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OLA SOU ELIANE RAMOS, APÓSTOLA DA IALJAN E QUERO APRESENTAR MEU TRABALHO

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NO AR DESDE 31 DE JANEIRO DE 2014


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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

DICIONÁRIO BÍBLICO LETRA (E)

Dicionário Bíblico

Letra E


EBAL
1) Uma das mais altas montanhas da Palestina central com cerca de 940 m. Situa-se a norte do Monte Gerizim, do qual está separada por um estreito vale. Na saída deste vale situa-se a importante cidade de Siquém. Foi o local para onde Moisés conduziu os israelitas depois de atravessarem o Jordão. Aí erigiram um altar e umas grandes pedras caiadas com cal, onde a lei deveria ser escrita (Dt 27:1-8). Moisés ordenou que seis das tribos hebraicas (Rúben, Gade, Aser, Zebulom, Dã e Naftali) permanecessem nas encostas do Monte Ebal, tendo depois pronunciado as maldições que recairiam sobre os transgressores da Lei (Dt 27:13-26; Dt 28:15-68; etc.). As outras seis tribos permaneceriam nas encostas do Monte Gerizim enquanto ele pronunciaria as bênçãos (Dt 11:29; Dt 27:11, Dt 27:12; Dt 28:1-15). Pouco depois de os israelitas terem invadido Canaã, cumpriram estas ordens (Js 8:30-35). O Pentateuco Samaritano lê “Gerizim” em vez de “Ebal”, em (Dt 27:4), uma vez que Gerizim era a montanha sagrada dos samaritanos. 2) Filho de Sohal. descendente de Seir. (Gên 36. 23).
EBES
Cidade de Issacar citada em (Js 19:20).
EBDEMELEC
Significa escravo do rei ou servo do rei.
EBENÉZER
Pedra de auxílio. Uma pedra memorial erigida por Samuel, depois de libertados dos filisteus os israelitas (1 Sm 4.1, 5.1 e 7.12). Isto foi feito em um certo lugar que ficava entre Mispa, a ‘torre de vigia’, à distância de oito quilômetros ao norte de Jerusalém, e Sem.
EBROM
Cidade de Asser citada em (Js 19.28)
ECLESIASTES
O livro de Eclesiastes faz parte dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã e judaica. O Livro tem seu nome emprestado da Septuaginta, e na Bíblia hebraica é chamado Kohelet. Embora tenha seu significado considerado como incerto, a palavra tem sido traduzida para o português como pregador ou preletor. Faz parte dos escritos atribuídos tradicionalmente ao Rei Salomão, por narrar fatos que coincidiriam com aqueles de sua vida.
ECLESIASTES, LIVRO DO
O Eclesiastes acha-se agora classificado entre os sagrados escritos, que fazem parte dos ‘Livros da Sabedoria’. Estas obras distinguem-se na sua substância e na sua natureza das dos Profetas. Elas são mais refletivas e éticas do que a expressão de uma direta mensagem de Deus, não se vendo no livro as explicativas palavras ‘assim diz o Senhor’. E, na verdade, o nome do Senhor não se acha no Eclesiastes. Título e Autor, o nome português deste livro, tirado da versão grega, significa o ‘pregador’, aquele que fala a uma assembléia. Esta pessoa deve ser a de Salomão, mas idealmente, como se o seu espírito falasse assim: eu fui rei. Tem sido geral a crença de que Salomão foi realmente o seu autor, afirmando-se que o livro encerra as reminiscências das horas de arrependimento e as sábias conclusões da sua avançada idade. Segundo esta maneira de ver, aquele sábio monarca, que foi tão ricamente dotado de sabedoria, afastou-se de Deus, procurando a felicidade nas coisas do mundo e na prática da idolatria (1 Rs 11.1 a 13) - mas nos seus últimos anos, reconhecendo bem a sua loucura, deixa registrada no Eclesiastes a sua experiência, depois de haver proclamado em tempos áureos as grandes verdades da vida perante todos aqueles que de todas as partes vinham à sua corte, para serem instruídos com a sua famosa sabedoria. Conteúdo. Enquanto as grandiosas lições deste livro estão sendo claramente expostas, não se pode de forma alguma traçar o curso do pensamento. Depois de uma introdução geral, apresentando ao leitor o assunto e o desígnio (1.1 a 11), o Pregador recorda a sua experiência pessoal na sua procura da felicidade, mostrando que nem os prazeres da vida, nem mesmo as obras da inteligência lhe puderam dar (1.12 a 2.23) - e conclui dizendo que a melhor coisa é a gente regular a sua maneira de viver segundo as inalteráveis disposições da Divina providência (2.24 e 3.15), o autor faz então as suas observações sobre a vida doe homens, especialmente nas suas relações sociais, achando nisto vaidade (3.16 e 4.16), e algumas admiráveis considerações ele apresenta sobre isso (5.1 a 9). Renova as suas observações, considerando os homens como indivíduos, e expõe a decepção que sofrem os egoístas e avarentos (5.10 e 6.12). Então ele apresenta algumas máximas de sabedoria prática para suavizar estes males, mas admitindo que nem sempre dão resultado (7.1 e 9.10) - e acrescenta algumas das mais impressionantes e preciosas instruções, tendo em vista a aplicação da sabedoria às várias circunstâncias da vida, com o fim de se conseguir a maior felicidade possível (9.11 e 11.6), isto conduz à exposição dos mais altos pensamentos da sabedoria, produzindo uma serena esperança nos homens, e preparando-os para a velhice, morte e juízo (11.7 e 12.7). E da exibição da sua doutrina chega o Pregador a esta conclusão: (1) que as coisas do mundo não podem fazer verdadeiramente felizes os homens (12.8) - (2) que somente a sabedoria divina pode ensiná-los a alcançar a melhor vida com a sua imperfeita natureza humana (12.9 a 12) - e que essa sabedoria celestial prescreve que se cultive uma piedade humilde e respeitosa (12.13), na expectativa de um futuro de perfeita harmonia e retribuição, como sendo a melhor coisa para o homem na terra (12.14).
ECLESIÁSTICO, LIVRO DO
Este é o titulo latino de um livro, que está compreendido entre os Apócrifos, e que na Versão dos Setenta se chama ‘Sabedoria de Jesus, filho de Siraque’. Jesus ben Siraque, a quem se atribui a obra, parece ter sido um judeu da Palestina, ardente estudioso das Escrituras hebraicas, bem como grande patriota que sentia orgulho pelos grandes homens da sua nação, e que era ao mesmo tempo um viajante, minucioso observador das coisas, o prólogo do livro é obra do neto do autor, que cerca do ano 130 a.C. traduziu em grego a obra hebraica, que devia ter sido escrita pouco depois do ano 200 a.C. Até há pouco tempo o Eclesiástico somente era conhecido pelas versões, tendo sido a grega e a siríaca feitas do original hebraico, e a latina da tradução grega. Mas ultimamente foram descobertos e examinados vários fragmentos do original hebraico. Foi pela primeira vez intitulado Eclesiasticus por Cipriano, no terceiro século, d.C. Considerando a vida sob os três aspectos social, doméstico e civil, o livro reconhece a paternidade de Deus, trata da Sabedoria, e refere-se à Lei de Moisés. Algumas partes da obra são escritas com elevação, como o Louvor da Criação (42.15 a 43.33) e o Elogio dos homens famosos (44 a 50). É este livro o mais belo monumento que possuímos da literatura judaica não-canônica.
ECUMÊNICO
Movimento que prega a unificação das igrejas protestante e católica.
ÉDEN
Jardim ou paraíso, que Deus preparou para receber o homem (Gn 2.8). Lugar onde se acharam colocados o Pai e a Mãe do gênero humano, e de onde foram expulsos por haverem transgredido a proibição do Criador. Julga-se que estava situado na Mesopotâmia. Uma fonte que havia naquele local dividia-se em quatro ramos, origem dos quatro rios, dos quais era o primeiro o Fison; o segun­do, Geon; o terceiro, Tigre e o quarto, o Eufrates. Outras referências ao Éden ‘o Jardim do Senhor’, se acham em (Is 51.3 - e em Ez 28.13 - 31.9 e 36.35). Nestas passagens, como na narrativa do Gênesis e em outros lugares, usa-se a palavra persa paraíso ou jardim do Senhor. E por isso no N.T. o Paraíso vem a ser o restaurado Éden, a ideal habitação dos bem-aventurados (Lc 23.43 - 2 Co 12.4 - e Ap 2.7).
EDER
1) Chama-se a ‘torre de Eder’ o lugar onde Jacó permaneceu entre Belém e Hebrom (Gn 35.21). Também chamada Torre do Rebanho. Era uma das torres que serviam para os pastores vigiarem os rebanhos. Também serviam de lugares de abrigo, ou ainda como pontos de reunião. A torre de Eder ficava afastada de Belém cerca de 1600 metros. Em (Mq 4.8), parece estar empregada á torre de Eder pela própria cidade de Belém, como terra natal do Messias. 2) Cidade da fronteira, na extremidade sul de Judá (Js 15.21). 3) Foi neto de Merari, filho de Levi (1 Cr 23.23). 4) Local ao sul de Judá (Js 15:31) Também chamada Torre do Rebanho.
EDOMITAS
Nome dos descendentes de Esaú, irmão de Jacó (Gn 25,25.30; 33,1-17; Ab 9-15 e notas). Eles ocupavam a região ao sul do mar Morto, dos dois lados do vale da Arabá, até o Golfo de Ácaba. 2) A terra dos edomitas, chamada Udumu em inscrições acadianas e Idwn em textos hieroglíficos egípcios, originalmente, terra de Seir (Gn 32:3; Gn 36:20, 21, 30; Nm 24:18). Edom incluía a depressão chamada Arabá, que se estendia desde o Mar Morto até ao Golfo de Ácaba e que se situa no deserto de Edom (2Rs 3:8, 20). Também inclui o território montanhoso em ambos os lados de Arabá. São compostas por pedra arenosa, pedra calcária e pórfiro, com veios de cobre e ferro em algumas zonas. Partes de Edom poderiam ser usadas para fins agrícolas (Nm 20:17-19) mas a maior parte do país era estéril (Ml 1:3, 4). No tempo dos gregos, o nome Iduméia foi utilizado para mencionar Edom e aplicado à zona oeste de Arabah e sul de Judá, zona para a qual os edomitas tinham sido expulsos por pressão dos nabateus.
EDRAÍ
1) Cidade fortificada, sobre um promontório roqueiro, que se salienta no ângulo sudoeste do Lejá. Foi uma das duas principais cidades de Basã, e o ponto da derrota de Ogue pelos israelitas (Nm 21.33 a 35 - Dt 1.4 - 3.10 - Js 9.10 - 12.4 - 13.12). Foi cedida à meia tribo oriental de Manassés (Js 13.29 a 31) - mas depois disso não lhe é feita qualquer outra referência. 2) Cidade de Naftali ao norte da Palestina (Js 19.37), à distância de três quilômetros ao sul de Quedes.
EFÃ
1) Um dos cinco filhos de Midiã e neto de Abraão (Gn 25:4). A cidade de Efã, à qual ele deu o nome, é mencionada em (Is 60:6, 7). Esta cidade, juntamente com o território que a rodeava, formava uma parte de Midiã, a Este do Mar Morto. Era uma região onde existiam muitos dromedários e camelos (Jz 6:5). 2) Uma concubina de Calebe (1Cr 2:46). 3) Efã é uma palavra de origem egípcia que designa uma medida de capacidade, equivalente a 45 litros ou três arrobas, mencionada em (Ex 16:36). 4) Um descendente de Judá (1Cr 2:47).
ÉFESO
Importante cidade do litoral oeste da Ásia Menor, desde 133 a.C. capital da província romana da Ásia. Foi fundada por colonos provenientes principalmente de Atenas. Ciro, o Grande, incorporou a cidade ao império persa e Alexandre a libertou em 334 a.C.. Com o surgimento do cristianismo, Éfeso foi uma das primeiras cidades cuja pregação dos apóstolos alcançou. Atualmente, pertence à Turquia. Em Éfeso existia um dos maiores teatros do mundo, com capacidade para 25.000 espectadores de uma população total estimada em cerca de 500.000 habitantes. Era a quinta mais populosa cidade do império. Também em Éfeso surgiram as condições para uma mudança fundamental no pensamento do Ocidente, durante os séculos VII e VI a.C. Éfeso e Mileto, também na Ásia Menor, são berços da filosofia. Em 133 a.C. Éfeso foi declarada capital da província romana da Ásia, mas pesquisas arqueológicas revelam que Éfeso já se constituía em centro urbano antes de 1000 a.C., quando era ocupada pelos jônios. Nos tempos apostólicos, Éfeso foi uma das cidades do Império Romano onde o cristianismo mais se difundiu. Os apóstolos Paulo e João pregaram na cidade. A igreja que havia em Éfeso no fim do primeiro século de nossa era foi uma das sete igrejas mencionadas no Apocalipse, ao lado de Esmirna, Pérgamo, Sardes, Tiatira, Filadélfia e Laodicéia. A cidade também foi sede de dois concílios. Nela se localizam ruínas da Basílica de São João, o Teólogo. Famosa pelo seu templo de Ártemis e pelas práticas de feitiçaria. Paulo passou por Éfeso durante a segunda viagem (At 18,19-21) e ali se deteve por três anos durante a terceira viagem missionária (19,1-20,1). O sucesso de sua pregação fez com que muitos queimassem seus papiros mágicos (19,18s), mas suscitou também tumultos, levando Paulo a abandonar a cidade.
