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OLA SOU ELIANE RAMOS, APÓSTOLA DA IALJAN E QUERO APRESENTAR MEU TRABALHO

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NO AR DESDE 31 DE JANEIRO DE 2014


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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

PONTO NEGRO PARA PENSAR!!!



Certo dia, um professor chegou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova - relâmpago.
Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.
O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume.
Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha.
Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha.
O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte:
- Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.
Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa.
Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta.
Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha.
Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar:
- Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco.
Todos centralizaram suas atenções no ponto negro. Assim acontece em nossas vida. Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros.
A vida é um presente de DEUS dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado.
Temos motivos para comemorar sempre.
A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos.
No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro!
O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo.
Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente.
Pense nisso!
Tire os olhos dos pontos negros de sua vida.
Aproveite cada momento que a vida lhe dá.
Creia que: 
"o choro pode durar até o anoitecer, mas a alegria logo vem no amanhecer".SALMOS 30:5
Tenha essa certeza, tranqüilize-se e seja FELIZ!

sábado, 24 de janeiro de 2015

5 coisas que se aprende do deserto de Jesus

Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e: eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviram. 
(Mateus 4:1-11).

Cinco coisas chamam a atenção neste texto. São elas:
1 – Se você é filho de Deus, Ele mesmo te enviará ao deserto. O versículo 1 diz que “foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto”. Às vezes podemos pensar que o inimigo nos levou até lá. A situação pode ser complicada, dolorosa, estar até mesmo no próprio vale da morte, mas tenha esta certeza: o seu Senhor é contigo. Esta é uma das diferenças entre os que crêem e os que não crêem: somos habitados por Deus – somos o Seu templo. O governo da nossa vida está inteiramente nas mãos do Senhor, mas para o bem. Sabemos, pela Bíblia, que mesmo a vida dos que não crêem está sob o controle do Pai. Contudo, são vasos da ira reservados para seu próprio fim. Não é assim conosco: Deus nos ama, e a obra de aperfeiçoamento que Ele começou não terminará até que sejamos como Cristo é. Acontece porque…
2 – O deserto é necessário. Se todas as coisas colaboram para o bem daqueles que amam a Deus, ir para o deserto é algo bom. Jesus foi para lá antes de iniciar o seu ministério terreno. Neste tempo, Ele ficou em oração e comunhão com seu Pai, preparando-se para a grande obra que viria a ser feita. Lembre-se, portanto, de consultar o Pai antes de qualquer empreitada, seja ela grande ou pequena. O Espírito Santo impeliu Jesus a um lugar onde ele pudesse ficar em contato maior com Deus Pai. Assim Ele impelirá cada um dos seus filhos, os quais são habitados por Ele, a buscá-lo cada vez mais. E às vezes isto significa que o Pai poderá colocá-lo em situações difíceis. Mas junto com a provação, ele dá também o livramento (1 Coríntios 10:13). E neste lugar…
3 – Você vai ser tentado. Para isto mesmo que Jesus foi ao deserto. Satanás estava lá, acompanhando de perto tudo o que estava acontecendo com Jesus. Então, as primeiras perguntas que ele fez foram para colocar dúvida acerca da identidade dEle: “Se tu és Filho de Deus…”. Tempos de provação podem fazer você duvidar de quem você é. É de suma importância que você confie na obra que nosso Senhor fez. Ele cumpriu toda a lei por você, pagou uma conta de morte que era sua, creditou a ti a vida eterna e reestabeleceu a comunicação entre você e o Pai. Como disse Jesus: “está consumado”(João 19.30). E também disse, falando das ovelhas do seu povo: “ninguém as arrebatará da minha mão”(João 10.28). A salvação do Senhor é muito firme. Curioso é que Satanás aparentemente sugere algo trivial, sem implicações espirituais: comida. Não há nenhum problema em pedir o alimento ao Senhor. Jesus até ensinou isto na oração-modelo do Pai Nosso. Contudo, Cristo não caiu na cilada. Ele sabia quem era. Assim, cada crente deve resistir às tentações, mantendo vigilância constante. Perceba também que, para tentá-lo…
4 – Satanás pode usar as próprias Escrituras de Deus na sua tentativa de engodo. Não dando certo sua primeira investida, e vendo que Jesus usou a Palavra, o Maligno procurou usar a mesma fonte que Cristo usou. Foi a mesma oferta de antes, só que usando a Bíblia! Que perigo! Pouco conhecimento pode fazer com que você abandone a Deus certo de que está indo ao seu encontro. Pode achar que está obedecendo ao Senhor, mas na verdade está o desafiando. Aqui reside uma grande falha de alguns crentes. O conhecimento raso da Palavra o torna vulnerável a qualquer vento de doutrina. Parece que o conhecimento bíblico de alguns se resume ao que eles escutam nas músicas evangélicas, que no geral, convenhamos, são fraquíssimas teologicamente. É como um soldado que pensa ter uma grande arma e, indo à frente da batalha, precisando usá-la, percebe que não passa de um canivete.Entretanto…
5 – A maneira que Jesus usou para se defender também foi citar as Escrituras. Não foram palavras de ordem, nem gritos, nem chavões, nem simpatias ou campanhas de sete, dez ou doze passos. A Palavra de Deus, dentro do contexto correto, em conformidade com a completude dela é que fez Satanás desistir de assediar Cristo. Resista ao inimigo e ele fugirá de vós (Tiago 4.7). No entanto, muitos tem medo da Teologia, ou a acham desnecessária. Bastam as experiências. Teologia não é somente para acadêmicos. Fazer teologia é estudar sistematicamente a Palavra, procurando entendê-la conforme a orientação do Espírito Santo. Ou seja, qualquer crente fiel faz teologia. Não estudá-la é coisa de crente preguiçoso e relapso. A voga da  Teologia da Prosperidade e da Confissão Positiva, por exemplo, se deve à falta de compreensão de assuntos básicos da fé cristã.
Conclusão
Desertos são comuns na vida do cristão, como são também as tentações e provações. Mas somos instados pelo Senhor a resistir a elas, para que aprendamos e sejamos completos em tudo (Tiago 1.2-4).
FONTE https://www.napec.org/reflexoes-teologicas/5-coisas-que-se-aprende-do-deserto-de-jesus/
INTERNET





quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

OSÉIAS 14



OSÉIAS 14

Exortação ao arrependimento e promessa de perdão  

1 Volta, ó Israel, para o Senhor teu Deus; porque pela tua iniqüidade tens caído.

2 Tomai convosco palavras, e voltai para o Senhor; dizei-lhe: Tira toda a iniqüidade, e aceita o que é bom; e ofereceremos como novilhos os sacrifícios dos nossos lábios.

3 Não nos salvará a Assíria, não iremos montados em cavalos; e à obra das nossas mãos já não diremos: Tu és o nosso Deus; porque em ti o órfão acha a misericórdia.

4 Eu sararei a sua apostasia, eu voluntariamente os amarei; porque a minha ira se apartou deles.

5 Eu serei para Israel como o orvalho; ele florescerá como o lírio, e lançará as suas raízes como o Líbano.

6 Estender-se-ão as suas vergônteas, e a sua formosura será como a da oliveira, a sua fragrância como a do Líbano.

7 Voltarão os que habitam à sua sombra; reverdecerão como o trigo, e florescerão como a vide; o seu renome será como o do vinho do Líbano.

8 Ó Efraim, que tenho eu com os ídolos? Sou eu que respondo, e cuido de ti. Eu sou como a faia verde; de mim é achado o teu fruto.

9 Quem é sábio, para que entenda estas coisas? prudente, para que as saiba? porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles; mas os transgressores neles cairão.


OSÉIAS 13



OSÉIAS 13

O pecado de Israel e o seu castigo

1 Quando Efraim falava, tremia-se; foi exaltado em Israel; mas quando ele se fez culpado no tocante a Baal, morreu.

2 E agora pecam mais e mais, e da sua prata fazem imagens fundidas, ídolos segundo o seu entendimento, todos eles obra de artífices, e dizem: Oferecei sacrifícios a estes. Homens beijam aos bezerros!

3 Por isso serão como a nuvem de manhã, e como o orvalho que cedo passa; como a palha que se lança fora da eira, e como a fumaça que sai pela janela.

4 Todavia, eu sou o Senhor teu Deus desde a terra do Egito; portanto não conhecerás outro deus além de mim, porque não há salvador senão eu.

5 Eu te conheci no deserto, em terra muito seca.

6 Depois eles se fartaram em proporção do seu pasto; e estando fartos, ensoberbeceu-se-lhes o coração, por isso esqueceram de mim.

7 Portanto serei para eles como leão; como leopardo espreitarei junto ao caminho;

8 Como ursa roubada dos seus cachorros lhes sairei ao encontro, e lhes romperei as teias do coração; e ali os devorarei como leoa; as feras do campo os despedaçarão.

