entanto, Ele escapou (Jó 8:59) e aparentemente voltou brevemente à Galiléia antes de partir daí para a Sua última viagem para Jerusalém (Lc 9:51-56). Nos meses seguintes Jesus trabalhou em Samaria e na Pereia, e durante este tempo enviou os Setenta a realizar a sua missão (Lc 10:1-24). Pouco se sabe acerca da rota que Jesus tomou, mas os relatos de Lucas mencionam as parábolas contadas e as experiências vividas durante este período (Lc 9:51 a Lc 18:34). Jesus procurou nessa altura atrair a atenção pública e mandou mensageiros adiante para anunciar a Sua vinda (Lc 9:52; Lc 10:1). Ele estava a avançar para o cenário do Seu grande sacrifício, e a atenção do povo tinha de ser dirigida para Ele. Durante o Seu ministério na Peréia a multidão mais uma vez se aglomerou ao Seu redor como nos primeiros dias do Seu ministério na Galiléia (Lc 12:1). 3 meses antes da Páscoa Ele dirigiu-se a Jerusalém para assistir à Festa da Dedicação (Jó 10:22). Mais uma vez, as autoridades O acossaram no Templo, exigindo, “Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente.” (Jó 10:24). Após uma breve discussão os judeus uma vez mais pegaram em pedras para o apedrejar por se fazer passar por Deus (Jó 10:25-33). Pouco tempo depois procuraram prendê-lo, mas mais uma vez Ele escapou das suas mãos e voltou à Peréia (Jó 10:39, 40). A morte de Lázaro poucas semanas antes da crucificação trouxe Jesus de volta brevemente à proximidade de Jerusalém para o Seu supremo milagre, que foi efetuado na presença de um número de líderes judeus e que providenciou mais uma vez um prova irrefutável que os sacerdotes não podiam interpretar mal ou negar (Jó 11:1-44). Este milagre atestou o selo de Deus ao trabalho de Jesus como Messias, mas ao ser relatado aos líderes em Jerusalém (Jó 11:45, 46), eles determinaram afastar Jesus do caminho na primeira oportunidade que tivessem (Jó 11:47, 53). Esta prova de poder sobre a morte era a prova suprema de que na pessoa de Jesus, Deus tinha, de fato, enviado o Seu Filho ao mundo para a salvação dos homens do pecado e da sua pena, a morte. Os saduceus, que negavam a vida depois da morte, estavam agora indiscutivelmente alarmados, e unidos com os fariseus numa determinação firme para silenciar Jesus (Jó 11:47). Sem o desejo de apressar a crise antes da altura certa, Jesus retirou-se mais uma vez de Jerusalém durante algum tempo (Jó 11:54). 7 - Ministério Final em Jerusalém: Poucas semanas após a ressurreição de Lázaro, Jesus mais uma vez se dirigiu a Jerusalém. Descansando em Betânia no Sábado (Jó 12:1), Ele foi recebido na casa de Simão (Mt 26:6-13; Lc 7:36-50). Aproximadamente nessa altura Judas foi ao palácio do sumo-sacerdote com uma oferta para lhes entregar Jesus (Mt 26:14, 15). No Domingo Jesus entrou triunfalmente em Jerusalém, manifestando publicamente ser o Messias-Rei (Mt 21:1-11). A alegria das pessoas que tinham vindo a Jerusalém para assistir à Páscoa foi estimulada até ao pico mais alto em que O aclamaram como rei. Os discípulos de Jesus sem dúvida tomaram a Sua aceitação desta homenagem como prova de que as suas esperanças estavam prestes a ser cumpridas, e a multidão acreditava que a hora da sua emancipação dos romanos estava próxima. Jesus compreendeu que esta atitude o levaria à cruz, mas era Seu propósito dessa maneira chamar publicamente a atenção de todos para o sacrifício que estava prestes a cometer. Na segunda-feira Ele limpou o Templo uma segunda vez (Mt 21:12-16), assim repetindo no final do seu ministério o mesmo ato pelo qual ele tinha iniciado o Seu trabalho 3 anos antes. Esta atitude constituiu um desafio direto à autoridade dos sacerdotes e governantes. Quando eles contestaram o Seu direito a agir daquela forma - “Com que autoridade fazes tu estas coisas?” (Mt 21:23) - Jesus respondeu de uma forma tal que revelou toda a sua incompetência em avaliar as Suas credenciais como Messias (Mt 21:24-27). Através de uma série de parábolas (Mt 21: 28 a Mt 22:14) Ele descreveu a direção que os lideres Judeus estavam a seguir ao rejeitarem-No como o Messias, e nas Suas respostas a uma série de questões que eles lhes colocaram (Mt 22:15-46) refutou os Seus críticos de uma forma tal que nenhum deles ousou questioná-Lo novamente (Mt 21:46). Após publicamente ter exposto o caráter corrupto dos escribas e dos fariseus, Jesus afastou-se do Templo para sempre (Mt 23), declarando, “Eis aí abandonada vos é a vossa casa” (Mt 23:38), uma vez que apenas no dia anterior Ele se tinha referido ao Templo como a “minha casa” (Mt 21:13). Com esta declaração Jesus deserdou a nação judaica do concerto que a ligava a Deus. Ele tomou o “reino de Deus” da posse dos judeus a fim de o poder dar a “um povo que dê os seus frutos” (Mt 21:43). Nessa noite Jesus retirou-se juntamente com 4 dos seus discípulos (Mc 13:3) para o Monte das Oliveiras, onde sublinhou o que se iria passar antes do estabelecimento do Seu reino visível na terra (Mt 24; Mt 25). A quarta-feira da Semana da Paixão foi passada por Jesus em privacidade com os Seus discípulos. Na quinta-feira à noite Ele celebrou a Páscoa com eles, ao mesmo tempo instituindo a ordenança da Ceia do Senhor (Lc 22:14-30; Mt 26:26-29; Jó 13:1-20). Depois da ceia Ele procurou aconselhá-los ativamente em relação ao futuro e à Sua eventual volta (Jó 14 a Jó 16). Assim que Ele entrou no Jardim do Getsâmani o peso dos pecados do mundo caíram sobre Ele (Mt 26:37) e aparentemente estava-Lhe vedado o acesso à luz da presença do Pai, experimentando o resultado do pecado que é a eterna separação de Deus. Torturado pelo medo de que Ele podia ser separado para sempre do amor do Pai, que na Sua humanidade Ele podia não suportar o sofrimento que se avizinhava, e de que seria rejeitado por aqueles que tinha vindo salvar, Ele foi tentado a abandonar a Sua missão e deixar a raça humana sofrer as conseqüências (Mt 26:39, 42). No entanto Ele bebeu a taça do sofrimento até a ultima gota. Na altura em que Ele desfalecia, recebendo o sofrimento da morte para cada homem, um anjo vindo do céu O fortaleceu a fim de suportar as horas de tortura que se aproximavam (Mt 26:30-56; Lc 22:43). Nessa noite Jesus foi preso, e na manhã seguinte Ele apareceu primeiro perante as autoridades (Jó 18:13-24; Mt 26:57-75; Lc 22:66-71), e mais tarde perante Pilatos (Jó 18:28 a 19:6) e perante Herodes (Lc 23:6-12). Jesus foi condenado à morte pelos judeus, e a sentença recebeu a relutante ratificação do procurador romano. Nesse mesmo dia Jesus foi conduzido para ser crucificado (Jó 19:17-37). Pela Sua morte na cruz Jesus pagou o preço do pecado e sustentou a justiça e misericórdia de Deus. Aos pés da cruz o egoísmo e ódio do ser criado que aspirou ser igual a Deus mas que ignorou Deus ao ponto de matar o Filho de Deus, esteve face a face com o amor altruísta do Criador, que se interessou tanto pelos seres que tinha criado que tomou a natureza de um escravo e morreu a morte de um criminoso a fim de os salvar da sua maldade (Jó 3:16). A cruz demonstrou que Deus podia ser ao mesmo tempo misericordioso e justo quando perdoou aos homens os seus pecados (Rm 3:21-26). A morte de Jesus na cruz ocorreu sensivelmente na altura do sacrifício da tarde na sexta-feira, e a Sua ressurreição ocorreu no domingo seguinte de manhã (Mt 27:45-56; Mt 28:1-15). Depois da sua ressurreição Jesus tardou na terra durante algum tempo a fim de que os Seus discípulos se pudessem familiarizar com Ele como um Ser glorificado. As Suas aparições (Lc 24:13-45; Jó 20:19-21, 25; etc.), autentificavam a ressurreição. Quarenta dias depois Ele ascendeu ao Pai, assim terminando o seu ministério terrestre (Lc 24:50-53). “Eu subo para meu Pai e vosso Pai”, foram as Suas palavras (Jó 20:17). A sua ordem antes da partida era a de que os Seus seguidores proclamassem as boas novas do evangelho a todo o mundo (Mt 28:19, 20). A certeza de que Jesus tinha realmente saído do túmulo e tinha ascendido ao Pai (Lc 24:50-53) deu um poder dinâmico ao evangelho à medida que os apóstolos o proclamavam a todo o mundo conhecido na sua geração (At 4:10; 2Pe 1:16-18; 1Jó1:1-3).
JETRO
Príncipe sacerdote de Midiã, e sogro de Moisés. É também chamado Jéter e Reuel, e talvez também Hobabe. Crê-se que ele foi sacerdote do verdadeiro Deus, e defendia a verdadeira religião. Descendia de Midiã, filho de Abraão e de Quetura. Moisés convidou-o a oferecer sacrifícios ao Senhor, quando ele chegou ao acampamento dos israelitas, como sendo também adorador do mesmo Deus (Êx 18.11,12). Em conformidade ao seu conselho, escolheu Moisés um certo número de anciãos para o auxiliarem no governo e ao mesmo tempo julgarem os casos de pequena importância (Êx 18). Moisés lhe rogou que acompanhasse os israelitas, servindo-lhes de guia, missão que se tornava desnecessária com a arca da aliança (Nm 10.31,33). A hospitalidade que concedeu a Moisés, quando este fugia do Egito para salvar a sua vida, é uma bela demonstração da vida e costumes do oriente. A cordialidade do sacerdote, que se manifestou para com o fugitivo de um modo notável, foi devida ao fato de ter Moisés auxiliado as suas filhas a darem de beber aos animais.
JEÚ
Filho de Hanani, um profeta de Judá (1Rs 16:1, 7; 2Cr 19:2; 2Cr 20:34) que pronunciou a sentença de Deus contra Baasa, rei de Israel.
JEÚS
1) Um levita de entre os filhos de Simei (1Cr 23:10, 11). 2) Filho de Bilã e neto de Benjamim (1Cr 7:10).
JEZABEL
Filha de Etbaal, o rei dos sidônios e mulher de Acabe, o rei de Israel (1Rs 16:31). Esta foi a “primeira vez que um rei de Israel se aliou, por casamento, a uma princesa pagã; e a aliança foi, neste caso, peculiarmente desastrosa. Jezabel tem o seu nome na história como representante de todos aqueles que são maliciosos, astuciosos, vingativos e cruéis. Ela foi a primeira grande instigadora da perseguição contra os santos de Deus. Sem princípios, sem que fosse impelida pelo medo quer a Deus, quer aos homens, apaixonada na sua ligação ao culto pagão, ela não se poupou sues sacrifícios para manter a idolatria à sua volta em todo o seu esplendor. Quatrocentos e cinqüenta profetas ministravam a Baal sob os seus cuidados, para além de quatrocentos profetas dos pequenos bosques (segundo algumas versões, “profetas de Asera”), que comiam à sua mesa (1Rs 18:19). A idolatria também era do tipo mais sensual e baixo”. A sua conduta foi, em muitos aspectos, bastante desastrosa tanto para o reino de Israel, como para o de Judá (1Rs 21:1-29). Com o tempo, ela teve um fim intempestivo. Enquanto Jeú se dirigia para os portões de Jizreel, ela olhou pela janela do seu palácio e disse: ‘Teve paz Zinri, que matou o seu senhor?’ Ele olhou para cima e chamou os seus camareiros, que logo a atiraram da janela, tendo-se ela desfeito no chão, após o que os cavalos dele a atropelaram. Os cães logo a comeram (2Rs 9:7-37), de acordo com as palavras de Elias, o tesbita (1Rs 21:19). O seu nome passou a ser usado como significado de mulher malvada (Ap 2:20). É de notar que se diz que ela foi tia-avó de Dido, o fundador de Cartago.
JEZIEL Filho de Azmavete. Era um dos arqueiros benjamitas que se juntou a Davi em Ziclague (1Cr 12:3).
JEZREEL 1) Nome de um vale. Nos tempos do V.T. Era de grande planície que se situa a Norte da cordilheira do Carmelo e a Sul das montanhas da Galiléia. Este vale foi o cenário do ataque ao acampamento dos amalequitas e midianitas (Jz 6:33). Mais tarde, contudo, o termo “Vale de Jezreel” passou a incluir toda a planície a Norte da cordilheira do Carmelo. Nos tempos helenísticos, esta área chamava-se Planície de Esdraelom. 2) Uma cidade no território de Issacar (Js 19:17, 18). Numa guerra contra os filisteus, Israel acampou junto à fonte de Jezreel (1Sm 29:1, 11). A cidade é especificamente mencionada como pertencendo ao reino de Isbosete, o filho de Saúl (2Sm 2:8, 9). Acabe escolheu a cidade para aí construir um palácio e também para aí residir. Foi em Jezreel que Nabote foi morto, por se recusar a vender a sua vinha ao cobiçoso rei (1Rs 21:1-6). Jesabel perdeu aqui a sua vida, assim como setenta dos filhos de Acabe, cujas cabeças foram depois colocadas em cestos junto à Porta de Jezreel por ordem de Jeú (2Rs 9:30 a 10:11). Oséias profetizou que aquele derramamento de sangue seria vingado na casa de Jeú (Os 1:4). O nome helenístico da cidade e da planície onde a cidade se situava era Esdraelom.
JIM
Cidade no extremo sul de Judá, perto de Edom (Js 15:29).
JISBAQUE
Um dos filhos de Abraão e Quetura (Gn 25:2).
Foi um patriarca na terra de Uz, onde atualmente se encontra a Arábia. Há indícios de que viveu entre os séculos XVII a.C.(1683a.C.) a XVI a.C. (1543a.C.). Nasceram-lhe sete filhos e três filhas (Jó 1:2). Possuía ele sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas, tendo também muitíssima gente ao seu serviço; de modo que este homem era o maior de todos os do Oriente (Jó 1:3). Chegado o dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles. Disse o Senhor a Satanás: “Notaste porventura o meu servo Jó, que ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, que teme a Deus, e se desvia do mal?” (Jó 1:6,8). Satanás, entretanto, desafia a integridade de Jó, e então Deus entrega Jó na mão de Satanás, resultando na tragédia de Jó: a perda instantânea de seus bens, de seus filhos e de sua saúde. Porém, Jó não blasfemou contra Deus, mas ao invés disso, ele se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e, lançando-se em terra, adorou ao Senhor; e disse: “nu saí do ventre da minha mãe, e nu tornarei para lá. Deus me deu, e Deus tirou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:20-21). Deus permitiu que Satanás ferisse Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até o alto da cabeça. (Jó 2:7). E Deus virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos, e o Senhor acrescentou a Jó em dobro a tudo quanto antes possuía de bens materiais, além de vir a ter outros sete filhos e três filhas, e a viver mais cento e quarenta anos, até morrer velho e farto de dias.