EFÉSIOS, ESPÍSTOLA AOS
A data em que foi escrita a epístola do Apóstolo Paulo pode ser deduzida da narrativa. Foi escrita pelo mesmo tempo em que o foram as dirigidas aos Colossenses e a Filemom, quando Paulo era prisioneiro em Roma. Ele está antevendo a rápida decisão do seu caso, e o seu termo, ou na morte, ou, como julga mais provável, no seu livramento (Fp 1.25,27 - 2.23,24). Parece, também, que os Filipenses tiveram tempo de ouvir falar da sua prisão e haviam, por isso, contribuído com certa quantia para auxiliar o Apóstolo - mais tarde foram informados da doença do seu mensageiro Epafrodito em Roma, recebendo posteriormente S. Paulo notícias dos seus cuidados a respeito deles (Fp 2.25 a 30 - 4.10 a 18). Sem dúvida a carta foi escrita de Roma pelo ano 62 ou 63d.C. (60 ou 61 na cronologia revista). E é provável que, na sua origem, fosse á epístola aos Efésios uma carta circular (epístola de Laodicéia, Cl 4.16), que devia ser dirigida a todas as igrejas da Ásia Menor. A ocasião da epistola faz lembrar o ministério de S. Paulo em Éfeso. A sua primeira visita a Éfeso foi por pouco tempo, incluindo apenas um sábado, quando lá estava de volta, na sua segunda viagem missionária. Mas a obra por ele principiada entre os judeus foi sustentada por Aqüila e Priscila, e também por Apolo (At 18.19 a 21, 24, 26) - e de tal modo trabalharam estes cooperadores de Paulo, que este achou, já na sua segunda visita, algumas preparações para os seus posteriores trabalhos. E continuou trabalhando por mais de dois anos, não obstante fortes perseguições (At 20.19 - 1 Co 15.32), e pôde colher notáveis frutos do seu trabalho entre judeus e gentios, não somente na cidade, mas por toda a província (At 19.10). E desta maneira foram fundadas as ‘sete igrejas da Ásia’. Na sua evangelização zelosa e persistente (At 20.18 a 20), Paulo organizou na própria cidade de Éfeso uma grande e florescente igreja, à qual, no ano seguinte, na sua última viagem a Jerusalém, por meio dos seus anciãos ou presbíteros ele dirigiu solenes palavras de despedida (At 20.17 a 35). Depois confiou esta igreja ao cuidado de Timóteo (1 Tm 1.3). As palavras da epístola têm um caráter distintivo. Não é bem uma epístola de feição pessoal, no mesmo grau em que foram compostas as outras cartas do mesmo autor. E, por outro lado, é notável pelos seus considerados e cuidadosos delineamentos sobre o proclamado Evangelho de Paulo. A sua linguagem é a de um coração apaixonado pela verdade, manifestando um ardente espírito, católico nos seus propósitos e generoso em todos os seus aspectos. Há muitos pontos de relação entre a linguagem da epístola aos Efésios e a da enviada aos Colossenses - e, também, é digno de nota o uso de algumas palavras e frases, que se lêem nestas mesmas cartas. Cinco vezes ocorre na epístola aos Efésios a hase ‘lugares celestiais’ ou ‘regiões celestiais’ - e não menos de doze vezes se encontra a palavra ‘graça’. A palavra ‘riqueza’ é, igualmente, por vezes empregada: ‘riqueza da sua graça’ (1.7 - 2.7) - ‘riqueza da glória’ (1.18 - 3.16) - ‘riquezas de Cristo’ (3.8). ‘Mistério’, no sentido de segredo outrora oculto, mas agora revelado, é termo de uso freqüente nas epístolas de Paulo, mas especialmente característico desta epístola, em que é empregado cinco vezes (1.9 - 3.3, 4,9 - 6.19), e sempre enfaticamente. A comparação que faz entre a igreja e um edifício suntuoso, e também a alegoria tirada da armadura de um soldado romano, são belamente expressivas nesta epístola (2.20 a 22 - e 6.13 a 17). A omissão de saudações pessoais foi já observada. Toda a matéria versada na epístola está dividida em duas partes principais: os capítulos 1 a 3 são principalmente doutrinais - e os 4 a 6 são quase inteiramente práticos.
ÉFETA
Quer dizer Abrivos. Jesus Cristo serviu-se desta palavra para curar a um surdo. Usada pela Igreja na administração do Sacramen­to do Batismo. (Mc 7, 34).
ÉFOD
1) Pode indicar uma estátua de um ídolo (Jz 8,27; 17,5) ou a parte da veste sacerdotal que continha a bolsa dos urim e tumim, usados para dar as respostas oraculares (Ex 25,7; 28,6). 2) Era uma espécie de vestido curto, no qual se punha o Racional, em que estavam as 12 pedras preciosas e os 12 nomes das tribos, sobre o peito do Sumo Sacerdote. (Êx 28, 8-32).
EFRÃ
Cidade onde nasceu Gedeão, e onde este homem valente der­rotou os quatro reis madianitas. Foi neste local que Abimelque, filho natural de Gedeão, matou com crueldade seus 70 irmãos. (Jz 6, 8. 9).
EFRAIM
Nome do segundo filho de José e Asenet (Gn 41,52), que passou também a ser o da tribo que dele descende. Foi chefe de uma das 12 tribos de Israel, por ser segundo filho e porque Jacó, seu avô, dando-lhe a bênção, o preferiu ao mais velho, pondo-lhe a mão direita na cabeça. (Gên 48, 14). Junto com Manassés é destacado nas bênçãos de Jacó (Gn 49,22-26) e de Moisés (Dt 33,13-17). Por extensão, Efraim, sobretudo na linguagem poética, engloba todas as tribos do reino do Norte (Jr 7,15). No N.T. é também o nome de um vilarejo para onde Jesus se retirou antes de sua paixão (Jó 11,54).
EFRAIM CIDADE DE
Cidade ‘vizinha ao deserto’, para onde Jesus Cristo se retirou, quando era viva a hostilidade dos judeus de Jerusalém (Jó 11.54). Ainda não se sabe se é idêntica àquela povoação, mencionada em (2 Sm 13.23), a qual ficava na vizinhança da herdade de Absalão.
EFRAIM, FLORESTA DE
A floresta ou bosque de Efraim (1 Sm 14.25 - 2 Rs 2.24) ficava ao oriente do Jordão, perto de Jabes-Gileade e foi um lugar memorável pela batalha que ali se travou entre Davi e o rebelde exército de Absalão (2 Sm 18.6).
EFRAIM, MONTE DE
Também se diz região montanhosa de Efraim. Deu-se este nome à cordilheira que se estende de norte a sul pelas terras de Efraim. Era fértil o solo tanto das rampas orientais como das ocidentais. (Js 17.15 - 19.50 - 207.)
EFRAIM, PORTA DE
Uma das portas de Jerusalém, perto daquela que é conhecida pelo nome de porta de Damasco (2 Rs 14.13 - 2 Cr 25.23 - Ne 8.16).
EFRAIM, TRIBO DE
Os descendentes de Efraim ocuparam uma das mais férteis regiões da Palestina, tendo o mar Mediterrâneo ao ocidente, e protegendo-os pelo oriente o rio Jordão. Ao norte era limitada pela tribo de Manassés, e era fechada ao sul pelas tribos de Dã e Benjamim. A família de Efraim tinha saído do Egito, em forte número (Nm 2.18,19) - e Josué, ele próprio efraimita, deu-lhe a porção de território acima descrita (Js 16.1 a 10). A arca e o tabernáculo por muito tempo permaneceram no território desta tribo, em Silo - e, depois da revolta e separação das dez tribos, esteve a capital do seu reino sempre dentro dos limites de Efraim, de maneira que a todo o povo se dá algumas vezes o nome de efraimitas (Jr 31.9, 18.20).
EFRATA
Cidade na tribo de Judá, atual cidade de Belém. Conhecida pelo nascimento de Ben­jamim, pela morte de Raquel e pelo nascimento do Salvador. (Gên 48, 7; Mt 2, 6).
EFRÉM
1) Cidade na tribo de Efraim. Foi o local onde Jesus Cristo retirou-se com os seus discípulos para os subúrbios dessa cidade, a fim de não cair nas mãos dos Judeus. (Jó 11, 54). 2) Na narrativa bíblica, Efrém era uma das filhas de Yossef.
EFROM
1) Filho de Zoar, um heteu. Dono do campo e da cova de Macpela que Abraão comprou por 400 siclos de prata (Gn 23:8-17; Gn 25:9; Gn 49:29,30).
EGITO
Por toda a história da Bíblia, desde que Abraão desceu ao Egito para ali habitar (Gn 12.10) por causa da grande fome que havia em Canaã, até àquele dia em que José, a um mandado do Senhor, se levantou às pressas, e, tomando de noite o menino e sua mãe (Mt 2.14), partiu para o Egito, achamos estarem em constante comunicação os israelitas e os egípcios. Na Sagrada Escritura o nome genérico do Egito é Mizraim: o Alto Egito é algumas vezes chamado Patros (Cp Is 11.11 - Jr 44.1 - Ez 29.14 com Dt 2.23 - Jr 47.4 - Ez 30.14 a 16). Uma designação poética do Egito é Raabe (Sl 87.4 e 89.10 - Is 51.9). Na sua parte física é o Egito limitado ao norte pelo mar Mediterrâneo - ao noroeste pelo ribeiro El-Aris (o rio do Egito em Nm 34. 5), a fronteira da Palestina, e pelo deserto sírio ou arábico até ao golfo de Suez, e deste ponto para o sul tem por limite a costa ocidental do mar Vermelho, ficando a oeste das terras egípcias o deserto da Líbia. Desde os tempos mais remotos têm sido marcados os seus limites meridionais nas cataratas de Assuã, a antiga Siene. O comprimento do Egito está em grande desproporção com a sua largura, visto que sendo aquele de 800 km, esta varia entre 8 km pouco mais ou menos (terra cultivável) e cerca de 130 km, que é toda a largura da fronteira marítima do Delta. A bem conhecida e afamada fertilidade do solo do Egito provinha, e ainda hoje provém, da fertilizadora influência das inundações anuais do rio Nilo, fato que já é notado no (Dt 11.10 a 12), quando ali se faz referência ao sistema de cultivar as terras por meio da irrigação. A Palestina, diz-nos a mesma passagem, era um país regado pelas chuvas, ao passo que o Egito tinha de ser laboriosamente regado pelo próprio homem — porquanto neste país as chuvas não são freqüentes, dependendo a fertilidade do solo da cheia anual do Nilo. E tira-se todo o proveito possível desta cheia, para a rega das terras, por meio de canais e abertura de regos. Fazer canais e limpá-los era uma das formas da ‘dura servidão, em barro e em tijolos’ (Êx 1.14), com que eram amarguradas as vidas dos israelitas no Egito. Não somente dependiam das cheias do Nilo a prosperidade, as riquezas e a fertilidade do Egito, mas também a sua própria existência é devida à mesma causa. O limo é trazido nas correntes que descem das montanhas e planaltos da Abissínia e de sítios que estão muito para o interior da África, e durante as inundações anuais deposita-se ele nas terras. No período das cheias, todo o país parece um conjunto de lagos, canais, reservatórios, estando tudo isto separado por diques e estradas alteadas. E não é tanto a saturação do solo, como o que nele se deposita, que produz tão largas colheitas. Logo que baixam as águas, começa a lavoura. A semente é lançada no chão umedecido, ou mesmo sobre a água que ainda cobre um pouco a terra, e sob a ação do quentíssimo sol aparecem com tal rapidez a vegetação e os frutos que se pode fazer uma série de colheitas. A transformada aparência do país em virtude das cheias anuais é simplesmente assustadora, o que era seco deserto de areia e pó converte-se, num curto espaço de tempo, em belos campos cobertos de verdura. Tão inteiramente estava os egípcios dependentes do rio Nilo, que eles o adoravam, prestando-lhe honras divinas, como sendo o primeiro de todos os seus deuses. Foi este culto pelo seu rio que tornou terrivelmente impressionante a praga das rãs e a da conversão das águas em sangue (Êx 7.15 a 25 - 8.1 a 15), o Egito, nas suas divisões políticas, achava-se dividido, desde tempos muito remotos, em nomos, ou distritos. Estes eram, outrora, praticamente reinos separados, sujeitos a um supremo governador, contando-se primitivamente trinta e seis, tendo cada um deles os seus especiais objetos de culto. Estes nomos foram diminuindo em número até que, no tempo de Isaías, não havia, provavelmente, mais do que dois. Somente duas das divisões se acham mencionadas na Sagrada Escritura, Patros e Caftor. Com respeito a uma certa divisão, a terra de Gósen, era, pelo que se dizia, uma das mais ricas terras de pastagem do Baixo Egito. A significação do nome é desconhecida, mas talvez seja derivado de Guse, palavra árabe que significa ‘o coração’, querendo dizer o que é escolhido, ou o que é precioso (Gn 45.18 - 47.11). Foi esta a província que José escolheu para ali estabelecer os seus parentes. Gósen ficava entre o braço mais oriental do Nilo, e a Palestina, e a Arábia. Fazia parte do distrito de Heliópolis, do qual era capital a notável com das Escrituras. Como era de esperar num país tão populoso como o Egito, havia muitas cidades, grandes e prósperas, dentro dos seus limites. Pouco sabemos das mais antigas povoações, a não ser o que tem sido respigado nos monumentos e inscrições dispersos. Tebas, uma das mais notáveis dessas cidades, era a antiga capital do Egito. Diz-se que esta famosa cidade foi edificada por Mizraim, filho de Cã, e neto de Noé. Foi também chamada Nô (Ez 30.14), Nô-Amom, e Dióspolis. Estava situada nas margens do Nilo, e era a sede do culto prestado ao deus Amom, achando-se enriquecida de magníficos templos e outros edifícios públicos. Quão grandiosa e forte era a cidade de Tebas, atesta-o a História, e a Sagrada Escritura o confirma (Na 3.8 a 10), quando a compara com Nínive, mas dando-lhe preeminência sobre essa cidade; outras importantes cidades eram Zoã (Sl 78.12) ou Heliópolis (Gn 41.45) - Pitom e Ramessés (Êx 1.11) - Sim (Ez 30.15) - Pi-Besete ou Bubastes (Ez 30.17) - Tafnes, ou Hanes (Jr 43.8 - Is 30.4) - Migdol (Jr 46.14) - Mênfis ou Nofe, cuja riqueza e fama são atestadas por antigos escritores, que chegaram a marcar-lhe um lugar superior ao de Tebas, sendo ela a maior cidade dos Faraós, a mais bem conhecida dos hebreus, com grande número de referências na Bíblia — Seveno (Ez 29.10) — e Alexandria, os egípcios já haviam alcançado um alto grau de prosperidade, quanto à vida luxuosa e aos seus costumes num tempo em que todo o mundo ocidental se achava ainda envolto no barbarismo, antes mesmo da fundação de Cartago, Atenas e Roma.
EGITO, RIO DO
Em (Gn 15.18) é assim designado o Nilo, significando o ramo pelusíaco, ou o ramo mais oriental. Noutras passagens a referência é a um rio do deserto, na fronteira do Egito, correndo ainda, de tempos a tempos, no Wady El-Arish, do centro da península do Sinai para o mar Mediterrâneo.
EGLÁ
Foi uma das esposas de Davi. Citada em (2 Rs 3, 5; l Par 3, 3)
EGLATE SELISIA
Uma cidade em Moabe (Is 15.5; Jr 48:34).
EGLOM
Cidade cananéia que pertencia à confederação que lutou contra Gibeom e que foi derrotada por Josué. A cidade foi atribuída a Judá (Js 10:3-23, Js 34-37; Js 12:12).
ELÃ
1) Filho de Sem. Deu o nome àquela parte da Ásia, chamada Eliméia onde reinou Codorlaomor, o 4º rei de Israel, o reino do norte, governando de 886 a 885 B.C. Foi morto por Zinri, um dos seus comandantes (1Rs 16:6, 8-10), cumprindo assim a profecia do profeta Jeú a Baása, o pai de Elã (1Rs 16:1-4). 2) Vale no qual o exército de Saul acampou, na altura em que se deu o combate entre David e Golias (1Sm 17:1, 2).
ELADA
Irmão de Eser e filho de Sutala. Tendo ido ocultamente para a cidade de Geth, com intenção de sobressaltá-la, os irmãos foram descobertos pelos habitantes, que os degolaram, (1 Par 7, 2).
ELASA
1) Sacerdote que casou com uma mulher estrangeira no tempo de Esdras (Ed 10.22). 2) Embaixador do rei Zedequias, que foi à Babilônia falar com Nabucodonozor. Ele também levava uma carta aos judeus, que estavam cativos na Babilônia (Jr 29.3).