9 Destruir-te-ei, ó Israel; quem te pode socorrer?

10 Onde está agora o teu rei, para que te salve em todas as tuas cidades? e os teus juízes, dos quais disseste: Dá-me rei e príncipes?

11 Dei-te um rei na minha ira, e tirei-o no meu furor.

12 A iniqüidade de Efraim está atada, o seu pecado está armazenado.

13 Dores de mulher de parto lhe sobrevirão; ele é filho insensato; porque é tempo e não está no lugar em que deve vir à luz.

14 Eu os remirei do poder do Seol, e os resgatarei da morte. Onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó Seol, a tua destruição? A compaixão está escondida de meus olhos.

15 Ainda que ele dê fruto entre os seus irmãos, virá o vento oriental, vento do Senhor, subindo do deserto, e secar-se-á a sua nascente, e se estancará a sua fonte; ele saqueará o tesouro de todos os vasos desejáveis.

16 Samária levará sobre si a sua culpa, porque se rebelou contra o seu Deus; cairá à espada; seus filhinhos serão despedaçados, e as suas mulheres grávidas serão fendidas.


OSÉIAS 12



OSÉIAS 12

A controvérsia do Senhor com Judá e com Israel

1 Efraim apascenta o vento, segue o vento oriental todo o dia; multiplica a mentira e a destruição; e fazem aliança com a Assíria, e o azeite se leva ao Egito

2 O Senhor também com Judá tem contenda, e castigará a Jacó segundo os seus caminhos; segundo as suas obras o recompensará.

3 No ventre pegou do calcanhar de seu irmão; e na sua idade varonil lutou com Deus.

4 Lutou com o anjo, e prevaleceu; chorou, e lhe fez súplicas. Em Betel o achou, e ali falou Deus com ele;

5 sim, o Senhor, o Deus dos exércitos; o Senhor e o seu nome.

6 Tu, pois, converte-te a teu Deus; guarda a benevolência e a justiça, e em teu Deus espera sempre.

7 Quanto a Canaã, tem nas mãos balança enganadora; ama a opressão.

8 Diz Efraim: Certamente eu me tenho enriquecido, tenho adquirido para mim grandes bens; em todo o meu trabalho não acharão em mim iniqüidade alguma que seja pecado.

9 Mas eu sou o Senhor teu Deus, desde a terra do Egito; eu ainda te farei habitar de novo em tendas, como nos dias da festa solene.

10 Também falei aos profetas, e multipliquei as visões; e pelo ministério dos profetas usei de parábolas.

11 Não é Gileade iniqüidade? pura vaidade são eles. Em Gilgal sacrificam bois; os seus altares são como montões de pedras nos sulcos dos campos.

12 Jacó fugiu para o campo de Arã, e Israel serviu por uma mulher, sim, por uma mulher guardou o gado.

13 Mas o Senhor por meio dum profeta fez subir a Israel do Egito, e por um profeta foi ele preservado.

14 Efraim mui amargamente provocou-lhe a ira; portanto sobre ele será deixado o seu sangue, e o seu Senhor fará cair sobre ele o seu opróbrio.


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

OSÉIAS 11



OSÉIAS 11

A ingratidão de Israel - Ameaças e promessas

1 Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei a meu filho.

2 Quanto mais eu os chamava, tanto mais se afastavam de mim; sacrificavam aos baalins, e queimavam incenso às imagens esculpidas.

3 Todavia, eu ensinei aos de Efraim a andar; tomei-os nos meus braços; mas não entendiam que eu os curava.

4 Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e me inclinei para lhes dar de comer.

5 Não voltarão para a terra do Egito; mas a Assíria será seu rei; porque recusam converter-se.

6 Cairá a espada sobre as suas cidades, e consumirá os seus ferrolhos; e os devorará nas suas fortalezas.

7 Porque o meu povo é inclinado a desviar-se de mim; ainda que clamem ao Altíssimo, nenhum deles o exalta.

8 Como te deixaria, ó Efraim? como te entregaria, ó Israel? como te faria como Admá? ou como Zeboim? Está comovido em mim o meu coração, as minhas compaixões à uma se acendem.

9 Não executarei o furor da minha ira; não voltarei para destruir a Efraim, porque eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti; eu não virei com ira.

10 Andarão após o Senhor; ele bramará como leão; e, bramando ele, os filhos, tremendo, virão do ocidente.

11 Também, tremendo, virão como um passarinho os do Egito, e como uma pomba os da terra da Assíria; e os farei habitar em suas casas, diz o Senhor.

12 Efraim me cercou com mentira, e a casa de Israel com engano; mas Judá ainda domina com Deus, e com o Santo está fiel.


OSÉIAS 10



OSÉIAS 10

1 Israel é vide frondosa que dá o seu fruto; conforme a abundância do seu fruto, assim multiplicou os altares; conforme a prosperidade da terra, assim fizeram belas colunas.

2 O seu coração está dividido, por isso serão culpados; ele derribará os altares deles, e lhes destruirá as colunas.

3 Certamente agora dirão: Não temos rei, porque não tememos ao Senhor; e o rei, que pode ele fazer por nós?

4 Falam palavras vãs; juram falsamente, fazendo pactos; por isso brota o juízo como erva peçonhenta nos sulcos dos campos.

5 Os moradores de Samária serão atemorizados por causa do bezerro de Bete-Áven. O seu povo se lamentará por causa dele, como também prantearão os seus sacerdotes idólatras por causa da sua glória, que se apartou dela.

6 Também será ele levado para Assíria como um presente ao rei Jarebe; Efraim ficará confuso, e Israel se envergonhará por causa do seu próprio conselho.

7 O rei de Samária será desfeito como a espuma sobre a face da água.

8 E os altos de Áven, pecado de Israel, serão destruídos; espinhos e cardos crescerão sobre os seus altares; e dirão aos montes: Cobri-nos! e aos outeiros: Caí sobre nós!

9 Desde os dias de Gibeá tens pecado, ó Israel; ali permaneceram; a peleja contra os filhos da iniqüidade não os alcançará em Gibeá.

10 Quando eu quiser, castigá-los-ei; e os povos se congregarão contra eles, quando forem castigados pela sua dupla transgressão.

11 Porque Efraim era uma novilha domada, que gostava de trilhar; e eu poupava a formosura do seu pescoço; mas porei arreios sobre Efraim; Judá lavrará; Jacó desfará os torrões.

12 Semeai para vós em justiça, colhei segundo a misericórdia; lavrai o campo alqueivado; porque é tempo de buscar ao Senhor, até que venha e chova a justiça sobre vós.

13 Lavrastes a impiedade, segastes a iniqüidade, e comestes o fruto da mentira; porque confiaste no teu caminho, na multidão dos teus valentes.

14 Portanto, entre o teu povo se levantará tumulto de guerra, e todas as tuas fortalezas serão destruídas, como Salmã destruiu a Bete-Arbel no dia da batalha; a mãe ali foi despedaçada juntamente com os filhos.

15 Assim vos fará Betel, por causa da vossa grande malícia; de madrugada será o rei de Israel totalmente destruído.


OSÉIAS 9



OSÉIAS 9

O pecado de Israel e a sua consequência (caps. 9 e 10)

1 Não te alegres, ó Israel, não exultes como os povos; pois te prostituíste, apartando-te do teu Deus; amaste a paga de meretriz sobre todas as eiras de trigo.

2 A eira e o lagar não os manterão, e o vinho novo lhes faltará.

3 Na terra do Senhor não permanecerão; mas Efraim tornará ao Egito, e na Assíria comerão comida imunda.

4 Não derramarão libações de vinho ao Senhor, nem lhe agradarão com as suas ofertas. O pão deles será como pão de pranteadores; todos os que dele comerem serão imundos; pois o seu pão será somente para o seu apetite; não entrará na casa do Senhor.

5 Que fareis vós no dia da solenidade, e no dia da festa do Senhor?

6 Porque, eis que eles se foram por causa da destruição, mas o Egito os recolherá, Mênfis os sepultará; as suas coisas preciosas de prata as urtigas as possuirão; espinhos crescerão nas suas tendas.

7 Chegaram os dias da punição, chegaram os dias da retribuição; Israel o saberá; o profeta é um insensato, o homem possesso de espírito é um louco; por causa da abundância da tua iniqüidade e do teu grande ódio.

8 O profeta é a sentinela de Efraim, o povo do meu Deus; contudo um laço de caçador de aves se acha em todos os seus caminhos, e inimizade na casa do seu Deus.

9 Muito profundamente se corromperam, como nos dias de Gibeá; ele se lembrará das iniqüidades deles, e punirá os seus pecados.