JÓ, LIVRO DE
É considerado a obra prima da literatura do movimento de Sabedoria. As inúmeras exegeses presentes neste livro são tentativas clássicas para conciliar a coexistência do mal e de Deus (teodicéia). A época em que se desenrolam os fatos, ou quando este livro foi redigido, é controverso. Existe uma famosa discussão no Talmud a este respeito. A autoria de Jó é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escrito podem se encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor. Os procedimentos, os costumes e o estilo de vida geral do livro de Jó são do período patriarcal (cerca de 2000-1800 a.C.). Apesar dos estudiosos não concordarem quanto à época em que foi compilado, este texto é obviamente o registro de uma tradição oral muito antiga. Aqueles que atribuem o livro a Moisés, acham que a história surgiu lá pelo séc. XV aC. Outros acham que surgiu por volta do séc. II aC. A maior parte dos conservadores atribuem Jó ao período salomônico, pela metade do séc. X aC. A própria Escritura atesta que Jó foi uma pessoa real. Ele é citado em (Gên 46.13; Ezeq 14.14, 14.20 e Tiago 5.11). Jó era um gentio. Acredita-se que era descendente de Naor, irmão de Abraão. Conhecia Deus pelo nome de “Shaddai” - o Todo Poderoso. Ele era um homem rico e levava um estilo de vida semi-nômade. Homem que morava na terra de Uz, no que é agora a Arábia. (Jó 1:1) Deus disse a respeito de Jó: “Não há ninguém igual a ele na terra, homem inculpe e reto, temendo a Deus e desviando-se do mal.” (Jó 1:8) Isto indica que Jó morava em Uz por volta da mesma época em que seus primos distantes, as 12 tribos de Israel, estavam em escravidão na terra do Egito. Já então, José, filho de Jacó (Israel), havia morrido (1657 AEC), depois de ter suportado muitos sofrimentos injustos, mas de ter-se mantido inculpe para com Iavé. Moisés não tinha ainda surgido como profeta de Iavé, para conduzir as 12 tribos de Israel para fora da escravidão no Egito. Atribui-se, em geral, a Moisés a escrita do relato das experiências de Jó. Ele pode ter sabido a respeito de Jó quando passou 40 anos em Midiã, e talvez tenha ouvido falar do resultado final feliz para Jó e da sua morte quando Israel estava perto de Uz, próximo do fim de sua jornada no ermo. Se Moisés completou o livro de Jó por volta da época da entrada de Israel na Terra da Promessa, em 1473 AEC (provavelmente não muito depois da morte de Jó), isto situaria a época da provação de Jó por volta de 1613 AEC, porque Jó ainda viveu 140 anos depois de sua provação. (Jó 42:16, 17). Jó era figura de destaque no portão da cidade, respeitado até mesmo pelos homens idosos e pelos príncipes. (Jó 29:5-11) Ele atuava como juiz imparcial, executando a justiça como defensor das viúvas, e era como que um pai para os meninos órfãos de pai, para os aflitos e para aqueles que não tinham ajudador. (Jó 29:12-17) Ele se mantinha livre da imoralidade, do ganancioso materialismo e da idolatria, e era generoso para com os pobres e os necessitados. (Jó 31:9-28).
JOÁ
1) Filho de Asafe e “escrivão” ou cronista do rei Ezequias (2Rs 18:18, 26, 37). 2) Filho de Asafe e “escrivão” ou cronista do rei Ezequias (2Rs 18:18, 26, 37). 3) Um levita da família de Gerson (1Cr 6:21), provavelmente a mesma pessoas que Etã.
JOABE
Sobrinho de Davi e comandante de seu exército (1 Samuel 14.50). Joabe é conhecido por seu temperamento explosivo e violento, porém, de fidelidade incontestável a Davi. Era filho de Zeruia, irmã de Davi (2 Samuel 2.18), e irmão de Abisai e Asael. Assim como Davi, sua família tinha raízes em Belém (2 Samuel 2.32). Após a morte do rei Saul, Abner, comandante de seu exército, apóia a subida ao trono de Isbosete, filho de Saul. Em batalha, Abner é derrotado pelo exército de Davi. Asael, entretanto, é morto por Abner, ainda que a tenha evitado. Após Isbosete recriminar Abner por causa de haver tomado para si uma concubina de seu pai, Abner busca fazer aliança com Davi, garantindo-lhe apoio para reinar sobre Israel. A ação de Davi é fortemente criticada por Joabe (2 Samuel 3.24,25), talvez por temor de perder seu posto, mas principalmente pelo fato ocorrido com Asael e por não confiar em Abner. Em ocasião futura, Joabe procura Abner e vinga a morte de seu irmão (2 Samuel 3.27). Davi repudia a ação de Joabe e o amaldiçoa (2 Samuel 3.28,29). Na sua tentativa de conquistar a cidade de Jebus (Jerusalém), Davi promete àquele que primeiro ferisse os jebuseus a posição de chefe e comandante, cabendo a Joabe essa proeza (1 Crônicas 11.6). Sua fidelidade a Davi é demonstrada quando Joabe cercou a cidade de Rabá e a tomou. Entretanto, Joabe recusou-se a entrar na cidade antes do rei Davi, a fim de que, subjugando-a, não viesse ele a ser aclamado como o vencedor (2 Samuel 12.26-28).
JOACAZ
Foi o 11º rei de Israel sucedendo a seu pai, o rei Jeú. Reinou durante 17 anos, sucedendo-lhe o filho Joás. Era tão ímpio como os seus predecessores. Porém, Deus, para o castigar, suscitou-lhe dois poderosos inimigos, que foram Hazael e Benadad, rei da Síria. Eles o oprimiram de tal sorte que não pôde arregimentar mais do que 50 cavaleiros e dez mil homens de infantaria. E as suas desgraças o fiz­eram arrepender-se. Converteu-se, fez penitência e morreu em paz. (4 Rs 13).
JOACAZ DE JUDÁ
Foi o 17º rei de Judá. Foi escolhido para suceder seu pai Josias no trono, embora fosse dois anos mais jovem que seu irmão Eliakim. Foi o primeiro rei de Judá a morrer no exílio. Quando seu pai morreu na batalha de Magedo, contra o Faraó Necau, o povo o escolheu para sucedê-lo. Porém, não chegou a ser rei mais do que três meses porque Necau, tornando a passar pela Judéia, descarregou a sua ira sobre Joacaz, a quem prendeu e levou cativo para o Egito, onde morreu. 4 Rs 23, 31.
JOANA
Mulher de um intendente da casa de Herodes Antipas. Livran­do-a Jesus Cristo de um demônio, dedicou-se toda a ele e foi uma das primeiras que publicou sua ressurreição. (Lc 8, 3-24).
JOANÃ
1) Filho de Tobias, um inimigo dos Judeus (Ne 6:18). 2) Mulher de Cusa, o mordomo de Herodes Antipas, tetrarca da Galileia (Lc 8:3). Foi uma das que ministrou ao Senhor e a quem ele apareceu após a sua ressurreição (Lc 8:3; Lc 24:10). 3) Neto de Zorobabel, na linhagem de Cristo (Lc 3:27). É a mesma pessoa que Hananias (1Cr 3:19).
JOÃO
1) O apóstolo, irmão de Tiago, o “Grande” (Mt 4:21; Mt 10:2; Mc 1:19; Mc 3:17; Mc 10:35). Era um dos filhos de Zebedeu (Mt 4:21) e de Salomé (Mt 27:56; Mc 15:40), provavelmente o mais novo, tendo nascido em Betsaida. O seu pai era, aparentemente, um homem rico (Mc 1:20; Lc 5:3; Jó 19:27). Ele foi, sem dúvida, treinado em tudo o que constituia a vulgar educação destinada aos jovens judeus. Quando cresceu, seguiu a profissão de pescador, no Lago da Galiléia. Quando João Baptista começou o seu ministério no deserto da Judéia, João, juntamente com muitos outros, juntou-se a ele e foi profundamente influenciado pelos seus ensinos. Aí ele ouviu o anuncio ‘Eis o Cordeiro de Deus’ e, imediatamente, a convite de Jesus, se tornou num discípulo, sendo contado entre os seus seguidores (Jo 1:36, 37) durante algum tempo. Ele e o seu irmão voltaram, então, para a sua ocupação durante mais algum tempo. Jesus chamou-os novamente (Mt 4:21; Lc 5:1-11) e agora eles deixam tudo, ligando-se permanentemente à companhia dos seus discípulos. Fez parte do circulo mais íntimo (Mt 5:37; Mt 13:3; Mt 17:1; Mt 26:37). Ele foi o discípulo amado. Pelo seu zelo e intensidade de caráter, foi chamado “Boanerges” (Mc 3:17). Mas, este espírito foi domado (Mt 20:20-24; Mc 10:35). Aquando da traição de Jesus, ele e Pedro seguiram Cristo de longe, enquanto que os outros fugiram apressadamente (Jó 18:15). No julgamento, segue Cristo até à câmara do concílio e depois até ao pretório (Jó 18:16, 19, 28), indo também até ao lugar da crucificação (Jó 19:26, 27). É a ele e a Pedro que Maria dá primeiro as novas da ressureição (Jó 20:2) e são eles os primeiros a ver o que tudo aquilo significava. Após sua ressureição, ele e Pedro voltam ao mar da Galiléia, onde o Senhor se lhes revela (Jó 21:1, 7). Após estes acontecimentos, vemos Pedro e João frequentemente juntos (Jó 3:1; Jó 4:13). Aparentemente, João permaneceu em Jerusalém como líder da igreja aí estabelecida (At 15:6; Gl 2:9). A sua história subseqüente não está registrada. Ele não estava em Jerusalém, contudo, no momento da última visita de Paulo (At 21:15-40). Parece que se tinha retirado para Éfeso mas não sabemos em que altura. As sete igrejas da Ásia foram objeto do seu especial cuidado (Ap 1:11). Sofreu perseguições e foi preso em Patmos (Ap 1:9), de onde voltou para Éfeso. Aí morreu provavelmente em 98 d.C., tendo sobrevivido a todos ou quase todos os amigos e companheiros, mesmo os dos seus anos mais maduros. Existem muitas tradições interessantes sobre João, enquanto ele viveu em Éfeso mas a nenhuma se pode atribuir um caráter de verdade histórica. 2) É designado por este nome nos Atos dos Apóstolos (At 12:12, 25; At 13:5, 13; At 15:37). 3) Um que, juntamente com Anás e Caifás, esteve presente no julgamento dos apóstolos Pedro e João (At 4:6). Era familiar do sumo sacerdote.
JOÃO BATISTA
O percursor de Jesus”. Apenas temos narrativas imperfeitas e fragmentadas sobre ele nos Evangelhos. Era descendente de sacerdotes. O seu pai, Zacarias, era um sacerdote da ordem de Abias (1Cr 24:10) e a sua mãe, Isabel, era uma das filhas de Aarão (Lc 1:15). A missão de João foi objeto de uma profecia (Mt 3:3; Is 40:3; Ml 3:1). O seu nascimento, que teve lugar seis meses antes do de Jesus, foi predito por um anjo. Zacarias, privado da fala como prova de que Deus falava a verdade e uma censura à sua própria incredulidade, no que se referia ao nascimento do seu filho, pôde falar novamente por ocasião da sua circuncisão (Lc 1:64). Depois disto, nada mais está registrado sobre ele durante um período de trinta anos e só é mencionado novamente em (Lc 1:80). João era nazireu desde o seu nascimento (Lc 1:15; Nm 6:1-12). Ele passou os seus primeiros anos na região montanhosa de Judá, situada entre Jerusalém e o Mar Morto (Mt 3:1-12). Com o tempo, tornou-se uma figura muito pública e grandes multidões de “todas as origens” se sentiram atraídas por ele. A essência da sua pregação era a necessidade de arrependimento. Denunciou os saduceus e os fariseus como uma “raça de víboras” e avisou-os sobre a loucura de se confiar nos privilégios externos (Lc 3:8). Como pregador, João era eminentemente prático e discriminativo. O amor próprio e a cobiça eram os pecados que permaneciam entre o povo. A eles, no entanto, ele intimou a que fossem caridosos e tivessem consideração pelos outros. Advertiu os publicanos contra a extorção e os soldados contra o crime e a pilhagem. A sua doutrina e modo de vida influenciaram todo o sul da Palestina e pessoas de todos os lados vinham reunir-se no local onde ele se encontrava, nas margens do Rio Jordão. Aí ele batizou milhares de arrependidos. A fama de João chegou aos ouvidos de Jesus, em Nazaré (Mt 3:5) e ele veio da Galiléia até ao Jordão, a fim de ser batizado por João, pois ele era “cheio de justiça”. O ministério especial de João terminou com o batismo de Jesus, que deveria agora “aumentar”, tal como o rei que volta para o seu reino. Contudo, ele continuou por mais algum tempo a dar testemunho da messianidade de Jesus. Ele chamou a atenção dos seus discípulos para Jesus, dizendo: ‘Eis o Cordeiro de Deus’. O seu ministério público terminou repentinamente (após cerca de seis meses de atividade), quando foi encarcerado por Herodes, a quem ele tinha reprovado, por este estar junto com a mulher do seu irmão Filipe (Lc 3:19). Foi encarcerado num dos castelos de Herodes, uma fortaleza na extremidade sul da Peréia, onde foi decapitado. Os seus discípulos, tendo enterrado o corpo, foram contar a Jesus o que acontecera (Mt 14:3-12). A morte de João ocorreu justamente antes da terceira Páscoa do ministério de Jesus. O próprio Jesus testificou que “ele era a candeia que ardia e alumiava” (Jó 5:35).
JOAQUIM
Foi o 18º Rei de Judá. Seu nome, originalmente, era Eliakim ou Eliaquim. Seu nome foi mudado pelo Faraó Neco, quem o constituiu rei. Era filho de Josias e irmão de Joacaz, que foi levado cativo ao Egito pelo mesmo Faraó, tendo Joacaz antecedido Jeoaquim no trono de Judá por três meses. Foi pai de outro Joaquim, também conhecido por Jeconias que o sucedeu. Seu nome é grafado Joaquim na Bíblia de Jerusalém e Jeoaquim na Bíblia Almeida. Por isso não deve ser confundido com Joaquim, 19º rei de Judá, também chamado Jeconias. Enquanto o 18º rei era filho de Zebidá o 19º rei era filho de Neusta Jeoiaquim e iniciou seu reinado aos 18 anos e reinou somente por três meses.
JOÁS
1) Um dos que tinha a seu cargo os tesouros do azeite no reinado de Davi e Salomão (1Cr 27:28). 2) Filho e sucessor de Jeoacaz, rei de Israel (2Rs 14:1; comp. 2Rs 12:1; 2Rs 13:10). Quando ascendeu ao trono, o reino sofria com a invasão dos sírios. Hazael “estava a destruir Israel”. Era um rei que tolerava a adoração aos bezerros de ouro mas parecia manifestar um caráter de sincera devoção ao Deus de seus pais. Tinha grande respeito pelo profeta Eliseu e chorou junto ao seu leito quando ele estava a morrer, dirigindo-lhe as palavras que o próprio Eliseu usara quando Elias foi levado para o céu: “Oh, meu pai, meu pai, os carros de Israel e os seus cavaleiros”. Mais tarde envolveu-se em guerra com Amazias, o rei de Judá (2Cr 25:23,24), que ele derrotou em Bete-Semes, na fronteira de Dã e da terra dos filisteus e, avançando sobre Jerusalém, deitou abaixo uma parte do muro, levando consigo os tesouros do templo e do palácio. Morreu pouco depois (825 a.C.) e foi enterrado em Samaria (2Rs 14:1-17,19,20). Sucedeu-lhe o seu filho. 3) Uma forma contraída de Jeoás, o pai de Gideão (Jz 6:11,29; Jz 8:13,29,32). 4) Filho do rei Acazias. Sendo ainda criança, foi salvo, pela sua tia Jeosabeate, do massacre geral da sua família e foi, aparentemente, o único sobrevivente, descendente de Salomão (2Cr 22:10-12). O seu tio, o sumo sacerdote Joiada, deu-o a conhecer ao povo quando ele tinha oito anos e coroou-o, ungindo-o como rei de Judá, através das habituais cerimônias. Atália foi apanhada de surpresa, quando ouviu o povo gritar: “Viva o rei” e, quando ela foi ao templo, Joiada mandou que fosse morta (2Rs 11:13-20). Enquanto o sumo sacerdote viveu, Joás favoreceu a adoração a Deus e observou a lei; mas com a sua morte, o rei andou pelos caminhos maus e o país encheu-se de idolatria. Zacarias, o filho e sucessor do sumo sacerdote, foi morto. Estes maus atos trouxeram sobre o país o julgamento de Deus e o povo foi oprimido pelos invasores sírios. É um dos reis que Mateus omite (2Rs 1:8) da genealogia de Cristo, sendo os outros dois Acazias e Amasias. Foi sepultado na Cidade de Davi (2Rs 12:21).