ELASAR
Nos tempos de Abraão era Elasar a capital de um reino, sujeito a Elã. (Gn 14.1).
ELATE
Praia na terra de Edom, que hoje se chama Eilé, e que se achava situada na parte superior do golfo Arábico. Pertencia primitivamente aos idumeus, estando no país da Iduméia. Quando Davi conquistou Edom, e ‘em todo o Edom pôs guarnições’ (2 Sm 8.14), ele começou a estabelecer relações comerciais com o mundo exterior. Elate tornou-se porto de importância, e lugar de considerável grandeza. No reinado de Salomão veio a ser Elate, bem como o vizinho lugar Eziom-Geber, ainda mais importante por causa dos navios que o mesmo rei mandou construir e prover do necessário, com o fim de comerciar com Ofir e mandar vir dali ouro e outras preciosas mercadorias (2 Cr 8.17). Permaneceu o porto de Elate em poder dos israelitas durante 150 anos, sendo recuperado pelos Idumeus, no reinado de Jeorão (2 Rs 8.20). Todavia, foi retomado por Uzias, rei de Judá, que de novo o fortificou e o repovoou de súditos seus, restabelecendo o comércio com Ofir. Continuou em prosperidade até ao tempo de Acaz, que perdeu aquele importante lugar, tomando posse dele o rei de Damasco. Uma vez mais foi mudada a população da cidade, os judeus foram expulsos, desta vez para o bem deles, sendo substituídos pelos sírios, que ali foram postos pelo rei Rezim (2 Rs 14.22 - 16.6).
ELCANA
1) Foi o pai de Samuel, o profeta (1Cr 6:27,34). Era “um efratita” (1Sm 1:1,4,8) mas vivia em Ramá. Era um homem rico e ocupava uma alta posição. Teve duas mulheres: Ana, a mãe de Samuel e Penina. Da tribo de Levi. Ana, sua mulher, era estéril até que pelas suas orações obteve do Céu um filho, que foi chamado Samuel, e o consagrou ao Senhor, (l Rs l, 2. 2) Foi um levita, que deve ser o mesmo que 1, e um dos primitivos antepassados de 2 (1 Cr 6.23). 3) Também antepassado mais próximo de 2 (1 Cr 6.26). 4) (1 Cr 9.16). 5) Um coraíta, que se juntou a Davi em Ziclague (1 Cr 12.6). 6) Um levita (1 Cr 15.23). 7) Um oficial do rei Acaz (2 Cr 28.7). 8) Um outro levita, da casa de Hemã, embora pareça não ter exercido qualquer uma das habituais tarefas dos levitas.
ELDAD
Homem que, de repente, recebeu o dom de profecia por não querer sair da sua barraca no tempo da sedição que Coré, Datan e Abiron excitaram contra Moisés. (Num 11, 26-27). Um jovem correu a dar notícias a Moisés: “Eldad e Medad, disse ele, profetizam no acampamento”.
ELEAL OU ELEALE
Cidade moabita, ao norte de Hesbom, foi dada a Rúben (Nm 32.3). Está situada ao oriente do Jordão em terra de pastagem. Foi denunciada tanto por Isaías como por Jeremias. Podem ainda ver-se as suas ruínas, que têm o nome de El-Áal, no cimo de um monte, cercado de uma larga planície (Is 15.4 - 16.9 - Jr 48.34).
ELEAZAR
1) Foi o terceiro filho de Arão e de Eliseba, sendo esta filha de Aminadabe, descendente de Judá por Perez (Gn 38.29 - Êx 6.23 - Rt 4.18). Ele e os da sua família que o seguiram, sucederam a Arão no cargo de sumo sacerdote, conservando-se nesta alta posição até ao tempo de Eli, os seus dois irmãos mais velhos, Nadabe e Abiú, foram feridos de morte por causa da sua perversidade, ainda que tinham sido consagrados ao ministério sacerdotal. Como Eleazar era o sobrevivente filho mais velho, sucedeu a seu pai, tendo ele próprio como sucessor o seu filho Finéias e os seus herdeiros, em conformidade com o pacto (Nm 25.12,13) - e isto continuou assim até que, na pessoa de Eli, passou o sagrado oficio por certo tempo para a família de itamar. Não se sabe o motivo por que a sucessão sacerdotal foi transferida de Eleazar para Itamar, mas temos o conhecimento de que tornou aquela alta missão a ser exercida pela família de Eleazar por causa da vida escandalosa dos filhos de Eli. Desde então o lugar de príncipe dos sacerdotes foi ocupado pela família de Eleazar até ao cativeiro. 2) Filho de Abinadabe, a cujo cuidado foi confiada á arca, quando esta voltou para Israel enviada pelos filisteus. Ele foi nomeado para esta tarefa pelos seus conterrâneos de Quiriate-Jearim (1 Sm 7.1). 3) Um dos principais capitães do exército de Davi (2 Sm 23.9). Era aoíta. Era filho de Dodó, e considerado como homem de grande coragem pessoal (1 Cr 11.12). 4) Merarita e filho de Maeli (1 Cr 23.21). 5) Foi sacerdote que esteve presente na dedicação dos restaurados muros de Jerusalém (Ne 12.42). 6) Filho de Finéias (Ed 8.33). 7) (Ed 10.25). 8) Filho de Eliúde, nome que se encontra na genealogia de José, casado com Maria (Mt 1.15).
ELEIÇÃO
Em virtude da aliança, Deus escolheu livremente para si a nação de Israel, como seu próprio povo (Dt 14,2). Esta eleição está relacionada com o êxodo do Egito (Am 9,7; Os 13,4; Mq 6,3-5; Ez 20,5s), mas já teve início com os patriarcas (Jr 11,5; 33,26). Em virtude da eleição divina são chamados eleitos os patriarcas (Gn 12,1-7), Moisés, os levitas, o rei (2Sm 7,14-16) e os membros do povo de Deus em geral (Ex 19,1-9). A eleição, porém, não é mérito e sim fruto do amor imerecido de Deus (Dt 7,6-8 ).
ELEITOS
Escolhidos para um relacionamento ou função específica. O povo de Deus escolhido em Cristo antes da fundação do mundo (Ef. 1.4). No N.T. eleitos são os que do judaísmo se converteram ao cristianismo (Rm 9,27; 11,5-7), os cristãos em geral (1Pd 2,9), os apóstolos (Lc 6,13; Jó 6,70), especialmente Pedro (At 15,7) e Paulo (9,15).
ELEMENTOS
Esta palavra tem diversas significações: (1) as letras do alfabeto, e por conseqüência os rudimentos (o a b c) de qualquer ramo de conhecimentos - (2) os elementos de que é composto o nosso globo: terra, ar, água, e fogo - (3) os corpos celestiais, como partes constitutivas do Universo. Com respeito à frase que vem na segunda epístola de S. Pedro (3.10) - ‘os elementos se desfarão abrasados’ - divergem os intérpretes na sua significação: ao passo que uns dizem que se trata dos elementos, afirmam outros que há referência aos corpos celestiais (3) - e talvez este sentido corresponda melhor ao que antes está dito ‘os céus passarão’, oferecendo contraste com a idéia expressa depois: ‘também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.’ Em Hebreus (5.12) ‘os princípios elementares dos oráculos de Deus’ evidentemente trazem ao espírito a primeira significação (1). Há quatro passagens de S. Paulo, em que é duvidosa a significação. Em cada caso se diz: ‘os rudimentos (ou elementos) do mundo.’ Era sob a influência destes que os gálatas tinham estado em escravidão, e a esses rudimentos, ainda que pobres e fracos, estavam de novo voltando (Gl 4.3,9). Em conformidade com estes, e não ‘segundo. Cristo’, estavam os Colossenses em perigo de ser desviados do Evangelho ‘por meio de filosofia e vãs sutilezas’. Não tinham eles morrido com Cristo com respeito aos rudimentos do mundo (Cl 2.8, 20) Nesta usual interpretação dos ‘rudimentos do mundo’ toma-se a palavra ‘mundo’ no sentido moral: a doutrina condenada pelo Apóstolo é, ao mesmo tempo, não-espiritual e elementar, em oposição à plenitude que está em Cristo.
ELIABE
1) Era filho de Helom e chefe da tribo de Zebulom quando foram enumeradas as tribos no deserto do Sinai (Nm l.9). 2) Filho de Palu (Nm 26.8), e pai de Datã e Abirã (Nm 16.1). Era membro de uma das principais famílias da tribo de Rúben, e os seus filhos foram os principais instigadores da revolta contra Moisés (Nm 16.1 a 12 - Dt 11.6). 3) Filho mais velho de Jessé e irmão de Davi (1 Sm 16.6). Ele é chamado Eliú em (1 Cr 27.18). A sua neta Maalate casou com Roboão (2 Cr 11.18). 4) Levita que viveu no tempo de Davi - era porteiro e também músico (1 Cr 15.18 - 16.5). 5) Indivíduo da tribo de Gade, e chefe do seu povo. Era dotado de caráter guerreiro, e uniu os seus destinos aos de Davi, quando este fugia de Saul para o deserto (1 Cr 12.9). 6) Levita, da família de Coate, e filho de Naate, de quem descendeu o profeta Samuel (1 Cr 6.27). Em outras narrações genealógicas é ele chamado Eliú (1 Sm 1.1), e Eliel (1 Cr 6.34).
ELIACIM
Foi o nome dado a Joás, para o proteger dos furores de Atália. (4 Rs 23. 34-36).
ELIAQUIM
1) Foi um dos oficiais da corte de Ezequias. Sucedeu a Sebna como mordomo da casa real, e foi nomeado para conferenciar com o rei da Assíria, que estava então cercando a cidade de Jerusalém (2 Rs 18 e 19 - Is 22.20). 2) Filho e sucessor do rei Josias. Foi posteriormente chamado Jeoaquim (2 Rs 23.34). 3) Sacerdote que assistiu à festa da dedicação dos muros, no tempo de Neemias (Ne 12.41). 4) Antepassados de Jesus Cristo (Mt 1.13 - Lc 3.30). 5) Sacerdote que voltou da Babilônia com Zorobabel. Seu ofí­cio era tocar harpa diante da Arca. (2 Esdr 12, 40). 6) Filho de Quelcias, Intendente da casa do rei Ezequias. No tempo do sítio de Jerusalém por Senaquerib, foi enviado para ir falar a este Príncipe sobre os ajustes da paz. Porém, Rabsacés, general do exército inimigo, só deu em resposta terríveis blasfêmias, as quais proferia em hebraico, a fim de serem entendidas pelo povo. Eli­aquim pediu-lhe que falasse siríaco, porém, ele não o quis fazer. Eli­aquim separou-se dele muito descontente da sua missão. E Deus, para recompensar a virtude de Eliaquim. fê-lo Sumo Sacerdote. Entendem alguns que ele foi o que comandou os judeus no sítio de Betúlia por Holofernes. (4 Rs 18, 18-37). 7) Rei de Judá. Nunca manteve boas relações com o faraó Necau, rei do Egito, e Nabucodonozor, rei de Babilônia. Perseguiu o profe­ta Jeremias e a Baruc, zombando das suas profecias as quais foram cumpridas ao pé da letra. (4 Rs 23, 34-36).
ELIAS
1) O nome significa “meu Deus é o Senhor”. Nome do profeta que defendeu intrepidamente a religião javista contra Acabe e Jezabel, promotores do culto a Baal. A figura deste profeta austero causou tal impacto no meio do povo, que em torno dele surgiu um ciclo de narrativas de caráter legendário, marcadas por lances dramáticos e milagres (1Rs 17-19; 21,17-28; 2Rs 1-2). Por causa de seu fim misterioso descrito como assunção ao céu (2Rs 2,1-18 e nota; Eclo 48,9-12), começou-se a esperar o seu retorno (cf. Ml 3,22-24), crença muito viva no tempo de Jesus. O próprio Jesus afirma que Elias de fato já veio na pessoa de João Batista (Mc 9,13). 2) Elias era tesbita, natural de Gileade, país ao oriente do Jordão, e foi ‘o maior e o mais romântico caráter que houve em Israel’. É dramático o seu aparecimento público. No reinado de Acabe, rei de Israel, que recebia a forte influência de Jezabel, sua mulher, a nação caiu na idolatria, esquecendo o pacto do Senhor. Veio, então, de repente a Acabe, por meio de Elias, esta terrível mensagem: ‘Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haverá, nestes anos segundo a minha palavra’ (1 Rs 17.1). Elias era dotado de um temperamento impetuoso e ardente - tendo nascido nas serras de Gileade, amava as terras montanhosas. Pela narrativa dos fatos podemos ver na realidade, certos aspectos e traços pessoais, os seus cabelos eram compridos e abundantes (2 Rs 1.8). Era também forte, pois, não sendo assim, não teria podido correr até grande distância diante do carro de Acabe, nem teria suportado um jejum de quarenta dias, o seu vestuário constava de peles, presas com um cinto de couro, e de uma capa de pele de carneiro, que se tornou proverbial (1 Rs 19.13). A seca que houve no país pela maldade do rei e do povo durou três anos e seis meses (Lc 4.25 - Tg 5.17). A fome que se manifestou foi rigorosa, e a Fenícia foi também um dos territórios atingidos pelo terrível flagelo. Tendo Elias entregado a sua mensagem, escondeu-se de Acabe num profundo vale ao oriente do Jordão, onde corria o ribeiro de Querite, ‘os corvos lhe traziam pela manhã pão e carne, como também pão e carne ao entardecer - e bebia da torrente’ (1 Rs 17.6). Passado algum tempo, secou o riacho de Querite e Elias foi mandado procurar outro lugar, e ele se levantou e foi para Sarepta, povoação próxima de Sidom, o próprio país de Jezabel (1 Rs 17.8,9). Ali se encontrou com uma mulher viúva, que andava apanhando lenha para cozinhar a última refeição, que ela e seu filho tinham para comer, pensando que dentro de pouco tempo morreriam de fome. E quando Elias pediu para si um pouco desta pequena porção de alimento, ela fez como o profeta lhe recomendou. A sua fé foi recompensada, porque, ainda que a fome teve a duração de três anos, nunca lhe faltou a farinha, e nunca se acabou o azeite (1 Rs 17.10 a 16 - Lc 4.26). Durante a sua residência em Sarepta, Elias teve a oportunidade de mostrar o poder do Senhor, visto que o filho da viúva tinha adoecido e morrido. A consternada mãe acusou o profeta de ter trazido à sua casa tal infelicidade - mas, havendo-lhe ele entregado vivo o filho, foi obrigada a confessar: ‘Nisto conheço agora que tu és homem de Deus’ (1 Rs 17.17 a 24). No terceiro ano da calamidade, as terras estavam tão secas, e a fome era tão dura que o próprio Acabe, e Obadias, chefe da sua casa, tiveram de procurar por toda parte forragem para não morrerem os seus cavalos e mulas. Fizeram-se então, em Samaria, os preparativos para uma expedição. E nesta ocasião mandou o Senhor a Elias que fosse ter com Acabe, fazendo, ao mesmo tempo, a promessa de que mandaria chuva, e desta maneira acabou a seca em Israel. No caminho, Elias encontrou Obadias, e tranqüilizou-o quanto aos seus receios a respeito do rei, dizendo-lhe, ao mesmo tempo, que procurasse Acabe (1 Rs 18.7 a 16), o encontro do rei com o profeta, o desafio do servo do Senhor, no monte Carmelo, dirigido aos profetas de Baal, o resultado daquela cena, a vinda da chuva, tudo isto é descrito com uma tal viveza que é difícil ser excedida (1 Rs 18.17 a 46). Pela desumana mortandade dos profetas de Baal (Dt 13.5 e 18. 20), excitou Elias a cólera de Jezabel, declarando esta terrível mulher que o mesmo que havia sido feito aos sacerdotes de Baal o seria e ele. Elias podia afrontar um rei colérico, mas a ameaça de uma mulher enraivecida o levou a procurar de novo o deserto, onde, em desespero, desejou que a morte o levasse. Mas Deus, na sua infinita bondade, o guardou, alimentou, e guiou pelo deserto, numa jornada de quarenta dias, até que chegou a Horebe, ‘o monte de Deus’. Ali, pelas manifestações das terríveis forças da Natureza, como o tufão, o terremoto, e o fogo, ouvindo-se depois ‘um ciclo tranqüilo e suave’, sentiu Elias na sua alma que estava na presença de Deus. A investigadora pergunta ‘que fazes aqui, Elias?’ teve como resposta um protesto de lealdade ao Senhor e, ao mesmo tempo, o reconhecimento da sua derrota, da sua solidão, e o receio de lhe tirarem a vida, o profeta recebe, então, a ordem de voltar à sua abandonada tarefa, no conhecimento íntimo de que a causa de Deus permanecia segura. Repreendido, e, contudo, cheio de coragem, volta Elias à sua missão - ao encontrar no caminho Eliseu, que lhe havia de suceder, lançou sobre ele a sua capa, e o levou a deixar a lavoura (1 Rs 19). Dois anos mais tarde, foi Elias mandado à presença de Acabe para avisá-lo, e ao mesmo tempo reprovar o seu procedimento no caso da vinha de Nabote. Da perturbada alma de Acabe, quando viu aproximar-se Elias, saiu este grito: ‘Já me achaste, inimigo meu?’ (1 Rs 21.20), o seu arrependimento adia o julgamento dos seus pecados, mas não o anula. Depois destes acontecimentos aparece Elias como mensageiro de Deus, para repreender Acazias, que, tendo subido ao trono após a morte do seu pai Acabe, havia procurado o auxílio dos deuses estranhos, o plano de Acazias para lançar mão da pessoa do profeta é frustrado por haver descido, nessa ocasião, fogo do céu (2 Rs 1 - Lc 9.54 a 56). Na ocasião em que fazia uma visita às escolas dos profetas em Betel e Jericó, Elias soube que estava para ter fim a sua carreira neste mundo (2 Rs 2). Quando Elias e Eliseu partiam de Jericó, e se dirigiam para um lugar além do Jordão, foram acompanhados por cinqüenta estudantes, que assim puderam observar a miraculosa separação das águas do rio por meio do manto de Elias. Tendo Eliseu pedido uma dobrada porção do espírito de Elias, isto é, que pudesse ser herdeiro do seu ministério e da sua influência (uma alusão ao duplo quinhão, que o primogênito recebia pela morte do pai), foi-lhe respondido que, embora a petição fosse extraordinária, seria atendida.