10 Achei a Israel como uvas no deserto, vi a vossos pais como a fruta temporã da figueira no seu princípio; mas eles foram para Baal-Peor, e se consagraram a essa coisa vergonhosa, e se tornaram abomináveis como aquilo que amaram.

11 Quanto a Efraim, a sua glória como ave voará; não haverá nascimento, nem gravidez, nem concepção.

12 Ainda que venham criar seus filhos, eu os privarei deles, para que não fique nenhum homem. Ai deles, quando deles eu me apartar!

13 Efraim, assim como vi a Tiro, está plantado num lugar aprazível; mas Efraim levará seus filhos ao matador.

14 Dá-lhes, ó Senhor; mas que lhes darás? dá-lhes uma madre que aborte e seios ressecados.

15 Toda a sua malícia se acha em Gilgal; pois ali é que lhes concebi ódio; por causa da maldade das suas obras lançá-los-ei fora de minha casa. Não os amarei mais; todos os seus príncipes são rebeldes.

16 Efraim foi ferido, secou-se a sua raiz; eles não darão fruto; sim, ainda que gerem, eu matarei os frutos desejáveis do seu ventre.

17 O meu Deus os rejeitará, porque não o ouviram; e errantes andarão entre as nações.


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

OSÉIAS 8



OSÉIAS 8

O castigo está próximo

1 Põe a trombeta à tua boca. Ele vem como águia contra a casa do Senhor; porque eles transgrediram o meu pacto, e se rebelaram contra a minha lei.

2 E a mim clamam: Deus meu, nós, Israel, te conhecemos.

3 Israel desprezou o bem; o inimigo persegui-lo-á.

4 Eles fizeram reis, mas não por mim; constituíram príncipes, mas sem a minha aprovação; da sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si, para serem destruídos.

5 O teu bezerro, ó Samária, é rejeitado; a minha ira se acendeu contra eles; até quando serão eles incapazes da inocência?

6 Pois isso procede de Israel; um artífice o fez, e não é Deus. Será desfeito em pedaços o bezerro de Samária

7 Porquanto semeiam o vento, hão de ceifar o turbilhão; não haverá seara, a erva não dará farinha; se a der, tragá-la-ão os estrangeiros.

8 Israel foi devorado; agora está entre as nações como um vaso em que ninguém tem prazer.

9 Porque subiram à Assíria, qual asno selvagem andando sozinho; mercou Efraim amores.

10 Todavia, ainda que eles merquem entre as nações, eu as congregarei; já começaram a ser diminuídos por causa da carga do rei dos príncipes.

11 Ainda que Efraim tem multiplicado altares, estes se lhe tornaram altares para pecar.

12 Escrevi para ele miríades de coisas da minha lei; mas isso é para ele como coisa estranha.

13 Quanto aos sacrifícios das minhas ofertas, eles sacrificam carne, e a comem; mas o Senhor não os aceita; agora se lembrará da iniqüidade deles, e punirá os seus pecados; eles voltarão para o Egito.

14 Pois Israel se esqueceu do seu Criador, e edificou palácios, e Judá multiplicou cidades fortificadas. Mas eu enviarei sobre as suas cidades um fogo que consumirá os seus castelos.


OSÉIAS 7



OSÉIAS 7

1 ao querer eu sarar a Israel, descobrem-se a corrupção de Efraim e as maldades de Samária; porque praticam a falsidade; o ladrão entra, e a horda dos salteadores despoja por fora.

2 Não consideram no seu coração que eu me lembro de toda a sua maldade; agora, pois, os cercam as suas obras; diante da minha face estão.

3 Com a sua malícia alegram ao rei, e com as suas mentiras aos príncipes.

4 Todos eles são adúlteros; são semelhantes ao forno aceso, cujo padeiro cessa de atear o fogo desde o amassar a massa até que seja levedada.

5 E no dia do nosso rei os príncipes se tornaram doentes com a excitação do vinho; o rei estendeu a sua mão com escarnecedores.

6 Pois têm preparado o coração como um forno, enquanto estão de espreita; toda a noite dorme a sua ira; pela manhã arde como fogo de chama.

7 Eles estão todos quentes como um forno, e devoram os seus juízes; todos os seus reis caem; ninguém entre eles há que me invoque.

8 Quanto a Efraim, ele se mistura com os povos; Efraim é um bolo que não foi virado.

9 Estrangeiros lhe devoram a força, e ele não o sabe; também as cãs se espalham sobre ele, e não o sabe.

10 E a soberba de Israel testifica contra ele; todavia, não voltam para o Senhor seu Deus, nem o buscam em tudo isso.

11 Pois Efraim é como uma pomba, insensata, sem entendimento; invocam o Egito, vão para a Assíria.

12 Quando forem, sobre eles estenderei a minha rede, e como aves do céu os farei descer; castigá-los-ei, conforme o que eles têm ouvido na sua congregação.

13 Ai deles! porque se erraram de mim; destruição sobre eles! porque se rebelaram contra mim. Quisera eu remi-los, mas falam mentiras contra mim.

14 Não clamam a mim de coração, mas uivam nas suas camas; para o trigo e para o mosto se ajuntam, mas contra mim se rebelam.

15 Contudo fui eu que os ensinei, e lhes fortaleci os braços; entretanto maquinam o mal contra mim.

16 Eles voltam, mas não para o Altíssimo. Fizeram-se como um arco enganador; caem à espada os seus príncipes, por causa da insolência da sua língua; este será o seu escárnio na terra do Egito.


OSÉIAS 6



OSÉIAS 6

1 Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele despedaçou e nos sarará; fez a ferida, e no-la atará.

2 Depois de dois dias nos ressuscitará: ao terceiro dia nos levantará, e viveremos diante dele.

3 Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra.

4 Que te farei, ó Efraim? que te farei, ó Judá? porque o vosso amor é como a nuvem da manhã, e como o orvalho que cedo passa.

5 Por isso os abati pelos profetas; pela palavra da minha boca os matei; e os meus juízos a teu respeito sairão como a luz.

6 Pois misericórdia quero, e não sacrifícios; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos.

7 Eles, porém, como Adão, transgrediram o pacto; nisso eles se portaram aleivosamente contra mim.

8 Gileade é cidade de malfeitores, está manchada de sangue.

9 Como hordas de salteadores que espreitam alguém, assim é a companhia dos sacerdotes que matam no caminho para Siquém; sim, cometem a vilania.

10 Vejo uma coisa horrenda na casa de Israel; ali está a prostituição de Efraim; Israel está contaminado.

11 Também para ti, ó Judá, está determinada uma ceifa. Ao querer eu trazer do cativeiro o meu povo,


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

OSÉIAS 5



OSÉIAS 5

Os príncipes e sacerdotes são repreendidos e exortados ao arrependimento (caps. 5 a 7)

1 Ouvi isto, ó sacerdotes, e escutai, ó casa de Israel, e dai ouvidos, ó casa do rei; porque contra vós se dirige este juízo; pois que vos tornastes um laço para Mizpá, e uma rede estendida sobre o Tabor.

2 Os revoltosos se aprofundaram na corrupção; mas eu os castigarei a todos eles.

3 Eu conheço a Efraim, e Israel não se me esconde; porque agora te tens prostituído, ó Efraim, e Israel se contaminou.

4 As suas ações não lhes permitem voltar para o seu Deus; porque o espírito da prostituição está no meio deles, e não conhecem ao Senhor.

5 A soberba de Israel testifica contra eles; e Israel e Efraim cairão pela sua iniqüidade, e Judá cairá juntamente com eles.

6 Eles irão com os seus rebanhos e com as suas manadas, para buscarem ao Senhor, mas não o acharão; ele se retirou deles.

7 Aleivosamente se houveram contra o Senhor, porque geraram filhos estranhos; agora a festa da lua nova os consumirá, juntamente com as suas porções.

8 Tocai a corneta em Gibeá, a trombeta em Ramá; soltai o alarma em Bete-Áven; após ti, ó Benjamim.

9 Efraim será para assolação no dia do castigo: entre as tribos de Israel declaro o que é certo.

10 Os príncipes de Judá são como os que removem os marcos; derramarei, pois, o meu furor sobre eles como água.

11 Efraim está oprimido e quebrantado no juízo, porque foi do seu agrado andar após a vaidade.

12 Portanto para Efraim serei como a traça e para a casa de Judá como a podridão.

13 Quando Efraim viu a sua enfermidade, e Judá a sua chaga, recorreu Efraim à Assíria e enviou ao rei Jarebe; mas ele não pode curar-vos, nem sarar a vossa chaga.

14 Pois para Efraim serei como um leão, e como um leão novo para a casa de Judá; eu, sim eu despedaçarei, e ir-me-ei embora; arrebatarei, e não haverá quem livre.