JOATÃO
Foi o 70.º filho de Gideão. Jotão contou aos moradores de Siquém, na Tribo de Efraim, uma fábula sobre as plantas que procuravam um rei. Contando a fábula, ele quis pôr ênfase na inutilidade de tirania. (Juízes 9).
JOBABE
1) Filho de Joctã. (Gn 10:29). 2)Morreu Belá, e, em seu lugar, reinou Jobabe, filho de Zerá, de Bozra. (Gn 36:33,34). 3)Tendo Jabim, rei de Hazor, ouvido isto, enviou mensageiros a Jobabe rei de Madom, e ao rei Sinrom, e ao rei Acsafe (Josué 11:1). 4)  Filho de Epaal (I Crônicas 8:18).
JOCADEB
Foi esposa de Amrão e mãe de Aarão, de Moisés e de Míriam. (Êx 6, 20).
JOCDEÃO
Um rei cananeu (Js 11:1) que se juntou à confederação contra Josué.
JOCSÃ
Segundo filho de Abraão e Quetura (Gn 25:2, 3; 1Cr 1:32).
JOCTÃ
O segundo dos dois filhos de Eber (Gn 10:25; 1Cr 1:19). Existe uma tradição que diz que Joctã foi o progenitor de todas as tribos mais puras da Arábia Central e do Sul.
JOCTEEL
Cidade em Judá, perto de Laquis (Js 15:38).
JOEL
1) Um dos dois filhos de Samuel, o mais velho. Ambos foram nomeados por ele como juizes em Berseba (1Sm 8:2). 2) Um levita da família de Gerson (1Cr 15:7, 11). 3) Um dos famosos guerreiros de Davi (1Cr 11:38). 4) Um descendente de Rúben (1Cr 5:4, 8). O segundo dos doze profetas menores. Era filho de Petuel. Da sua história pessoal só é conhecido o que está escrito no seu livro.
JOEL, LIVRO DE
É a obra que tem o nome do profeta, e encerra a sua mensagem (Joel 1 a 3). A data do livro de Joel tem sido muito discutida. A sua profecia menciona, entre os inimigos do país, os fenícios (3.4), os edomitas, e os egípcios (3.19), não fazendo referência alguma aos assírios ou aos babilônios, o que mostra claramente que ele escreveu, ou antes de estas potências se terem tornado formidáveis, ou depois de o terem sido. Por conseqüência, ele deve colocar-se entre os primeiros profetas ou entre os últimos, sendo mais geralmente aceita, e com visos de correta, a primeira idéia. A mensagem de Joel mostra que ele existiu em um tempo em que o povo de Judá não tinha ainda caído naquela extrema depravação, de tempos posteriores. Por estas razões, talvez, se possa precisar o período do seu ministério entre os reinados de Joás e Uzias. Foi contemporâneo de Oséias e Amós - e assim como estes falaram a Israel, assim Joel falou a Judá, os assuntos do livro podem dividir-se em duas partes, começando a segunda em 2.18. Em 1 a 2.11 o profeta descreve, com vivas expressões, uma iminente devastação, a vinda de sucessivos exércitos de gafanhotos (1.4), e uma terrível seca (vers 1 a 19), querendo, provavelmente, representar desta forma as calamidades que vieram com as diferentes invasões. Ele então exorta ao arrependimento, ao jejum, e à oração (2.12 a 17), prometendo a remoção destes males, e a vinda de ricas bênçãos. Ao mesmo tempo anuncia o derramamento do Espírito Santo (2.18 a 31 - At 2.1 a 21, e 10.41), e o ‘terrível dia do Senhor’ (2.31 a 3.14 - Mt 24.29). No cap. 3 prediz o profeta a convocação das nações no vale de Josafá, ou vale da decisão, a sua destruição, o estabelecimento de Jerusalém como cidade santa, e o glorioso estado de paz e prosperidade, de que havia de gozar a igreja nos dias do Messias. As anunciadas desgraças no primeiro capítulo são evidentemente literais, e estão descritas na mais terrível forma de calamidade que pode ferir um povo agrícola. É questionável se também no segundo capítulo persiste a mesma interpretação - ou se a praga de gafanhotos é simbolicamente tomada por uma invasão de inimigos (Ap 9.3 a 11), ou por diversas e repetidas invasões como as de Tiglate-Pileser, Salmaneser, Senaqueribe e Nabucodonozor. Talvez haja mesmo referência à subjugação do país, em tempos futuros, outras interpretações são a combinação destes pontos de vista - e consideram aquela profecia uma descrição literal e figurada de iminentes calamidades em geral. o ‘gafanhoto’ é de certo modo, usado nas Escrituras, umas vezes no sentido próprio, outras simbolicamente - e no segundo capítulo empregam-se expressões que parecem ter uma dupla significação, como as usadas mais tarde por Jesus Cristo (Mt 24), quando alude a uma primeira provação, e também à última. Efetivamente, assim como todos os grandiosos e divinos livramentos prefiguram a redenção por meio do sacrifício na Cruz, assim também as grandes e calamitosas visitações são uma figura do dia de Juízo. o estilo de Joel é claro e elegante, sendo apenas obscuro para o fim. A dupla destruição anunciada nos caps. 1 a 2.11, a primeira efetuada pelos gafanhotos e a segunda pelos inimigos de quem eram precursores, está descrita em termos que são admiravelmente adaptados ao duplicado caráter da narração. Quanto aos livros do A.T., está Amós em relação com Joel no sentido de ter Joel (3.16) fornecido a nota tônica a Amós nas palavras do cap. 1.2. No N.T. lê-se que Pedro, no dia de Pentecoste, citou a predição de Joel, concernente aos ‘últimos dias’ (2.28 a 32), como realizada no dom do Espírito Santo (At 2.17 a 21). As palavras com que esta profecia fecha são citadas por Paulo (Rm 10.13). Do gafanhoto, como símbolo de um exército destruidor, cap. 1 e 2, se faz menção no (Ap 9.7 a 9).
JOELA
Um benjamita que se juntou a Davi em Ziclague (1Cr 12:7).
JOGBEÁ
Uma cidade fortificada de Gade (Nm 32:35; Jz 8:11)
JOIADA
l) Era o pai de Benaia (2 Sm 8.18), e o principal dos 3.700 sacerdotes, que se juntaram a Davi em Ziclague (1 Cr 12.27). 2) Foi o sucessor de Azarias no sumo sacerdócio, e o marido de Jeosabeate, filha de Jeorão, e irmã do rei Acazias (2 Cr 22.11). Auxiliado por sua mulher, ele livrou da morte a Joás, filho do rei Jeorão, o qual tinha apenas um ano de idade, e o ocultou no templo. Passados sete anos foi Joás proclamado rei, e morta a sanguinária Atalia (2 Rs 11,12 - 2 Cr 23,24). Durante a vida do sumo sacerdote Joiada, seguindo Joás os seus conselhos, tudo corria bem. Joiada formou o desígnio de reparar o templo, e para este fim obteve consideráveis quantias nas diversas cidades de Judá. Todavia, os levitas levantaram certas dificuldades - e foi só quando o rei chegou à idade de poder cooperar com o libertador, que ele conseguiu pôr em prática os seus planos (2 Rs 12.7,9 - 2 Cr 24.5 e seg.). Joiada conservou o seu cargo de sumo sacerdote em alta veneração. Quando apresentou Joás ao povo, e o proclamou rei, ele só permitiu que entrassem no templo os levitas para oficiarem. E também não quis que a idólatra Atalia fosse morta dentro da casa do Senhor. Ele destruiu o altar e o templo de Baal, sendo mortos os seus sacerdotes. Morreu Joiada na idade de 130 anos, e pelos seus serviços foi sepultado na cidade de Davi entre os reis de Judá. Sucedeu-lhe no alto cargo sacerdotal seu filho Zacarias (2 Cr 24.20). Em (Jr 29.26) é ele considerado como o tipo do sacerdote fiel. 3. Aparentemente filho de Benaia, e um dos principais conselheiros de Davi - mas pensam muitos que as palavras deviam ser Benaia, filho de Joiada, como está na outra passagem (1 Cr 27.34). 4. indivíduo que ajudou a reparar uma das portas de Jerusalém (Ne 3.6).
JOIO
Na parábola do joio (Mateus 13:24-30), um homem plantou sementes no seu campo mas o inimigo plantou joio no mesmo campo. Uma vez que o trigo e o joio começaram a crescer juntos, os servos sugeriram que arrancassem o joio. O dono da casa não os deixou tirar o joio. Ele deixou o joio crescer junto com o trigo até a colheita, quando o trigo foi recolhido e o joio foi queimado. Algumas pessoas ensinam que esta parábola fala sobre a igreja, mostrando que os pecadores convivem com os fiéis na igreja, aguardando o julgamento final de Deus. Mas tal interpretação contradiz a palavra do Senhor. O próprio Jesus explicou a parábola, dizendo que “o campo é o mundo” (Mateus 13:38). No mundo, os servos dele convivem com os pecadores. Ele orou sobre os apóstolos: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou” (João 17:15-16). Embora os servos dele sejam santificados, não podem sair do mundo.
JONADABE
1) Sobrinho de Davi e primo de Amnom, a quem deu o fatal conselho (2 Sm 13.3 e seg.). 2) Filho de Recabe (Jr 35.6 a 19), os recabitas eram uma família de queneus (1 Cr 2.55), que descendiam provavelmente do sogro de Moisés (Jz 1.16). Supõe-se que Jonadabe foi o chefe da tribo no reinado de Jeú, sendo tido em alta estima pela sua sabedoria e piedade (2 Rs 10.15). Foi, pois, de grande importância para Jeú ter a aprovação pública de Jonadabe, na mortandade dos adoradores de Baal, o fato de ter o povo observado abnegadamente as suas prescrições, durante um período de quase 300 anos, é recordado para censurar os israelitas, que tantas vezes transgrediram as leis do Senhor - e por isso, sobre o povo de Israel é proferida uma maldição, ao passo que uma benção é lançada sobre os recabitas, o caráter de Jonadabe nos dá a entender que os seus preceitos com referência a casas, vinho, etc. tinham por fim livrar o povo da vida luxuosa, que enfraquecia e rebaixava os hebreus (Jr 35.7).
JOIAQUIM
Um sumo sacerdote, filho e sucessor de Jesua (Ne 12:10, 12, 26).
JOIARIBE
Um descendente de Judá (Ne 11:5).
JONAS
1) Filho de Amitai, de Gate-Hefer. Era profeta de Israel e predisse a restauração das antigas fronteiras (2Rs 14:25-27) do reino. Exerceu o seu ministério nos primeiros anos do reinado de Jeroboão II, sendo, assim, contemporâneo de Oséias e Amós; ou talvez os tenha precedido, sendo, consequentemente, o mais velho de todos os profetas de quem possuímos agora os escritos. A sua vida pessoas vem descrita principalmente no livro com o seu nome. É especialmente interessante por causa do seu duplo caráter: 1) como missionário que se dirigiu à idólatra Niníve e 2) como um tipo do “Filho do homem”. 2) Pai dos apóstolos Pedro e André (Jó 21:15-17); mas deveria ler-se (também em Jó 1:42) e tal como aparece na Versão Revista, “João”, em vez de Jonas.
JONAS, LIVRO DE
O autor deste livro tem sido identificado com aquele Jonas, de que se faz menção em 2 Rs 14.25. Mas, por outro lado, alguns críticos modernos recusam-se a considerar a obra como uma narração de fatos, julgando-a apenas um conto religioso, preparado com fins edificantes depois do exílio. isto, porém, não se harmoniza com as referências de Jesus a Jonas. Este livro, à exceção do cap. 24, contém uma simples narrativa. Conta que Jonas, tendo sido enviado, no cumprimento de uma missão, a Nínive, procurou fugir para Társis - mas, sendo surpreendido por uma tempestade, é lançado ao mar, sendo engolido por um grande peixe, em cujo ventre permaneceu pelo espaço de três dias (cap. 1º), no fim dos quais, pela sua oração fervorosa a Deus, é maravilhosamente salvo (cap. 2). Como Deus novamente o mandasse a Nínive, ele para ali partiu, e anunciou àquela cidade a sua destruição - mas os ninivitas, acreditando nas suas palavras, jejuam, oram, e arrependem-se, por isso são misericordiosamente poupados (cap. 3). Jonas, imaginando que o haviam de considerar um falso profeta, desgosta-se daquele ato de divina misericórdia, e deseja morrer. Quando deixou a cidade, sentou-se, e uma aboboreira o abriga, mas essa planta seca em pouco tempo, pelo que Jonas se entristece. E então Deus lhe faz ver, naquele fato, quanta razão havia na Sua suprema bondade para com os ninivitas arrependidos (cap. 4). Considera-se difícil de resolver a questão do caráter histórico do livro. É certo, porém, que a existência e o ministério do profeta, juntamente com os principais fatos da sua vida, são referidos por Jesus Cristo (Mt 12.39 a 41, e 16.4 - Lc 11.29,30), que não somente reconhece de um modo explícito a missão profética de Jonas, mas também em Mt 12.40 (embora seja possível ser isto apenas um comentário do Evangelista) descreve a sua estada no ventre do monstro marinho, indicativo de outro fato análogo, que havia de dar-se com Ele próprio. E depois de aludir à pregação do profeta em Nínive, e ao arrependimento dos seus habitantes, tem esta expressão: ‘Eis aqui está quem é maior do que Jonas.’ Toda a narrativa apresenta, também, o mais comovente contraste entre a terna misericórdia de Deus e a rebelião, impaciência e egoísmo do Seu servo, bem como entre a facilidade com que se arrependeram os ninivitas pela pregação de um profeta que os visitou como estrangeiro, e a dureza que os israelitas mostraram para com os servos do Senhor, que entre eles viviam e trabalhavam. Mas, indubitavelmente, o grande propósito do livro foi ensinar aos israelitas que a compaixão de Deus não se limitava a eles próprios, mas se estendia aos homens de todas as nações.
JÔNATAS
1) Um levita que ensinou a lei ao povo de Judá (2Cr 17:8). 2) Filho de Simei, sobrinho de Davi e também um dos seus principais guerreiros (2Sm 21:21). Matou um gigante em Gate. 3) Um levita descendente de Gerson (Jz 18:30). A sua história está registada em (Jz 17:7-13 e Jz 18:30). O seu nome foi mudado para Manassés, “a fim de ocultar do grande legislador a desonra de se ter entre os seus descendentes mais próximos, um apóstata”. Ele tornou-se num sacerdote do ídolo que estava em Dã e este ministério continuou na sua família até ao cativeiro. 4) O filho mais velho de Saúl e amigo do peito de Davi. Ele é mencionado pela primeira vez quando tinha 30 anos, algum tempo depois de o seu pai ascender ao trono (1Sm 13:2). Tal como o seu pai, ele era um homem de grande força e ação (2Sm 1:23), assim como um excelente arqueiro e fundibulário (1Cr 12:2; 2Sm 1:22). O afeto que existia entre ele e o seu pai foi interrompido quando a insanidade Saúl se tornou mais evidente. Com o tempo e “com uma raiva feroz”, ele deixou o seu pai e juntou-se à causa de Davi (1Sm 20:34). Após uma carreira cheia de incidentes, interligada, em grande medida, com a de Davi, ele morreu juntamente com o seu pai e irmãos na batalha de Gilboa (1Sm 31:2, 8). Foi sepultado primeiro em Jabes-Gileade mas foi depois transferido para Zela, em Benjamim, juntamente com o seu pai (2Sm 21:12-14). A sua morte deu origem à famosa elegia de Davi, o “Cântico do Arco” (2Sm 1:17-27). Deixou um filho de cinco anos, Meribe-Baal ou Mefibosete, (2Sm 4:4; comp. 1Cr 8:34). 5) Filho do sumo sacerdote Abiatar e um dos que se juntou a Davi, na altura da rebelião de Absalão (2Sm 15:27, 36). Ele é o último descendente de Eli.