ELIASIBE
1) Foi um sumo sacerdote, que fez inconveniente uso do templo, dando ali refúgio a um seu parente, Tobias, o amonita, excitando desse modo a ira de Neemias (Ne 13.4 a 7), o seu neto casou com a filha de Sambalá, o horonita (Ne 13.28). Ele aparece pela primeira vez auxiliando a reedificação dos muros da cidade (Ne 3). 2) Foi um sacerdote citado em (1 Cr 24.12). 3) Um descendente da casa de Judá (1 Cr 3.24). 4) Foi um músico do templo (Ed 10.24). 5) (Ed 10.27). 6) (Ed 10.36). 7) Pai de Joanã (Ed 10.6 - Ne 12.22,23).
ELIEZER
1) Foi o principal servo de Abraão, que era chamado ‘damasceno Eliezer’ (Gn 15.2). ‘Um servo nascido na minha casa’, quer dizer, que era membro da família. Era ele o ‘mais antigo servo da casa’, que foi mandado por Abraão procurar uma mulher para Isaque (Gn 24.2). 2) Segundo filho de Moisés (Êx 18.4, 1 Cr 23.15,17). 3) Neto de Benjamim citado em (1 Cr 7.8). 4) (1 Cr 15.24). 5) (1 Cr 27.16). 6) Profeta que profetizou contra Josafá (2 Cr 20.37). 7) (Ed 8.16). 8) (Ed 10.18). 9) (Ed 10.23). 10) (Ed 10.31). 11) Um dos antepassados de José na genealogia de Cristo (Lc 3.29). 12) Parente de Jesus Cristo. (Mt 1. 15).
ELIFAS
1) Filho de Esaú e de Ada, a filha de Elom (Gn 36.4 - 1 Cr 1.35). 2) Foi o principal dos três amigos de Jó. Era temanita, da província da iduméia, a qual tinha sido colonizada por um filho de Esaú (Gn 36.10,11 - Jr 49.7,20). Elifaz sustentava, mais que os outros amigos de Jó, que a infelicidade de Jó provinha do Senhor como castigo dos seus pecados ocultos. Ele trata mais amavelmente Jó do que Zofar ou Bildade. A grande verdade que ele apresenta é a assombrosa pureza e majestade de Deus (Jó 4.12 a 21).
ELIFELETE
1) Um dos filhos de Davi, nascido em Jerusalém (2 Sm 5.16). 2) Foi o outro filho de Davi (1 Cr 3.6. Cp. 8). 3) (2 Sm 23.34) - também chamado Elifal (1 Cr 11.35). 4) (1 Cr 8. 39). 5) (Ed 8.13). 6) (Ed 10.33).
ELIM
Segundo acampamento dos israelitas depois que eles atravessaram o mar Vermelho, sendo célebre pelas suas doze nascentes e setenta palmeiras (Êx 15.27 - Nm 33.9, 10).
ELIMAS
Mago ou feiticeiro. Falso profeta, que resistiu a Saulo e Barnabé em Pafos, na ilha de Chipre (At 13.8).
ELIMÉIA
Também chamada Pérsia. De lá, saíram Codorlaomor e ou­tros reis poderosos para destruir a Síria. Ló caiu em suas mãos, porém, Abraão o libertou. (Gên 14, 1).
ELIMELEQUE
Marido de Noemi, sogra de Rute. Pertencia à família hezronita, que habitava em Efrata de Belém no tempo dos juizes. Não só Elimeleque, mas também seus filhos morreram em Moabe, voltando por isso Noemi e sua nora Rute para Belém, onde esta última casou com Boaz, seu parente, ‘da família de Elimeleque’ (Rt 1.2, 3 - 2.1,3 - 4.3,9).
ELISEU
Eliseu, filho de Safate, foi discípulo e sucessor de Elias. O profeta Elias, a quem Deus tinha mandado que ungisse Eliseu como profeta, foi para este fim a Abel-Meolá, onde encontrou Eliseu, ocupado em lavrar a terra com doze juntas de bois, e lançando o seu manto sobre ele, abruptamente passou adiante (1 Rs 19. 19). Correu Eliseu após ele, e pediu-lhe fosse permitido despedir-se da sua família - recebendo uma resposta enigmática, matou logo uma junta de bois, cozinhou a carne com a madeira do arado, e fez uma festa de despedida a que assistiram os seus vizinhos. Depois disto, foi coadjuvar Elias, a quem serviu até ser este trasladado da terra - nessa ocasião apanhou Eliseu o manto caído, sendo-lhe dada, em conformidade ao seu pedido, dobrada porção do espírito de Elias, sinal de que havia de ser o seu herdeiro e sucessor (2 Rs 2). Após o desaparecimento de Elias, mostrou Eliseu ter sido favorecido com os dons de profeta, separando as águas do rio Jordão por meio do manto do ser mestre (2 Rs 2.14), os ‘discípulos dos profetas’ publicamente o reconheceram como sucessor de Elias. Logo depois deste fato, deu-se o segundo e o terceiro dos seus milagres, que foram a dulcificação das águas de Jericó (2 Rs 2.19 a 22), e o aparecimento de ursos, que despedaçaram rapazes escarnecedores (2 Rs 2.23,24). Quando o rei de Moabe, que havia pagado tributo desde o tempo de Davi, se revoltou contra o rei de Israel, marchou este e os seus aliados, os reis de Judá e de Edom, para o deserto, na esperança de surpreender o rei de Moabe - mas a falta de água os fez sofrer muito. A pedido de Josafá, profetizou Eliseu um notável livramento (2 Rs 3.1 a 25), que foi maravilhosamente realizado. Não está muito claramente indicada a cronologia da vida de Eliseu - mas como ele morreu no reinado de Jeoás (2 Rs 13.14), deve o seu ministério ter-se exercido durante os reinados de Jeorão, Jeú, Jeoacaz, e Jeoás, pelo espaço de quase cinqüenta e sete anos. A mais profunda lição deste longo ministério não foi tanto a pregação do poder do Senhor, como fazer ver o cuidado, a providência e o auxílio do Senhor, que sempre se tornam visíveis para com os Seus servos e o Seu povo. Vê-se isto no caso da viúva, cujo marido tinha vivido no temor do Senhor (2 Rs 4.1 a 7). Em virtude de ter ficado pobre esta viúva, o credor tomou conta dos seus dois filhos, para serem seus servos. E, fazendo isto, estava dentro de lei (Lv 25.39), mas semelhante ação não se podia justificar pela sua dureza. Então Eliseu, o profeta do Deus de infinita misericórdia, não pôde resistir ao apelo que lhe foi feito, prestando auxilio à pobre mulher. Aconteceu também que, vindo Eliseu várias vezes do monte Carmelo, costumava ficar em Suném, hospedando-se em casa de uma piedosa família israelita. A mulher sunamita não tinha filhos, o que era considerado como grande desgraça entre as mulheres judias - mas um dia o profeta assegurou-lhe que Deus a livraria dessa esterilidade (2 Rs 4.8 a 17). Na verdade, essa mulher teve um filho, que, passados alguns anos, morreu, devido a um ataque de insolação. Deitando ela o corpo do seu filho na cama do profeta, partiu logo, montada numa jumenta, em procura de Eliseu, que orou ao Senhor, e pôde fazer voltar à vida o rapazinho (2 Rs 4.26 a 3 7). Algum tempo depois do acontecimento narrado, numa ocasião de grande fome, estava Eliseu em Gilgal, ensinando os discípulos dos profetas e animando-os com a sua presença durante o tempo em que aquele flagelo angustiava o povo. Tendo sido lançada na panela uma planta venenosa, o profeta tornou a refeição inofensiva, misturando-lhe farinha (2 Rs 4.38 a 41). Pertence a este mesmo período o milagre dos vinte pães e algumas espigas de trigo, o outro milagre que Eliseu operou é descrito no cap. 5 do segundo livro dos Reis, de modo notável. As tropas da Síria, numa das suas incursões, tinham levado consigo uma menina que foi servir em casa de Naamã, homem de grande autoridade, porém leproso. Veio Naamã ao reino de Israel e apresentou-se, por indicações da menina judia, em casa do profeta Eliseu. E Naamã foi curado, o fato do machado, que, tendo caído na água, é recuperado, mostra a poderosa influência de Eliseu. Tinham ido os discípulos dos profetas receberem de Eliseu a necessária instrução - mas, como o seu número já era demasiadamente grande, pediram ao profeta que lhes permitisse construir uma casa própria nas margens do rio Jordão, onde havia madeira em abundância. Nessa ocasião se deu o caso do machado, que caiu no rio (2 Rs 6.1 a l). Em outra ocasião, não sabemos quando, porque os acontecimentos descritos nestes capítulos não estão na sua ordem cronológica, pôde Eliseu avisar o rei acerca de diversas conspirações, pelas quais o rei da Síria esperava apoderar-se da pessoa do rei. Não podia o monarca sírio explicar o ter Jeorão descoberto os seus planos, em tão grande segredo preparados, até que lhe foi sugerido que o taumaturgo profeta podia ter revelado tudo. Sabendo então onde se achava Eliseu, mandou soldados a Dotã, para que o prendessem. Mas este orou para que todo o exército de Ben-Hadade fosse ferido de cegueira. Foi ouvida a sua oração, e em cegueira foram conduzidos os soldados até entrarem os muros de Samaria. Todavia, não permitiu Eliseu que o rei de Israel massacrasse o exército, que daquela maneira tinha caído no laço, manifestando assim o profeta quanto era humanitária a sua alma. Mostrou também ao rei sírio a futilidade de suas tentativas, nas contendas contra o Deus de Israel (2 Rs 6.19 a 23). E Ben-Hadade abandonou, com efeito, as suas incursões de salteador, mas foi preparando um exército regular, e veio cercar Samaria, numa ocasião em que Eliseu e o rei de Israel ali estavam. A cidade viu-se em terríveis dificuldades por falta de alimento, e a fome era tão grande que um ato de canibalismo chegou ao conhecimento do rei. Extraordinariamente angustiado por este fato, o rei Jeorão acusou Eliseu de ser a causa de todas as suas infelicidades, e mandou matá-lo.
ELIU
1) Filho de Baraquel, o buzita. Eliú, embora fosse o mais novo, interveio na controvérsia entre Jó e seus amigos, não sendo favorável ao patriarca Jó o seu juízo na questão (Jó 32-37). 2) Um dos antepassados do profeta Samuel (1 Sm 1.1). 3) (1 Cr 12.20). 4) (1 Cr 26.7). 5) Um irmão de Davi, que foi chefe da tribo de Judá (1 Cr 27.18).
ELIUD
Filho de Aquim e pai de Elíezer, avô de São José, esposo da Virgem Mãe de Jesus. (Mt l, 14. 15).
ELMADAN
Filho de Her, antecessor de Jesus Cristo. (Lc 3, 28).
ELMELEC
Cidade da tribo de Asser.  Citado em (Jos 19, 26; 16, 4).
ELOI, ELI, SABACTÂNI
“Meu Deus”. (Pronuncia-se como trissílabo - E-lo-í). S. Marcos (15.34) apresenta aquela expressão de dor, proferida na cruz por Cristo, da seguinte forma - Eloí, Eloí, Lamá sabactâni? Mas São Mateus diz assim: ‘Eli, Eli, etc.’. Provém a diferença de ter sido o termo hebraico substituído em um dos lugares pelo aramaico nas palavras citadas do (Sl 22.1). Em ambas as passagens vem a palavra aramaica ‘sabactâni’ em vez da hebraica ‘azabtâni’ (me abandonaste); mas São Mateus conserva a forma hebraica ‘Eli’ (Meu Deus), ao passo que São Marcos usa o equivalente aramaico Eloí. Devemos interpretar com toda a reverência aquele grito de angústia, no grande sofrimento da cruz. Era a citação de um salmo em que uma alma crente, sucumbida pela demora do auxílio de Deus, tem grande confiança na vitória.