15 Irei, e voltarei para o meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles aflitos, ansiosamente me buscarão.


OSÉIAS 4



OSÉIAS 4

Israel e Judá são ameaçadas com castigo por causa da sua impiedade: a ignorância e malícia do povo  

1 Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel; pois o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus.

2 Só prevalecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar, e o adulterar; há violências e homicídios sobre homicídios.

3 Por isso a terra se lamenta, e todo o que nela mora desfalece, juntamente com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem.

4 Todavia ninguém contenda, ninguém repreenda; pois é contigo a minha contenda, ó sacerdote.

5 Por isso tu tropeçarás de dia, e o profeta contigo tropeçará de noite; e destruirei a tua mãe.

6 O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porquanto rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.

7 Quanto mais eles se multiplicaram tanto mais contra mim pecaram: eu mudarei a sua honra em vergonha.

8 Alimentavam-se do pecado do meu povo, e de coração desejam a iniqüidade dele.

9 Por isso, como é o povo, assim será o sacerdote; e castigá-lo-ei conforme os seus caminhos, e lhe darei a recompensa das suas obras.

10 Comerão, mas não se fartarão; entregar-se-ão à luxúria, mas não se multiplicarão; porque deixaram de atentar para o Senhor.

11 A incontinência, e o vinho, e o mosto tiram o entendimento.

12 O meu povo consulta ao seu pau, e a sua vara lhe dá respostas, porque o espírito de luxúria os enganou, e eles, prostituindo-se, abandonam o seu Deus.

13 Sacrificam sobre os cumes dos montes; e queimam incenso sobre os outeiros, debaixo do carvalho, do álamo, e do terebinto, porque é boa a sua sombra; por isso vossas filhas se prostituem, e as vossas noras adulteram.

14 Eu não castigarei vossas filhas, quando se prostituem, nem vossas noras, quando adulteram; porque os homens mesmos com as prostitutas se desviam, e com as meretrizes sacrificam; pois o povo que não tem entendimento será transtornado.

15 Ainda que tu, ó Israel, te queiras prostituir contudo não se faça culpado Judá; não venhais a Gilgal, e não subais a Bete-Ávem nem jureis, dizendo: Vive o Senhor.

16 Porque como novilha obstinada se rebelou Israel; agora o Senhor os apascentará como a um cordeiro num lugar espaçoso.

17 Efraim está entregue aos ídolos; deixa-o.

18 Acabando eles de beber, lançam-se à luxúria; certamente os seus príncipes amam a vergonha.

19 Um vento os envolveu nas suas asas; e eles se envergonharão por causa dos seus sacrifícios.


OSÉIAS 3



OSÉIAS 3

1 Disse-me o Senhor: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo, e adúltera, como o Senhor ama os filhos de Israel, embora eles se desviem para outros deuses, e amem passas de uvas.

2 Assim eu comprei para mim tal mulher por quinze peças de prata, e um hômer e meio de cevada;

3 e lhe disse: Por muitos dias tu ficarás esperando por mim; não te prostituirás, nem serás mulher de outro homem; assim também eu esperarei por ti.

4 Pois os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, sem príncipe, sem sacrifício, sem coluna, e sem éfode ou terafins.

5 Depois tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor, seu Deus, e a Davi, seu rei; e com temor chegarão nos últimos dias ao Senhor, e à sua bondade.


domingo, 4 de janeiro de 2015

OSÉIAS 2



OSÉIAS 2

1 Dizei a vossos irmãos: Ami; e a vossas irmãs: Ruama.

2 Contendei com vossa mãe, contendei; porque ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido; para que ela afaste as suas prostituições da sua face e os seus adultérios de entre os seus seios;

3 para que eu não a deixe despida, e a ponha como no dia em que nasceu, e a faça como um deserto, e a torne como uma terra seca, e a mate à sede.

4 Até de seus filhos não me compadecerei; porquanto são filhos de prostituições.

5 porque sua mãe se prostituiu; aquela que os concebeu houve-se torpemente; porque diz: Irei após os meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas.

6 Portanto, eis que lhe cercarei o caminho com espinhos, e contra ela levantarei uma sebe, para que ela não ache as suas veredas.

7 Ela irá em seguimento de seus amantes, mas não os alcançará; buscá-los-á, mas não os achará; então dirá: Irei, e voltarei a meu primeiro marido, porque melhor me ia então do que agora.

8 Ora, ela não reconhece que fui eu o que lhe dei o grão, e o vinho, e o azeite, e que lhe multipliquei a prata e o ouro, que eles usaram para Baal.

9 Portanto, tornarei a tirar o meu grão a seu tempo e o meu vinho no seu tempo determinado; e arrebatarei a minha lã e o meu linho, com que cobriam a sua nudez.

10 E agora descobrirei a sua vileza diante dos olhos dos seus amantes, e ninguém a livrará da minha mão.

11 Também farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas assembléias solenes.

12 E devastarei a sua vide e a sua figueira, de que ela diz: É esta a paga que me deram os meus amantes; eu, pois, farei delas um bosque, e as feras do campo as devorarão.

13 Castigá-la-ei pelos dias dos baalins, nos quais elas lhes queimava incenso, e se adornava com as suas arrecadas e as suas jóias, e, indo atrás dos seus amantes, se esquecia de mim, diz o Senhor.

14 Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.

15 E lhe darei as suas vinhas dali, e o vale de Acor por porta de esperança; e ali responderá, como nos dias da sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito.

16 E naquele dia, diz o Senhor, ela me chamará meu marido; e não me chamará mais meu Baal.

17 Pois da sua boca tirarei os nomes dos baalins, e não mais se fará menção desses nomes.

18 Naquele dia farei por eles aliança com as feras do campo, e com as aves do céu, e com os répteis da terra; e da terra tirarei o arco, e a espada, e a guerra, e os farei deitar em segurança.

19 E desposar-te-ei comigo para sempre; sim, desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em amorável benignidade, e em misericórdias;

20 e desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor.

21 Naquele dia responderei, diz o Senhor; responderei aos céus, e estes responderão a terra;

22 a terra responderá ao trigo, e ao vinho, e ao azeite, e estes responderão a Jizreel.

23 E semeá-lo-ei para mim na terra, e compadecer-me-ei de Lo-Ruama; e a e Lo-Ami direi: Tu és meu povo; e ele dirá: Tu és o meu Deus.


OSÉIAS 1



OSÉIAS 1

Casamento simbólico de Oséias; idolatria e corrupção de Israel: ameaças e promessas de perdão (caps. 1 a 3)

1 A palavra do Senhor, que veio a Oséias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel.

2 Quando o Senhor falou no princípio por Oséias, disse o Senhor a Oséias: Vai, toma por esposa uma mulher de prostituições, e filhos de prostituição; porque a terra se prostituiu, apartando-se do Senhor.

3 Ele se foi, pois, e tomou a Gomer, filha de Diblaim; e ela concebeu, e lhe deu um filho.

4 E disse-lhe o Senhor: Põe-lhe o nome de Jizreel; porque daqui a pouco visitarei o sangue de Jizreel sobre a casa de Jeú, e farei cessar o reino da casa de Israel.

5 E naquele dia quebrarei o arco de Israel no vale de Jizreel.

6 E tornou ela a conceber, e deu à luz uma filha. E o Senhor disse a Oséias: Põe-lhe o nome de Lo-Ruama; porque não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, nem a perdoar-lhe de maneira alguma.

7 Mas da casa de Judá me compadecerei, e os salvarei pelo Senhor seu Deus, pois não os salvarei pelo arco, nem pela espada, nem pela guerra, nem pelos cavalos, nem pelos cavaleiros.

8 Ora depois de haver desmamado a Lo-Ruama, concebeu e deu à luz um filho.

9 E o Senhor disse: Põe-lhe o nome de Lo-Ami; porque vós não sois meu povo, nem sou eu vosso Deus.

10 Todavia o número dos filhos de Israel será como a areia do mar, que não pode ser medida nem contada; e no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois os filhos do Deus vivo.

11 E os filhos de Judá e os filhos de Israel juntos se congregarão, e constituirão sobre si uma só cabeça, e subirão da terra; pois grande será o dia de Jizreel.


DANIEL 11



DANIEL 11

O império medo-persa será destruído pelo rei da Grécia: o reino será dividido em quatro
Guerra entre o rei do su e o rei do norte (caps. 11 e 12)

1 Eu, pois, no primeiro ano de Dario, medo, levantei-me para o animar e fortalecer.

2 E agora te declararei a verdade: Eis que ainda se levantarão três reis na Pérsia, e o quarto será muito mais rico do que todos eles; e tendo-se tornado forte por meio das suas riquezas, agitará todos contra o reino da Grécia.