JOPE
Nas Cartas de Amarna, um século mais tarde, como Yapu. Em inscrições fenícias como Ypy. Gr. Ioppe. Uma antiga cidade cananéia na fronteira da tribo de Dã (Js 19:46) mas aparentemente nunca ocupada pelos israelitas nos tempos do VT. Sendo o único porto situado entre o Egito e a cordilheira do Carmelo, a menos que Dor seja incluída na contagem, era de grande importância para a Palestina. Situava-se cerca de 55 km a noroeste de Jerusalém. Os cedros do Líbano usados na construção do templo de Salomão e do templo de Zorobabel chegaram à Palestina através deste porto (2Cr 2:16; Ed 3:7). Foi lá que o profeta Jonas, fugindo da ordem de Deus, embarcou num navio que se dirigia para Tarsis, provavelmente em Espanha (Jn 1:3). Jope passou para o controlo dos judeus, provavelmente pela primeira vez através dos macabeus, que instalaram alguns judeus na cidade. Alargaram o porto e fortaleceram as fortificações (I Mac 10:72, 75; I Mac 12:33, 34; I Mac 14:5, 34). Pompeu transformou-a numa cidade semi-livre em 63 AC mas César devolveu-a aos judeus. No tempo de Herodes, tornou-se na fortaleza de um bairro judaico ortodoxo. Quando eclodiu a rebelião judaica em 66 DC, os judeus de Jope mostraram tamanha oposição fanática contra os romanos, que Cestius Gallus massacrou mais de 8000 dentre eles. Embora a cidade tenha recuperado desta catástrofe, foi completamente destruída por Vespasiano um pouco mais tarde. O cristianismo entrou cedo em Jope. Esta era a cidade natal de Tabita, ou Dorcas, uma grande benfeitora dos pobres. Quando ela morreu, Pedro ressuscitou-a e “muitos creram” na mensagem do apóstolo (At 9:36-42). Pedro permaneceu na cidade durante algum tempo, na casa de Simão, o curtidor e teve uma visão que lhe mostrou que o Evangelho deveria ser pregado também aos gentios, não se devendo fazer distinção entre judeus e gentios (At 10:5-48). Jope, agora conhecida por Jafa, é atualmente uma seção das cidades gêmeas de Tel Aviv-Jafa, com uma população combinada de 384.000 pessoas (1970), sendo, por isso, a maior cidade do Estado de Israel. O monte contendo as ruínas da antiga Jope situa-se a Este do porto turco. As escavações, conduzidas por J. Kaplan desde 1955, puseram a descoberto ruínas de fortificações e casas de todos os períodos desde o 3º milênio AC até aos tempos islâmicos. De especial interesse são as ruínas das fortificações do período patriarcal, construídas pelos Hiksos e uma porta da altura em que Jope era controlada pelos egípcios, no tempo de Ramsés II.
JOQUEBEDE
Mulher de Anrão e mãe de Mirian, Aarão, e Moisés (Nm 26:59). Diz-se que era irmã de Coate, o pai de Anrão (Ex 6:29; comp. 16, 18; Ex 2:1-10).
JORÃO
1) Um sacerdote enviado por Josafá, para instruir o povo de Judá (2Cr 17:8). 2) Um levita da família de Gerson (1Cr 26:25). 3) O filho mais velho e sucessor de Josafá, rei de Judá. Reinou entre 854 e 841 a.C. sozinho como rei de Judá, tendo anteriormente estado associado ao seu pai (2Cr 21:5,20; 2Rs 8:16). A sua mulher foi Atália, a filha de Acabe e Jezabel. A sua filha Jeosabeate casou com o sumo sacerdote Joiada. Caiu em grande idolatria, trazendo sobre ele e sobre o seu reino a fúria de Jeová. Os edomitas revoltaram-se contra ele e os filisteus, os árabes e os cusitas invadiram o país, levando consigo grandes despojos, assim como as mulheres e os filhos de Jorão, com excepção de Acazias. Teve uma morte violenta, morrendo de uma doença terrível, tendo-lhe sido recusado um lugar no sepulcro dos reis (2Rs 8:16-24; 2Cr 21).
JORDÃO, RIO
Rio formado por três nascentes (Bânias, Dã e Hasban) que jorram aos pés do monte Hermon. Entra no lago de Genesaré (208 m abaixo do Mediterrâneo). Saindo do lago, atinge o mar Morto (a 394 m abaixo do nível do mar), 110 km ao sul, depois de percorrer 320 km de sinuosas curvas. No trajeto recebe alguns afluentes, como o Jarmuque e o Jaboque pela margem oriental. Embora não muito largo, são poucos os vaus que permitem atravessá-lo a pé.
JORNALEIRO
Trabalhador contratado por um tempo limitado (Jb 7:1; Jb 14:6; Mc 1:20). O seu salário era pago assim que o seu trabalho acabava (Lv 19:13). No tempo do Nosso Senhor, o salário de um dia era uma moeda de um dinheiro, ou seja, um denário romano (Mt 20:1-14).
JOSABAD
Esposa do Sumo Sacerdote, Jojada, mencionada em (4 Rs 11, 12).
JOSAFÁ
Um vale mencionado em (Jl 3:2, 12), sendo o lugar onde Deus reuniria as nações para a julgar. No tempo de Eusébio (século IV D.C.), o termo era aplicado ao Vale de Quidrom, que se situa entre Jerusalém e o Monte das Oliveiras. Contudo, não existem provas de que este vale tenha alguma vez sido chamado “vale de Josafá” nos tempos antigos. Uma vez que Josafá significa “Jeová julga”, ou “Jeová tem julgado”, Joel utilizou o termo para designar o modo de proceder de Deus para com os inimigos do antigo Israel. Estes textos também têm sido aplicados ao julgamento final que Deus efetuará.
JOSAFÁ
Filho e sucessor de Asa, rei de Judá. Depois que fortificou o seu reino contra Israel (2Cr 17:1, 2), predispôs-se a limpar o país de toda a idolatria (1Rs 22:43). No terceiro ano do seu reinado, enviou sacerdotes pelo país, a fim de instruírem o povo na lei (2Cr 17:7-9). Gozou de grande medida de paz e prosperidade, sendo o povo abençoado por Deus “nos seus cestos e nos seus depósitos”. O grande erro do seu reinado foi a aliança que fez com Acabe, rei de Israel, que o envolveu em desgraça e trouxe grande desastre ao seu reino (1Rs 22:1-33). Escapando de uma batalha sangrenta em Ramote-Gileade, o profeta Jeú (2Cr 19:1-3) saiu-lhe ao encontro para lhe falar da causa que ele vinha prosseguindo, pelo que ele voltou ao seu anterior caminho de oposição a toda a idolatria e profundo interesse pela adoração a Deus e pelo reto governo do povo (2Cr 19:4-11). Mais uma vez, ele fez uma aliança com Acazias, o rei de Israel, com o propósito de estabelecer comércio marítimo com Ofir. Mas a frota que estava já equipada em Eziom-Geber, rapidamente se quebrou. Foi, então, criada uma nova frota, sem a cooperação do rei de Israel e embora tivesse sido bem sucedido, aquele negócio não seguiu em frente (2Cr 20:35-37; 1Rs 22:48, 49). Depois, juntou-se a Jorão, rei de Israel, na guerra contra os moabitas, que eram tributários de Israel. A guerra foi bem sucedida. Os moabitas foram subjugados, mas o terrível ato de Messa, ao oferecer o seu próprio filho em sacrifício nos muros de Quir-Haresete, perante os exércitos de Israel, encheu-o de horror e ele retirou-se, voltando para o seu país (2Rs 3:4-27). O último incidente mais notável do seu reinado está registrado em 2Cr 20. Os moabitas formaram uma grande e poderosa confederação com as nações vizinhas e vieram contra Josafá. As forças aliadas estavam acampadas em Engedi. O rei e o seu povo ficaram alarmados e voltaram-se para Deus em oração. O rei orou no pátio do templo: “Oh, nosso Deus, não o julgarás Tu? Pois nós não temos poder contra esta grande companhia que veio contra nós”. Por entre o silêncio que se seguiu, a voz de Jaaziel, o levita, foi ouvida, anunciando que, no dia seguinte, toda aquela grande hoste seria derrotada. E assim foi, pois eles debateram-se entre si, matando-se uns aos outros e deixando que o povo de Judá apenas recolhesse os despojos. Tudo aquilo foi reconhecido como uma grande salvação vinda de Deus (890 a.C.). Pouco tempo depois, Josafá morreu, após um reinado de 25 anos, com a idade de 60 anos, tendo-lhe sucedido o seu filho Jorão (1Rs 22:50). Dele foi testemunhado que “buscou ao Senhor com todo o seu coração” (2Cr 22:9). O reino de Judá nunca foi tão próspero como no seu tempo.
JOSÉ
1) Natural de Arimatéia, provavelmente a Ramá do Velho Testamento (1Sm 1:19). Era um homem rico e membro do Sinédrio (Mt 27:57; Lc 23:50). Era um “conselheiro honrado, que esperava o reino de Deus”. Assim que ouviu as novas da morte de Jesus, ele “foi com ousadia” (Lit. “tendo reunido toda a sua coragem, ele foi”) “ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus”. Pilatos, tendo-se certificado de que Jesus realmente estava morto, concedeu a José o que ele pedira. Imediatamente ele foi comprar um pano de linho fino (Mc 15:46) e seguiu para o Gólgota, a fim de tirar o corpo da cruz. Ali, ajudado por Nicodemos, ele desceu o corpo, embrulhou-o no pano de linho fino e aspergiu-o com a mirra e o aloés que Nicodemos trouxera (Jó 19:39), tendo-o depois transportado para o túmulo talhado, pelo próprio José, numa rocha perto do seu jardim. Aí o deixaram, no que foram acompanhados por Maria Madalena; Maria, a mãe de José e outras mulheres, fazendo rolar uma grande pedra até à entrada do sepulcro, pelo que, depois, partiram (Lc 23:53, 55). Isto foi feito apressadamente, “pois o Sábado chegava” (Is 53:9). 2) De sobrenome Barsabás (At 1:23); também chamado justo. Foi um dos que “conviveram com os apóstolos todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre eles” (At 1:21) e foi um dos candidatos ao lugar de Judas. 3) O filho mais velho de Jacó e Raquel (Gn 30:23, 24) que, quando ele nasceu, disse: “Deus tirou de mim a minha vergonha”. “O Senhor me acrescente outro filho” (Gn 30:24). José teria cerca de seis anos quando o seu pai deixou Harã e se dirigiu para Canaã, passando a morar na velha cidade patriarcal de Hebrom. “E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos porque era filho da sua velhice” e ele “fez-lhe uma túnica de várias cores” (Gn 37:3), um vestido comprido tal como usavam as crianças nobres. Esta parece ser a tradução correta. A frase, no entanto, pode também significar “um casaco de várias peças”, i.e., uma obra feita de muitos pequenos peças de diversas cores. Quando tinha cerca de 17 anos, os irmãos de José começaram a sentir um ódio invejoso por ele (Gn 37:4). Eles “aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente”. Esta fúria tornou-se maior quando ele começou a contar-lhes os seus sonhos (Gn 37:11). Jacó desejando ter notícias dos seus filhos, que estavam em Siquém com os seus rebanhos, a cerca de 112 Km de Hebrom, enviou José como seu mensageiro, a fim de saber como eles estavam. José descobriu que eles tinham deixado Siquém e se tinham dirigido para Dotã, pelo que os seguiu. Mal o viram chegar, os irmãos começaram a arquitetar algo contra ele e tê-lo-iam mesmo morto, se Rúben não tivesse intervindo a seu favor. Acabaram por vendê-lo a um grupo de comerciantes ismaelitas, por vinte peças (siclos) de prata, dez peças menos do que o valor de um escravo, pois “pouco se importavam com o que recebessem, desde que se livrassem dele”. Estes comerciantes levavam várias mercadorias para o mercado egípcio e assim o levaram também para lá, acabando por vendê-lo como escravo, a Potifar, “um eunuco de Faraó e capitão da guarda” (Gn 37:36). “O Senhor abençoou a casa daquele egípcio por causa de José” e Potifar fê-lo administrador da sua casa. Por causa de uma falsa acusação por parte da mulher de Potifar, este mandou-o para a prisão (39; 40), onde José permaneceu durante, pelo menos, dois anos. Algum tempo depois, o “copeiro-mor” e o “padeiro-mor” de Faraó foram para a mesma prisão onde estava José (Gn 40:2). Ambos os prisioneiros tiveram um sonho na mesma noite, os quais José interpretou, tendo acontecido exactamente o que dissera que aconteceria. Isto fez com que José fosse lembrado pelo copeiro-mor, quando Faraó teve também um sonho. Por sua sugestão, José foi trazido à presença do rei, a fim de interpretar também o seu sonho. Faraó ficou satisfeito com a sabedoria de José para interpretar o seu sonho e com o conselho que ele lhe deu relativamente aos acontecimentos preditos; pô-lo, então, sobre toda a terra do Egito (Gn 41:46), dando-lhe o nome de Zefenate-Paneia. José casou com Asenate, a filha do sacerdote de Om, tornando-se, assim, num membro da classe sacerdotal. José tinha agora trinta anos. Tal como José predissera, vieram sete anos de fartura, durante os quais ele armazenou uma grande quantidade de trigo em celeiros construídos para esse fim. A estes sete anos, seguiram-se sete anos de fome “sobre toda a face da terra” e “todos os povos vieram até ao Egito comprar trigo a José” (Gn 41:56, 57; Gn 47:13, 14). Assim “José recolheu todo o dinheiro que se achou na terra do Egito e na terra de Canaã, pelo trigo que compravam”. Depois, toda a terra, todo o gado e, por fim, os próprios egípcios, tornaram-se propriedade de Faraó. Durante este período de fome, os irmãos de José também vieram ao Egito comprar trigo. A história do seu comportamento para com eles e da maneira como se deu a conhecer é uma das mais interessantes narrativas que podem ser lidas (Gn 42-45). José pediu aos seus irmãos que regressassem e trouxessem o seu pai e a sua família para a terra do Egito, dizendo: “Eu vos darei o melhor da terra do Egito e comereis a fartura da terra. E não vos pese coisa alguma das vossas alfaias porque o melhor de toda a terra do Egito será vosso”. Assim, Jacó e a sua família, setenta almas ao todo, juntamente com “tudo o que possuíam”, se dirigiu ao Egito. Instalaram-se na terra de Gosen, onde José se encontrou com o seu pai e “se lançou ao seu pescoço e chorou sobre o seu pescoço longo tempo” (Gn 46:29). As escavações do Dr Navill mostraram que a terra de Gosen é Wady Tumilat, situada entre Ismailia e Zagzig, em Gosen (a Qosem egípcia). Eles aí encontraram boas pastagens para os seus rebanhos. Era uma terra situada perto da fronteira asiática do Egito e a família de Jacó ficava, desse modo, afastada do povo egípcio. Existe uma inscrição que diz que aquele foi um distrito atribuído aos pastores nómadas da Ásia. Jacó acabou por morrer e no cumprimenro de uma promessa que ele tinha reclamado, José foi até Canaã para sepultar o seu pai na “cova que está no campo de Efrom, o heteu” (Gn 47:29, 31; Gn 50:1-14). Esta foi a última coisa que José fez e que está registada. José, depois, voltou para o Egito. ‘A História de Dois Irmãos’, um romance egípcio escrito pelo filho de Faraó, o da opressão, contém um episódio muito similar ao do registo bíblico relativamente ao modo como José foi tratado pela mulher de Potifar. Potifar e Potifera são uma tradução dos nomes egípcios Pa-Tu-Pa-Ra, “a oferta do deus sol”. O nome dado a José, Zafenate-Paneia, é provavelmente o nome egípcio Zaf-Nti-Pa-Ankh, “o que alimenta aquele que vive”, i.e., o Faraó. Existem muitos exemplos de inscrições de estrangeiros no Egito que receberam nomes egípcios e que atingiram altos cargos. José e Asenate tiveram dois filhos - Manassés e Efraim (Gn 41:50). José fez com que os seus irmãos prometessem que, quando Deus “lhes desse a terra que prometera a Abraão, a Isaque e a Jacó”, eles levariam o seu corpo com eles. José morreu com a idade de 110 anos; e “eles o embalsamaram e o colocaram num caixão” (Gn 50:26). A promessa foi fielmente cumprida. Os seus descendentes, muito tempo depois, quando se deu o Êxodo, levaram o seu corpo com eles durante os quarenta anos de vagueações pelo deserto e sepultaram-no no pedaço de terra que Jacó comprara aos filhos de Hamor (Js 24:32; Gn 33:19). Com a morte de José, a era patriarcal da história de Israel chegou ao fim. O Faraó do tempo de José foi, provavelmente, Apepi, ou Apopis, o último dos reis Hiksos. Alguns, no entanto, pensam que José veio para o Egito no reinado de Totmes II, muito depois da expulsão dos Hiksos. O nome de José pode querer significar as duas tribos de Manassés e Efraim (Dt 33:13,17); o reino de Israel (Ez 37:16,19 e Am 5:6) e todo o povo do concerto (Sl 81:4). 4) Um dos filhos de Asaf, chefe da primeira divisão de músicos sagrados (1Cr 25:2, 9). 5) Filho de Judá e pai de Simei (Lc 3:26). Outras duas pessoas com o mesmo nome, de entre os antepassados de Cristo, são também mencionadas (Lc 3:24, 30). 6) O pai adotivo de Jesus (Mt 1:16; Lc 3:23). Vivia em Nazaré, na Galiléia (Lc 2:4). É chamado um “homem justo”. Era carpinteiro (Mt 13:55). A última vez que é mencionado, é relacionado com a viagem a Jerusalém quando Jesus tinha doze anos. É possível que tenha morrido antes de Jesus iniciar o seu ministério público. Pode-se concluir isto do fato de somente Maria estar presente na festa de casamento em Caná da Galiléia. O seu nome não aparece relacionado com as cenas da crucificação, juntamente com o de Maria (Jó 19:25).