ELOHIM
Termo hebraico para designar divindades e poderes celestiais, em especial Deus, como transcrevem os judeus. Na Torá é o primeiro termo utilizado em relação a divindade como consta no livro de Gênesis: “No princípio criou Elohim os céus e a terra”. Consiste na palavra (Eloah), com o sufixo plural, que em relação à YHWH, o Deus único judaico teria o sentido de plural majestático, ou seja, uma reafirmação do poder da divindade (algo como “Poderosissímo”).
ELON
1) Foi um juiz que julgou Israel durante dez anos. (Jz 12, 11). 2) Houve duas cidades desse nome: uma na tribo de Neftali e outra na tribo de Dã. (Jos 19. 33-43).
EMANUEL
Filho de uma Virgem. Significa Deus conosco. (Is 7, 14). É a forma grega da palavra hebraica Immanuel (Mt 1.23). Significa Deus conosco. Foi o nome simbólico dado à criança, cujo nascimento é anunciado por Isaías, como sinal, a Acaz, rei de Judá (Is 7.14), o nome ocorre de novo somente em (8.8 de Isaías), e na aplicação que da profecia é feita ao nascimento de Jesus por S. Mateus (1.23). Naquela ocasião de desastre nacional, nenhum libertador se levantou - mas a referência a Emanuel é demasiadamente concreta para ser apenas considerada como expressão figurativa da fé em Deus, a qual não podia ser esmagada por desgraça alguma. Certamente devia existir no horizonte das previsões proféticas um real libertador, uma Pessoa divina, em quem havia de ter completa realização a fé inextinguível de ‘Deus conosco’. Nesta profecia de Emanuel, a Figura aparece coberta de sombra, como que ocultando-se nas calamitosas nuvens da guerra e da desolação: isto é natural, mas vem a dúvida sobre se Isaías considera o nascimento da criança como caso sobrenatural. Na verdade o texto declara que ‘uma virgem conceberá, e dará à luz um filho’. Mas é difícil separar a profecia da brilhante linguagem messiânica do (9, 6 a 7): ‘Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu - o governo está sobre os seus ombros - e o seu nome será : Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.’ E dando aos dons proféticos uma interpretação racional (1 Pe 1.10 a 12), podemos ler, nas linhas incertas desta passageira visão de Emanuel, uma promessa real e uma antecipação do Cristo.
EMATH
Cidade dos levitas, pertencente à família de Gerson, na tribo de Neftali. (Jos 19, 35).
EMAÚS
Aldeia próxima de Jerusalém para onde Jesus depois de ressuscitado acompanhou dois discípulos, ceando com eles. (Lc 24. 13. 29. 33).
EMBAIXADOR
Pessoa encarregada de uma mensagem, amistosa ou hostil, de governador para governador (1 Rs 20.2 a 6 - 2 Rs 14.8 - 16.7 - 18.14). A palavra aparece também, algumas vezes, com a significação de intérprete, ou de pessoa que finge levar uma mensagem (2 Cr 32.31 - Js 9.4), e também de mensageiro, no sentido mais lato (Pv 13.17 - 25.13 - Is 18.2 - 57.9 - Jr 49.14 - ob 1.1). Há, nas Escrituras, exemplos mostrando que já em tempos remotíssimos se mandavam embaixadores, com o fim de obter qualquer benefício ou explicações (Nm 20.14 - 21.21 - Jz 11.12 a 19 - 2 Rs 18.17). No N.T. a palavra é usada metaforicamente (2 Co 5.20 - Ef 6.20). Encontra-se também a palavra embaixada, querendo significar embaixadores (Lc 14.32 e 19.14).
EMBALSAMENTO
As mais antigas memórias de embalsamamento vamos encontrá-las nos monumentos egípcios. O costume teve a sua origem na suposta necessidade de preservar o corpo para ser novamente ocupado no futuro, quando a alma tivesse acabado todas as suas transmigrações. A arte de embalsamar os corpos atingiu muito cedo, na história dos povos, um certo grau de perfeição. Com efeito, as múmias mais bem conservadas são aquelas de data mais remota. Dois exemplos somente de embalsamamento ocorrem na Bíblia: os de Jacó e José - mas estes em conexão com os costumes do Egito (Gn 50.2,3,26), os hebreus não costumavam embalsamar os cadáveres, embora fizessem grande uso de especiarias e ervas aromáticas nas sepulturas dos seus mortos. Asa foi posto ‘sobre um leito, que se enchera de perfumes e de várias especiarias, preparados segundo a arte dos perfumistas’ (2 Cr 16.14). E no evangelho de (Jó 19.39,40) lemos como Nicodemos cuidou do corpo do Salvador. Heródoto descreve diversos modos de embalsamar que estavam em uso no Egito, sendo os preços da operação desde uma pequena quantia até 300 libras. Quando se empregava a mais dispendiosa preparação, era o encéfalo removido pelo nariz com um instrumento de ferro, enchendo-se de medicamentos a cavidade do crânio. Em seguida abria-se o tronco, os órgãos eram retirados, e o espaço enchia-se de mirra, cássia, e outras especiarias. Depois disto, durante sessenta dias, o corpo ficava metido em natrum, por fim era enfaixado com ligaduras de linho, em cujas dobras se punham especiarias aromáticas e gomas, sendo desta forma mandado aos parentes, que o introduziam numa caixa de madeira, ajustada ao corpo. Essa urna era colocada direita, verticalmente, na câmara sepulcral da casa, permanecendo ali durante um ano ou mais, até que, finalmente, era depositada no carneiro de família. Segundo os sistemas mais baratos de embalsamação, o corpo era posto em natrum, depois de terem sido cheias as cavidades com óleo de cedro, e depois esvaziadas. Esta operação dava à múmia a aparência de um corpo, formado apenas de pele e osso.
EMBRIAGUEZ
O primeiro exemplo de embriaguez, registrado nas Escrituras, é o de Noé (Gn 9.21), o pecado da embriaguez acha-se condenado em (Rm 13.13 - 1 Co 6.9,10 - Ef 5.18 - 1 Ts 5.7,8). Representam-se os homens como embriagados de tristeza, de aflições, e com o vinho da ira de Deus (Is 63.6 - Jr 51.57 - Ez 23.33). Pessoas que vivem sob a influência da superstição, da idolatria, e da ilusão, diz-se estarem embebedadas (Is 28.7 - Ap 11.2).
ENAQUITAS
População legendária de gigantes que ocupava a região de Hebron, quando os israelitas começaram a conquista de Canaã (Nm 13,22; Dt 2,10-12 e notas).
ENCARNAÇÃO
Grande mistério (Rm 11,33; 1Tm 3,16), no qual participou Deus Pai (Jó 3,16; Rm 8,3; Gl 4,4), Deus Filho (Jó 1,14; Hb 1,2; 10,7-10; 1Jó 4,2) e Deus Espírito Santo (Is 7,14; Mt 1,18; Lc 1,35; Rm 1,3-4; Cl 2,9).
ENDOR
Cidade da tribo de Manassés. Lá morava o célebre pilonisa que evocou Samuel na presença de Saul. (1 Rs 28. 7).
ENÉIAS
Paralítico curado milagrosamente pelo poder de Jesus. (At 9, 32, 35).
ENFERMIDADE
Conseqüência do pecado (Gn 2,17; 3,19; Dt 28,20-22; Eclo 31,22; 38,15; Jó 5,14); é provação de Deus (Tb 2,9-14; 12,13s; Jó 5,17-19; Sl 34,20; Jó 9,3). Como proceder na enfermidade: chamar o médico e usar remédios (Eclo 18,20s; 38,9-14); rezar a Deus (2Rs 20,1-7; Sb 16,6-13; Eclo 38,13s; Fl 2,25-27); chamar o padre e receber a unção dos enfermos (Tg 5,14s); cuidar mais da vida espiritual (Sl 39,7s; Lc 10,41s; 12,31; Rm 8,18; 1Cor 11,30; Hb 13,14; 1Pd 5,7); visitar os enfermos (Gn 48,1; Jó 2,11; Eclo 7,34s; Mt 25,39s).
ENGADI
Cidade da tribo de Judá, onde ficavam as cavernas em que Davi se refugiou para evitar a perseguição de Saul. (1 Rs 24).
ENOQUE
O filho mais velho de Caim (Gn 4:17). Caim construiu uma cidade a este do Éden, na terra de Node e chamou-a “pelo nome de seu filho Enoque.” Esta é a primeira “cidade” mencionada na Escritura.
ENOM
Local situado perto de Salim, nas proximidades de Jerusalém. (Jer 19. 2), onde João Batista costumava batizar porque aí havia muitas águas (Jó 3:23).
ENOS
Filho de Set e neto de Adão. Viveu cerca de 95 anos, citado em (Gên 5. 11).
EPAFRAS
Cristão, natural de Colossos, e fundador da igreja colossense (Cl 4.12 - e l.7). São Paulo lhe chama ‘amado conservo... e fiel ministro de Cristo’ (Cl 1.7), e honra-o com aquele título que em outro lugar reservou somente para si e Timóteo, isto é, o de ‘servo de Jesus Cristo’ (Cl 4.12). Tinha ido a Roma com o fim de levar a Paulo notícias a respeito dos seus convertidos, sendo a epístola aos Colossenses a resposta ‘aos santos e fiéis irmãos em Cristo, que se encontram em Colossos’ (Cl 1.2). Aparentemente estava ele preso junto com o Apóstolo Paulo, embora possa ser figurada a expressão ‘prisioneiro comigo, em Cristo Jesus’ (Fm 23), o nome é uma forma abreviada de Epafrodito, mas o pastor Colossense é distinto do mensageiro filipense. Digno companheiro dos trabalhos de São Paulo. O Após­tolo o sagrou Bispo de Rodes, cidade onde padeceu martírio. (Col 2. 25).
EPAFRODITO
Um mensageiro que veio, desde Filipos, ter com Paulo, quando este se encontrava preso em Roma (Fp 2:25-30 e Fp 4:10-18). Paulo fala dele com palavras de estima e afeto. Quando Epafrodito voltou para Filipos, foi o portador de uma carta de Paulo para a igreja que ali se encontrava.
EPÊNETO
Um cristão de Roma a quem Paulo enviou as suas saudações (Rm 16:5). É mencionado como sendo “as primícias da Acaia”. Sendo o primeiro converso naquela região, ele era particularmente querido pelo apóstolo, que lhe chama “meu amado”.
EPIFANIA
1) (“a aparição; um fenômeno miraculoso”) é uma festa religiosa cristã que celebrava-se no dia 6 de janeiro, ou seja, doze dias após o Natal, porém, a partir da reforma do calendário litúrgico em 1969 passou a ser comemorada 2 domingos após o Natal. A Epifania representa a assunção humana de Jesus Cristo, quando o filho do Criador dá-se a conhecer ao Mundo. Na narração bíblica Jesus deu-se a conhecer a diferentes pessoas e em diferentes momentos, porém o mundo cristão celebra como epifanias três eventos: a Epifania propriamente dita perante os magos do oriente (como está relatado em Mateus 2, 1-12) e que é celebrada no dia 6 de Janeiro; a Epifania a João Batista no rio Jordão; e a Epifania a seus discípulos e início de sua vida pública com o milagre de Caná quando começa o seu ministério. No sentido literário, a “epifania” é um momento privilegiado de revelação, quando acontece um evento ou incidente que “ilumina” a vida da personagem. 2) Cidade da Celesíria. 3) Nome da Festa dos Três Reis Magos que foram adorar a Jesus Cristo em Belém. Também chamada Vocação dos gentios, porque os Magos foram os primeiros pagãos que reconheceram o Messias.
EPÍSTOLA
“Carta, mensagem escrita e assinada” é um texto escrito em forma de carta, para ser correspondido a uma ou várias pessoas, mas se distinguindo desta por expressar opiniões, manifestos, e discussões para além de questões ou interesses meramente pessoais ou utilitários, porém sem deixar o estilo coloquial, que combina paixões subjetivas e apelos intersubjetivos com o debate de temas abrangentes e abstratos. As epístolas reunidas de um autor podem vir a ser publicadas devido a seu interesse histórico, literário, institucional ou documental. O termo tem uso antigo, já aparecendo na literatura latina com as epístolas de Horácio, Varrão, Plínio, Ovídio, Sêneca e, sobretudo, de Cícero. Está presente também na Bíblia com as Epístolas de são Paulo destinadas às comunidades cristãs. Na Idade Média, uma subdivisão da retórica é criada para tratar da redação de cartas com base nos modelos greco-latinos. Na época, Petrarca foi um dos epistógrafos notáveis. A partir do Renascimento houve uma grande expansão do gênero a partir dos pensadores humanistas, numa época, antes do surgimento da imprensa jornalística, as cartas exerciam a função de informar sobre os fatos que ocorriam no mundo. Na literatura, além de se constituir no gênero literário da epistolografia, surgiu um estilo epistolar de redação sem a intenção de ser correspondência. Pode ser um prólogo de um autor introduzindo e justificando sua obra, ou um recurso ficcional para narração de personagens fictícios através de cartas.
ERASTO
1) Um dos 72 discípulos de Jesus Cristo. Foi Bispo de Filipos. Foi companheiro de Paulo em Éfeso, que o apóstolo enviou, juntamente com Timóteo, para a Macedônia (At 19:22). Era em Corínto que ele habitualmente morava (2Tm 4:20). Foi “procurador” da cidade de Corínto (Rm 16:23) Como tesoureiro de tal cidade, era um funcionário público de grande dignidade e a sua conversão ao evangelho foi a prova do maravilhoso sucesso que o trabalho do apóstolo estava a conseguir. Morreu martirizado.
ESÃ
Uma cidade nas montanhas de Judá, perto de Dumá e Hebrom citado em (Js 15:52).
ESAÚ
O primeiro filho gêmeo de Rebeca (Gn 25:25). O nome “Edom” - vermelho - também lhe foi atribuído, devido ao seu comportamento relativamente ao “guisado” vermelho de lentilhas, pelo qual ele vendeu a sua primogenitura. As circunstâncias do seu nascimento predisseram a inimizade que depois subsistiu entre os irmãos e entre as nações que eles fundaram. Com o tempo, Jacó, seguindo a sua natural propensão, tornou-se num pastor; enquanto que Esaú, um “filho do deserto,” se dedicou à perigosa e trabalhosa vida de caçador. Numa certa ocasião, ao voltar da caça, incitado pelo desejo ardente da fome que tinha, Esaú vendeu o seu direito à primogenitura ao seu irmão Jacó que, a partir daí, obteve as bênçãos do concerto (Gn 27:28,29,36; Hb 12:16,17). Mais tarde, ele tentou recuperar aquilo do que, tão indiferentemente, se separara. Mas as suas tentativas foram em vão, devido à reserva do seu irmão (Gn 27:4,34,38). Com a idade de quarenta anos, para grande desgosto dos seus pais, ele casou-se (Gn 26:34,35) com duas cananitas: Judite, a filha de Beeri e Basemate, a filha de Elom. Quando Jacó foi enviado para Padã-Arã, Esaú tentou reconciliar-se com os seus pais (Gn 28:8,9), casando-se com a sua prima Maalate, a filha de Ismael. Isto levou-o a partilhar da sorte das tribos ismaelitas; e fazendo com que os horeus saíssem do Monte Seir, ele instalou-se nessa região. Após cerca de 30 anos a residir temporariamente em Padã-Arã, Jacó voltou para Canaã e reconciliou-se com Esaú, que tinha saído a encontrá-lo (Gn 33:4). Vinte anos depois disto, Isaque, o pai deles, morreu e os dois irmãos encontraram-se, provavelmente pela última vez, junto à sua campa (Gn 35:29). Esaú deixou, então, Canaã para sempre e estabeleceu-se como poderoso e rico chefe na terra de Edom. Muito depois disto, quando os descendentes de Jacó saíram do Egipto, os edomitas lembraram-se da antiga contenda entre os irmãos e com um ódio feroz, declararam guerra a Israel.