3 Depois se levantará um rei poderoso, que reinará com grande domínio, e fará o que lhe aprouver.

4 Mas, estando ele em pé, o seu reino será quebrado, e será repartido para os quatro ventos do céu; porém não para os seus descendentes, nem tampouco segundo o poder com que reinou; porque o seu reino será arrancado, e passará a outros que não eles.

5 O rei do sul será forte, como também um dos seus príncipes; e este será mais forte do que ele, e reinará, e grande será o seu domínio,

6 mas, ao cabo de anos, eles se aliarão; e a filha do rei do sul virá ao rei do norte para fazer um tratado. Ela, porém, não conservara a força de seu braço; nem subsistirá ele, nem o seu braço; mas será ela entregue, e bem assim os que a tiverem trazido, e seu pai, e o que a fortalecia naqueles tempos.

7 Mas dum renovo das raízes dela um se levantará em seu lugar, e virá ao exército, e entrará na fortaleza do rei do norte, e operará contra eles e prevalecerá.

8 Também os seus deuses, juntamente com as suas imagens de fundição, com os seus vasos preciosos de prata e ouro, ele os levará cativos para o Egito; e por alguns anos ele deixará de atacar ao rei do norte.

9 E entrará no reino do rei do sul, mas voltará para a sua terra.

10 Mas seus filhos intervirão, e reunirão uma multidão de grandes forças; a qual avançará, e inundará, e passará para adiante; e, voltando, levará a guerra até a sua fortaleza.

11 Então o rei do sul se exasperará, e sairá, e pelejará contra ele, contra o rei do norte; este porá em campo grande multidão, e a multidão será entregue na mão daquele.

12 E a multidão será levada, e o coração dele se exaltará; mas, ainda que derrubará miríades, não prevalecerá.

13 Porque o rei do norte tornará, e porá em campo uma multidão maior do que a primeira; e ao cabo de tempos, isto é, de anos, avançará com grande exército e abundantes provisões.

14 E, naqueles tempos, muitos se levantarão contra o rei do sul; e os violentos dentre o teu povo se levantarão para cumprir a visão, mas eles cairão.

15 Assim virá o rei do norte, e levantará baluartes, e tomará uma cidade bem fortificada; e as forças do sul não poderão resistir, nem o seu povo escolhido, pois não haverá força para resistir.

16 O que, porém, há de vir contra ele fará o que lhe aprouver, e ninguém poderá resistir diante dele; ele se fincará na terra gloriosa, tendo-a inteiramente sob seu poder.

17 E firmará o propósito de vir com toda a força do seu reino, e entrará em acordo com ele, e lhe dará a filha de mulheres, para ele a corromper; ela, porém, não subsistirá, nem será para ele.

18 Depois disso virará o seu rosto para as ilhas, e tomará muitas; mas um príncipe fará cessar o seu opróbrio contra ele, e ainda fará recair sobre ele o seu opróbrio.

19 Virará então o seu rosto para as fortalezas da sua própria terra, mas tropeçará, e cairá, e não será achado.

20 Então no seu lugar se levantará quem fará passar um exator de tributo pela glória do reino; mas dentro de poucos dias será quebrantado, e isto sem ira e sem batalha.

21 Depois se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a majestade real; mas ele virá caladamente, e tomará o reino com lisonja.

22 E as forças inundantes serão varridas de diante dele, e serão quebrantadas, como também o príncipe do pacto.

23 E, depois de feita com ele a aliança, usará de engano; e subirá, e se tornará forte com pouca gente.

24 Virá também em tempo de segurança sobre os lugares mais férteis da província; e fará o que nunca fizeram seus pais, nem os pais de seus pais; espalhará entre eles a presa, os despojos e os bens; e maquinará os seus projetos contra as fortalezas, mas por certo tempo.

25 E suscitará a sua força e a sua coragem contra o rei do sul com um grande exército; e o rei do sul sairá à guerra com um grande e mui poderoso exército, mas não subsistirá, pois maquinarão projetos contra ele.

26 E os que comerem os seus manjares o quebrantarão; e o exército dele será varrido por uma inundação, e cairão muitos traspassados.

27 Também estes dois reis terão o coração atento para fazerem o mal, e assentados à mesma mesa falarão a mentira; esta, porém, não prosperará, porque ainda virá o fim no tempo determinado.

28 Então tornará para a sua terra com muitos bens; e o seu coração será contra o santo pacto; e fará o que lhe aprouver, e tornará para a sua terra.

29 No tempo determinado voltará, e entrará no sul; mas não sucederá desta vez como na primeira.

30 Porque virão contra ele navios de Quitim, que lhe causarão tristeza; por isso voltará, e se indignará contra o santo pacto, e fará como lhe aprouver. Voltará e atenderá aos que tiverem abandonado o santo pacto.

31 E estarão ao lado dele forças que profanarão o santuário, isto é, a fortaleza, e tirarão o holocausto contínuo, estabelecendo a abominação desoladora.

32 Ainda aos violadores do pacto ele perverterá com lisonjas; mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, e fará proezas.

33 Os entendidos entre o povo ensinarão a muitos; todavia por muitos dias cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo despojo.

34 Mas, caindo eles, serão ajudados com pequeno socorro; muitos, porém, se ajuntarão a eles com lisonjas.

35 Alguns dos entendidos cairão para serem acrisolados, purificados e embranquecidos, até o fim do tempo; pois isso ainda será para o tempo determinado.

36 e o rei fará conforme lhe aprouver; exaltar-se-á, e se engrandecerá sobre todo deus, e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas; e será próspero, até que se cumpra a indignação: pois aquilo que está determinado será feito.

37 E não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao amado das mulheres, nem a qualquer outro deus; pois sobre tudo se engrandecerá.

38 Mas em seu lugar honrará ao deus das fortalezas; e a um deus a quem seus pais não conheceram, ele o honrará com ouro e com prata, com pedras preciosas e com coisas agradáveis.

39 E haver-se-á com os castelos fortes com o auxílio dum deus estranho; aos que o reconhecerem, multiplicará a glória; e os fará reinar sobre muitos, e lhes repartirá a terra por preço.

40 Ora, no fim do tempo, o rei do sul lutará com ele; e o rei do norte virá como turbilhão contra ele, com carros e cavaleiros, e com muitos navios; e entrará nos países, e os inundará, e passará para adiante.

41 Entrará na terra gloriosa, e dezenas de milhares cairão; mas da sua mão escaparão estes: Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom.

42 E estenderá a sua mão contra os países; e a terra do Egito não escapará.

43 Apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata, e de todas as coisas preciosas do Egito; os líbios e os etíopes o seguirão.

44 Mas os rumores do oriente e do norte o espantarão; e ele sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos.

45 E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o glorioso monte santo; contudo virá ao seu fim, e não haverá quem o socorra.


sábado, 3 de janeiro de 2015

DANIEL 10



DANIEL 10

Um anjo anuncia a Daniel os acontecimentos dos últimos dias

1 No ano terceiro de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome se chama Beltessazar, uma palavra verdadeira concernente a um grande conflito; e ele entendeu esta palavra, e teve entendimento da visão.

2 Naqueles dias eu, Daniel, estava pranteando por três semanas inteiras.

3 Nenhuma coisa desejável comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento, até que se cumpriram as três semanas completas.

4 No dia vinte e quatro do primeiro mês, estava eu à borda do grande rio, o Tigre;

5 levantei os meus olhos, e olhei, e eis um homem vestido de linho e os seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz;

6 o seu corpo era como o berilo, e o seu rosto como um relâmpago; os seus olhos eram como tochas de fogo, e os seus braços e os seus pés como o brilho de bronze polido; e a voz das suas palavras como a voz duma multidão.

7 Ora, só eu, Daniel, vi aquela visão; pois os homens que estavam comigo não a viram: não obstante, caiu sobre eles um grande temor, e fugiram para se esconder.

8 Fiquei pois eu só a contemplar a grande visão, e não ficou força em mim; desfigurou-se a feição do meu rosto, e não retive força alguma.

9 Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo o som das suas palavras, eu caí num profundo sono, com o rosto em terra.

10 E eis que uma mão me tocou, e fez com que me levantasse, tremendo, sobre os meus joelhos e sobre as palmas das minhas mãos.

11 E me disse: Daniel, homem muito amado, entende as palavras que te vou dizer, e levanta-te sobre os teus pés; pois agora te sou enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, pus-me em pé tremendo.

12 Então me disse: Não temas, Daniel; porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras, e por causa das tuas palavras eu vim.

13 Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu o deixei ali com os reis da Pérsia.

14 Agora vim, para fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos derradeiros dias; pois a visão se refere a dias ainda distantes.

15 Ao falar ele comigo estas palavras, abaixei o rosto para a terra e emudeci.

16 E eis que um que tinha a semelhança dos filhos dos homens me tocou os lábios; então abri a boca e falei, e disse àquele que estava em pé diante de mim: Senhor meu, por causa da visão sobrevieram-me dores, e não retenho força alguma.