JOSIAS
Filho de Amom e seu sucessor no trono de Judá (2Rs 22:1; 2Cr 34:1). A sua história está registrada em 2Rs 22 e 23. Ele é o primeiro entre todos os reis da linhagem de Davi a demonstrar com firmeza a sua lealadade para com Deus (2Rs 23:25). Ele “fez o que era reto aos olhos do Senhor e andou nos caminhos de Davi, seu pai”. Ascendeu ao trono com oito anos e parece que somente oito anos depois é que ele começou a “seguir os caminhos do Deus de Davi, seu pai”. Com essa idade, Josias entregou-se a Deus. Distinguiu-se por iniciar uma guerra de extermínio contra a idolatria prevalecente, que praticamente se tornara na religião estatal durante cerca de setenta anos (2Cr 34:3; Jr 25:3, 11, 29). No 18º ano do seu reinado, ele decidiu reparar e embelezar o templo que, com o tempo e a violência, ficara extremamente danificado (2Rs 22:3, 5, 6; 2Rs 23:23; 2Cr 34:11). Enquanto o trabalho estava a ser feito, Hilquias, o sumo sacerdote, encontrou o rolo que era provavelmente a cópia original da lei, todo o Pentateuco escrito por Moisés. Quando este livro foi lido perante ele, o rei ficou alarmado com as coisas que ele continha e procurou Hulda, a “profetiza”, para que ela o aconselhasse. Ela, por entre palavras de arrependimento, disse-lhe que ele se reuniria com os seus pais em paz, antes que os dias mais conturbados chegassem. Josias imediatamente reuniu o povo e envolveu-o na renovação do seu antigo concerto nacional com Deus. A Páscoa era, então, celebrada com uma magnificência pouco usual, tal como acontecera nos dias do seu grande antecessor, Ezequias. Todavia, “o Senhor não se demoveu do ardor da sua grande ira, ira com que ardia contra Judá” (2Rs 22:3-20; 2Rs 23:21-27; 2Cr 35:1-19). Durante esta grande revolução religiosa, Jeremias deu a sua ajuda através de exortações diligentes. Pouco depois disto, Faraó-Neco, o rei do Egito, em expedição contra o rei da Assíria, pretendendo conquistar Carquemis, procurou obter passagem através do território judaico, para si e para o seu exército. Josias recusou tal pedido. É provável que Josias tivesse feito uma nova aliança com o rei da Assíria e, fiel à sua palavra, procurou opôr-se ao progresso de Neco. O exército de Judá saiu a encontrar-se com o do Egito em Megido, junto à planície de Esdraelon. Josias saiu para o campo disfarçado e foi fatalmente ferido por uma seta atirada ao acaso. Os que o socorreram, transportaram-no para Jerusalém mas, ao chegarem a Hadadrimom, que se situava a alguns km a sul de Megido, Josias morreu (2Rs 23:28, 30; 2Cr 35:20-27), após um reinado de 31 anos. Foi sepultado com grandes honras, cumprindo, assim, a profecia de Hulda (2Rs 22:20; comp. Jr 34:5). Jeremias compôs uma elegia fúnebre sobre o melhor dos reis de Israel (Lm 4:20; 2Cr 35:25). A explosão de dor nacional aquando da sua morte tornou-se proverbial (Zc 12:11; Ap 16:16).
JOSUÉ
Filho de Num, da tribo de Efraim e sucessor de Moisés como líder de Israel. Em Nm 13:16, é chamado Oséias. Nasceu no Egito e era provavelmente da idade de Calebe, a quem é frequentemente associado. Participou em todos os acontecimentos relacionados com o Êxodo e ocupou a posição de comandante do exército israelita na batalha contra os amalequitas, em Refidim (Ex 17:8-16). Tornou-se ajudante de Moisés, tendo-o acompanhado parte do caminho, ao Monte Sinai, a fim de receber as duas tábuas da lei (Ex 32:17). Foi também um dos doze que Moisés enviou a espiar a terra de Canaã (Nm 13:16, 17) e somente ele e Calebe trouxeram um relatório favorável. Sob a direção de Deus, Moisés, antes da sua morte, investiu Josué de um modo solene e público, com autoridade sobre o povo e como seu sucessor (Dt 31:23). O povo estava acampado em Sitim, quando ele assumiu o poder (Js 1:1) e, ao atravessarem o Jordão, acamparam em Gilgal onde, tendo circuncidado o povo, festejou a Páscoa e foi visitado pelo capitão do exército do Senhor, que o encorajou na sua missão (Js 1:1; Js 12:24).Tendo, assim, subjugado os cananeus, Josué dividiu a terra pelas tribos e Timnate-Sera, no Monte Efraim, ficou para ele como herança. Tendo terminado a sua obra, Josué morreu com a idade de 110 anos, 25 anos depois de ter atravessado o Jordão e foi sepultado na sua cidade de Timnate-Sera (Js 24); e “a luz de Israel esmoreceu”. Josué tem sido visto como um tipo de Cristo (Hb 4:8), devido aos seguintes pontos: 1) o nome é comum aos dois; 2) Josué traz o povo para a Terra Prometida e Jesus levará o seu povo para a Canaã Celestial; e 3) tal como Josué sucedeu a Moisés, também o Evangelho sucede à lei. O caráter de Josué é, assim, bem esboçado por Edersheim: “Nasceu escravo no Egito e tinha cerca de quarenta anos quando se deu o Êxodo. Muito ligado a Moisés, liderou Israel na sua primeira e decisiva batalha contra Amaleque (Ex 17:9, 13), enquanto Moisés elevava ao céu a “vara” dada por Deus. Foi nessa ocasião que o seu nome foi mudado de Oséias - “ajuda” - para Josué - “o Senhor ajuda” (Nm 13:16). E este nome é a chave da sua vida e obra. Desde a ida para Canaã, passando pelas suas guerras e pela distribuição da terra pelas tribos, incluindo a miraculosa travessia do Jordão e a tomada de Jericó, ele foi a personificação do seu nome: Jeová é ajudador”. O seu caráter também correspondeu ao seu nome. Foi marcado pela singeleza de propósitos, pela franqueza e decisão. Tendo um objetivo perante ele, segue-o com firmeza.
JOSUÉ, LIVRO DE
Livro de Escritores judaicos e a antigüidade cristã atribuíram-no a Josué, o filho de Num, e esta opinião é, também, a de alguns críticos modernos. Foi, sem dúvida, escrito antes do tempo de Davi (15.63; 2 Sm 5.6 a 8) - e provavelmente o foi por um contemporâneo (6.25), podendo ter sido também uma testemunha ocular dos acontecimentos descritos, o lugar da narrativa, na história do povo, sugere-nos o fim com que foi escrito. Nos livros precedentes se descrevem as freqüentes rebeliões e provocações dos israelitas, vindos do Egito - e por causa desse seu procedimento foram eles excluídos da boa terra, que eles tinham desdenhado. Este livro trata da história da geração seguinte, isto é, daqueles israelitas que ainda não tinham vinte anos quando sairam do Egito, e dos que nasceram e foram criados no deserto, os quais parece terem sido dotados de melhor alma que seus pais. As provações e a dura disciplina nas longas jornadas dos israelitas, juntamente com as instruções de Moisés, tiveram, pela graça do Espírito Santo, o efeito de um despertamento e humilhação, pondo o povo em condições de serem neles cumpridas as promessas divinas. Foi com esta geração que Deus renovou o Seu pacto, como se acha referido no Cap. 29 do Deuteronômio. E grandes maravilhas foram por Ele operadas em benefício do Seu povo. Eles acreditaram em Deus - e pela sua fé venceram os exércitos dos cananeus, e puderam possuir a terra. Em muitas circunstâncias da vida nacional mostraram grande zelo pela sua religião, como na ocasião do pecado de Acã, e também quando suspeitaram que as duas e meia tribos tinham edificado um altar em oposição ao estabelecido altar dos holocaustos (22) - e a sua piedade é especialmente louvada em 23.8. os diversos assuntos do livro podem formar três seções principais: 1. A conquista de Canaã, incluindo a nomeação de Josué, e as suas determinações na direção do povo (1) - os espias mandados a Jericó (2) - a passagem do Jordão (3,4) - a circuncisão e a celebração da Páscoa em Gilgal (5.1 a 13) - a tomada e destruição de Jericó e de Ai, com a descrição do pecado e castigo de Acã (5.14 a 8.29) - a leitura da Lei nos montes Ebal e Gerizim (8.30 a 35) - o astucioso procedimento dos gibeonitas (9) - as vitórias alcançadas na guerra com os cananeus, primeiramente ao sul e depois ao norte - a subjugação do país (10,11) - e após isto a recapitulação das conquistas (12). 2. A divisão do país, incluindo tanto as partes conquistadas como as que não tinham ainda sido conquistadas - e a descrição das porções que couberam às diversas tribos (13 a 19) - a instituição das cidades de refúgio e das cidades levíticas (20.21) - o estabelecimento das tribos ao oriente do Jordão, e os acontecimentos que se deram após esse fato (22). 3. os conselhos na despedida, e a morte de Josué (23,24). As alusões aos acontecimentos descritos no livro acham-se no A.T. em (1 Cr 2.7 a 12.15 - Sl 44.2,3 e 68.12 a 14, e 78.54,55 - Is 28.21 - Hc 3.11 a 13 - e no N.T. em At 7.45 - Hb 4.8 e 11.30,31 - Tg 2.25).
JOTÃO
1) O filho mais novo de Gideão. Ele escapou quando, por ordem de Abimeleque, todos os seus irmãos foram mortos (Jz 9:5). Quando “os cidadãos de Siquém e toda a casa de Milo” se reuniram “na planície da coluna” (“a pedra aí colocada por Josué” – 24:26; Gn 35:4) “que estava em Siquém, a fim de fazerem de Abimeleque o seu rei”, de um dos outeiros do Monte Gerizim, ele protestou contra o que eles estavam a fazer, através de uma alegoria - a do espinheiro rei. As palavras dele foram proféticas. Houve um recuo nos sentimentos do povo para com Abimeleque e então, num ato de vingança terrível, Abimeleque destruiu a cidade de Siquém, matando a muitos (Jz 9:45). Tendo transmitido o seu aviso, Jotão fugiu para Beer, para longe da vingança de Abimeleque (Jz 9:7-21). 2) Filho e sucessor de Uzias no trono de Judá. Como durante os seus últimos dias, Uzias fora excluído da vida pública por causa da sua lepra, o seu filho, então com 25 anos, administrou os negócios do reino, durante sete anos, no lugar do seu pai (2Cr 26:21, 23; 2Cr 27:11). Após a morte do seu pai, ele tornou-se rei, reinando durante dezasseis anos (759-743 a.C.). Reinou no temor do Senhor e o seu reino prosperou. Foi contemporâneo do profeta Isaías, Oséias e Miqueias, de cujo sacerdócio ele tirou benefícios. Foi sepultado no sepulcro dos reis, lamentado pelo povo (2Rs 15:38; 2Cr 27:7-9).
JOTBÁ
A cidade onde o avô materno do rei Amom viveu (2Rs 21:19). É provavelmente idêntica à cidade que Josefo apelidou de Jotapata.
JOZACAR
Um dos servos que assassinou Joás, o rei de Judá, em Milo (2Rs 12:21). É também chamado Zabade (2Cr 24:26).
JUBAL
Foi o segundo filho de Lameque e de Ada, da linhagem de Caim. Foi o inventor da “harpa” (Heb Kinnor, mais propriamente “lira”) e do orgão (Heb ‘ugab, mais propriamente “harmônica” ou “Flauta de Pã) (Gn 4:21).
JÚBLIO
O “principal da ilha” de Malta (At 28:7) que, recebeu Paulo e os seus companheiros naufragos durante três dias, até estes encontrarem um local mais permanente para morarem; pois eles permaneceram na ilha durante três meses, esperando até que aquela época de tempestades terminasse. A palavra aqui traduzida por “principal” (protos) é vista por alguns como sendo um termo maltês, o título oficial do governador.
JUBILEU
Chamava-se ano do Jubileu aquele que vinha depois de sete anos sabáticos (Lv 25.8 a 11). Este 50º ano era anunciado pelo som de trombetas, feitas de pontas de carneiro, no 10º dia de tisri, o grande dia da propiciação. A terra, como no simples ano sabático, devia ficar sem cultura, sendo os frutos somente colhidos pelos pobres - mas o povo podia caçar ou ganhar o seu sustento de qualquer outro modo. No ano do jubileu todos os servos ou escravos estavam em condições de obter a sua liberdade (Lv 25.39 a 46 - Jr 34.8 a 14). As terras do país, bem como as casas das cidades dos levitas, que haviam sido vendidas durante os precedentes cinqüenta anos, voltariam para os vendedores, a não ser o que havia sido consagrado a Deus, e remido (Lv 25.17 a 28 - 27.16 a 24). Igualmente as terras hipotecadas haviam de ser libertadas sem ônus algum. A maneira completa como eram efetuadas estas disposições fez considerar o jubileu como um tipo do Evangelho (Is 61.2 - Lc 4.19).o fim moral e espiritual destes dias festivos manifesta-se com toda a clareza. Todo o propósito era unir o povo pelos laços de fraternidade, e separá-lo dos pagãos - e além disso conservavam-se na memória os passados benefícios de Deus. A santidade do Senhor era patente nas disposições do jubileu. o peso dos pobres era aliviado, a opressão e a cobiça eram reprimidas, e todos aqueles atos solenes ou eram uma figura das bênçãos do Evangelho, ou sugestivos, para o crente, das verdades que haviam de ser inteiramente reveladas e realizadas em Cristo.
JUDÁ
1) Filho de Joanã e pai de José, da linhagem materna de Cristo (26), sendo provavelmente a mesma pessoa que Abiude (Mt 1:13) e que Obadias (1Cr 3:2). 2) Pai de Simeão, da linhagem materna de Cristo (Lc 3:30). 3) O patriarca Judá, quarto filho de Jacó e Leia (Lc 3:33; Hb 7:14). Em (Lc 1:39, Hb 7:14 e Ap 5:5; Ap 7:5), esta palavra refere-se à tribo de Judá. O nome teve origem nas palavras de elogio de Leia para com o Senhor, quanto ao nascimento de Judá: “Esta vez, louvarei ao Senhor. Por isso, chamou o seu nome Judá” (Gn 29:35). Foi Judá que interveio a favor de José, para que a sua vida fosse poupada (Gn 37:26, 27). Foi ele que chefiou os negócios da família. “Prevaleceu sobre os seus irmãos” (Gn 43:3-10;Gn 44:14, Gn 16-34; Gn 46:28; 1Cr 5:2). Pouco tempo após a venda de José aos ismaelitas, Judá foi morar para Adulão, onde casou com uma mulher cananéia. Após a morte da sua mulher, ele voltou para a casa de seu pai, onde exerceu grande influência sobre o patriarca, tendo um papel ativo nos acontecimentos que conduziram à ida de toda a família para o Egito. Nada se sabe mais dele, até ao momento em que recebe a benção de seu pai (Gn 49:8-12).