ESBAAL
 Foi o quarto filho do rei Saúl (1Cr 8:33 e 1Cr 9:39). É também chamado Isbosete (2Sm 2:8).
ESCÂNDALO
Ameaças contra o escândalo (Pr 28,10; Mt 18,6-9; Mc 9,42; Lc 17,1; 1Cor 8,12): exortações contra o escândalo (Mt 13,57; 15,12; Lc 7,23; Jó 6,62; 7,41). Cristo é pedra de escândalo (Is 8,14; 28,16; Rm 9,33; Lc 2,34), sobretudo para os fariseus (Mt 15,12); para os judeus (1Cor 1,23).
ESCARLATE
Tinta feita em vários lugares da costa do Mediterrâneo, sendo extraída do inseto cochonilha. Era principalmente empregada nos objetos ricos (Êx 28.15), nos vestidos de cerimônia que os reis davam àqueles a quem concediam certos benefícios (Pv 31.22). E usava-se o termo emblematicamente para designar suntuosidade e vida ociosa (2 Sm 1.24).
ESCOL
1) Um jovem chefe amorreu que se juntou a Abraão, a fim de salvar Ló das mãos de Chedorlaomer (Gn 14:13,24). 2) Um vale perto de Hebrom de onde os espias enviados por Moisés trouxeram um ramo de vide com um cacho de uvas (Nm 13:22, 23; Dt 1:24, 25). O nome deste vale pode ter derivado do nome de Escol, o amorreu, que viveu nesta área no tempo de Abraão.
ESCÓRIA
Restos de impureza que sobram ao se fundir ou limpar minérios e que são alijados, ficando-se com o metal puro. Den­tre estes o ouro e a prata são os mais freqüentemente lembrados na Bíblia. Deles se diz terem sido provados pelo fogo e terem sido encontrados puros, sólidos e genuínos. A escória portanto tornou-se o símbolo da impureza, do pecado e do mal, en­quanto que o metal puro passou a ser figura da alma santa que foi provada e encontrada agradável a Deus. (Eclo 2. 5; 29, 14; 30,15).
ESCRAVO
Prática social em que um ser humano tem direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Em algumas sociedades desde os tempos mais remotos os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria. Os preços variavam conforme o sexo, a idade, a procedência e destino, pois os que iam para as minas de ouro valiam muito mais. A escravidão era uma situação aceita e logo tornou-se essencial para a economia e para a sociedade de todas as civilizações antigas, embora fosse um tipo de organização muito pouco produtivo. A Mesopotâmia, a Índia, a China e os antigos egípcios e hebreus utilizaram escravos. Na civilização Grega o trabalho escravo acontecia na mais variada sorte de funções, os escravos podiam ser domésticos, podiam trabalhar no campo, nas minas, na força policial de arqueiros da cidade, podiam ser ourives, remadores de barco, artesãos etc. Para os gregos, tanto as mulheres como os escravos não possuíam direito de voto.Muitos dos soldados do antigo império romano eram ex-escravos.
ESCRIBA
Desde o tempo de Esdras o escriba é um entendido nas coisas da Lei. Por isso é também chamado doutor da Lei ou rabi. Com o fim do profetismo, cabia sobretudo ao escriba o ensino e interpretação da Lei ao povo (Eclo 38,24). Por isso, os escribas tornaram-se os líderes espirituais da nação. Depois de longos estudos junto de algum mestre, pelos 40 anos, a pessoa era ordenada escriba com o rito da imposição das mãos. No tempo de Jesus eram famosas as escolas de escribas dirigidas por Hillel e Chammai.
ESCRITA
Conhecida desde o quarto milênio a.C, tanto no Egito, como na Mesopotâmia. Entre os israelitas a arte de escrever era conhecida apenas por pessoas instruídas e de boa posição, especialmente os escribas profissionais (Is 29,11s). A escrita hebraica se desenvolveu da escrita fenícia e tem 23 consoantes. É conhecida sob duas formas: a antiga, ainda em uso entre os samaritanos, e a quadrada, que aparece nos manuscritos do I séc. d.C em diante. O sistema de vogais que fixa a pronúncia das palavras só foi inventado pelos massoretas pelo séc. VI/VII d.C. Os manuscritos bíblicos foram escritos sobre papiro ou pergaminho.
ESCRITURA
Esta palavra aparece somente no A.T. (Dn 10.21). No N.T. usa-se o plural, geralmente referindo-se aos escritos do A.T. (Mt 21.42 - Mc 12.24 - Jó 5.39 - At 17.11, etc.) - o singular é usualmente empregado, tratando-se no contexto de uma passagem particular (Mc 12.10 - Jó 7.38).
ESDRAS
1) Foi um “escriba” que conduziu o segundo grupo de exilados desde a Babilônia até Jerusalém em 459 a. C. e foi o autor do livro das Escrituras que leva o seu nome. Era filho, ou talvez o neto, de Seraías (2Rs 25:18-21) e descendente, em linha recta, de Finéias, o filho de Aarão (Ed 7:1-5). Tudo o que se sabe da sua história pessoal, está registrado nos últimos quatro capítulos do seu livro e em (Nm 8 e Nm 12:26). No sétimo ano do reinado de Artaxerxes Longânimo, ele recebeu permissão para se dirigir a Jerusalém, levando com ele um grupo de israelitas (Ed 8:1-36). Artaxerxes demonstrou grande interesse pelo empreendimento que Esdras desejava levar a cabo, concedendo-lhe “tudo o que ele pedira” e carregando-o de presentes para a casa de Deus. Esdras reuniu um grupo de exilados, provavelmente cerca de 5000 pessoas ao todo, que já estavam à sua espera nas margens do Aava, onde descansaram durante três dias e onde Esdras as dispôs por ordem, a fim de efetuarem a marcha através do deserto e cuja travessia foi conseguida em quatro meses. Os trâmites realizados em Jerusalém, à sua chegada lá, estão registrados neste livro. Ele era “um hábil escriba no que se referia à lei de Moisés,” que “predispusera o seu coração a estudar a lei do Senhor e a cumpri-la, ensinando a Israel os estatutos e juízos.” Diz o Professor Binnie que “Esdras é o primeiro exemplo bem definido de uma espécie de homens que nunca deixou de haver dentro da igreja, desde então; homens de uma erudição sagrada, que devotam as suas vidas ao estudo das Sagradas Escrituras, a fim de estarem preparados para as interpretar, com o objetivo de instruir e edificar a igreja. É significativo o fato de ser na história do ministério de Esdras que se faz uma das primeiras menções ao púlpito (Ne 8:4). Ele tinha mais de professor do que de sacerdote. Do que se lê sobre o seu trabalho no livro de Neemias, vê-se que Esdras tinha o cuidado de instruir todo o povo na lei de Moisés; e não há razão para rejeitar a tradição judaica que liga o seu nome à compilação e edição do cânone do Velho Testamento. A compilação final do cânone pode ter sido, e provavelmente foi, um trabalho de uma geração posterior; mas parece ter sido Esdras quem o colocou na ordem que a Bíblia Hebraica agora ainda possui. Durante cerca de quatorze anos, i.e., até 445 a. C., nada sabemos do que se passou em Jerusalém, depois que Esdras colocou em ordem os negócios civis e eclesiásticos da nação. Nesse ano, aparece em cena uma outra distinta personagem - Neemias. Depois que as muralhas da cidade foram reconstruídas por Neemias, muita gente se juntou em Jerusalém para assistir à sua consagração. No dia estabelecido, toda a população se reuniu e a lei foi lida por Esdras e pelos seus assistentes em voz alta (Ne 8:3). Esta cena notável é descrita em detalhe. Deu-se um grande despertar religioso. Durante vários dias, eles estiveram reunidos em assembléias solenes, confessando os seus pecados e oferecendo sacrifícios solenes. Deram, também, início à festa dos Tabernáculos com grande solenidade e entusiasmo, renovando o seu concerto nacional e afirmando-se, mais uma vez, como o povo do Senhor. Completaram-se os arranjos para os serviços no templo e, então, nada mais faltava, senão a dedicação dos muros da cidade (Ne 12:1-47).
ESDRIN
Cidade da Arábia. Lá foram vencidos os generais Górgias e Timóteo e onde Dositeu perdeu um braço. (2 Mac 12, 36).
ESMIRNA
Cidade situada a leste da Ásia Menor. O mais importante porto comercial depois que Alexandre Magno dispusera sua reedificação. No Apocalipse (2,8-11) é dirigido uma mensagem ao anjo da Igreja de Esmirna.
ESMOLA
O mandamento (Tb 4,7; 14,11; Lc 14,12); é um ato de religião (Pr 19,17; Eclo 35,4; Mt 25,35; Hb 13,16); exemplos (1Rs 17,10; Tb 1,3; Jó 31,16; At 9,36; 10,2; 2Cor 8,2).
ESPERANÇA
No A.T. Deus é a essência, meta final e garantia da esperança (Sl 130,5-7) do indivíduo (71,5) e do povo em geral (Jr 14,8; 17,13). Espera-se no poder do braço do Senhor (Is 51,5), do qual vem a salvação (Gn 49,18). Espera-se a vinda da glória do Senhor (At 1,11; 1Ts 4,13-5,11), a conversão de Israel e das nações, a nova aliança baseada no perdão dos pecados (Eclo 2,11; Mt 18,11; Hb 2,17; 4,16; 2Pd 3,9). Apesar de sua história cheia de contradições e infidelidades, Israel conservou a esperança na graça divina (Os 12,7; Jr 29,11; 31,17; Is 40,31). Foram os profetas que ergueram a bandeira da esperança nos momentos críticos da história, apontando a renovação dos tempos messiânicos (Os 2; Is 40-66; Ez 36-37). No N.T. a salvação prometida torna-se de certo modo já presente pela fé: a justificação, a filiação divina, o dom do Espírito e o novo Israel, composto de judeus e pagãos convertidos a Cristo. Por isso muda também o conteúdo e a motivação da esperança. A esperança do cristão é uma “viva esperança” (1Pd 1,3;), que liberta do temor da morte (Ef 2,12; 1Ts 4,13), pois ela está unida ao amor (1Cor 13,13) e à fé em Cristo. O cristão espera a salvação (1Ts 5,8), a justiça (Gl 5,5), a ressurreição (1Cor 15), a vida eterna (Tt 1,2; 3,7), a visão de Deus e sua glória (Rm 5,2). Sua esperança é alegre e corajosa (Rm 12,12; 1Ts 5,8), pois está firmemente ancorada em Cristo (Hb 6,18s).
ESPINHO, COROA DE
Em Nosso Senhor Jesus Cristo foi posta, pelos soldados romanos, uma coroa de espinhos, para assim escarnecerem do ‘Rei dos Judeus’ (Mt 27.29 e textos paralelos). A planta de que se serviram pode ter sido a nabk da Arábia, que tem muitos espinhos, possuindo, ao mesmo tempo, ramos muito flexíveis, que facilmente se prestam a ser entrelaçados. o emprego da coroa de espinhos foi mais para escarnecer do que para torturar.
ESPIRITISMO
Constata-se na Bíblia a prática da evocação dos mortos (1Sm 28,3-20; 2Rs 21,6; 23,24; Is 8,19; 29,4), mas é severamente proibida (Lv 19,31; 20,27; Dt 18,10-12; 1Cr 10,13; Is 8,19; 44,25). Outras práticas mágicas (Ex 7,11s; 2Rs 17,17; 21,6; 2Cr 33,6; Sl 58,5s; At 8,9; 19,18-20; 2Ts 2,9; Ap 13,13s; 16,14). Adivinhação (Gn 41,8; Lv 19,26.31; 1Sm 28,7; Eclo 12,13; 34,5; Is 47,13s; Jr 8,17; Ez 21,26; Os 4,12; At 16,16).
Castigo severo previsto (Êx 22,17; Lv 20,6; Dt 4,19; 13,1-5; 17,3; Eclo 34,1-7; Is 44,25; 47,9; Jr 23,16.30-32; 28,15-17; 29,8; Mt 12,27; At 13,8-11; 16,16-18; Gl 5,19s; Ap 21,8). Não existe reencarnação (Ecl 9,10; Eclo 14,12-19; Mt 13,30; 25; Lc 16,9.19-32; Rm 2,5-8; 2Cor 5,6-10; Gl 6,6s; Hb 9,27). Ver Lv 19,31; 1Cr 10,13 e notas; ver “Necromancia”.
ESPÍRITO (SANTO)
Em hebraico e grego “espírito” significa ar em movimento, hálito ou vento. Por isso também é sinal ou princípio de vida (Gn 6,17; 7,15; Ez 37,10-14), a força vital (Jr 10,14), a sede dos sentimentos, pensamentos e decisões da vontade (Ex 35,21; Is 19,3; Jr 51,11; Ez 11,19). Deus é que dá o espírito e age no homem pelo seu espírito (Gn 6,3; Ez 2,2 e nota). O Espírito falou pelos profetas (Ez 2,2; 3,12-14; 8,3; 11,1) e suscitou “testemunhas” (At 1,8.22; 2,32; 3,15; 10,39-41). No N.T. fala-se em bons e maus espíritos (Hb 1,14; Ap 4,5; Mc 1,13.23.26; At 5,16). O Espírito é também Deus verdadeiro, uma pessoa distinta do Pai e do Filho (Mt 28,19; Mc 13,11; At 5,3s; 20,28; 28,25s; 1Cor 3,16s; Jo 14,16). Procede do Pai e do Filho (Mt 10,20; Jó 14,26; 15,26; 16,13-15; Gl 4,6; Tt 3,5s); foi prometido e enviado (Lc 24,49; Jó 7,39; 14,16s; 15,26; At 1,5; 4,31); foi comunicado pelos apóstolos (At 8,14-17; 10,44-47; 11,15-17; 19,2-6; 1Ts 1,4s); foi dado a cada cristão e é o princípio da vida espiritual e garantia da ressurreição (Rm 8,2.11; Lc 12,11s; Jó 14,26; 16,12s; At 4,31s; Tt 3,5); concede dons e provoca frutos (Is 11,2s; Zc 12,10; Gl 5,22s; 1Cor 12,4-14,40; Ef 1,13s; 2Tm 1,7). O Espírito é o Paráclito, isto é, “advogado” dos cristãos no tribunal do mundo (Jó 14,15-17.25-26; 15,26-27; 16,7-14; Mc 13,11).