17 Como, pois, pode o servo do meu Senhor falar com o meu Senhor? pois, quanto a mim, desde agora não resta força em mim, nem fôlego ficou em mim.

18 Então tornou a tocar-me um que tinha a semelhança dum homem, e me consolou.

19 E disse: Não temas, homem muito amado; paz seja contigo; sê forte, e tem bom ânimo. E quando ele falou comigo, fiquei fortalecido, e disse: Fala, meu senhor, pois me fortaleceste.

20 Ainda disse ele: Sabes por que eu vim a ti? Agora tornarei a pelejar contra o príncipe dos persas; e, saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia.

21 Contudo eu te declararei o que está gravado na escritura da verdade; e ninguém há que se esforce comigo contra aqueles, senão Miguel, vosso príncipe.


DANIEL 9



DANIEL 9

A oração de Daniel: as setenta semanas: O Messias

1 No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus.

2 no ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de durar as desolações de Jerusalém, era de setenta anos.

3 Eu, pois, dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza.

4 E orei ao Senhor meu Deus, e confessei, e disse: Ó Senhor, Deus grande e tremendo, que guardas o pacto e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos;

5 pecamos e cometemos iniqüidades, procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus preceitos e das tuas ordenanças.

6 Não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis, nossos príncipes, e nossos pais, como também a todo o povo da terra.

7 A ti, ó Senhor, pertence a justiça, porém a nós a confusão de rosto, como hoje se vê; aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém, e a todo o Israel; aos de perto e aos de longe, em todas as terras para onde os tens lançado por causa das suas transgressões que cometeram contra ti.

8 Ó Senhor, a nós pertence a confusão de rosto, aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, porque temos pecado contra ti.

9 Ao Senhor, nosso Deus, pertencem a misericórdia e o perdão; pois nos rebelamos contra ele,

10 e não temos obedecido à voz do Senhor, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu por intermédio de seus servos, os profetas.

11 Sim, todo o Israel tem transgredido a tua lei, desviando-se, para não obedecer à tua voz; por isso a maldição, o juramento que está escrito na lei de Moisés, servo de Deus, se derramou sobre nós; porque pecamos contra ele.

12 E ele confirmou a sua palavra, que falou contra nós, e contra os nossos juízes que nos julgavam, trazendo sobre nós um grande mal; porquanto debaixo de todo o céu nunca se fez como se tem feito a Jerusalém.

13 Como está escrito na lei de Moisés, todo este mal nos sobreveio; apesar disso, não temos implorado o favor do Senhor nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniqüidades, e para alcançarmos discernimento na tua verdade.

14 por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós; pois justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; e nós não temos obedecido à sua voz.

15 Na verdade, ó Senhor, nosso Deus, que tiraste o teu povo da terra do Egito com mão poderosa, e te adquiriste nome como hoje se vê, temos pecado, temos procedido impiamente.

16 e Senhor, segundo todas as tuas justiças, apartem-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte; porquanto por causa dos nossos pecados, e por causa das iniqüidades de nossos pais, tornou-se Jerusalém e o teu povo um opróbrio para todos os que estão em redor de nós.

17 Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo, e as suas súplicas, e sobre o teu santuário assolado faze resplandecer o teu rosto, por amor do Senhor.

18 Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos, e ouve; abre os teus olhos, e olha para a nossa desolação, e para a cidade que é chamada pelo teu nome; pois não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias.

19 Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e põe mãos à obra sem tardar, por amor de ti mesmo, ó Deus meu, porque a tua cidade e o teu povo se chamam pelo teu nome.

20 Enquanto estava eu ainda falando e orando, e confessando o meu pecado, e o pecado do meu povo Israel, e lançando a minha súplica perante a face do Senhor, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus,

21 sim enquanto estava eu ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente, e tocou-me à hora da oblação da tarde.

22 Ele me instruiu, e falou comigo, dizendo: Daniel, vim agora para fazer-te sábio e entendido.

23 No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, pois és muito amado; considera, pois, a palavra e entende a visão.

24 Setenta semanas estão decretadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo.

25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará, mas em tempos angustiosos.

26 E depois de sessenta e duas semanas será cortado o ungido, e nada lhe subsistirá; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações.

27 E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador; e até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador.


DANIEL 8



DANIEL 8

A visão dum cameiro e dum bode

1 No ano terceiro do reinado do rei Belsazar apareceu-me uma visão, a mim, Daniel, depois daquela que me apareceu no princípio.

2 E na visão que tive, parecia-me que eu estava na cidadela de Susã, na província de Elão; e conforme a visão, eu estava junto ao rio Ulai.

3 Levantei os olhos, e olhei, e eis que estava em pé diante do rio um carneiro, que tinha dois chifres; e os dois chifres eram altos; mas um era mais alto do que o outro, e o mais alto subiu por último.

4 Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se do seu poder; ele, porém, fazia conforme a sua vontade, e se engrandecia.

5 E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre a face de toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha um chifre notável entre os olhos.

6 E dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, ao qual eu tinha visto em pé diante do rio, e correu contra ele no furor da sua força.

7 Vi-o chegar perto do carneiro; e, movido de cólera contra ele, o feriu, e lhe quebrou os dois chifres; não havia força no carneiro para lhe resistir, e o bode o lançou por terra, e o pisou aos pés; também não havia quem pudesse livrar o carneiro do seu poder.

8 O bode, pois, se engrandeceu sobremaneira; e estando ele forte, aquele grande chifre foi quebrado, e no seu lugar outros quatro também notáveis nasceram para os quatro ventos do céu.

9 Ainda de um deles saiu um chifre pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a terra formosa;

10 e se engrandeceu até o exército do céu; e lançou por terra algumas das estrelas desse exército, e as pisou.

11 Sim, ele se engrandeceu até o príncipe do exército; e lhe tirou o holocausto contínuo, e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo.

12 E o exército lhe foi entregue, juntamente com o holocausto contínuo, por causa da transgressão; lançou a verdade por terra; e fez o que era do seu agrado, e prosperou.

13 Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão relativamente ao holocausto contínuo e à transgressão assoladora, e à entrega do santuário e do exército, para serem pisados?

14 Ele me respondeu: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado.

15 Havendo eu, Daniel, tido a visão, procurei entendê-la, e eis que se me apresentou como que uma semelhança de homem.

16 E ouvi uma voz de homem entre as margens do Ulai, a qual gritou, e disse: Gabriel, faze que este homem entenda a visão.

17 Veio, pois, perto de onde eu estava; e vindo ele, fiquei amedrontado, e caí com o rosto em terra. Mas ele me disse: Entende, filho do homem, pois esta visão se refere ao tempo do fim.

18 Ora, enquanto ele falava comigo, caí num profundo sono, com o rosto em terra; ele, porém, me tocou, e me pôs em pé.

19 e disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; pois isso pertence ao determinado tempo do fim.

20 Aquele carneiro que viste, o qual tinha dois chifres, são estes os reis da Média e da Pérsia.

21 Mas o bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei.

22 O ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantarão da mesma nação, porém não com a força dele.

23 Mas, no fim do reinado deles, quando os transgressores tiverem chegado ao cúmulo, levantar-se-á um rei, feroz de semblante e que entende enigmas.

24 Grande será o seu poder, mas não de si mesmo; e destruirá terrivelmente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os poderosos e o povo santo.

25 Pela sua sutileza fará prosperar o engano na sua mão; no seu coração se engrandecerá, e destruirá a muitos que vivem em segurança; e se levantará contra o príncipe dos príncipes; mas será quebrado sem intervir mão de homem.

26 E a visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira. Tu, porém, cerra a visão, porque se refere a dias mui distantes.

27 E eu, Daniel, desmaiei, e estive enfermo alguns dias; então me levantei e tratei dos negócios do rei. E espantei-me acerca da visão, pois não havia quem a entendesse.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

DANIEL 7



DANIEL 7

A visão dos quatro animais simbólicos

1 No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça. Então escreveu o sonho, e relatou a suma das coisas.

2 Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando, numa visão noturna, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande.

3 E quatro grandes animais, diferentes uns dos outros, subiam do mar.

4 O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em dois pés como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem.

5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne.

6 Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças; e foi-lhe dado domínio.

7 Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres.

8 Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas.

9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu trono era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente.

10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos.

11 Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo destruído; pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo.

12 Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes concedida prolongação de vida por um prazo e mais um tempo.

13 Eu estava olhando nas minhas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele.

14 E foi-lhe dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.

15 Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça me perturbavam.

16 Cheguei-me a um dos que estavam perto, e perguntei-lhe a verdadeira significação de tudo isso. Ele me respondeu e me fez saber a interpretação das coisas.

17 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra.