JUDÁ, REINO DE
A união entre as tribos do sul e do norte era apenas artificial, e foi mantida apenas enquanto governantes com personalidade forte como Davi e Salomão estiveram no trono. Quando um rei mais fraco tomou o trono após a morte de Salomão, as tribos do norte separaram-se definitivamente de Judá. Com a exceção de tribo sacerdotal de Levi, que aparentemente na sua maioria se mudou para o território de Judá (2Cr 11:5-14), apenas a tribo de Benjamim ficou no reino do sul. A partir dessa altura e durante cerca de 345 anos (c. 931 a 586 B.C.), a história da tribo de Judá é, na sua maior parte, a história do reino de Judá. Durante esse período 19 reis, todos descendentes de Davi, e uma rainha, a cruel Atália, reinaram sobre o reino do sul, que consistia nos territórios de Judá e Benjamim, e, por algum tempo, o de Edom. Era freqüente haver guerra com o reino do norte (1Rs 14:30; 1Rs 15:7, 16; 2Rs 14:11, 12; 2Rs 16:5). Ocasionalmente invasões de outras nações tinham de ser combatidas. O primeiro invasor foi o rei Sisac do Egito no tempo de Roboão (1Rs 14:25-28; 2Cr 12:1-12). Mais tarde, no tempo de Asa, Zera o Etíope veio contra Judá (2Cr 14:9-15), e finalmente a nação foi atacada pela Assíria e pela Babilônia (2Rs 18:14; 2Rs 24:10; etc.). No reinado do rei Jorão, Edom foi perdida permanentemente (2Cr 21:8-10), o que tornou Judá num estado relativamente insignificante. Devido a esta situação Judá devia a sua sobrevivência à fraqueza do Egito, e à existência do reino de Israel como um estado tampão contra os inimigos do norte, os Sírios e os Assírios. Durante os últimos anos do reino de Israel, Judá reinado por Acaz tornou-se num estado vassalo dos Assírios (2Rs 16:7-10), e depois da queda da cidade de Samaria em 723/22 B.C., a sua fronteira norte estava adjacente a uma província assíria. Durante os 100 anos seguintes Judá ou tinha de pagar um tributo pesado à Assíria ou era invadido, como no tempo do rei Ezequias (2Rs 18:13-16). Um dos seus reis, Manassés, foi mesmo levado para a Mesopotâmia como refém e passou algum tempo na prisão (2Cr 33:11-13). Durante o declínio da Assíria depois da morte de Asurbanipal e até a sua destruição completa depois da captura de Niníve pelos medos e babilónios, Judá teve um período onde pode respirar de alívio e no reinado do rei Josias estendeu a sua autoridade sobre algumas partes do antigo reino de Israel (2Cr 34:6, 7). No entanto, Josias encontrou-se entre o Egito, que, no reinado do rei Neco, aspirava a retomar o domínio sobre a Palestina, e Babilônia, que se considerava a herdeira do império assírio. Josias aparentemente escolheu aliar-se à Babilônia, pois perdeu a sua vida numa batalha contra Neco (2Rs 23:29, 30; 2Cr 35:20-24). Durante as 2 décadas da sua existência depois da morte de Josias, Judá alternou as suas alianças entre o Egito e a Babilônia, viu o seu território repetidamente invadido por exércitos estrangeiros, viveu 3 capturas de Jerusalém, a sua capital, e finalmente sofreu a destruição da sua soberania e de suas cidades, e testemunhou a deportação da maior parte da sua população para a Babilônia(2Rs 23:31 a 2Rs 25:21; 2Cr 36:1-20). Alguns dos judeus que ficaram no país pelos babilônios migraram para o Egito para escapar à ira de Nabucodonozor depois de alguns judeus fanáticos mataram Gedalias e a guarnição caldeia (2Rs 25:22-26). Aparentemente apenas um pequeno e insignificante grupo permaneceu no território. Durante os 4 séculos da história de Judá, a adoração a Deus era frequentemente acompanhada pela adoração de deuses pagãos a quem santuários e lugares de culto foram erigidos desde o tempo de Salomão até o fim do reino (1Rs 11:4-8; 1Rs 14:22-24; 2Rs 21:1-7; etc.). Embora o país não tenha demonstrado a profundidade da idolatria encontrada do reino do norte, Judá era praticamente uma nação semi pagã durante o período dos reis. Alguns reis, como Asa (1Rs 15:12-14), Josafá (1Rs 22:43-46), Ezequias (2Rs 18:1-4), Josias (2Rs 22:1-20), fizeram sérias tentativas para eliminar a idolatria e cultos pagãos. Estas reformas, no entanto, foram temporárias, e o povo mergulhou uma vez mais no paganismo. Esta foi a principal razão para a queda da nação (2Cr 36:14-16; Jr 22:6-9; etc.).
JUDÁ, TRIBO DE
O nome aparece em registros cuneiformes como Yaudu, Yahudu e Yakudu e também, na sua forma aramaica, no Papiro Aramaico de Elefantina, do século V AC, assim como em antigas moedas hebraicas e asas de cântaros encontradas na Palestina. Era o nome oficial da província persa estabelecida por Ciro (Ed 5:8). O termo “Judá” na Bíblia - para além de ser um nome próprio - pertence a três estádios da história hebraica: primeiro a tribo descendente de um dos doze filhos de Jacó, mais tarde o reino composto principalmente por esta tribo e finalmente o povo judeu repatriado após o exílio. Historicamente, esta terceira situação era uma continuação do reino de Judá, composto pelo remanescente do povo hebreu - agora chamados judeus - e que passaram a viver na Palestina. Deixaram, contudo, de ser uma nação independente e passaram a estar sob domínio persa. 1 - A tribo de Judá - Os descendentes de Judá, o quarto filho de Jacó (Gn 29:32-35). Encontrava-se dividida em cinco famílias principais, três das quais descendiam dos filhos de Judá e duas dos seus netos (Nm 26:19-21; 1Cr 2:3-6). Naassom é mencionado como um príncipe da tribo de Judá, sob o comando de Moisés no deserto (Nm 1:7; Nm 2:3; Nm 7:12-17; Nm 10:14). Outro proeminente líder durante as vagueações pelo deserto foi Calebe, filho de Jefoné, que foi também o espia representando a sua tribo (Nm 13:6; Nm 34:19). Judá foi a primeira tribo a tomar posse do seu território após a morte de Josué. Com a ajuda da tribo de Simeão, os homens de Judá dirigiram-se para a região montanhosa da zona sul da Palestina Oeste, fizeram com que os cananeus deixassem muitas das suas cidades e ocuparam essas cidades e redondezas (Jz 1:1-20). O território atribuído a Judá situava-se na zona sul de Canaã. Js 15:1-12 descreve as suas fronteiras, declarando que a fronteira sul começava na extremidade mais a sul do Mar Morto, passava pelo Deserto de Zim, ladeava Cades-Barneia, no sul e chegava ao “rio do Egito”, o Wâdi el-‘Arîsh, seguindo até à sua nascente no Mar Mediterrâneo. A fronteira este era formada pelo Mar Morto. A fronteira norte começava na extremidade norte do Mar Morto, dirigindo-se primeiro para norte mas virando para oeste a sul de Jericó. Seguia depois para a Subida de Adunim, provavelmente o Wâdi Qelt e terminava em En-Rogel e no Vale de Hinom, a sul de Jerusalém. A partir daí, virava para noroeste, na direção de Quiriate-Jearim, depois para sudoeste, na direcção de Bete-Semes e finalmente via Jabné (mais tarde Jamnia) para o Mar Mediterrâneo, que formava a fronteira oeste. Judá, contudo, nunca tomou posse da planície junto à costa que era, na sua maioria, ocupada pelos filisteus. O território de Judá encontrava-se geograficamente dividido em: (região montanhosa (Js 15:48), densamente povoada na sua zona ocidental mas praticamente desabitada na secção oriental, onde pouco chovia e que formava o Deserto de Judá (Js 15:61); ( as terras baixas e férteis (Shephelah) que se situavam entre a região montanhosa e a planície junto à costa (vers. Js 15:33; cf. 1Rs 10:21) e onde se encontravam as mais fortes cidades do país e (o Neguebe (Js 10:40), um estéril e quase árido deserto entre Berseba e Cades-Barneia. Embora a maior parte do território de Judá fosse montanhoso, adaptava-se perfeitamente à cultura de vinhas (cf. Gn 49:10-12), incluindo-se no seu território o Vale de Escol, a norte de Hebrom (Nm 13:23,24), que actualmente produz um excelente tipo de uvas. O Shephelah, por outro lado, era o celeiro de Judá e uma vez que a sua posse era de grande importância para o Estado de Judá, as suas cidades foram fortemente fortificadas. Judá foi a tribo do segundo juiz (Otniel) que livrou a nação da opressão de Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmea, no início do período dos juizes (Jz 3:8-11). Judá juntou-se às outras tribos contra Benjamim (cap. Jz 20:1,18), aparentemente no início do período (ver Jz 20:28). No sentido geográfico, Judá, Simeão e Dã formavam uma unidade e estas tribos foram as que mais sofreram com a opressão dos filisteus, depois que esta nação passou a dominar no século XII a.C. (Jz 10:7; Jz 13:1). Mas Judá parece não ter tido uma grande participação nas guerras das outras tribos contra os vários opressores que ocuparam Israel no período dos juizes. Quando Samuel estabeleceu o primeiro reino, Judá apoiou Saúl. Contudo, o fato de as suas forças serem mencionadas separadamente das outras tribos (1Sm 11:8; 1Sm 15:4; 1Sm 17:52), parece querer significar que, possivelmente como resultado de eventos históricos que desconhecemos, ou devido ao seu isolamento geográfico, Judá era considerada de forma diferente em relação às outras tribos, que parecem ter formado uma unidade. Após a morte de Saúl, Davi, um herói da tribo de Judá, foi feito rei em Hebrom, enquanto que as outras tribos seguiram Isbosete, o filho de Saúl. Esta divisão durou até à morte de Isbosete, sete anos mais tarde, quando os seguidores da casa de Saúl se viraram para Davi (2Sm 2:4; 2Sm 5:1-3), fazendo dele o rei de todas as doze tribos. Durante mais de sete décadas, o reino permaneceu sob o domínio da casa real. Davi mostrou-se prudente ao transferir a sua capital de Hebrom para Jerusalém (2Sm 5:5), uma cidade que não pertencera a ninguém até essa altura, situando-se, portanto, em território neutro, uma vez que a inveja tribal se encontrava sempre presente (2Sm 19:41-43).
JUDAÍSMO
Nome dado à religião do povo judeu, a mais antiga das três principais religiões monoteístas (as outras duas são o cristianismo e o islamismo). Surgido da religião mosaica, o judaísmo, apesar de suas ramificações, defende um conjunto de doutrinas que o distingue de outras religiões: a crença monoteísta em YHWH (às vezes chamado Adonai (“Meu Senhor”), ou ainda HaShem (“O Nome”) - ver Nomes de Deus no Judaísmo) como criador e Deus e a eleição de Israel como povo escolhido para receber a revelação da Torá que seriam os mandamentos deste Deus. Dentro da visão judaica do mundo, Deus é um criador ativo no universo e que influencia a sociedade humana, na qual o judeu é aquele que pertence à uma linhagem com um pacto eterno com este Deus. Há diversas tradições e doutrinas dentro do judaísmo, criadas e desenvolvidas conforme o tempo e os eventos históricos sobre a comunidade judaica, os quais são seguidos em maior ou em menor grau pelas diversas ramificações judaicas conforme sua interpretação do judaísmo. Entre as mais conhecidas encontra-se o uso de objetos religiosos como o quipá, costumes alimentares e culturais como cashrut, brit milá e peiot ou o uso do hebraico como língua litúrgica. Ao contrário do que possa parecer, um judeu não precisa seguir necessariamente o judaísmo ainda que o judaísmo só possa ser necessariamente praticado por judeus.
JUDAS
1) Filho de Simão (Jó 6:71; Jo 13:2, 26), com o sobrenome Iscariotes, um homem de Queriote (Js 15:25). O seu nome é sempre o último da lista dos apóstolos, tal como aparece nos Evangelhos sinópticos (os primeiros três). O mal que existia nele, revelou-se gradualmente, até que “Satanás entrou nele” (Jó 13:27) foi o traidor de Jesus (Jó 18:3). Depois, ele reconheceu o seu pecado e “chorou amargamente”, atirando para o chão do santuário as moedas que recebera como pagamento da sua iniqüidade, “partindo e indo enforcar-se” (Mt 27:5). Ele morreu cheio de culpa e “foi para o seu próprio lugar” (At 1:25). A frase em (At 1:18), que diz que ele, “precipitando-se, rebentou pelo meio e todas as suas entranhas se derramaram” não é, de modo algum, contrária à de (Mt 27:5). Judas enforcou-se primeiro, talvez no Vale de Hinom “e a corda, cedendo, ou talvez partindo-se o ramo no qual ele se enforcara, fez com que ele caísse e se esmagasse e mutilasse contra o chão de pedras sob ele”. A razão porque tal homem foi escolhido para ser apóstolo não é conhecida mas está escrito que “Jesus conhecia desde o princípio quem haveria de traí-lo” (Jó 6:64). Nem se pode responder satisfatoriamente à pergunta que se levanta sobre os motivos que levaram Judas a trair o seu Mestre. Não precisamos reter-nos em nenhum dos motivos que nos são apresentados para justificar o ato de Judas. O crime é, muitas das vezes, o resultado de uma centena de motivos que passam rapidamente pela mente do criminoso. 2) Pai de Simeão, da linhagem materna de Cristo (Lc 3:30). 3) Um judeu de Damasco (Atos 9:11), à casa de quem Ananias foi enviado. A rua chamada “Direita”, na qual estava situada, é identificada pela atual “Rua dos Bazares”, onde ainda pode ser mostrada a “casa de Judas”. 4) O patriarca (Mt 1:2, 3).