ESPOSO
O amor de Deus por Israel é comparado ao do noivo por sua noiva, ou do esposo pela esposa (Os 2,16; Jr 2,2.30-37; 3,1-13; Ez 16,8). Deus tem “ciúmes” por causa de Israel infiel; por isso castiga-o, mas também lhe promete um coração novo (Jr 30,17; 31,2-4.21-22; Ez 16,53-63) e novas bodas após o castigo do exílio (Os 2,16-25; 3,1-5; Lm 1,1-21; Is 49,14-21; 50,1-2; 51,17s; 54,1-10; Ct 1,1s). João Batista chama Jesus de noivo (Jó 3,29; Ef 5,22s), sendo ele o amigo do noivo. Em Cristo, Deus realiza as bodas definitivas com a Igreja, que é a noiva (2Cor 11,2) ou esposa de Cristo (Ap 21,9). Por isso, o Reino é uma festa de casamento (Mt 22,1-14; 25,1-13; Lc 14,16-24; Jó 2,1-11; 3,25-30; Mt 9,14-15; Ef 5,25s; Gl 4,21-23; 2Cor 11,1-3). Os esponsórios de Deus em Cristo são os fundamentos da moral conjugal cristã (Mt 19,1-9; Ef 5,22-23; 1Cor 6,15-20; 11,3-16; 1Pd 3,1-7; Cl 3,18-19).
ESSÊNIOS
Associação religiosa judaica da Palestina, de caráter monacal e tendência ascética. Sua origem provém, provavelmente, dos assideus (cf. 1Mc 2,42 e nota). Não são mencionados na Bíblia. Com a descoberta dos escritos do mar Morto (1947) e das ruínas de Qumrân, ficaram melhor conhecidos os costumes e a doutrina dos essênios e seu possível relacionamento com os fariseus e o N.T. Características do grupo: Os candidatos passavam por um período de um ano de “postulantado”e dois anos de “noviciado”; o candidato era aprovado como membro após um juramento e recebia uma doutrina secreta. Praticavam a pobreza, o celibato e a obediência a um superior. Faziam abluções rituais e orações matinais. Veneravam Moisés e os anjos. Observavam o sábado, mas estavam separados do culto do templo. Segundo alguns, João Batista teria sido membro da seita dos essênios (Lc 1,60; 3,1-21).
ESTADO
O poder vem de Deus (Pr 8,15s; 11,14; Eclo 10,1.4; 17,17; Dn 2,21; Mt 22,21; Jó 19,11; Rm 13,1s). Os funcionários públicos são responsáveis diante de Deus (2Cr 19,6; Ecl 5,7; Sb 6,2-9; Ef 6,9; Hb 13,17; Ap 19,16). Devem ser escolhidos entre os mais dignos (Ex 18,21-23; Dt 1,12-17; Sl 101,6; Pr 14,35): devem ser justiceiros e benignos (Dt 25,1-3; Pr 17,15; 20,28; 29,12; Sb 1,1; 12,17-19; Jr 22,2-5.13-19; Lc 3,14; Jó 7,24); devem edificar pelo bom exemplo (Dt 17,15-20; 1Rs 2,1-4; 6,11-13; Ecl 10,16s). Os súditos devem honrar as autoridades como representantes de Deus (Ex 22,27; 1Sm 24,7; Jó 19,11; At 23,4s; Rm 13,7; 1Tm 2,1-3); devem obedecê-las (Rm 13,1-7; Tt 3,1; Hb 13,17; 1Pd 2,13-15); devem pagar impostos (Mt 22,15-21; Rm 13,7).
Mas antes de tudo se deve obedecer a Deus (Tb 1,15-20; 1Mc 2,19-22; 2Mc 7,1s.30; At 4,18s; 5,29.40-42).
ESTELA (PILAR SAGRADO)
Ou coluna sagrada, de origem cananéia, era uma pedra colocada de pé por chefes em recordação de façanhas. Embora de origem profana, podia ser colocada em santuários e acabava assumindo a finalidade religiosa (Gn 28,18) de localizar a presença divina. Mais tarde, para combater os costumes pagãos, o seu uso foi condenado (Ex 23,24; Lv 26,1; Dt 7,5; 16,22; 2Cr 14,2).
ESTEFANAS
Foi um membro da igreja de Corinto, cuja família se encontrava entre aqueles que os apóstolos batizaram (1Co 1:16; 1Co 16:15, 17). Alguns pensam que ele é o “carcereiro de Filipos” (comp. At 16:33). A primeira epístola aos Coríntios foi escrita em Filipos cerca de seis anos depois da conversão do carcereiro e ele encontrava-se ali com o apóstolo nessa altura.
ESTÉR
A rainha de Assuero e heroína do livro com o mesmo nome. Era judia e o seu nome era Hadassa (murta), mas quando entrou para o harém do rei, recebeu o nome pelo qual ficou a ser conhecida (Et 2:7). Este nome não é mais do que uma modificação Siro-árabe da palavra persa satarah, que estrela. Era filha de Abiail, um benjamita. A sua família não tirou partido da permissão dada por Ciro, para que os exilados voltassem para Jerusalém; e ela passou a viver com o seu primo Mardoqueu, que tinha um cargo entre os servos do rei Persa em “Susã, no palácio”. Assuero, tendo-se divorciado de Vasti, escolheu Ester para sua mulher. Pouco depois disto, ele deu a Hamã, o agagita e seu primeiro ministro, poder e autoridade para matar e extirpar todos os Judeus do império Persa. Pela interposição de Ester, foi evitada tamanha catástrofe. Hamã foi morto na forca que fora preparada para Mardoqueu; e os judeus estabeleceram uma festa anual, a festa do Purim, em memória da sua maravilhosa libertação. Este acontecimento deu-se cerca de 52 anos após o regresso do povo a Jerusalém (479 a.C.). Ester é-nos mostrada como sendo uma mulher de profunda piedade, fé, coragem, patriotismo e cautela, que se combinava com a sua determinação; uma filha cumpridora para com o seu pai adotivo, dócil e obediente aos seus conselhos e ansiosa por partilhar o favor do rei com ele, pelo bem do povo Judeu. Ela deve ter possuído uma graça, umas maneiras e um charme singulares, uma vez que ‘alcançava graça aos olhos de todos quantos a viam’ (Et 2:15). Ela foi colocada por Deus naquela posição, a fim de evitar a destruição do povo judeu e lhes proporcionar proteção, paz e riquezas no seu cativeiro.
ESTÉR, LIVRO DE
Livro histórico do Antigo Testamento no qual são narrados os fatos que se deram com os judeus na corte de Assuero.
ESTERILIDADE
Incapacidade de ter filhos, o que era considerado, entre os judeus, como grande desgraça ou mesmo como castigo de Deus. Deus prometeu aos israelitas torná-los uma nação fértil, se fossem fiéis à aliança com Ele (Dt 7, 14). O poder de tornar fecunda uma mulher estéril era atribuído só a Deus (SI 112, 9). Conhecendo as futuras desgraças, que estavam para cair sobre Jerusalém, Jesus disse que, nesse tempo, as estéreis seriam consideradas afortunadas (Lc 23, 29). A esterilidade de Isabel foi ocasião de um portentoso mila­gre, por ocasião do nascimento de João Batista. (Lc 1. 5).
ESTÊVÃO
Um dos sete diáconos, que se tornou pregador do evangelho. Foi o primeiro mártir cristão. O seu caráter e história pessoal estão registrados em (Atos 6). “Adormeceu” com uma oração nos lábios em favor daqueles que o perseguiram (At 7:60). Alguns homens piedosos sepultaram Estevão (At 8:2). Foi aos pés de um jovem fariseu, Saulo de Tarso, que aqueles que apedrejaram Estevão deixaram as suas vestes (comp. Dt 17:5-7), antes de iniciarem a sua obra cruel. A cena que Saulo depois testemunhou e as palavras que ouviu pareceram causar nele uma impressão profunda e duradoura (At 22:19, 20). O discurso de Estevão perante o legislador judeu é a primeira apologia do universalismo do Evangelho como mensagem tanto para os gentios como para os judeus. É o mais longo discurso contido nos Atos, sendo-lhe dado um lugar de proeminência.
ESTRANGEIRO
Esta palavra refere-se a uma pessoa natural de um país estrangeiro e que habita na Palestina. Tais pessoas gozavam de muitos privilégios comuns aos judeus mas, mesmo assim, encontravam-se separados deles. As relações entre judeus e estrangeiros eram reguladas por leis especiais (Dt 23:3; Dt 24:14-21; Dt 25:5; Dt 26:10-13). A esta palavra está, às vezes, também ligado um significado especial. Em Gn 23:4, refere-se a uma pessoa que vive num país estrangeiro; em Ex 23:9, a alguém que não é judeu; em Nm 3:10, a alguém que não é da família de Aarão; no Sl 69:8, a um estrangeiro ou pessoa desconhecida. Aos judeus era permitido comprarem estrangeiros que, depois, serviriam de escravos (Lv 25:44, 45) e também podiam emprestar dinheiro aos estrangeiros com usura (Dt 23:20).
ESTRATON
Torre no Palácio Real de Jerusalém. Lá Aristóbulo, filho de João Hircano, mandou assassinar a seu irmão Antígono. (Fl. Jos. Antlg).
ESTMOA
Cidade situada na região montanhosa de Judá, atribuída aos sacerdotes (Js 21:14; 1Cr 6:57) e chamada Estemó (Heb. ’Eshtemoah) em (Js 15:50). Recebeu de David alguns dos despojos dos amalequitas que destruíram Ziclague (1Sm 30:28). O local foi identificado com es-Semû‘, cerca de 14.5 km a sudoeste de Hebrom. Em 1969, foram levadas a cabo, em es-Semû‘, escavações de salvamento e uma recuperação parcial de uma sinagoga judaica do século IV DC, sob a direção de Z. Yeivin. Durante estas escavações, foi descoberto um tesouro sob a câmara lateral da sinagoga. Era composto por cinco cântaros de cerâmica do período dos primeiros reis hebraicos, contendo cerca de 25 kg de lingotes e jóias de prata. Tem sido sugerido que poderá estar relacionado com o saque enviado por David a Estmoa (1Sm 30:26, 28).
ETAM
1) “O ezraíta”, que se distinguiu pela sua sabedoria (1Rs 4:31). Tem o mesmo nome que o autor do Salmo 89. Era da tribo de Levi. 2) Cidade da tribo de Simeão, onde havia uma rocha, para a qual Sansão se retirava quando tinha feito algum dano aos filisteus. (Jz 15, 8).
ETERNIDADE
A palavra ‘eternidade’ ocorre em (Is 57) ‘assim diz o... que habita a eternidade’, frase que muitos hebraístas traduzem desta maneira: ‘o que habita para sempre’. Em is 9.6 o termo é duvidoso. A palavra eterno significa literalmente ‘longo tempo’, e esta idéia de um tempo, ou tempo indefinido, constitui a base da significação de perpetuidade nas expressões hebraica e grega. No A.T. as palavras traduzidas por eterno, perpétuo, para sempre, e para todo o sempre, são aplicadas, em primeiro lugar, a Deus - depois, ao seu modo de proceder com os homens, à Sua misericórdia, ao Seu Pacto, ao Seu reino, ao Rei e Sacerdote messiânico, etc. A frase, ‘os outeiros eternos’ (Gn 49.26 - Dt 33.15 - Hc 3.6) é excepcional e poética (Is 54.10). No N.T. emprega-se a palavra que no grego significa ‘idade’, em várias frases, para exprimir longa idade, tempo sem fim. Com referência ao passado significa ‘desde todos os tempos’ - e ao futuro, ‘até aos tempos de tempos’, ou ‘em todas as gerações, para todo o sempre’ (Ef 3.21). Capital importância, contudo, se dá ao correspondente adjetivo, com a significação literal de ‘longa idade’, ‘tempo perpétuo’. o simples sentido se vê em Fm 15, ‘para que o possuísses (a onésimo) para sempre’. o mais freqüente uso do termo acha-se na frase ‘vida eterna’. Esta expressão ocorre oito vezes nos evangelhos sinópticos (Mt 19.16 a 29 e lugares paralelos - Mt 25.46 - Lc 10.25) - onze vezes em S. Paulo, uma vez na epistola de S. Judas - vinte e três vezes no Evangelho e primeira epistola de S. João. Na verdade, a frase é especialmente característica de S. João, e é certo que com ela o apóstolo evangelista quis significar uma coisa muito diferente, tendo em vista uma idéia mais profunda do que mera existência futura sem fim. Ele refere-se não à duração, mas à qualidade de vida, a uma vida realmente possuída por aquele que crê em Jesus Cristo (Jo 3.36 - 5.24 - 6.47, 54, 68 - 17.3 - 1 Jó 5.11, 13). E em conformidade com esta inteligência, Jesus identifica a vida eterna com a vida (Lc 10.25, 28) - e S. Paulo emprega estas expressões - ‘Toma posse da vida eterna’, e ‘a fim de se apoderarem da verdadeira vida’ (1 Tm 6.12, 19). Esta interpretação de se considerar a qualidade da vida, e não a duração, foi originada no contraste que repetidas vezes se apresenta entre ‘esta idade’ (este mundo) e ‘a idade vindoura’ (mundo porvir) (Mt 12. 32 - 13.22). O século futuro, ou a idade futura (ou o mundo vindouro) é o reino messiânico, o mundo invisível, no qual tudo o que é terreno e transitório desaparece, permanecendo só e eternamente as realidades espirituais. E é às realidades pertencentes a este mundo invisível, e supersensível, que regularmente se aplica o termo que estamos considerando. Assim, Jesus Cristo emprega o termo eterno (não no sentido de duração perpétua), referindo-se ao fogo, à vida, ao castigo, às moradas (Mt 25.41, 46 - Mc 3.29 - Lc 16.9) - São Paulo também se exprime deste modo: ‘Eterno peso de glória’ - uma casa eterna nos céus - ‘eterna destruição, banidos da face do Senhor’, etc. (2 Co 4.17, 18 - 5.1 - 2 Ts 1.9 - 2.16 - 1 Tm 6.16 - 2 Tm 2.10 - 1 Pe 5.10 - 2 Pe 1.11 - Jd l - Ap 14.6).
ETIÓPIA
Nos tempos bíblicos, a área mais tarde chamada Núbia, situada em parte no que é agora o Egito e em parte no Sudão. Nos tempos clássicos chamava-se Núbia. A sua fronteira norte era a primeira catarata do Nilo, em Aswan; a fronteira sul não estava definida. O nome hebraico Kûsh deriva do nome do primeiro filho de Cam - Cuse (Gn 10:6), que foi o antepassado dos habitantes da Etiópia. Os habitantes deste país eram canitas, tal como os egípcios e os líbios, embora os egípcios se referissem aos cusitas como “negros”. A sua cor escura, que é também mencionada na Bíblia (Jr 13:23), esteve na origem desta designação. O país chamado em hebraico Cus e mencionado muitas vezes juntamente com o Egito. (SI 67. 31; Is 20, 3-5).