18 Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, sim, para todo o sempre.

19 Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, sobremodo terrível, com dentes de ferro e unhas de bronze; o qual devorava, fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobrava;

20 e também a respeito dos dez chifres que ele tinha na cabeça, e do outro que subiu e diante do qual caíram três, isto é, daquele chifre que tinha olhos, e uma boca que falava grandes coisas, e parecia ser mais robusto do que os seus companheiros.

21 Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles,

22 até que veio o ancião de dias, e foi executado o juízo a favor dos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino.

23 Assim me disse ele: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.

24 Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.

25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.

26 Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim.

27 O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.

28 Aqui é o fim do assunto. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me perturbaram e o meu semblante se mudou; mas guardei estas coisas no coração.


DANIEL 6



DANIEL 6

Daniel na cova dos leões

1 Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino cento e vinte sátrapas, que estivessem por todo o reino;

2 e sobre eles três presidentes, dos quais Daniel era um; a fim de que estes sátrapas lhes dessem conta, e que o rei não sofresse dano.

3 Então o mesmo Daniel sobrepujava a estes presidentes e aos sátrapas; porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino:

4 Nisso os presidentes e os sátrapas procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino mas não podiam achar ocasião ou falta alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem falta.

5 Pelo que estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, a menos que a procuremos no que diz respeito a lei do seu Deus.

6 Então os presidentes e os sátrapas foram juntos ao rei, e disseram-lhe assim: Ó rei Dario, vive para sempre.

7 Todos os presidentes do reino, os prefeitos e os sátrapas, os conselheiros e os governadores, concordaram em que o rei devia baixar um decreto e publicar o respectivo interdito, que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, exceto a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões.

8 Agora pois, ó rei, estabelece o interdito, e assina o edital, para que não seja mudado, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar.

9 Em virtude disto o rei Dario assinou o edital e o interdito.

10 Quando Daniel soube que o edital estava assinado, entrou em sua casa, no seu quarto em cima, onde estavam abertas as janelas que davam para o lado de Jerusalém; e três vezes no dia se punha de joelhos e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.

11 Então aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Deus.

12 Depois se foram à presença do rei e lhe perguntaram no tocante ao interdito real: Porventura não assinaste um interdito pelo qual todo homem que fizesse uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem por espaço de trinta dias, exceto a ti, ó rei, fosse lançado na cova dos leões? Respondeu o rei, e disse: Esta palavra é certa, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar.

13 Então responderam ao rei, dizendo-lhe Esse Daniel, que é dos exilados de Judá, e não tem feito caso de ti, ó rei, nem do interdito que assinaste; antes três vezes por dia faz a sua oração.

14 Ouvindo então o rei a notícia, ficou muito penalizado, e a favor de Daniel propôs dentro do seu coração livrá-lo; e até o pôr do sol trabalhou para o salvar.

15 Nisso aqueles homens foram juntos ao rei, e lhe disseram: Sabe, ó rei, que é lei dos medos e persas que nenhum interdito ou decreto que o rei estabelecer, se pode mudar.

16 Então o rei deu ordem, e trouxeram Daniel, e o lançaram na cova dos leões. Ora, disse o rei a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará.

17 E uma pedra foi trazida e posta sobre a boca da cova; e o rei a selou com o seu anel e com o anel dos seus grandes, para que no tocante a Daniel nada se mudasse:

18 Depois o rei se dirigiu para o seu palácio, e passou a noite em jejum; e não foram trazidos à sua presença instrumentos de música, e fugiu dele o sono.

19 Então o rei se levantou ao romper do dia, e foi com pressa à cova dos leões.

20 E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e disse o rei a Daniel: Ó Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?

21 Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre.

22 O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, e eles não me fizeram mal algum; porque foi achada em mim inocência diante dele; e também diante de ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.

23 Então o rei muito se alegrou, e mandou tirar a Daniel da cova. Assim foi tirado Daniel da cova, e não se achou nele lesão alguma, porque ele havia confiado em seu Deus.

24 E o rei deu ordem, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado Daniel, e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova quando os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos.

25 Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada.

26 Com isto faço um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo, e permanece para sempre; e o seu reino nunca será destruído; o seu domínio durará até o fim.

27 Ele livra e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; foi ele quem livrou Daniel do poder dos leões.

28 Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario, e no reinado de Ciro, o persa.


DANIEL 5



DANIEL 5

O banquete do rei Belsazar. A mão misteriosa

1 O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes, e bebeu vinho na presença dos mil.

2 Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata que Nabucodonozor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem por eles o rei, e os seus grandes, as suas mulheres e concubinas.

3 Então trouxeram os vasos de ouro que foram tirados do templo da casa de Deus, que estava em Jerusalém, e beberam por eles o rei, os seus grandes, as suas mulheres e concubinas.

4 Beberam vinho, e deram louvores aos deuses de ouro, e de prata, de bronze, de ferro, de madeira, e de pedra.

5 Na mesma hora apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do castiçal, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava escrevendo.

6 Mudou-se, então, o semblante do rei, e os seus pensamentos o perturbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos batiam um no outro.

7 E ordenou o rei em alta voz, que se introduzissem os encantadores, os caldeus e os adivinhadores; e falou o rei, e disse aos sábios de Babilônia: Qualquer que ler esta escritura, e me declarar a sua interpretação, será vestido de púrpura, e trará uma cadeia de ouro ao pescoço, e no reino será o terceiro governante.

8 Então entraram todos os sábios do rei; mas não puderam ler o escrito, nem fazer saber ao rei a sua interpretação.

9 Nisto ficou o rei Belsazar muito perturbado, e se lhe mudou o semblante; e os seus grandes estavam perplexos.

10 Ora a rainha, por causa das palavras do rei e dos seus grandes, entrou na casa do banquete; e a rainha disse: Ó rei, vive para sempre; não te perturbem os teus pensamentos, nem se mude o teu semblante.

11 Há no teu reino um homem que tem o espírito dos deuses santos; e nos dias de teu pai se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria, como a sabedoria dos deuses; e teu pai, o rei Nabucodonozor, sim, teu pai, ó rei, o constituiu chefe dos magos, dos encantadores, dos caldeus, e dos adivinhadores;

12 porquanto se achou neste Daniel um espírito excelente, e conhecimento e entendimento para interpretar sonhos, explicar enigmas e resolver dúvidas, ao qual o rei pôs o nome de Beltessazar. Chame-se, pois, agora Daniel, e ele dará a interpretação.

13 Então Daniel foi introduzido à presença do rei. Falou o rei, e disse à Daniel: És tu aquele Daniel, um dos cativos de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá?

14 Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses está em ti, e que em ti se acham a luz, o entendimento e a excelente sabedoria.

15 Acabam de ser introduzidos à minha presença os sábios, os encantadores, para lerem o escrito, e me fazerem saber a sua interpretação; mas não puderam dar a interpretação destas palavras.

16 Ouvi dizer, porém, a teu respeito que podes dar interpretações e resolver dúvidas. Agora, pois, se puderes ler esta escritura e fazer-me saber a sua interpretação, serás vestido de púrpura, e terás cadeia de ouro ao pescoço, e no reino serás o terceiro governante.

17 Então respondeu Daniel, e disse na presença do rei: Os teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outro; todavia vou ler ao rei o escrito, e lhe farei saber a interpretação.

18 O Altíssimo Deus, ó rei, deu a Nabucodonozor, teu pai, o reino e a grandeza, glória e majestade;

19 e por causa da grandeza que lhe deu, todos os povos, nações, e línguas tremiam e temiam diante dele; a quem queria matava, e a quem queria conservava em vida; a quem queria exaltava, e a quem queria abatia.

20 Mas quando o seu coração se elevou, e o seu espírito se endureceu para se haver arrogantemente, foi derrubado do seu trono real, e passou dele a sua glória.

21 E foi expulso do meio dos filhos dos homens, e o seu coração foi feito semelhante aos dos animais, e a sua morada foi com os jumentos monteses; deram-lhe a comer erva como aos bois, e do orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que o Altíssimo Deus tem domínio sobre o reino dos homens, e a quem quer constitui sobre ele.

22 E tu, Belsazar, que és seu filho, não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste tudo isso;

23 porém te elevaste contra o Senhor do céu; pois foram trazidos a tua presença os vasos da casa dele, e tu, os teus grandes, as tua mulheres e as tuas concubinas, bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida, e de quem são todos os teus caminhos, a ele não glorificaste.:

24 Então dele foi enviada aquela parte da mão que traçou o escrito.

25 Esta, pois, é a escritura que foi traçada: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSlM.

26 Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou.

27 TEQUEL: Pesado foste na balança, e foste achado em falta.

28 PERES: Dividido está o teu reino, e entregue aos medos e persas.

29 Então Belsazar deu ordem, e vestiram a Daniel de púrpura, puseram-lhe uma cadeia de ouro ao pescoço, e proclamaram a respeito dele que seria o terceiro em autoridade no reino.