JUDAS, EPÍSTOLA DE
A autoria desta epístola tem sido atribuída a duas pessoas com o nome de Judas. Uma destas é o apóstolo Judas, também chamado Lebeu, e Tadeu (Mt 10.3 - Jó 14.22) - mas não há prova alguma de que este apóstolo fosse o ‘irmão de Tiago’, como a si próprio o escritor da epístola se denomina. Em (Lc 6.16 e At 1.13) em algumas versões, a palavra ‘irmão’ não está no original - e seria mais conforme com o uso geral da linguagem, e particularmente dos escritores do N.T., se a palavra ‘filho’ fosse empregada em lugar da outra. Além disso, se o escritor desta epístola tivesse sido apóstolo, ele não julgaria necessário apresentar-se como ‘irmão de Tiago’ - nem se distinguiria dos apóstolos, como as palavras do vers. 17 parecem indicar. Disto tudo se conclui que aquele Tiago, mencionado no vers. 1, era realmente o ‘irmão do Senhor’ (Gl 1.19 - veja também Mc 6.3), o qual tem um trabalho distinto na última parte da idade apostólica. E nesta consideração teria estado Judas em relação com Jesus Cristo (Mt 13.55, e Mc 6.3), pertencendo Judas e Tiago, provavelmente, ao número daqueles irmãos do Senhor que estiveram com os apóstolos depois da Sua ascensão (At 1.14 - 1 Co 9.5). Sobre a vida de Judas não temos informações certas. os seus descendentes são mencionados por Eusébio. Conta este escritor que quando o imperador Domiciano mandou que fossem mortos todos os descendentes de Davi, ‘alguns dos heréticos acusaram os descendentes de Judas de pertencerem à família, de Davi, visto como era Judas irmão, segundo a carne, do Salvador e por sua vez descendia Jesus daquele rei’. E depois refere-se à boa confissão da fé cristã, que eles fizeram na presença dos seus perseguidores. Não parece que a Epistola tenha sido dirigida a qualquer igreja. Segundo a antiga tradição, trabalhou Judas entre aqueles povos ao oriente da Judéia, e desse fato concluem alguns que a epístola foi mandada aos cristãos que por aquelas regiões se encontravam. Supõem outros que foi escrita para os cristãos da Palestina. Quanto à data, pode ela inferir-se da natureza das heresias e das práticas nocivas que aí são combatidas, e do modo como o autor fala da pregação dos apóstolos, mostrando que a epístola é mais referente ao passado do que ao presente. Parece, então, ter sido escrita no último período apostólico, poucos anos antes da destruição de Jerusalém, talvez cerca do ano 67 d.C. É obvia a relação desta epístola com a 2ª de Pedro. Há, entre as duas epístolas, uma notável semelhança, tanto no pensamento como na linguagem. A elegância do estilo na epístola de Judas, a sua particular forma e vigor nos pensamentos e linguagem, e a sua coerência de idéias, tudo nos leva a crer que a carta é toda original. E, por outro lado, o cap. 2 da 2ª de Pedro, onde se revela a semelhança com a epístola de Judas, parece ser diferente do estilo simples de Pedro. Há, também, na epístola de Pedro algumas expressões que precisam comparar-se com os lugares paralelos de Judas para se compreender a sua significação. (2 Pe 2.11 com Jd 9). No seu todo a epístola de Judas parece ter sido escrita primeiramente e Pedro, seguindo-a até certo ponto, usa-a de um modo independente, resumindo alguns pensamentos e acrescentando novas particularidades. o fim especial desta epístola parece ter sido acautelar os cristãos contra os falsos doutores que faziam consistir toda a religião na crença especulativa e profissão exterior, procurando arrastar os seus discípulos à insubordinação e licenciosidade. A carta pode dividir-se em duas partes: a primeira trata do castigo dos falsos mestres (vers. 5 a 7), e a segunda, do seu caráter em geral (8 a 19). Para ilustrar a doutrina que apresenta, ele recorre, como Paulo em certos casos (2 Tm 3.8, At 17.28, e Tt 1.12), a fontes diferentes das Escrituras. A referência à disputa entre Miguel e o diabo acerca do corpo de Moisés foi, segundo se diz, tirada da Assunção de Moisés, apocalíptica obra judaica, que se supõe ter sido escrita pelo ano 50 d.C., existindo dela apenas fragmentos. A obra etíope, Livro de Enoque, que é citada no vers. 14, era bem conhecida nos tempos em que foi escrito o Novo Testamento, notando-se coincidências de pensamento e linguagem em algumas das epistolas paulinas, na epístola aos Hebreus, e no Apocalipse. A característica da epístola é o emprego que o autor faz dos trios. observe-se nos vers. 1 e 2 a triplicação da saudação e da bênção. Três exemplos de justiça divina são citados: o dos israelitas incrédulos, o dos anjos rebeldes, e das cidades da planície, vers. 5 a 7. Três tipos de maldade, a de Caim, a de Balaão, e a de Coré, vers. 11. Três classes de homens maus: murmuradores, queixosos da sua sorte, obstinados. Três maneiras de proceder para com os que erram: ‘compadecei-vos de alguns que estão na dúvida’ - ‘salvai-os, arrebatando-os do fogo’ - ‘Sede também compassivos em temor’,
JUDÉIA
Por algum erro de tradução, encontramos “Judéia” no V.T. uma vez (Ed 9:9), como tradução do Heb. Yehûdah e uma vez em algumas versões (cap. Ed 5:8), como tradução de Yehûd, que é o equivalente aramaico para Yehûdah. Contudo, ambos os termos deverão ser traduzidos por “Judá”, nome este que aparece repetidamente em Esdras e Neemias (Ed 1:2, 3; Ed 3:9; Ne 2:5; Ne 6:7, etc.). “Judéia” é, mais propriamente, a forma latinizada do Gr. Ioudaia, enquanto que “Judá” em Gr, é Ioudas. O termo Judéia refere-se, em primeiro lugar, à área da Palestina a sul de Samaria ocupado pela antiga Judá; em segundo lugar, a toda a terra dos judeus com várias fronteiras. No NT, a Judéia refere-se geralmente à área sul de Samaria (cf. Mt 2.15; Mc 3:7, 8; At 9:31; etc.), embora, às vezes, possa abranger algo mais. Por exemplo, vemos Herodes, que reinou sobre toda a Palestina, ser apelidado de “rei da Judéia” (Lc 1:5). Este artigo começa, mais ou menos arbitrariamente, no tempo de Alexandre, o Grande, por ser o período em que o domínio e a influência grega - simbolizado pelo termo Judéia, que é o nome grego para o país - se iniciou. Cobre os períodos intertestamental e do NT. Para períodos anteriores, ver tribo de Judá. 1 - O Período Intertestamental - Quando Alexandre conquistou o país que fazia fronteira com o Este do Mediterrâneo, Jerusalém não resistiu; de acordo com Josefo, o sumo sacerdote chegou a recebê-lo como um convidado de honra e como o conquistador mencionado na profecia. Alexandre mostrou-se favorável para com os judeus e instalou alguns na sua nova cidade de Alexandria. Após a sua morte, a Judéia tornou-se parte do território dos seus sucessores, tendo sido primeiramente governada pelos Ptolomeus do Egito. Contudo, mudou várias vezes de mãos, sendo governada alternadamente pelos Ptolomeus e pelos Seleucidas, da Síria. Os judeus foram geralmente bem tratados durante os primeiros 150 anos de domínio helenístico. Sob domínio ptolomaico e início do domínio seleucida, eram bastante autônomos. A Judéia era um “Estado do Templo” governada pelo sumo sacerdote e o governador helenístico mostrava-se geralmente satisfeito, desde que o tributo fosse pago regularmente. Os judeus puderam manter os seus costumes e religião, embora entre as classes mais altas houvesse uma tendência crescente para se adotar a língua, o modo de vestir e os costumes gregos. Contudo, deu-se uma reação quando Antioco IV tentou helenizar os judeus à força. Em 168 AC, ele ordenou que os judeus deixassem de adorar o Senhor, deixassem de observar o Sábado e pusessem de lado o rito da circuncisão, devendo passar a participar nos serviços pagãos de animais impuros oferecidos a Zeus e Dionísio. Antioco tinha um templo em Jerusalém dedicado a Zeus e ordenou que animais impuros fossem sacrificados no seu altar. O Sábado foi abolido, assim como a Lei. Os livros sagrados dos judeus foram destruídos e aqueles que eram pios e leais à religião dos seus pais foram torturados e mortos. A resistência judaica transformou-se finalmente em revolta, liderada pelos macabeus (Matatias, os seus filhos e os seus seguidores). As primeiras acções tomadas contra os sírios chegaram na forma de lutas de guerrilha mas, sob a liderança de Judas Macabeu, desenrolaram-se verdadeiras batalhas, conseguindo-se extraordinárias vitórias. A sorte nestas batalhas variava de vez em quando mas a Judéia acabou por emergir desta luta como uma nação livre. A partir de 143 AC, declarou-se independente. A partir de 104 AC, transformou-se num reino independente, dominando sobre um vasto território na Palestina que, eventualmente, incluía a Iduméia (Edom), Samaria, a Galiléia e certas zonas na Transjordânia e a nordeste do Mar da Galiléia. Em 63 AC, Pompeu tomou Jerusalém e a Judéia tornou-se num súbdito de Roma, passando a ser governada pelos últimos governantes macabeus como um reino sujeito a Roma. Em 40 AC, os romanos nomearam um novo governante nativo como rei da Judéia, Herodes, o Grande, de descendência idumaica. 2 - Os Tempos do Novo Testamento - Quando Jesus nasceu, pouco antes da morte de Herodes, o reino da Judéia quase igualava, em tamanho, o reino controlado pelo rei Davi. Após a morte de Herodes em 4 DC, o reino foi dividido, tendo a Judéia propriamente dita e Samaria sido colocadas sob o domínio do seu filho Arquelau, que recebeu o título de etnarca. Quando Arquelau foi deposto em 6 DC, por causa da sua má administração, a Judéia deixou de ser governada por regentes nativos, passando a ser controlada pela administração provincial romana. Após ter gozado de autonomia local sob o domínio persa, helenístico e romano, a Judéia passou a ser governada diretamente por governadores estrangeiros - procuradores romanos que tinham a sua sede em Cesaréia. Foram sete os procuradores que governaram a Judéia e Samaria num período de 35 anos e que se opuseram totalmente aos judeus. Então, a Judéia e Samaria foram acrescentadas ao reino de um descendente de Herodes Agripa I - que reinava sobre a Galiléia, a Peréia e a região nordeste. Reinou sobre a Judéia entre 41 e 44 DC. Após a sua morte, a Judéia, juntamente com Samaria, passou novamente a ser uma província governada por um procurador. Muitos dos sete procuradores que dominaram sobre o país durante os 22 anos seguintes foram homens egoístas e vis, cujos atos néscios e pouco apropriados para homens de estado contribuíram grandemente para o eclodir da rebelião de 66 DC. Esta guerra teve como resultado a destruição de Jerusalém e do templo por Tito em 70 DC e o fim da nação judaica como tal.
JUDEUS
A palavra judeu significava, primitivamente, um membro do reino de Judá (2 Rs 16.6 - 25.25 - Jr 34.9). Durante o cativeiro, e depois da volta para a Palestina, os israelitas que formaram o novo Estado eram, geralmente, conhecidos pelo nome de judeus, os outros membros da raça israelita, espalhados por todo o mundo, foram, no decorrer do tempo, chamados judeus, e a si próprios eles também davam esse nome (Et 3 - Dn 3.8 a 12). Entre as nações, onde fixaram a sua residência, foram eles principalmente notáveis pelo seu extremo exclusivismo. Crendo estar sob a especial proteção do Senhor, eles depressa recuperavam as suas forças, que perdiam nas diversas calamidades causadas pela sua desobediência aos preceitos divinos, retomando a sua antiga satisfação como povo escolhido. Com a queda da cidade de Jerusalém, e a destruição do templo, terminou a existência nacional dos judeus. Daí para o futuro eram eles estrangeiros entre outros povos. Mesmo muito antes da conquista, realizada por Tito, tinham-se espalhado por outras terras, onde formaram grandes e poderosas comunidades. Um certo número deles tinha ficado na Babilônia, depois da volta do cativeiro. No Egito e em Cirene habitavam quase em igual quantidade, e em Roma e em outras grandes cidades formavam grandes colônias. Quão largamente eles estavam dispersos, pode deduzir-se da lista dada por Lucas na sua narrativa a propósito dos acontecimentos no dia de Pentecoste (At 2.1 a 11). Com qualquer outro povo o resultado da sua dispersão teria sido o desaparecimento das suas particularidades nacionais, se não raciais, e também o serem absorvidos pelas nações nas quais foram habitar. Todavia, já se vão 2.000 anos, e nota-se que eles continuam em vida separada, obedecendo, porém, às leis dos diferentes povos, conformando-se com os seus costumes, e falando a sua língua. Conquanto tenham percorrido todas as nações, é ainda o hebraico a sua língua nacional, e a sua religião é ainda o antigo culto de Israel. Através de todas as dificuldades, embora súditos de muitos Estados, a verdade é que um judeu permanece sempre judeu, e somente judeu. Foi este poder de resistência às influências exteriores que os habilitou a restaurar o Sinédrio, passados alguns anos depois da total destruição de Jerusalém. Em duas gerações, com a maravilhosa vitalidade”, que sempre os distinguiu, puderam os judeus ‘recuperar em grande extensão os seus números, a sua riqueza, e o seu espírito indomável’. E é-nos fácil agora compreender como o tesouro do templo, tantas vezes arrebatado, era tão depressa substituído. Quando chegava às comunidades estrangeiras dos judeus a notícia de qualquer nova desgraça, eram por eles mandado dinheiro e homens a Jerusalém para o serviço do templo, e também para ser restabelecido o saqueado tesouro. As calamidades e misérias, que os judeus têm suportado, não podem talvez, comparar-se com os infortúnios de qualquer outra nação. o nosso Salvador chorou quando previu a rapina, o assassinato, o fogo, a pestilência, e outros horrores, que estavam para atormentar o povo escolhido. Quase todos os judeus modernos são fariseus na doutrina, embora eles não se chamem assim - e acham-se tão ligados à lei tradicional (isto é, oral), como o eram os seus antepassados. Eles nutrem um ódio implacável aos caraítas (uma seita dos Escrituristas), que aderem ao texto de Moisés, rejeitando as interpretações dos rabinos. Não há saduceus declarados, mas as doutrinas de muitos judeus ‘reformados’ não são dessemelhantes. Quanto aos samaritanos ainda restam cerca de 200, principalmente em Nablus.
JUDI
Foi o filho de Natanias. Foi enviado da parte de Joaquim, rei de Judá, para buscar o livro das Profecias de Jeremias. Mas apenas leu o rei duas ou três páginas, rasgou o livro e lançou-o no fogo. (Jer 36, 14).
JUDITE
Filha de Beeri, o heteu e uma das mulheres de Esaú (Gn 26:34), também chamada Aolibama (Gn 36:2-14).
JUDITE, LIVRO DE
Um dos livros deuterocanônicos do antigo testamento da Bíblia. Possui 16 capítulos.
JÚLIA
Uma mulher cristã de Roma, a quem Paulo envia as suas saudações (Rm 16:15). Supõe-se que seja a mulher de Filológo.
JÚLIO
Augusta ou guarda-costas do imperador, sob a responsabilidade de quem Paulo foi enviado como prisioneiro para Roma (At 27:1, 3, 43). Tratou Paulo “humanamente”, mostrando sempre uma consideração amigável para com ele.
JUIZ
Título dado aos líderes que libertaram Israel da opressão inimiga, ou o governaram entre Josué (1200 aC) e o início da monarquia (1030 aC). Ver a Introdução ao livro dos Juízes e as notas em (Ex 18,13-27 e Jz 2,18).