EUCARISTIA
“Fração do pão” rito tipicamente cristão (At 2,42.46; Mt 26,26; 1Cor 10,16; 11,24). Celebra-se no domingo, dia da Ressurreição (At 20,7.11). Nela o Ressuscitado está presente (Lc 24,30-35). É o “pão da vida”, refeição pascal (Jo 6,4) e messiânica. É o novo maná, dado pelo novo Moisés (Sl 78,24; 105,40; Sb 16,20; Is 55,1-3; Pr 9,5; Eclo 24,20; Jó 6,1-15.22-59; Mt 14,19-21; 15,32-39). É o banquete nupcial e escatológico (Mt 22,2-14; 25,1-13; Lc 14,12-24; Jó 2,1-12; Ap 14,1-3; 3,20-21). É o sacramento de Unidade (1Cor 10,16-17; 11,17-34; Jó 17,1s; At 2,42-46; Lc 24,30-35), prometido e instituído por Cristo (Jo 6; Mt 26,26-28; Mc 14,22-24; Lc 22,19-20; 1Cor 11,23-25).
EUFRATES, RIO
Grande rio e o quarto do Paraíso Terrestre. Citado em (Gên 2, 14).
EUMENES
Rei de Pérgamo. Quando Antíoco o Grande foi derrota­do pelos romanos (189 a.C.) foi forçado a ceder várias regiões a Kumenes, aliado leal de Roma. (1 Mac 8. 8).
EUNICE
Mãe de Timóteo, uma crente judia que casou com um grego (At 16:1). Ela ensinou o seu filho, desde a sua infância o conhecimento das Escrituras (2Tm 3:15). Foi enaltecida pela sua “fé não fingida”.
EUNUCO
Homem incapaz para a geração por impotência natural ou pela castração. A castração era proibida na Lei Antiga (Lev 22. 24). Em sentido espiritual, Nosso Senhor chamou de eunucos aqueles que por amor a Deus voluntariamente renunciam ao matrimônio como Ele mesmo, abraçando um estado muito mais perfeito. Só os que fielmente corresponderem à graça divina serão capazes dessa perfeição consoante a advertência do próprio Jesus “O que é capaz de compreender isto, compreen­da-o”. (Mt 19, 12).
EUNUCO ETÍOPE
O oficial-chefe ou primeiro ministro de Candace, rainha da Etiópia, que se converteu ao cristianismo através dos ensinos de Filipe (At 8:27). A zona norte da Etiópia formava o reino de Meroe que, durante um largo período de tempo, foi governado por rainhas e foi, provavelmente, deste reino que veio o eunuco.
ÊURICLES
Homem pérfido de Lacedemônía. Tendo adquirido a amizade de Herodes e dos seus filhos, descobria a uns os segredos dos outros, por dinheiro. Ele foi, por este meio, a causa da morte de Alexandre e de Aristóbulo. (Fl. Jos).
ÊUTICO
Um jovem de Troas que, tomado de um sono profundo, caiu da janela do terceiro andar da casa onde Paulo se encontrava a pregar em Trôades, tendo sido “levantado morto.” A janela estava aberta para que o ar entrasse e o rapaz caiu lá em baixo. (At 20:9-12). Paulo ressuscitou-o (Compare com 1Rs 17:21; 2Rs 4:34).
EVA
1) Nome dado por Adão à sua mulher (Gn 3:30 e Gn 4:1). O relato da sua criação é feito em (Gn 2:21-22). O Criador, ao declarar que não era bom que o homem estivesse só e ao criar para ele uma companheira, deu a Sua sanção à monogamia. O comentador Matthew Henry diz: “Esta companheira foi feita a partir de uma costela que Deus tirou do seu lado (de Adão), querendo significar que ela lhe deveria ser tão querida como a sua própria carne. Não tirou qualquer pedaço da cabeça dele, para que não fosse ela a mandar; não veio dos pés dele, para que ele não a tiranizasse; mas do seu lado, demonstrando que deveria haver igualdade no seu casamento.” E novamente “que aquela mulher que Deus criara através da Sua graça especial e que trouxera à vida pela Sua especial providência, deveria mostrar-se uma ajudadora para o seu marido.” Através da subtil tentação da serpente, ela violou o mandamento de Deus, ao comer do fruto proibido e do qual deu também ao seu marido (1Tm 2:13-15; 2Co 11:3). Quando ela deu à luz o seu primeiro filho, disse: “Alcancei do Senhor um varão”. Foi assim que ela deu as boas vindas a Caim, segundo alguns pensam, como se ele fosse o Prometido, a “semente da mulher.” 2) Nome dado por Adão à sua companheira, no Éden. Significa mãe de todos os viventes. Gên 3. 20.
EVANGELISTA
Nome dos primeiros escritores sagrados do Antigo Testamento. São os quatro que escreveram a vida de N. S. Jesus Cristo, a saber: Mateus, Marcos, Lucas e João.
EVANGELHO
É a “Boa-Nova” anunciando a chegada do Reino de Deus em Cristo (Lc 4,43-44; Mc 1,1; At 13,32-33; Is 40,9-11; 61,1-2; Lc 4,16-22; Mt 11,2-6). Esta feliz boa-nova é anunciada aos pobres (Lc 6,20-23; 2,10; Mt 5,3-12). É o anúncio da salvação (At 13,26; Rm 1,16-17; 10,14-17; Ef 1,13); é a pregação do mistério que se realiza em Cristo e na Igreja, incluindo judeus e pagãos (Cl 1,26-29; 4,2-4; Ef 3,1-7; Rm 1,1-6). Ver a Introdução aos Evangelhos Sinóticos.
EVI
Um dos primeiros príncipes madianitas, morto na guerra que Moisés lhes declarou por terem feito cair os israelitas na idolatria. Finéias, filho de Eleazar, à frente de mil homens, foi o chefe dessa expedição. (Num 31, S).
EVIL MERODAQUE
Filho e sucessor de Nabucodonozor, rei da Babilônia (2Rs 25:27; Jr 52:31,34). Ele parece ter reinado somente durante dois anos (562-560 a.C.). Provavelmente influenciado por Daniel, mostrou-se bondoso para com Joaquim, que já estava cativo em Babilônia há 37 anos. Ele libertou-o e “falou-lhe com gentileza.” Foi morto por Nergal-Sarezer (o mesmo que Neriglissar), o seu cunhado, que lhe sucedeu no trono (Jr 39:3,13).
EVÓDIA
Era membro da igreja de Filipos. Ela foi das que trabalhou muito com Paulo na propagação do Evangelho. O apóstolo exorta-a e sentir o mesmo que Síntique (Fp 4:2). De acordo com estas palavras, parece que ambas andavam desavindas.
ÊXODO
Segundo livro do Pentateuco. Trata da saída do Egito, da pas­sagem do Mar Vermelho e dos mandamentos de Deus. Ver “Moisés”, “Páscoa”, “Peregrinação”, “Libertação”. Ver também a Introdução ao livro do Êxodo e as notas em Ex 15,17 e 19,1-24,11).
EXPIAÇÃO
No início, a expiação é compreendida materialisticamente como uma reparação exterior por uma falta legal (Lv 14,11-20.53-54; 23,26-32; Dt 13,7-11; 17,2-7; 19,15-21; Nm 35,32-34; 2Sm 12,13-15). A expiação visa restabelecer a comunhão entre Deus e o homem, rompida por sua rebeldia. Em textos mais antigos, com a expiação procura-se acalmar a ira divina, punindo o pecador ou praticando um ato cultual (1Sm 26,19; 2Sm 21,1-14). Há também ritos expiatórios para apagar o pecado, representado como mancha, pelo sangue de uma vítima (Lv 16,14-16). Deus é quem institui a expiação e a efetua (17,11), quando lhe são oferecidos os sacrifícios pelo pecado e pela culpa. Deus, intransigente no início, deixa-se dobrar pela sua misericórdia (Jr 7,16; 11,13-20; Gn 19,2-22; Jó 42,8-10; Am 7,3-10); e concede o perdão dos pecados (Os 14,3-5; Jr 3,21-22). No N.T, o povo que pecou muito tem necessidade dum “justo” que se imole por ele e o reconduza a Deus (Is 41,1-9; 49,1-6; 50,4-9; 52,13-53,12; Mt 12,15-21; Fl 2,8-11; Jó 12,31-34; 11,47-54; 1Pd 2,21-25). S. Paulo apresenta a obra salvífica de Cristo pela cruz como uma reconciliação entre Deus e os homens (Rm 5,9-11; 2Cor 5,18-20; Cl 1,20; Ef 2,13-16). O sacrifício de Cristo, de valor infinito, reparou para sempre todos os pecados (Hb 7,26-28; 10,4-14; 9,25-26; Ap 12,9-12; Rm 5,18-19). A Igreja, isto é, os cristãos associam-se à expiação de Cristo (Fl 3,10; Rm 8,17; 1Pd 4,13).
EZEL
O significado é desconhecido. De acordo com algumas versões, uma pedra onde David se escondeu até Jónatas o informar sobre a atitude do rei Saul (1Sm 20:19). A sua localização é desconhecida. Algumas versões nesta passagem, lêem “monte de pedras” em vez de “pedra de Ezel”.
EZEQUIAS
1) Filho de Acaz e pai de Manassés (Mt 1:9,10). 2) Filho de Acaz (2Rs 18:1; 2Cr 29:1), a quem sucedeu no trono do reino de Judá. Reinou durante 29 anos (726-697 a.C.). A história deste rei vem mencionada em 2Rs 18:20, Is 36:1-39:8 e 2Cr 29:1. Propôs-se a abolir a idolatria do seu reino e entre outras coisas que realizou com este fim, destruiu a “serpente de metal”, que fora levada para Jerusalém e se transformara num objeto de adoração idólatra (Nm 21:9). Foi feita uma grande reforma no reino de Judá, nos seus dias (2Rs 18:4; 2Cr 29:3-36). Com a morte de Sargão e a ascensão do seu filho Senaqueribe ao trono da Assíria, Ezequias recusou-se a pagar o tributo que o seu pai tinha pago, “rebelando-se contra o rei da Assíria e não o servindo”, aliando-se ao Egito. Tudo isto levou a que Senaqueribe invadisse Judá (2Rs 18:13-16), tomando quarenta cidades e sitiando Jerusalém. Ezequias cedeu às exigências do rei assírio e concordou em pagar-lhe 300 talentos de prata e trinta de ouro (2Rs 18:14). Mas Senaqueribe agiu traiçoeiramente para com Ezequias (Is 33:1) e uma segunda vez, em dois anos, invadiu o seu reino (2Rs 18:17; 2Cr 32:9; Is 36). Esta invasão levou à destruição do exército de Senaqueribe. Ezequias orou a Deus e “naquela mesma noite, saiu o anjo do Senhor e feriu no arraial dos Assírios 185.000 deles”. Senaqueribe fugiu para Nínive com o abalado remanescente das suas forças onde, 17 anos depois, foi assassinado pelos seus filhos Adrameleque e Sarezer (2Rs 19:37) A narrativa da doença e milagrosa recuperação de Ezequias vem descrita em 2Rs 20:1; 2Cr 32:24 e Is 38:1. Vários embaixadores o vieram felicitar pela sua recuperação, entre os quais Merodaque-Baladã, vice-rei de Babilónia (2Cr 32:23; 2Rs 20:1. Foi sepultado “no mais alto dos sepulcros dos filhos de David” (2Cr 32:27-33). “Depois dele não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele” (2Rs 18:5)
EZEQUIEL
1) O mesmo que Jeezequel, chefe do 20º turno de sacerdotes, no tempo de David. 2) Um dos profetas maiores. Filho de Buzi, o sacerdote (Ez 1:3). Foi um dos exilados que se estabeleceu em Tel-Abib, nas margens do Quebar, “na terra dos Caldeus.” Foi, provavelmente, levado cativo juntamente com Joaquim (Ez 1:2; 2Rs 24:14-16), em cerca de 597 a.C. O seu chamado profético chegou-lhe “no quinto ano do cativeiro de Joaquim” (594 a. C.). Possuía uma casa no local onde estava exilado. No nono ano do seu exílio e devido a um repentino e imprevisto golpe, a mulher de Ezequiel morreu (Ez 8:1 e Ez 24:18). Ele ocupava um lugar de proeminência entre os exilados e era, frequentemente, consultado pelos anciãos Ez 8:1; Ez 11:25; Ez 14:1; Ez 20:1. O seu ministério durou cerca de 23 anos (Ez 29:17) - 595-573 a. C. - e durante parte desse período, ele foi contemporâneo de Daniel (Ez 14:14 e Ez 28:3), Jeremias e provavelmente de Obadias. Não são conhecidos o momento e modo como ele morreu. Aponta-se o local do seu túmulo como estando nas vizinhanças de Bagdade, num local chamado Keffil. 2) Um dos quatro profetas maiores. Foi preso na Babilônia, aos 20 anos. Teve muitas visões extraordinárias. Como ele repreen­dia severamente os judeus pelas suas desordens, eles o perseguiram até lhe fazerem padecer o martírio naquela terra estrangeira.
EZEQUIEL, LIVRO DE
Foi o quarto escrito dos chamados profetas.
EZER
1) Um dos filhos de Seir, dos príncipes que eram naturais do Monte Hor (Gn 36:21,27). 2) Um dos campeões gaditas que seguiu David até Ziclague. 3) Um levita (Ne 3:19).
EZIOM – GEBER
Cidade na extremidade norte do Golfo de Aqabah, o braço oriental do Mar Vermelho. É pela primeira vez mencionada na Bíblia como um dos locais onde os israelitas acamparam durante as suas vagueações no deserto (Nm 33:35, 36; Dt 2:8). Tornou-se conhecida como porto durante o período da monarquia hebraica; Salomão fez dela a cidade-porto de onde saíram as expedições para Ofir (1Rs 9:26; 2Cr 8:17). Josafá tentou fazer reviver estas expedições mas os seus navios foram destruídos por uma tempestade em Eziom-Geber (1Rs 22:49). Por causa deste desastre, ele desistiu de todas as tentativas de reconstrução da sua frota, embora Acazias, filho de Acabe, se tivesse oferecido para o ajudar (1Rs 22:50; 2Cr 20:36, 37). Quando a sua revolta contra Jorão, Edom, o filho de Josafá, conseguiu a sua independência e o domínio de Judá sobre Eziom-Geber deve ter cessado temporariamente. Mas Amazias derrotou os edomitas, recuperando novamente o controlo sobre esta área. O seu filho Uzias construiu Elate, aparentemente a cidade gêmea de Eziom-Geber, situando-se provavelmente a este desta cidade (2Rs 14:7, 2Rs 14:22: 2Cr 25:11, 12; 2Cr 26:1, 2). A partir daí, Eziom-Geber não volta a ser mencionada em registos históricos. É provável que tenha voltado às mãos dos edomitas. Quando os nabateus árabes tomaram o lugar dos edomitas, a cidade de Eziom-Geber passou a ser uma possessão nabateia.
EZRI
Filho de Quelube. Ele superintendeu, no tempo de David, os que “faziam a obra do campo, na lavoura da terra” (1Cr 27:26).







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