30 Naquela mesma noite Belsazar, o rei dos caldeus, foi morto.

31 E Dario, o medo, recebeu o reino, tendo cerca de sessenta e dois anos de idade.


quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

DANIEL 4



DANIEL 4

O édito do rei; O seu sonho duma árvore grande: a sua loucura

1 Nabucodonozor rei, a todos os povos, nações, e línguas, que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada.

2 Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.

3 Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração.

4 Eu, Nabucodonozor, estava sossegado em minha casa, e próspero no meu palácio.

5 Tive um sonho que me espantou; e estando eu na minha cama, os pensamentos e as visões da minha cabeça me perturbaram.

6 Portanto expedi um decreto, que fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho.

7 Então entraram os magos, os encantadores, os caldeus, e os adivinhadores, e lhes contei o sonho; mas não me fizeram saber a interpretação do mesmo.

8 Por fim entrou na minha presença Daniel, cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu lhe contei o sonho, dizendo:

9 Ó Beltessazar, chefe dos magos, porquanto eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil, dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação.

10 Eram assim as visões da minha cabeça, estando eu na minha cama: eu olhava, e eis uma árvore no meio da terra, e grande era a sua altura;

11 crescia a árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até o céu, e era vista até os confins da terra.

12 A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e dela se mantinha toda a carne.

13 Eu via isso nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama, e eis que um vigia, um santo, descia do céu.

14 Ele clamou em alta voz e disse assim: Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas e espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos.

15 Contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes, numa cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra.

16 Seja mudada a sua mente, para que não seja mais a de homem, e lhe seja dada mente de animal; e passem sobre ele sete tempos.

17 Esta sentença é por decreto dos vigias, e por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer, e até o mais humilde dos homens constitui sobre eles.

18 Este sonho eu, rei Nabucodonozor, o vi. Tu, pois, Beltessazar, dize a interpretação; porquanto todos os sábios do meu reino não puderam fazer-me saber a interpretação; mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos.

19 Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por algum tempo, e os seus pensamentos o perturbaram. Falou, pois, o rei e disse: Beltessazar, não te espante o sonho, nem a sua interpretação. Respondeu Beltessazar, e disse: Senhor meu, seja o sonho para os que te odeiam, e a sua interpretação para os teus inimigos:

20 A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até o céu, e que era vista por toda a terra;

21 cujas folhas eram formosas, e o seu fruto abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual os animais do campo achavam sombra, e em cujos ramos habitavam as aves do céu;

22 és ,tu, ó rei, que cresceste, e te fizeste forte; pois a tua grandeza cresceu, e chegou até o céu, e o teu domínio até a extremidade da terra.

23 E quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo, que descia do céu, e que dizia: Cortai a árvore, e destruí-a; contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes, numa cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais do campo, até que passem sobre ele sete tempos;

24 esta é a interpretação, ó rei é o decreto do Altíssimo, que é vindo sobre o rei, meu senhor:

25 serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.

26 E quanto ao que foi dito, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o céu reina.

27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, se, porventura, se prolongar a tua tranqüilidade.

28 Tudo isso veio sobre o rei Nabucodonozor.

29 Ao cabo de doze meses, quando passeava sobre o palácio real de Babilônia,

30 falou o rei, e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a morada real, pela força do meu poder, e para a glória da minha majestade?

31 Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonozor: Passou de ti o reino.

32 E serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.

33 Na mesma hora a palavra se cumpriu sobre Nabucodonozor, e foi expulso do meio dos homens, e comia erva como os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu o cabelo como as penas da águia, e as suas unhas como as das aves:

34 Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonozor, levantei ao céu os meus olhos, e voltou a mim o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre; porque o seu domínio é um domínio sempiterno, e o seu reino é de geração em geração.

35 E todos os moradores da terra são reputados em nada; e segundo a sua vontade ele opera no exército do céu e entre os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?

36 No mesmo tempo voltou a mim o meu entendimento; e para a glória do meu reino voltou a mim a minha majestade e o meu resplendor. Buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes; e fui restabelecido no meu reino, e foi-me acrescentada excelente grandeza.

37 Agora, pois, eu, Nabucodonozor, louvo, e exalço, e glorifico ao Rei do céu; porque todas as suas obras são retas, e os seus caminhos justos, e ele pode humilhar aos que andam na soberba.


DANIEL 3



DANIEL 3

A estátua de ouro: os companheiros de Daniel no forno de fogo ardente

1 O rei Nabucodonozor fez uma estátua de ouro, a altura da qual era de sessenta côvados, e a sua largura de seis côvados; levantou-a no campo de Dura, na província de Babilônia.

2 Então o rei Nabucodonozor mandou ajuntar os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os magistrados, e todos os oficiais das províncias, para que viessem à dedicação da estátua que ele fizera levantar.

3 Então se ajuntaram os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os magistrados, e todos os oficiais das províncias, para a dedicação da estátua que o rei Nabucodonozor fizera levantar; e estavam todos em pé diante da imagem.

4 E o pregoeiro clamou em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e gentes de todas as línguas:

5 Logo que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, prostrar-vos-eis, e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonozor tem levantado.

6 E qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro duma fornalha de fogo ardente.

7 Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, e de toda a sorte de música, se prostraram todos os povos, nações e línguas, e adoraram a estátua de ouro que o rei Nabucodonozor tinha levantado.

8 Ora, nesse tempo se chegaram alguns homens caldeus, e acusaram os judeus.

9 E disseram ao rei Nabucodonozor: Ó rei, vive eternamente.

10 Tu, ó rei, fizeste um decreto, pelo qual todo homem que ouvisse o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, se prostraria e adoraria a estátua de ouro;

11 e qualquer que não se prostrasse e adorasse seria lançado numa fornalha de fogo ardente.

12 Há uns homens judeus, que tu constituíste sobre os negócios da província de Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abednego; estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti; a teus deuses não servem, nem adoram a estátua de ouro que levantaste.

13 Então Nabucodonozor, na sua ira e fúria, mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abednego. Logo estes homens foram trazidos perante o rei.

14 Falou Nabucodonozor, e lhes disse: E verdade, ó Sadraque, Mesaque e Abednego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a estátua de ouro que levantei?

15 Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom é; mas, se não a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro duma fornalha de fogo ardente; e quem é esse deus que vos poderá livrar das minhas mãos?

16 Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei: Ó Nabucodonozor, não necessitamos de te responder sobre este negócio.

17 Eis que o nosso Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha de fogo ardente; e ele nos livrará da tua mão, ó rei.

18 Mas se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.

19 Então Nabucodonozor se encheu de raiva, e se lhe mudou o aspecto do semblante contra Sadraque, Mesaque e Abednego; e deu ordem para que a fornalha se aquecesse sete vezes mais do que se costumava aquecer;

20 e ordenou a uns homens valentes do seu exército, que atassem a Sadraque, Mesaque e Abednego, e os lançassem na fornalha de fogo ardente.

21 Então estes homens foram atados, vestidos de seus mantos, suas túnicas, seus turbantes e demais roupas, e foram lançados na fornalha de fogo ardente.

22 Ora, tão urgente era a ordem do rei e a fornalha estava tão quente, que a chama do fogo matou os homens que carregaram a Sadraque, Mesaque e Abednego.

23 E estes três, Sadraque, Mesaque e Abednego, caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente.

24 Então o rei Nabucodonozor se espantou, e se levantou depressa; falou, e disse aos seus conselheiros: Não lançamos nós dentro do fogo três homens atados? Responderam ao rei: É verdade, ó rei.

25 Disse ele: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, e nenhum dano sofrem; e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses.

26 Então chegando-se Nabucodonozor à porta da fornalha de fogo ardente, falou, dizendo: Sadraque, Mesaque e Abednego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde! Logo Sadraque, Mesaque e Abednego saíram do meio do fogo.

27 E os sátrapas, os prefeitos, os governadores, e os conselheiros do rei, estando reunidos, viram que o fogo não tinha tido poder algum sobre os corpos destes homens, nem foram chamuscados os cabelos da sua cabeça, nem sofreram mudança os seus mantos, nem sobre eles tinha passado o cheiro de fogo.

28 Falou Nabucodonozor, e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, o qual enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele e frustraram a ordem do rei, escolhendo antes entregar os seus corpos, do que servir ou adorar a deus algum, senão o seu Deus.

29 Por mim, pois, é feito um decreto, que todo o povo, nação e língua que proferir blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas um monturo; porquanto não há outro deus que possa livrar desta maneira.

30 Então o rei fez prosperar a Sadraque, Mesaque e Abednego na província de Babilônia.



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