JUIZES, LIVRO DOS
A autoria e a data deste livro não podem ser conhecidas com certeza. Segundo uma antiga tradição judaica, foi Samuel quem o escreveu, e isto não parece ser impossível. Certamente foi escrito antes dos acontecimentos narrados em (2 Sm 5.6 a 9; Jz 1.21.) Todavia, pelas expressões usadas em (17.6 - 18.1 - 19.1, e 21.25), concluem alguns críticos que o livro é obra de um partidário apaixonado da monarquia, que não parece ter vivido quando o governo real tinha degenerado extraordinariamente. Por isso é possível que tenha sido escrito no reinado de Davi ou de Salomão, podendo ter sido os seus autores os profetas Natã e Gade. A cronologia do livro tem sido muito discutida. As principais datas são as seguintes: l. Afirma-se em 1 Rs 6.1 que a edificação do templo foi iniciada por Salomão ‘no ano 480, depois de saírem os filhos de Israel do Egito’. 2. O juiz Jefté declara (Jz 11.26) que Israel habitou 300 anos (certamente um número redondo) em Hesbom e no território de além- Jordão. Veio depois a opressão dos filisteus por 40 anos (13.1), estando incluído, provavelmente, neste período de tempo o juizado de Sansão (20 anos, 15.20). E deste modo temos uma totalidade de 390 anos, entre a opressão de Cusã-Risataim e a morte de Sansão. A tomada da arca, que foi causa da morte de Eli, foi evidentemente antes das principais proezas de Sansão contra o poder da Filístia, e por isso os primeiros caps. do primeiro livro de Samuel, devem colocar-se antes de (Jz 15.16. 4), o apóstolo Paulo (At 13.20), em conformidade ao texto aceito especifica ter sido de quase 450 anos o período dos juizes. Mas esta versão é duvidosa. Segundo alguns críticos, as genealogias mostram que o período dos juizes é muito mais curto do que geralmente se supõe. E dizem: entre Naasom, um príncipe da casa de Judá, quando os israelitas entraram na terra de Canaã, e Davi, seu descendente, só quatro nomes são dados (Salmom, Boaz, obede, Jessé). ora estes, seja qual for a maneira de contar, haviam de tomar um espaço demasiadamente pequeno - e deve ter havido omissões, o que faz que as tábuas genealógicas sejam em si mesmas um guia insuficiente. os assuntos do livro dos Juízes: Uma descrição das diversas guerras, que contra os cananeus foram sustentadas depois da morte de Josué - e vem depois um esboço dos acontecimentos durante o tempo do juizes, constituindo isto uma introdução às narrativas que se seguem (1 a 3.4). Os israelitas são oprimidos por seus inimigos, e são libertados pelos juízes. Compreende esta parte do livro: a sujeição aos reis da Mesopotâmia e de Moabe, e o seu livramento pela ação de Otniel e de Eúde - a libertação das tribos ocidentais, sendo Sangar o juiz (3.5 a 31) - as do norte oprimidas por Jabim, rei de Canaã, sendo os israelitas defendidos por Débora e Baraque (4.5) - são libertadas as tribos setentrionais e orientais, que saíram do jugo dos midianitas pelo valor de Gideão (6 a 9) - os governos de Tola e Jair - o libertamento de Israel, sendo Jefté o juiz que os livrou do poder dos amonitas - e os governos de Ibsã, Elom, e Abdom (10 a 12) - a sujeição dos israelitas aos filisteus, sendo Sansão o seu libertador (13 a 16). E terminam as narrativas regulares. Um apêndice que, provavelmente, foi composto em DATA posterior, pormenorizando fatos que aconteceram não muito depois da morte de Josué, e por conseqüência num tempo anterior à maior parte da história dos juizes. Trata-se de uma narrativa que diz respeito à introdução da idolatria entre os israelitas, e à conseqüente corrupção e castigo deste povo. Por exemplo: o caso dos ídolos de Mica, que foram roubados pelos daneus (17,18) - e o brutal ultraje, cometido pelos homens de Gibeá, de que resultou uma terrível guerra civil, na qual foi quase destruída a tribo de Benjamim (19 a 21). São freqüentes no A.T. as alusões a acontecimentos do tempo dos juizes, e encontram-se, por exemplo, em (1 Sm 12.9 a 11 - e 2 Sm 11.21 - e Sl 78.56 - 83.9 a 11 - 106.34 a 45 - Is 9.4). No N.T. as principais referências acham-se em (At 13.20, e Hb 11.32).
JUÍZO, DIA DO
Em S. Mateus (25.31 e seg.) o julgamento dos homens não atinge somente os discípulos declarados de Jesus Cristo, mas ‘todas as nações’, o termo é geralmente empregado nas Escrituras para descrever o julgamento dos gentios - é, então, universal. E parece ser uma referência especial a fatos da vida cristã. Aqueles que mereceram as palavras de Jesus ‘vinde benditos de meu Pai’ não sabiam que haviam servido a Cristo, mas o Espírito Santo lhes tinha inspirado atos de beneficência e de caridade (At 16.31 - 1 Co 15.24 a 26: 1 Ts 4.14 a 17). É referindo-se ao dia do juízo que S. Pedro diz: ‘ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra têm sido entesourados para o fogo, estando reservados para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios’ (2 Pe 3.7), o tempo fixado pelo Apóstolo para a destruição dos céus e da terra pelo fogo, isto é, o dia do juízo e castigo dos ímpios, mostra que ele não tem em vista apenas uma cidade ou nação, como alguns têm pensado, mas a própria terra, com todos os maus que nela têm vivido. Um ‘juízo universal’ se crê ser requerido pela justiça de Deus (2 Ts 1.6,7) - e é sugerido pelas acusações da consciência natural (Dn 5.6 - At 24.25 - Rm 2.1 a 15) - pela relação que há entre o homem e Deus, entre a criatura e o Criador (Rm 14.12) - e pela ressurreição de Jesus Cristo (At 17.31 - Rm 14.9). Acha-se claramente indicado nas Santas Escrituras (Mt 25 - At 24.25 - Rm 2.1 a 16 - 3.6 - 14.10,11 - 2 Co 5.10 - 1 Ts 4.16,17 - 2 Ts 1.7,10 - Jd 14,15), o tempo do juízo será depois da ressurreição, segundo se lê em (2 Tm 4.1, e Hb 6.2). Há um dia determinado (At 17.31), mas que não é conhecido dos homens (2 Ts 2.1 a 14). Quanto ao modo de se efetuar, começará o juízo pela abertura de certos livros (Ap 20.12). Entre esses se tornará patente o livro das memórias do Senhor (Ml 3.16) - o livro da consciência (Rm 2.15) - e o livro da Vida, em que os nomes dos justificados se acham escritos (Lc 10.20 - Ap 3.5 - 20.12,15). Quanto ao Juiz, declaram as Sagradas Escrituras que Deus julgará o mundo por meio de Jesus Cristo (At 17.31). Deus trino será o Juiz, tendo em consideração a autoridade original, o poder e o direito de julgamento, mas a obra é destinada ao Filho (Rm 14.9,10) - que aparecerá na Sua natureza humana (Jó 5.27 - At 17.31), com grande poder e glória (1 Ts 4.16,17). Será, então, invisível a todos, e descobrirá os segredos dos corações (1 Co 4.5). Terá plena autoridade sobre todos (Mt 28.18), e com reta justiça procederá (2 Tm 4.8). É este dia a grande esperança do cristão, porque então será ressuscitado, ficando completa a obra de redenção. JUÍZOS DE DEUS, os juízos do Altíssimo são os castigos que os homens recebem pelos seus crimes particulares (Gn l.19 a 24 - Êx 14 - At 12.23, etc.). Todavia, é preciso não ir longe nas nossas deduções, tratando-se de acontecimentos como a queda da torre de Siloé (Lc 13.4). Além disso, os julgamentos precipitados são proibidos (Mt 7.1 - 1 Co 4.5). o ‘juízo’ a que se faz referência em (Mt 5.22), era o de um tribunal local, constando, segundo a tradição rabínica, de vinte e três juizes.
JULGAMENTO (JUÍZO)
As questões judiciais na sociedade israelita se resolviam diante de testemunhas (os anciãos) ou eram levadas à decisão de um juiz (Dt 1,16s). Podia-se também recorrer a um tribunal superior, seja ao templo (17,8-13), seja à decisão divina dada pelo ordálio (Nm 5,11-31 e nota). O rei podia também julgar questões (1Rs 3,16-28). Para contornar os abusos nos julgamentos (Sl 58; 94) foram estabelecidas normas legislativas (Ex 23,1-9; Dt 16,18s). A ação de Deus na história é apresentada como um julgamento. Deus ora liberta seu povo ora o pune por causa das infidelidades (Dt 32,36; Jr 30,11-13). O julgamento de Israel e das nações se dará no dia do Senhor (Am 5,18). No NT o julgamento é relacionado com Jesus (Jó 3,17-21; 8,15; 12,31). O cristão deve viver na expectativa do julgamento do último dia, que marcará o triunfo definitivo de Cristo (Mt 25,31; 1Ts 4,16; 2Ts 2,3-10).
JUMENTO
A freqüência com que se menciona na Bíblia o jumento mostra o grande uso que desse animal se fazia em todos os tempos, nas terras de que trata a Bíblia. As referências a este animal podem, ultimamente, formar cinco grupos, em conformidade com os nomes hebraicos das diferentes espécies no original. 1) o primeiro é o clamor, o nome ordinário do burro doméstico, macho ou fêmea, porém mais propriamente o macho. Nos países orientais é o burro um animal de mais valor do que entre nós - é mais corpulento, e se tem com ele todo o cuidado. Pode fazer uma jornada de um dia, andando a meio galope, e tem uma maneira viva e fogosa de caminhar. A raça é cuidadosamente selecionada, valendo 40 libras (entre 500 e 600 cruzeiros) um burro da Síria, quando tenha sido bem tratado. A cor e as marcas do burro doméstico são quase as mesmas por toda a parte, sendo a cor parda a mais geral. Há, contudo, na Síria uma variedade de jumentos brancos, de grande preço pela sua beleza, embora essa espécie seja de feição delicada. Somente reis e pessoas ricas montavam sobre este animal, que principalmente se criava nas cercanias de Bagdá e Damasco. Débora e Baraque dirigem-se aos poderosos de Israel, dizendo-lhes: ‘vós os que cavalgais jumentas brancas’ (Jz 5.10). Entre os judeus montavam jumentos as pessoas de mais honra, os jumentos são também empregados na cultura das terras, e para transportarem cargas. Abraão foi num jumento desde Berseba até ao monte Moriá (Gn 22.3). (Jz 10.4 a 12.14). As mulheres também montavam em jumentos. Acsa e Abigail são particularmente mencionadas, como passeando ou viajando assim (Jz 1.14 e 1 Sm 25.20). Ainda que o jumento era considerado animal de importância, não era empregado na alimentação, a não ser em tempo de fome (2 Rs 6.25), pois pertencia ao número dos animais imundos pela lei de Moisés, visto como não remói e tem casco inteiro. 2) A segunda palavra, athon, é sempre traduzida por mula ou jumenta. Balaão ia montado sobre uma jumenta (Nm 2L23) - a abastada sunamita albardou a sua jumenta para ir procurar o profeta Eliseu (2 Rs 4.24) - Saul andava em busca das jumentas de Quis (1 Sm 9.3) - e Jedias tinha a seu cuidado as jumentas de Davi (1 Cr 27.30). Eram mais valiosas do que os jumentos, e sabemos que parte da riqueza de Jó constava de mil jumentas (Jó 42.12). 3) O terceiro termo, aiir, significava sempre um jumento novo, freqüentemente usado para passeio (Jz 10.4 e 12.14). Jesus Cristo fez a sua entrada triunfal em Jerusalém montado sobre uma jumenta, vindo um jumentinho com ela, o animal escolhido não o foi por ser o tipo da mansidão, como geralmente se supõe, mas sim por ser considerado em certa elevação, e julgado, por isso, próprio para levar o Rei de Israel (Mt 21.2,5,7). 4, 5) O quarto e quinto termos, pere e arod, são invariavelmente aplicados ao jumento selvagem , ainda que provavelmente se achem indicadas duas espécies diferentes (Jó 39.5 - Sl 104.11 - Is 32.14 - Jr 2.24 - Dn 5.21 - os 8.9). O burro selvagem já se não encontra na Palestina ou no monte Sinai, mas, pela freqüente menção que dele se faz no A.T., deve ter havido abundância desses animais naqueles tempos antigos. Todos os jumentos selvagens são velozes corredores, e vagueiam sobre largas áreas à procura de pastagem.
JUNCO
Gênero de plantas delgadas e flexíveis que crescem em terrenos húmidos. Os juncos são utilizados para tecer cestos, esteiras e assentos de cadeira. Antigamente, usava-se a medula dos caules para fazer pavios de velas. Algumas espécies são cultivadas como plantas ornamentais. Espécies de juncos são usadas como fontes de alimento por larvas de algumas espécies de Lepidoptera. O junco é muito comum nas costas do Mar Mediterrâneo, nas Américas e África. Mencionado em (Jó 8:11, 9:26, 41:2 e Isa 9:14, 18;2, 19:15, 58:5).
JUNIA
Um cristão de Roma, a quem Paulo envia as suas saudações, assim como a Andrônico (Rm 16:7).
JÚPITER
O deus supremo da mitologia romana (em grego, Zeus), que o povo de Listra supunha ter descido do céu na pessoa de Barnabé (At 14.12). Na mesma ocasião pensou aquela gente que Paulo era Mercúrio (em grego Hermes) pela sua eloqüência.
JUSTIÇA (JUSTO)
A justiça no A.T. não é apenas distributiva, que consiste em “dar a cada um o seu” (Êx 23,6-8; Dt 25,15) ou cumprir os deveres cívicos, mas inclui também a perfeição moral religiosa. Ser justo é não cometer maldade (Sl 15,2), agir de acordo com a vontade de Deus (Gn 6,9; Ez 14,20; 18,5), respeitar o direito dos fracos e dos pobres (Is 28,6; Am 1,3-2,8; 5,7). Praticar a justiça é amar ao próximo (Mt 25,37.46; 1Jó 3,10). Sem a prática da justiça o culto perde seu significado (Sl 50; Is 1,10-20; Eclo 34-35). Só conhece a Deus quem pratica a justiça (Jr 22,16). Deus é justo enquanto age de acordo com a sua própria natureza. Ele pune os inimigos do povo eleito (Dt 33,21) e os pecadores de Israel (Am 5,20; Is 5,16), mas também é fiel às suas promessas de salvação (Rm 1,17), tornando o homem agradável a Deus pela graça (3,5.20-30). No NT são chamados “justos” os que no AT esperavam o Reino, observando a Lei (Mt 1,19; 21,32; Mc 6,20; Lc 23,50; At 10,22.35). A justiça cristã é ainda conformidade com a Lei (Ef 6,1; Rm 2,12-14.25s; Mt 5,20-6,1; 23,4-7; Fl 4,8; 1Ts 2,10). Devido ao pecado, a Lei torna-se insuficiente para conseguir a justiça (Rm 3,20s; 7,7-13; Gl 3,15-22). Cristo é o único modelo desta justiça (Hb 1,8; 1Jó 3,7; 1Pd 2,21): realizando-a com a sua morte e ressurreição (1Pd 3,18-22; At 3,15; Rm 5,18; 1Cor 1,30; 2Cor 5,21). A justiça cristã torna-se assim um dom de Deus através de Cristo (Rm 3,21-31; 5,1-10; Fl 3,9), é um estado novo e permanente (Ef 4,20-24; 2,15), é uma participação na filiação divina (1Jó 2,29; 3,7-10; Rm 8,28-30). O Espírito Santo substitui a Lei como princípio interior de retidão: é a Lei da liberdade (Rm 8,2-11; Tg 1,25; 2,12). E um estado de santidade (Rm 6,19; 1Cor 1,30; Rm 1,17; Fl 3,9s). Esta justiça tem como fruto as “obras da luz” (Ef 5,9-11; 6,14-18; Fl 1,9-11; 2Tm 2,22).
JUSTIFICAÇÃO
Justificar é declarar alguém inocente (Dt 25,1; Is 5,23). O plano de Deus é justificar a muitos homens por meio do sofrimento de seu Servo (Is 53,11). Jesus veio para justificar os pecadores (Mt 9,13). A justificação se obtém não pelas boas obras mas pela fé em Jesus Cristo (Rm 3,21-4,25; Gl 2,15s; Ef 2,1-12). É um dom gratuito de Deus em Cristo (Rm 3,23-25; 4,5-8; 5,9-11.18-21; Tt 3,7). É efeito da obediência, da morte e ressurreição de Cristo (Rm 5,19; 3,24s; Gl 2,21). Supõe um ato de fé (Rm 3,26-30; 5,1; 10,6; Gl 2,16-21; 3,6-12) e recebe-se no batismo (Tt 3,5-7; Rm 6,1-14; Ef 4,22-24). Justificado, o homem recebe o perdão dos pecados e participa da vida divina pela graça.
JUSTO
1) O sobrenome de José, também chamado Barsabás, que foi nomeado para suceder como apóstolo a Judas Iscariotes (At 1.23). 2) Um crente de Corinto, hospedeiro de Paulo (At 18.7). 3) Um cristão romano, judeu, que estava com Paulo, quando este escreveu a sua epístola à igreja de Colossos, e a quem o Apóstolo chamou cooperador (C14.11). O seu primeiro nome era Jesus.
JUSTO, LIVRO DOS
Continha uma coleção nacional de baladas, cujos assuntos eram as grandiosas ações dos heróis judaicos. (Js 10.13 - 2 Sm 1.18). Em acrescentamento às duas referidas passagens, pensa-se que um terceiro fragmento do livro existe em (Nm 21.14). Muitas suposições se têm feito com respeito à forma e história do livro, mas nada mais é realmente conhecido. Tem havido várias falsificações do Livro dos Justos, que como tais foram descobertas.



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